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Por unidades de negócio Santander Consumer Finance 5,7% Banesto 6,2% Banca de Investimento Espanha 8,7 % Rede Santander Espanha 8,1% Gestão Financeira e Participações 31,6% Portugal 3,3% Outros 5,7% América Latina 25,5%

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL ECONÓMICO

Por tipos de risco

Juro Estrutural 5,9% Resto Mercado 9,1% Mercado Rendimento Variável 21,4% Negócio3,9% Operacional 6,6% Outros 5,0% Crédito 48,2% Abbey 5,3%

155 Adicionalmente, o Grupo leva a cabo a planificação de capital

com o principal objectivo de obter projecções futuras de capital económico e regulatório e avaliar assim situações de suficiência de capital. Incorpora as previsões de resultados da Entidade em vários cenários de forma coerente, tanto com os seus objectivos

estratégicos (crescimento orgânico, M&A, rácio de “pay- out”, etc.) como com a evolução da conjuntura económica e perante situações de stress, e identifica possíveis estratégias de gestão de capital que permitam optimizar tanto a situação de solvência do banco como o próprio retorno de capital.

Concretamente, o modelo de planificação de capital definido no Grupo Santander permite dar uma visão global da situação de suficiência de capital em vários horizontes temporais e cenários de stress, servindo, por sua vez, como complemento a alguns aspectos agrupados no guia PAC elaborado pelo Banco de Espanha em cumprimento dos objectivos estabelecidos no Pilar II de Basilea II.

Se forem comparados os resultados de capital económico com o capital disponível conclui-se que o Grupo está suficientemente capitalizado para suportar o risco da sua actividade com um nível de confiança equivalente a um rating objectivo de AA.

METODOLOGIARORAC (RENTABILIDADEAJUSTADAAORISCO) O Grupo Santander tem empregado na sua gestão do risco de crédito a metodologia RORAC desde 1993, com os seguintes objectivos:

• Análise e fixação de preços no processo de tomada de decisões sobre operações (admissão) e clientes (acompanhamento).

• Estimativas de consumo de capital de cada cliente, carteira, segmento ou unidade de negócio, com a finalidade de facilitar uma atribuição óptima do capital económico.

• Cálculo do nível de provisões consequente com as perdas médias esperadas.

Se for analisada cada operação, o cálculo de capital económico baseia-se nas mesmas variáveis que são necessárias para calcular a perda esperada, ou seja, o rating do cliente, o prazo e as garantias da operação. Por agregação, pode-se calcular o capital económico do resto das operações desse cliente e, tendo em conta os factores apropriados de diversificação/correlação, de uma carteira de clientes, o de uma unidade de negócio ou o do banco no seu conjunto.

Pelo seu lado, a margem das operações não deve cobrir apenas custos, incluindo a perda esperada ou custo do risco, como também deve ser suficiente para rentabilizar adequadamente o capital económico consumido.

Deste modo, a metodologia RORAC permite avaliar se a rentabilidade obtida por uma operação cobre os custos do risco - perda esperada - e o custo do capital económico investido pela Entidade na operação.

A taxa mínima de rentabilidade sobre capital que deve ser obtida numa operação é determinada pelo custo de capital. Se uma operação ou carteira obtém uma rentabilidade positiva, estará

a contribuir para os resultados do Grupo, mas não estará a criar propriamente valor para o accionista excepto se essa rentabilidade cobrir o custo do capital.

A metodologia RORAC permite comparar, sobre bases homogéneas, o rendimento de operações, clientes, carteiras e negócios, identificando os que obtêm uma rentabilidade ajustada ao risco superior ao custo de capital do Grupo, alinhando assim a gestão do risco e do negócio com o objectivo último de maximizar a criação de valor

7. RISCO REPUTACIONAL

O Grupo Santander, em todas as Áreas da sua Organização, considera a gestão de risco reputacional das suas actividades como um aspecto essencial da sua actuação. Os principais instrumentos para a gestão deste risco em relação à comercialização de produtos e serviços aos clientes do Grupo são os seguintes:

•Comité Global de Novos Produtos (CGNP)

É obrigatório que todos os novos produtos ou serviços que pretenda comercializar qualquer entidade do Grupo Santander sejam submetidos a este Comité para a sua autorização.

No ano de 2007, foram celebrados 14 Comités (dois deles por escrito e sem sessão) onde foram analisados 186 produtos ou famílias de produtos.

Em cada país onde radique uma Entidade do Grupo Santander é criado um Comité Local de Novos Produtos. Este Comité, depois de submeter um novo produto ou serviço conforme o procedimento, deverá solicitar ao Comité Global de Novos Produtos a sua aprovação. Em Espanha, a figura do Comité Local de Novos Produtos recai no próprio Comité Global de Novos Produtos.

As Áreas que participam no Comité Global de Novos Produtos, presidido pelo Secretário Geral, são: Assessoria Fiscal, Assessoria Jurídica, Atendimento ao Cliente, Auditoria Interna, Banca Comercial, Banca Corporativa Global, Santander Private Banking, Cumprimento, Intervenção Geral e Controlo de Gestão, Operações Financeiras e Mercados, Operações e Serviços, Riscos Banca de Investimento, Riscos Corporativos e IFIs, Risco de Crédito, Riscos Financeiros, Riscos - Metodologia, Processos e Infra-estrutura, Risco Operacional, Tecnologia, Tesouraria Global, Universidades e, por último, a unidade proponente do novo produto ou um representante do Comité Local de Novos Produtos.

Antes do lançamento de um novo produto ou serviço, essas Áreas, assim como, se for o caso, outros especialistas

independentes que se considerem necessários para avaliar correctamente os riscos incorridos (por exemplo, Prevenção de Branqueamento de Capitais), analisam exaustivamente os aspectos que possam ter uma implicação no processo, manifestando a sua opinião sobre a comercialização do produto ou serviço.

O Comité Global de Novos Produtos, à vista da documentação recebida, depois de verificar que são cumpridos todos os requisitos para a aprovação do novo produto ou serviço, e tendo em conta as directrizes de risco estabelecidas pela Comissão Delegada de Riscos do Grupo Santander, aprova, recusa ou estabelece condições para o novo produto ou serviço proposto.

O Comité Global de Novos Produtos considera especialmente a adequação do novo produto ou serviço ao modelo onde vai ser comercializado. Com esta finalidade, presta especial atenção a:

- Que cada produto ou serviço seja vendido por quem sabe como o vender.

- Que o cliente sabe onde investe e o risco que comporta o produto ou serviço onde investe e que isso possa ser documentado.

- Que o produto ou serviço se ajuste ao perfil de risco do cliente.

- Que cada produto ou serviço seja vendido onde se pode vender, não apenas por razões de tipo legal ou fiscal, ou seja, do seu encaixe no regime legal e fiscal de cada país, mas sim em atenção à cultura financeira do mesmo.

- Que ao aprovar um produto ou serviço sejam fixados limites máximos para a sua colocação.

• Manual de Procedimentos de Comercialização de Produtos Financeiros

Este Manual, que se vem aplicando no Banco Santander desde 2004 na comercialização retalhista de produtos financeiros em Espanha, foi objecto de uma profunda renovação em 2007, em consequência da entrada em vigor a 1 de Novembro da Directiva 2004/39 sobre Mercados de Instrumentos Financeiros (“MiFID”), que estabelece novos requisitos para a venda de produtos financeiros.

O objectivo do Manual consiste em garantir: (i) a

conveniente valorização dos produtos financeiros antes da sua utilização comercial; (ii) o desenvolvimento adequado das actividades comerciais de acordo com as características do serviço, do produto e do cliente; e (iii) o cumprimento da normativa aplicável aos processos de comercialização de produtos financeiros, incluindo MiFID.

Ficam sujeitos a este Manual os serviços de investimento sobre produtos financeiros, incluindo: valores ou outros instrumentos financeiros de rendimento fixo ou variável, instrumentos de mercado monetário, participações em instituições de investimento colectivo, seguros de poupança e investimento, derivados

negociados e OTC e contratos financeiros atípicos. Não obstante, o Comité Global de Novos Produtos poderá incluir outros no âmbito do Manual de Procedimentos.

O Manual parte da segmentação dos clientes e produtos, e estabelece vários regimes de tratamento comercial dependendo fundamentalmente do tipo de serviço que está a ser prestado. Da

combinação destes elementos (categoria de cliente, classe de produto e tratamento comercial) resulta uma matriz que determina o tipo de mecanismo a aplicar (teste de conveniência, teste de idoneidade) para avaliar a adequação do cliente ao produto, e que tipo de advertências devem ser efectuadas ao cliente.

A segmentação de clientes e produtos resulta do cruzamento da classificação interna já aplicada pelo Santander antes de MiFID com a classificação estabelecida por MiFID, com o que se consegue um nível de protecção superior ao mínimo requerido por MiFID.

Os diferentes tipos de tratamento comercial, graduados de maior para menor implicação do Banco, são: (i) venda

assessorada, que inclui, por sua vez, assessoramento e gestão de carteira, e (ii) venda não assessorada, que abarca

comercialização e mera execução.

Durante o ano de 2007 foram apresentados para aprovação 120 produtos sujeitos a esse Manual. Apesar da grande maioria dos produtos apresentados terem sido fundos de investimento, também foi autorizada a comercialização de outras categorias de produtos como warrants, produtos de cobertura, participações preferenciais e ofertas públicas de venda e/ou subscrição de valores.

Destes 120 produtos, 68 foram novos produtos submetidos ao Comité Global de Novos Produtos e 52 foram produtos não novos submetidos ao Escritório do Manual (órgão específico criado para velar pela implementação do Manual, integrado na Direcção de Cumprimento). A categorização destes 120 produtos é a seguinte: 36 foram classificados como produtos verdes (30%), 49 como produtos amarelos (41%) e 32 como produtos vermelhos (27%). Existem três produtos aos quais não foi atribuída cor: dois deles porque são genéricos e será atribuída uma cor a cada emissão que se pretenda comercializar e o outro porque a sua aprovação foi condicionada por uma revisão posterior. As cores vermelha, amarela e verde são atribuídas apenas em função do risco de perda apresentado pelo produto, mas também atendendo à maior ou menor dificuldade do público para entender as suas

características.

Dos 28 produtos aprovados a partir de 1 de Novemnro, 19 foram catalogados como produtos complexos sob o MiFID e 9 como produtos não complexos.

A Comissão Delegada de Riscos, como órgão máximo responsável pela gestão global do risco e de todas as classes de operações bancárias, valoriza, com o apoio da Divisão de Secretaria Geral, o risco reputacional no seu âmbito de actuação e decisão.

Pelo seu lado, a Comissão de Auditoria e Cumprimento supervisiona o risco reputacional do Grupo assumindo, entre outras funções, a vigilância do cumprimento do Código de Conduta do Grupo nos Mercados de Valores, dos Manuais e procedimentos de prevenção de branqueamento de capitais e, em geral, das regras de

governo e cumprimento do Banco, fazendo as propostas necessárias para o seu melhoramento.

Os Anexos deste Relatório Anual (páginas 345 a 347) descrevem o modelo de actuação do Grupo em relação aos riscos reputacional e de cumprimento. Além disso, o Relatório da Comissão de Auditoria e Cumprimento, que foi emitido pela própria Comissão e que é distribuído em conjunto com este Relatório Anual, contém uma descrição completa das suas actividades em 2007.