O Conselho de Administração do Banco expressamente assume a função de supervisão geral das operações do Grupo, exercendo direta e intransferivelmente as responsabilidades que competem à referida função. Ao Comitê de Auditoria e Conformidade (Compliance) do Conselho caberão, entre outras, as seguintes funções nas áreas de informação, controle contábil e avaliação do sistema de compliance:
1. Apresentar relatório, por meio de seu Presidente ou Secretário, em Assembléia Geral Ordinária sobre quaisquer assuntos de interesse levantados pelos acionistas e que sejam matéria da alçada do Comitê.
2. Propor a nomeação dos auditores, os termos e condições da contratação, o escopo do trabalho e, se for o caso, a revogação ou não renovação da contratação.
3. Revisar as demonstrações financeiras do Banco e as
demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, fiscalizando o cumprimento das exigências legais e a correta aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos.
4. Servir de canal de comunicação entre o Conselho de Administração e os auditores e avaliar os resultados de cada exame de auditoria e as respostas da Administração às suas recomendações.
5. Tomar conhecimento do processo de elaboração de informações financeiras e dos sistemas de controle interno.
6. Monitorar quaisquer situações que possam colocar em risco a independência dos auditores e, particularmente, verificar quanto representa sobre a receita total da firma de auditoria, em termos percentuais, os honorários profissionais que lhes são pagos, sob todos os aspectos. Referidos honorários devem ser informados publicamente.
7. Revisar, anteriormente à divulgação, as informações financeiras periódicas fornecidas pelo Banco e o Grupo aos mercados e aos órgãos de fiscalização, certificando-se de que as informações são elaboradas de acordo com os mesmos princípios e práticas aplicados às demonstrações financeiras.
8. Verificar a observância do Código de Conduta do Grupo com relação aos mercados de títulos e valores mobiliários, aos manuais e procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e, em geral, às regras de governança do Banco, submetendo as propostas necessárias para melhoria.
Para tais fins, deverá o Comitê de Auditoria e Compliance reunir-se sempre que julgar necessário (desde que, no mínimo, quatro vezes ao ano) com os responsáveis pelas áreas de negócio do Grupo, assim como com os profissionais encarregados das áreas de suporte e gestão de risco, especialmente com a Controladoria e a Auditoria Interna do Banco e do Grupo, e com os auditores externos, para analisar seus relatórios e recomendações.
Nossos auditores externos, da organização mundial Deloitte, examinam anualmente as demonstrações financeiras de
praticamente todas as empresas que integram o Grupo Santander, com o objetivo de emitir seu parecer profissional sobre as mesmas. Os auditores externos são regularmente informados de nossos controles e procedimentos, definem e aplicam testes de auditoria com total liberdade e dispõem de livre acesso ao Presidente, ao Segundo Vice-Presidente e Diretor Executivo e aos demais Vice- Presidentes do Conselho de Administração do Banco, para apresentar suas conclusões e discutir suas recomendações visando melhorar a eficiência dos sistemas de controle interno.
O Presidente do Comitê de Auditoria e Compliance reúne-se periodicamente com os auditores externos no intuito de garantir a efetividade de seus exames e analisar possíveis situações que poderiam comprometer sua independência. Neste sentido, consoante as mais avançadas práticas de transparência nas informações submetidas à apreciação dos acionistas (conforme
descrito na Nota 50 às demonstrações financeiras consolidadas), informa-se por meio deste que os honorários incorridos pelo Grupo com os exames de auditoria das demonstrações financeiras realizados pela organização mundial Deloitte corresponderam, no exercício de 2005, a 15,8 milhões de euros (15,9 milhões de euros no exercício de 2004), e ao montante de 3,9 milhões de euros (4,1 milhões de euros em 2004) para outros relatórios exigidos pelas normas legais e tributárias expedidas pelos órgãos nacionais de fiscalização dos países em que o Grupo atua, revisados pela organização mundial Deloitte. Adicionalmente, no exercício de 2005 foram incorridos honorários de 5,4 milhões de euros com relação à auditoria de controles internos, realizada de acordo com as exigências da Lei Sarbanes-Oxley, dos EUA, de cumprimento obrigatório pelo Grupo no exercício de 2006.
Visando facilitar a análise das situações que possam comprometer a independência dos auditores tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo, seguem abaixo informações importantes sobre os critérios estabelecidos no “Painel O'Malley” e em outros
documentos internacionais relevantes para avaliar a efetividade da prática de auditoria externa:
1. A relação entre o montante faturado por nosso principal auditor no tocante a serviços outros que não de atestação (5,1 milhões de euros) e os honorários referentes a exames de auditoria das demonstrações financeiras e outros relatórios exigidos por lei correspondeu a 0,2 no exercício de 2005 (0,23 em 2004). A título de referência, e de acordo com as informações disponíveis sobre as principais instituições financeiras do Reino Unido e dos Estados Unidos cujas ações são negociadas em mercados organizados, os honorários anuais que, em média, foram pagos pelas referidas instituições a seus auditores por serviços outros que não de atestação no exercício de 2004 corresponderam a cerca de 0,27 vezes os honorários percebidos por serviços de auditoria. Os serviços contratados de nossos auditores cumprem os requisitos de independência estatuídos pela Lei no. 44/2002, de 22 de novembro, sobre as Medidas de Reforma do Sistema Financeiro, bem como os estabelecidos pela “Lei Sarbanes-Oxley de 2002” adotada pela “Comissão de Valores Mobiliários” dos Estados Unidos “SEC” e pelo Regulamento do Conselho de Administração do Banco. 2. Importância relativa dos honorários gerados por um cliente em
relação aos honorários totais da firma de auditoria: o Grupo adotou a política de não contratar firmas de auditoria se os honorários a serem pagos às firmas de auditoria pelos serviços prestados excedessem 2% de sua receita total.
O montante faturado pela organização mundial Deloitte é inferior a 0,15% de sua receita total. No caso da Espanha, tal quociente é inferior a 1,4% da receita líquida de nossa principal firma de auditoria. Em vista do todo o exposto, o Comitê de Auditoria e Compliance entende que não existem razões objetivas que permitam questionar a independência de nossos auditores.
* * * * *
As demonstrações financeiras consolidadas contidas no presente Relatório Anual são apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União Européia, tendo sido obtidas com base nas demonstrações elaboradas pelos conselheiros do Banco Santander Central Hispano, S.A. a partir dos registros contábeis do Banco e de suas subsidiárias e coligadas. As demonstrações financeiras consolidadas aqui apresentadas diferem daquelas cuja emissão foi autorizada pelo conselho apenas com relação ao fato de que os Anexos I, II e III contidos no presente Relatório Anual incluem as empresas mais significativas que integram o Grupo, enquanto os Anexos às demonstrações financeiras consolidadas colocadas à disposição de todos os acionistas desde a data de convocação da Assembléia Geral Ordinária compreendem todas as empresas do Grupo. As demonstrações financeiras consolidadas cuja emissão foi autorizada pelo conselho serão submetidas à aprovação da Assembléia Geral Ordinária.
164
Grupo Santander
Balanços patrimoniais consolidados levantados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (Notas 1 a 4)
Milhares de Euros
Ativo Nota 2005 2004 (*)
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 16.086.458 8.801.412
Ativos financeiros mantidos para negociação: 154.207.859 111.755.936
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 6 10.278.858 12.878.171
Empréstimos e adiantamentos a clientes 10 26.479.996 17.507.585
Instrumentos de dívida 7 81.741.944 55.869.629
Outros instrumentos de capital 8 8.077.867 4.419.338
Derivativos para negociação 9 27.629.194 21.081.213
Outros ativos financeiros a valor justo
via resultado: 48.862.267 45.759.095
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 6 2.428.663 6.524.070
Empréstimos e adiantamentos a clientes 10 6.431.197 5.291.551
Instrumentos de dívida 7 9.699.237 19.632.958
Outros instrumentos de capital 8 30.303.170 14.310.516
Ativos financeiros disponíveis para venda: 73.944.939 44.521.323
Instrumentos de dívida 7 68.054.021 36.702.487
Outros instrumentos de capital 8 5.890.918 7.818.836
Empréstimos e créditos: 459.783.749 394.431.900
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 6 47.065.501 38.977.533
Operações no mercado aberto através de
contrapartes - 3.907.905
Empréstimos e adiantamentos a clientes 10 402.917.602 346.550.928
Instrumentos de dívida 7 171.203 -
Outros ativos financeiros 24 9.629.443 4.995.534
Investimentos mantidos até o vencimento - -
Variações no valor justo de itens objeto de hedge contra risco de taxa de juros - -
Derivativos de hedge 11 4.126.104 3.824.936
Realizável a longo prazo destinado à venda: 336.324 2.097.164
Instrumentos de capital 12 - 1.814.418
Ativos tangíveis 12 336.324 282.746
Investimentos: 3.031.482 3.747.564
Em Coligadas 13 3.031.482 3.747.564
Contratos de seguro vinculados a previdência 14 2.676.365 2.753.816
Ativos provenientes de resseguro 15 2.387.701 3.045.804
Ativos tangíveis: 9.993.207 10.585.193
De uso próprio 16 5.204.931 4.925.231
Investimentos imobiliários 16 667.449 2.115.823
Outros ativos cedidos em arrendamento mercantil 16 4.120.827 3.544.139
Item de conta de compensação: Adquiridos em operações de arrendamento financeiro 83.459 41.117
Ativos intangíveis: 16.229.271 15.503.274
Ágio 17 14.018.245 15.090.541
Outros ativos intangíveis 17 2.211.026 412.733
Ativos fiscais: 10.127.059 9.723.970
Corrente 1.217.646 1.381.722
Diferido 27 8.909.413 8.342.248
Despesas antecipadas e receitas acumuladas 18 2.969.219 3.029.728
Outros ativos: 4.344.910 4.905.185 Estoques 2.457.842 1.582.675 Outros 19 1.887.068 3.322.510 Total do activo 809.106.914 664.486.300 Passivos contingentes:: 48.453.575 31.813.882 Avais e fianças 35 48.199.671 31.511.567
Ativos destinados a honrar obrigações de terceiros 35 24 24
Outros passivos contingentes 35 253.880 302.291
Obrigações contingentes: 96.263.262 74.860.532
Disponíveis a terceiros 35 77.678.333 63.110.699
Outras obrigações 35 18.584.929 11.749.833
(*) Dados apresentados somente para fins comparativos
As Notas 1 a 58 e Anexos são parte integrante do balanço patrimonial consolidado levantado em 31 de dezembro de 2005
Tradução das demonstrações financeiras consolidadas originalmente emitidas em idioma espanhol e elaboradas de acordo com as IFRSs adotadas pela União Européia (vide notas 1 e 58). Em caso de divergência, prevalecerá a versão elaborada em idioma espanhol.