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Rede Santander

Santander Banesto Consumer Finance Portugal

Milhões de euros 2007 (%) 2007 (%) 2007 (%) 2007 (%)

Resultados

Margem financeira 2.876 21,7 1.455 17,9 2.085 51,2 718 8,8

Resultados por equivalência patrimonial — — 1 — 8 33,2 — —

Comissões líquidas 1.654 3,9 626 6,7 538 37,0 364 (0,7)

Actividades de seguros — — 53 25,6 — — 25 38,6

Margem comercial 4.529 14,5 2.135 14,6 2.631 48,0 1.107 6,0

Resultados líquidos por operações financeiras 218 (4,4) 147 18,3 7 (84,7) 107 85,1

Produto bancário 4.747 13,5 2.282 14,8 2.638 44,5 1.214 10,1

Serviços não financeiros (líquido) e

outros resultados de exploração 3 (69,2) 9 (13,0) 31 4,1 (8) (23,1)

Custos de exploração (1.887) 7,0 (978) 4,4 (803) 22,6 (534) 2,4 Custos de transformação (1.655) 8,1 (861) 5,0 (736) 24,2 (464) 1,4 De pessoal (1.232) 6,6 (659) 6,0 (345) 27,1 (300) 2,2 Gastos gerais (423) 12,6 (203) 1,8 (391) 21,8 (164) 0,1 Amortizações (232) (0,1) (117) 0,2 (67) 7,3 (70) 9,2 Margem de exploração 2.863 17,9 1.312 23,7 1.867 55,5 672 17,8

Perdas líquidas por deterioração de créditos (343) 1,6 (233) 22,9 (842) 112,0 (21) (47,7)

Outros resultados (11) 37,1 5 (79,5) 26 347,4 (21) 184,6

Resultado antes de impostos (sem mais valias) 2.509 20,4 1.083 21,3 1.051 29,9 630 20,6

Imposto sobre sociedades (703) 21,7 (329) 15,3 (314) 33,8 (118) 20,0

Resultado da actividade corrente 1.806 20,0 754 24,2 737 28,3 512 20,8

Resultado de operações interrompidas (líquido) — — — (100,0) — — — —

Resultado consolidado do exercício (sem mais valias) 1.806 20,0 754 (0,4) 737 28,3 512 20,8

Resultado atribuído a minoritários 1 — 86 (50,0) 18 95,7 1 11,3

Resultado atribuído ao Grupo (sem mais valias) 1.806 19,9 668 14,2 719 27,1 511 20,8

Líquido de mais valias e extraordinários — — — (100,0) — — 16 —

Resultado atribuído ao Grupo 1.806 19,9 668 (46,9) 719 27,1 527 24,6

Balanço

Créditos a clientes* 116.798 10,7 74.034 21,2 45.731 15,9 30.119 6,2

Carteira de negociação (sem créditos) — — 4.563 (12,1) 21 116,5 973 18,7 Activos financeiros disponíveis para venda 9 201,2 5.024 (46,2) 192 299,6 1.103 53,3

Entidades de crédito* 136 17,2 19.668 (6,8) 2.912 (46,7) 4.397 (52,9)

Imobilizado 2.191 0,0 1.342 34,3 839 30,5 484 10,9

Outras contas de activo 646 (2,1) 5.440 (3,2) 1.568 21,7 4.923 6,3

Total activo / passivo e capitais próprios 119.780 10,5 110.071 6,5 51.263 9,3 42.001 (5,2)

Depósitos de clientes* 50.195 (2,7) 51.894 17,2 13.883 3,3 12.225 0,9

Débitos representados por Títulos* — — 28.568 19,6 18.080 73,4 10.242 17,5

Passivos subordinados — — 1.470 4,0 557 (3,7) 352 (4,9)

Passivos por contratos de seguros — — — (100,0) — — 4.077 8,5

Entidades de crédito* 259 201,6 15.483 (22,4) 14.493 (25,8) 11.813 (26,3)

Outros passivos 61.028 23,9 8.953 (9,2) 2.170 61,7 1.814 3,7

Recursos próprios 8.297 10,8 3.704 35,5 2.079 29,6 1.477 (5,2)

Outros recursos geridos de clientes 51.288 (7,8) 14.103 (16,5) 433 13,0 10.947 (3,6) Fundos de investimento 40.840 (14,2) 10.605 (18,3) 360 11,3 5.698 (5,7)

Fundos de pensões 6.802 6,0 1.626 1,0 73 22,5 1.488 2,8

Patrimónios administrados — — 680 (32,3) — — 288 (23,5)

Seguros de poupança 3.646 126,3 1.191 (7,2) — — 3.473 (0,5)

Recursos geridos de clientes 101.483 (5,4) 96.034 11,1 32.953 32,7 33.766 3,7

Em 2007 a Rede Santander manteve o seu modelo de crescimento rentável, compatibilizando o aumento de actividade, resultados e investimento na rede comercial e clientes. Isto foi traduzido num resultado de 1.806 milhões de euros, 19,9% mais do que no exercício anterior.

É um crescimento de qualidade que obedece a: recorrência das adesões (apoiada num aumento sustentado da margem financeira), controlo dos custos (cujo aumento se deve

principalmente aos investimentos efectuados nos programas de reforço da capacidade comercial) e ao aumento moderado das dotações líquidas para créditos, devido à elevada qualidade do crédito.

Numa análise mais detalhada dos resultados, destaca-se o forte crescimento da margem financeira, que finaliza o ano com 2.876 milhões de euros, mais 21,7% do que em 2006, depois de ter aumentado trimestre a trimestre de forma consecutiva nos dois últimos exercícios. Esta evolução deve-se ao efeito conjunto de crescimento da actividade e à gestão eficaz dos diferenciais com clientes, que passam de 3,24% em 2006 para 3,77% em 2007.

Pelo seu lado, as adesões por comissões e ROF de clientes elevam-se a 1.871 milhões de euros, 2,9% acima de 2006. O aumento de 3,9% mais comissões reflecte uma evolução

consistente com a estratégia "Queremos ser o teu Banco". Por um lado supõe uma descida de 4% nas comissões por serviços, ao que se junta a desaceleração das procedentes de fundos de

investimento em linha com a tendência do mercado. Por outro, um crescimento nas comissões ligadas à maior actividade comercial como são os planos de pensões (+15%), valores (+10%), seguros (+31%) e carteira comercial (+32%).

Com tudo isto, o total de adesões totaliza 4.747 milhões de euros, mais 13,5% do que em 2006, e apresenta uma estrutura adequada, tanto por segmentos como por produtos. Entre os primeiros, a banca de particulares contribui com 42% do total, a banca pessoal e privada com 13%, as PMEs e negócios com 29% e, por último, as empresas e instituições, com 16%.

No que se refere ao detalhe por produtos, o seu peso foi equilibrado nos últimos exercícios, com créditos, depósitos e comissões por negócio oferecendo praticamente os mesmos pesos. Assim, em 2007, as adesões procedentes dos créditos representam 29% (apenas 9% procedem directamente de hipotecas), os de depósitos 28% e as comissões por negócio 29%. O restante divide-se entre comissões de serviços, que diminuíram para metade do peso que tinham em 2005, e ROF de clientes, que pelo contrário aumentam como maior actividade desenvolvida neste capítulo.

Em relação aos custos, foi mantida a política de controlo já habitual na Rede Santander. O crescimento do ano (+7,0%) foi originado principalmente nos projectos incluídos no plano estratégico I09 (abertura de balcões, relançamento de meios de pagamento e consumo e fortalecimento dos segmentos de empresas e de negócios - profissionais autónomos e lojas.

Apesar deste aumento de custos, algo superior ao habitual da Rede, o diferencial entre adesões e custos situa-se em 6,5 p.p., o que permite um melhoramento de 2,3 p.p. no rácio de eficiência que rompe claramente a barreira de 40%, ao fechar o exercício em 38,7%.

A evolução de adesões e custos situa a margem financeira nos 2.863 milhões de euros, mais 17,9% do que em 2006.

O conjunto de dotações líquidas para créditos situa-se em 343 milhões de euros, com aumento no ano de apenas 1,6%. Neste aumento moderado incide a menor necessidade para genéricas em 2007 devido ao menor crescimento dos volumes. Em qualquer caso, a qualidade de crédito faz com quem, apesar desta diminuição, as provisões genéricas continuem a ser o principal componente das dotações (supõem 66%), e que as dotações específicas, líquidas de recuperações de vencidos, apenas representem 0,09% do valor total de risco.

Depois de provisões, o resultado antes de impostos alcança os 2.509 milhões de euros, 20,4% acima de 2006, percentagem que praticamente se mantém no resultado atribuído (1.806 milhões; +19,9%).

A actividade comercial tem a sua principal alavanca na estratégia "Queremos ser o teu Banco", que se ampliou a novos colectivos em princípios de 2007. Os seus objectivos principais são a captação e vinculação de clientes e o melhoramento na

qualidade de serviços, e em ambos melhorámos durante o ano.

No capítulo de captação e vinculação, os crescimentos do exercício superam os de 2006 e devemos referir, como referência, que o número de clientes beneficiários aproxima-se já dos 4 milhões, praticamente a metade dos mais de oito milhões com que conta a Rede Santander. Em Janeiro de 2006, momento de lançamento da estratégia, o número de beneficiários era de 2,4 milhões.

Os segmentos de clientes com que ampliou a estratégia em 2007 oferecem indicadores muito bons: aumento de 13.000 TPVs activos, 130.000 novos clientes imigrantes e 600.000 remessas do exterior, mais de 50.000 novos estudantes universitários captados e a incorporação no plano, por alcançar 500 ou mais acções, de 160.000 accionistas. 87 RÁCIO DE EFICIÊNCIA MARGEM DE EXPLORAÇÃO E CUSTOS % de variação 2007 / 2006 %

REDE SANTANDER

41,0 38,7 +13,5 +7,0 Margem de Custos 2006 2007 Exploração

REDE SANTANDER

O resultado atribuído de 2007 foi de 668 milhões de euros. Neste exercício não foram contabilizados extraordinários, ao contrário de 2006, onde foram incluídas mais valias pela venda da Urbis (o Banesto contabilizou 1.181 milhões antes de impostos) e uma dotação extraordinária para um plano de pré-reformas (256 milhões de euros). Em termos homogéneos, ou seja, sem incluir as mais valias e dotações extraordinárias de 2006, nem os resultados obtidos nesse exercício pela Urbis (contabilizados na alínea de operações interrompidas), o resultado da actividade corrente aumenta 24,2%. Este crescimento apoia-se num avanço de 14,8% nas adesões e de 23,7% na margem financeira.

Como os restantes segmentos, os dados foram reelaborados de acordo com os critérios indicados na página 82 deste Relatório, pelo que não coincidem com os publicados pela entidade.

No ano de 2007 o elevado nível de actividade do Banesto e uma gestão activa do balanço e dos diferenciais foram chave para superar a forte concorrência e as tensões sofridas pelos mercados financeiros na segunda parte do ano. Isto traduziu-se em crescimentos notáveis do balanço e dos resultados e no cumprimento dos objectivos públicos fixados para este exercício de quota, rentabilidade, eficiência e morosidade.

Neste exercício, o Banesto completou o Plano de Expansão de Rede, iniciado em 2006, o qual, com a abertura de 300 balcões, reforçou a capacidade comercial da entidade.

Deste modo, durante 2007 foi aprofundado um modelo de negócio que se caracteriza por um crescimento rentável, eficiente e diversificado, um estrito controlo de custos e uma A actividade comercial desenvolvida com esta ampla base de

clientes permitiu-nos conseguir valor significativos de contratação nos produtos chave. Foram captados 360.000 clientes com salários, 76.000 com hipotecas e 121.000 clientes com plano de pensões, valores que, sem dúvida, reflectem o esforço realizado para melhorar os rácios de venda cruzada. Também se destaca a actuação noutros produtos e serviços, como a emissão de mais do que 800.000 cartões, a concessão de 250.000 novos créditos ao consumo e mais de 200.000 seguros de vida e habitação.

Em saldos de balanço, o crédito aumenta 11%, desacelerando no ano, principalmente devido às hipotecas, que sobem 10%. Pelo contrário, são as PMEs e lojas, reflexo da estratégia comentada anteriormente, as que mais melhoram o seu saldo, 18%.

Tudo isso mantendo uma elevada qualidade de risco de crédito. O índice de morosidade é de 0,65%, depois de registar um aumento de apenas 8 pontos básicos no ano, o que, dentro da tendência de ligeiro deslizamento ao abrigo do sector, é um dos melhores das entidades comparáveis. Adicionalmente, a cobertura é de 248%.

Em relação à captação do desafio comercial mais destacado do ano, e que demonstra a elevada capacidade comercial da Rede Santander, foi a colocação entre mais de 125.000 investidores da

emissão de Valores Santander. Essa emissão, por um valor de 7.000 milhões de euros, foi contabilizada no mês de Outubro.

Este impacto não é reflectido nos valores de passivo da unidade, dado que, pelo seu carácter de capitais próprios, são contabilizados em Gestão Financeira. Por isso, os depósitos contabilizados no balanço da Rede diminuem 3%, considerando que os Valores Santander no total de recursos de clientes em balanço subiram 12%. Por seu lado, os fundos de investimento seguem a mesma tónica de desaceleração do resto do mercado, os fundos de pensões aumentam 6% e os seguros de poupança - investimento, onde se actuou com grande dinamismo, contam já com um saldo de 3.646 milhões de euros, depois de duplicarem no ano.

O segundo objectivo básico da estratégia de clientes é, como foi comentado, o melhoramento da qualidade do serviço. "Queremos ser o teu Banco" actuou como catalizador de um melhoramento geral da satisfação dos clientes. Por um lado, aumentou a percentagem de clientes satisfeitos para 94% nos beneficiários do plano, por outro, as reclamações de clientes apresentam as suas quotas mais baixas dos últimos anos. A redução experimentada em 2007 supera os 60%, a que se acrescenta a já sentida em 2006. RESULTADO ATRIBUÍDO RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Milhões de euros Milhões de euros

REDE SANTANDER

COBERTURA MOROSIDADE % % 2006 2007 2006 2007 296 248 -48 p.p. 0,57 0,65 +8 p.b.

REDE SANTANDER

2006 2007 2006 2007 1.505 1.806 +19,9% 2.429 2.863 +17,9%

BANESTO

excelente qualidade de risco, e continuou-se a desenvolver os projectos estratégicos da entidade:

• Foi consolidado o Plano de PMEs, lojas e autónomos, o que aumentou, em linha com os objectivos do ano, o peso em PMEs e empresas, que compensaram a desaceleração iniciada no mercado imobiliário.

• A Unidade de Consumo, que engloba os negócios de cartões, prescritores e financiamento directo, foi convertida em apenas dois anos num importante centro inovador e impulsionador da venda cruzada de produtos, tanto através da Rede de balcões como dos novos canais de distribuição.

• Em Particulares continuou-se a desenvolver uma estratégia centrada na oferta de maior valor. Neste sentido o lançamento de novos produtos foi centrado em campanhas que, além de cobrir as necessidades de serviços financeiros, facilitam aos clientes a aquisição de bens de consumo de última geração em condições vantajosas.

• O Plano Menara, lançado em Janeiro de 2007 e concebido como um Plano de Eficiência com o triplo objectivo de optimizar os processos de negócio, maximizar a eficiência comercial e melhorar a qualidade de serviços, começou a dar os seus primeiros frutos: importantes aumentos nos volumes de negócio por empregado e libertação de postos para a actividade comercial.

Uma análise mais detalhada da conta de resultados indica que a margem financeira ascendeu a 1.455 milhões de euros, 17,9% superior ao alcançado em 2006. Uma gestão efectiva do balanço, que se traduziu num crescimento sustentado e de qualidade do negócio, especialmente em PMEs e empresas, em conjunto com a gestão de preços e diferenciais, foram as chaves desta evolução.

Os proveitos líquidos por comissões e a actividade de seguros alcançaram os 678 milhões de euros, mais 7,9% do que no ano anterior. Dentro delas, as comissões cobradas por serviços ascenderam a 513 milhões de euros (+7,3%) e uma evolução de qualidade, com maiores aumentos nas alíneas de adesões derivadas da transaccionalidade e vinculação. As comissões de fundos de investimento e pensões, apesar da diminuição de

saldos, supuseram 192 milhões de euros, mais 1,0% do que em 2006, graças ao melhoramento da comissão média recebida durante 2007. As comissões pagas, ligadas ao aumento de actividade, cresceram 6,8%. Por último, as adesões geradas pela actividade de seguros continuaram com uma evolução notável, alcançando os 53 milhões de euros, que representam um avanço de 25,6% sobre 2006.

Os resultados por operações financeiras ascenderam a 147 milhões de euros, com um aumento de 18,3%. A distribuição de produtos de tesouraria a clientes foi o principal motor desta alínea.

Como resultado de tudo o anterior, o produto bancário alcançou os 2.282 milhões de euros, com um melhoramento de 14,8% em relação ao obtido no ano anterior.

A disciplina de controlo de custos do Grupo foi traduzida num aumento de apenas 4,4%, cumprindo os objectivos de eficiência que foram definidos no plano de expansão da rede, iniciado em 2006. Este aumento dos custos, notavelmente inferior ao registado nas adesões, supõe um novo melhoramento do rácio de eficiência, que, ao finalizar 2007, baixou para 41,2%, face aos 45,3% registados um ano antes.

O resultado de exploração gerado foi de 1.312 milhões de euros, com um avanço de 23,7% em relação ao registado em 2006. 89 %

BANESTO

45,3 41,2 +14,8 +4,4 Margem de Custos 2006 2007 Exploração

RESULTADO ACT. CORRENTE RESULTADOS DE

EXPLORAÇÃO

Milhões de euros Milhões de euros

BANESTO