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Relatório por segmentos Rede Santander

No documento Relatório Anual 5. l 05 (páginas 99-102)

A Rede Santander fecha o exercício de 2005 com um lucro atribuído de 1,285 bilhão de euros, que traduzem um aumento face ao ano anterior de 44,1%. Destaca-se o equilíbrio entre as diferentes linhas de sua conta de resultados, tanto em geração de receitas como em contenção de despesas e provisões.

O crescimento rentável da atividade, com uma adequada combinação entre o aumento dos saldos do investimento creditício (+15%) e recursos (+8%) e a defesa das margens do negócio, em um enquadramento de baixas taxas de juros, foram as chaves deste exercício.

O ano de 2005 foi de recuperação da margem de intermediação, que melhora trimestre a trimestre até alcançar os 2,082 bilhões, para o todo o ano, 9,4% acima do obtido em 2004, taxa que duplica as apresentadas no início do exercício.

Por sua vez, a evolução positiva das comissões e resultados por operações financeiras com clientes complementaram a contribuição da margem de intermediação. As receitas por comissões totais e ROF foram de 2,014 bilhões, distribuídos entre financeiras (270 milhões, contabilizadas na margem de intermediação), de serviços (824 milhões), de fundos, valores e planos de pensões (723 milhões) e de lucros em câmbio e derivados de taxas de juros (197 milhões). O seu crescimento total foi de 10,0% relativamente a 2004.

A margem ordinária chega a 3,826 bilhões, 8,3% superior à do ano anterior. Este aumento das receitas é mais relevante se levarmos em consideração que se consegue uma redução de 1,2% nos custos de exploração, que apresentam uma boa evolução tanto nas despesas de pessoal, como nas gerais e nas amortizações.

A gestão dos custos voltou a ser, mais um ano, excelente, já que tal referida redução nominal de 1,2% nos mesmos foi conseguida em um exercício em que foram abertas mais de 100 agências e se implementou a plataforma

tecnológica Partenón em toda a Rede.

A evolução das receitas e despesas faz com que a margem de exploração aumente 17,2% e ultrapasse os 2,1 bilhões de euros. Além disso, os quocientes de eficiência (com amortizações) e de recorrência (comissões + ROF / despesas de pessoal + gerais) voltam a melhorar, chegando a 44,0% e 116,8%, respectivamente, com melhorias apreciáveis sobre os apresentados em 2004.

Por outro lado, a qualidade do risco de crédito se mantém nos elevados padrões observados ao longo do exercício. Os indicadores base refletem esse comportamento. Por um

lado, o quociente de inadimplência totaliza 0,59%, valor que se manteve praticamente inalterado todo o ano, enquanto o da cobertura aumenta para 289%. Por outro, a dotação de provisões para insolvências diminui 43,7% em relação à de 2004, depois de implantados os novos critérios estabelecidos pelas Normas Internacionais de Contabilidade.

O crescimento da margem de exploração e a menor necessidade de provisões contribuem para que o lucro atribuído do exercício atinja os 1,285 bilhão de euros, representando uma alta de 394 milhões e 44,1% que o gerado no exercício de 2004.

O aumento das receitas esteve apoiado no dinamismo da atividade comercial rentável, isto é, na obtenção de um aporte adequado de cada linha de produto e de cada segmento de clientes. Assim, o investimento creditício aumentou a ritmos de 15%, fazendo-o de forma

diversificada por produtos: créditos e empréstimos (+19%), hipotecas (+16%), leasing/renting (+14%) e carteira comercial (+1 %); e por cada um dos segmentos de clientes: grandes empresas (+13%), empresas (+16%), PMEs (+19%), microempresas (+32%) e particulares (+13%).

No que se refere aos recursos de clientes, aumentam 7,3 bilhões e 8%, depois de absorver no exercício o

vencimento de quase 5 bilhões de euros de depósitos e fundos da gama Super Satisfação (comercializados em 2002). Este crescimento é distribuído da seguinte forma por produtos: contas correntes (+12,3%), contas poupança (+8,7%), prazo + fundos de investimento (+7,2%) e planos de pensões (+9,7%).

Esta evolução baseou-se em ações comerciais concebidas sobre produtos e serviços inovadores que aportam valor ao cliente. 2.101 1.793 891 1.285 2004 2005 2004 2005 M. exploração L. atribuído +17,2% +44,1%

Rede Santander

Margem de exploração e Lucro atribuído

Milhões de euros 072-121 Informe finan BR.qxd 4/7/06 12:44 Página 95

Em hipotecas, uma das atividades mais dinâmicas do setor, a gama “Super Revolução” permitiu contratar mais de 70.000 empréstimos com particulares, por um montante de 11,5 bilhões de euros. A este valor acrescentam-se 50.000 operações de empréstimos a empresas, como principais referenciais da atividade no ano em termos de investimento creditício.

Em recursos, volta a destacar-se a comercialização de fundos de investimento, principalmente através das gamas “Super Seleção Ações”, com 3,7 bilhões de subscrições líquidas, e “Dupla Oportunidade”, com outros 2,6. Por sua vez, os depósitos à vista aumentam 3 bilhões, para o que

contribuíram 40.000 operações da campanha lançada neste quarto trimestre, em acordo com a Amena, que combina o produto financeiro, Supercaderneta com o serviço de

telefonia deste fornecedor, mais um celular de última geração como oferta.

Finalmente, visando captar e vincular clientes, destaca-se a domiciliação de novas 50.000 folhas de pagamentos, no âmbito de uma campanha realizada em colaboração com diferentes fornecedores que promoveu descontos na utilização dos seus serviços.

Em síntese, conclui-se um exercício em que se reforçou a concentração no cliente, cujos avanços em termos de vinculação e fidelização, em conjunto com a

disponibilidade da plataforma tecnológica Partenón, permitirão enfrentar novos desafios no mercado financeiro de relação, sendo a qualidade de serviço a máxima prioridade para os próximos anos.

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2004 2005 48,3 Com amortizações Sem amortizações 44,0 41,1 37,9

Rede Santander

Índice de eficiência

% 0,59 0,60 269 289 2004 2005 2004 2005 Inadimplência Cobertura -1 p.b. +20 p.p.

Rede Santander

Taxas de inadimplência e cobertura

%

Banesto

O crescimento rentável, eficiente e sustentado do negócio, gerado basicamente nos segmentos chave da estratégia do Banesto, permitiu obter em 2005 resultados de qualidade, com significativos crescimentos em todas as margens, em conjunto com novas melhorias em eficiência e qualidade do risco.

Todos estes aspectos fizeram com que os objetivos que o Banesto tinha definido para 2005 fossem ultrapassados: um ganho de quota de negócio de 28 p.b.; fixar a eficiência, com amortizações, nos 40,0%; obter um ROE de 19% e manter o quociente de inadimplência, que foi de 0,49%, abaixo da média dos bancos concorrentes. À semelhança dos restantes segmentos, os dados do Banesto foram reelaborados segundo os critérios indicados nas páginas 89 e 90 do presente Relatório, pelo que os dados apresentados a seguir não coincidem com os dados publicados pela instituição.

A margem de intermediação totalizou 1,115 bilhão de euros, com uma melhoria de 10,2% face ao ano anterior, graças tanto ao nível da atividade desenvolvida, como a uma boa gestão de preços.

As comissões por serviços registraram um crescimento equilibrado em todas as suas atividades e traduziram-se em 547 milhões, que representam um avanço de 5,3% relativamente ao exercício anterior. As resultantes de fundos de investimento e pensões, que chegaram a 182 milhões, evoluíram a um ritmo inferior, em razão de uma política de captação de recursos mais voltada, nos últimos meses, para os depósitos a prazo, o que limitou o crescimento dos fundos. Pelo contrário, a atividade de seguros teve uma evolução muito favorável e gerou receitas de 29 milhões de euros, 38,1% acima dos valores obtidos em 2004.

Os resultados por operações financeiras continuam registrando o efeito da boa aceitação dos produtos de tesouraria por parte dos clientes. Chegaram a 102 milhões, 15,9% acima dos registrados em 2004. 072-121 Informe finan BR.qxd 4/7/06 12:44 Página 96

Relatório por segmentos

Em conseqüência do resultado anterior, a margem ordinária obtida em 2005 foi de 1,794 bilhão de euros, traduzindo um crescimento de 8,4% face a 2004. Os custos de exploração aumentaram 2,0%, variação coerente com a disciplina de controle de custos do Grupo que, em conjunto com o crescimento da margem ordinária, resultou numa nova melhoria no quociente de eficiência, que se situou em 42,6% face aos 46,6% registrados no ano anterior (incluindo amortizações).

Consequentemente, a margem de exploração do ano de 2005 totalizou 1,14 bilhão de euros, com um avanço de 18,9% face à gerada em 2004.

Destaca-se, em conjunto com o crescimento final, que a tendência foi muito favorável ao longo do exercício, levando a que todas as receitas e a margem de exploração do último trimestre fossem os maiores do ano.

As dotações líquidas para insolvências creditícias, 151 milhões de euros ficam 4,9% abaixo das realizadas no ano anterior. As dotações líquidas específicas envolveram unicamente 4 milhões de euros, 91% abaixo das de 2004. A dotação para a provisão genérica foi de 147 milhões de euros face aos 116 milhões dotados no ano anterior, aumento justificado pelo crescimento do crédito. Com esta evolução de receitas, despesas e dotações, o resultado, antes de impostos, totalizou 967 milhões de euros, crescendo 27,1% face ao ano anterior. Levando em consideração a previsão de impostos, o lucro atribuído ao Grupo atingiu 498 milhões de euros, representando uma evolução de 24,0% sobre 2004.

Com respeito ao volume de negócio, o investimento de crédito ajustado para o efeito das titularizações de empréstimos realizadas pelo Grupo, chega, no fim do exercício, a 49,973 bilhões de euros, com um crescimento de 23% face ao ano anterior.

Este crescimento do investimento foi realizado aplicando- se um cuidadoso controle da qualidade do risco. A taxa de inadimplência no fim de 2005 situou-se em 0,49%, abaixo de 0,64% registrado um ano antes. Em 2005, a taxa de cobertura também evoluiu de forma positiva, aumentando de 273% no fim de 2004 para o nível atual de 372%.

Os recursos de clientes contabilizados em balanço totalizaram, em 31 de dezembro de 2005, 56, 178 bilhões de euros, com um crescimento sobre o fim de 2004 de 31%, enquanto os recursos externos ao balanço aumentaram 15%. Desta forma, o total de recursos geridos alcançou os 71,231 bilhões de euros, com um aumento em 2005 de 28% 1.140 959 402 498 2004 2005 2004 2005 M. exploração L. atribuído +18,9% +24,0%

Banesto

Margem de exploração e Lucro atribuído

Milhões de euros 2004 2005 46,6 Com amortizações Sem amortizações 42,6 40,8 37,6

Banesto

Índice de eficiência

% 0,49 0,64 273 372 2004 2005 2004 2005 Inadimplência Cobertura -15 p.b. +99 p.p.

Banesto

Taxas de inadimplência e cobertura

% 072-121 Informe finan BR.qxd 4/7/06 12:44 Página 97

No documento Relatório Anual 5. l 05 (páginas 99-102)