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Atuando em rede, os conceitos brevemente comentados acima estruturam conteúdos cuja construção mobiliza as competências que mencionamos a seguir.

1. Utilizar linguagens nos três níveis de competência:

interativa, gramatical e textual

Ser falante e usuário de uma língua pressupõe:

• a utilização da linguagem na interação com pessoas e situações, envolvendo: – desenvolvimento da argumentação oral por meio de gêneros como o debate

– domínio progressivo das situações de interlocução; por exemplo, a partir do gênero entrevista;

• o conhecimento das articulações que regem o sistema lingüístico, em atividades de textualização:

– conexão; – coesão nominal; – coesão verbal;

– mecanismos enunciativos.

• a leitura plena e produção de todos os significativos, implicando: – caracterização dos diversos gêneros e seus mecanismos de articulação; – leitura de imagens;

– percepção das seqüências e dos tipos no interior dos gêneros;

– paráfrase oral, com substituição de elementos coesivos, mantendo-se o sentido original do texto.

2. Ler e interpretar

Ser leitor, no sentido pleno da palavra, pressupõe uma série de domínios: • do código (verbal ou não) e suas convenções;

• dos mecanismos de articulação que constituem o todo significativo; • do contexto em que se insere esse todo.

A competência de ler e interpretar pode desenvolver-se com atividades relacionadas a antecipação e inferência, título e índices, elementos da narrativa, efeitos de sentido, autoria: escolhas e estilo.

3. Colocar-se como protagonista na produção e recepção de textos

Ser produtor de textos, falados ou escritos, e atuar como interlocutor e leitor requer o desenvolvimento progressivo de diversas habilidades e competências. Entre tantas, a correspondência com os colegas e com membros da comunidade – por fax e correio eletrônico (e-mail, chat), por exemplo – é uma atividade que desenvolve essa competência.

4. Aplicar tecnologias da comunicação e da informação

em situações relevantes

A escola pode se valer de tecnologias largamente utilizadas fora dela visando promover passos metodológicos importantes para a sistematização dos conhecimentos. Por exemplo: • a gravação em vídeo de um debate regrado pode ser muito útil para promover a análise crítica da expressão oral, da consistência dos argumentos que sustentam opiniões, da postura corporal dos participantes;

• a navegação pela internet pode ser um procedimento sistemático na formação de um leitor que domina os caminhos do hipertexto e da leitura não-linear; • o processador de textos pode ser uma ferramenta essencial em projetos de

produção de textos que requeiram publicação em suporte que permita maior circulação social.

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Investigação e Compreensão

Conceitos

1. Correlação

Os múltiplos gêneros, escritos e orais, apresentam pontos que os aproximam e que os distanciam. A cantiga medieval apresenta pontos em comum com o cordel; é inegável, porém, que esses dois gêneros carregam marcas próprias, capazes de os diferenciar e singularizar, explicadas prioritariamente por suas características históricas. A reflexão sobre a gíria e o palavrão, cujo uso deve estar de acordo com a situação comunicativa, ativa esse conceito.

2. Análise e síntese

A correlação se amplia na medida em que se exercita a análise e, posteriormente, a síntese. A análise do contexto da época, que dá contorno à situação de produção e às escolhas efetivadas pelo autor de um texto, propicia o levantamento de elementos inter e intratextuais. A percepção de que textos produzidos em uma mesma época ou por um mesmo autor carregam marcas comuns pode conduzir a uma atividade de síntese, na qual se abstraem os pontos principais da análise. Essa é a forma em que se conduzem ou deveriam ser conduzidos os estudos sobre estilos de época na literatura.

3. Identidade

As diversas manifestações culturais da vida em sociedade são marcadas por traços que as singularizam, expressos pelas linguagens. Espera-se que o aluno do ensino médio consiga reconhecer e saiba respeitar produtos culturais tão distintos quanto um soneto árcade ou um romance urbano contemporâneo.

4. Integração

O reconhecimento de identidades – na língua, nos textos, entre as diversas linguagens – pode propiciar a integração entre essas manifestações da cultura. Essa integração possibilita, por exemplo, toda atividade intertextual, seja no interior de cada uma das linguagens, seja nas relações que se estabelecem entre elas. Um texto escrito originariamente para teatro, como o Auto da compadecida, de Ariano Suassuna, integra-se a outras linguagens quando transposto para a televisão ou o cinema. Ainda que cada suporte demande elementos expressivos próprios da linguagem que os caracteriza, cabe às diferentes mídias manter as características que identificam a obra.

5. Classificação

Discriminar categorias é uma tentativa de ordenar os saberes de forma clara e lógica, visando sua transmissão para outras pessoas, em outros tempos ou espaços. Sabe-se que toda classificação carrega em si uma tendência à simplificação e não é capaz de

abarcar a complexidade dos fenômenos por inteiro. Ainda assim, a escola tende a utilizar esse procedimento pois, por meio dele, pode-se atingir maior sistematização dos conhecimentos. A metalinguagem da gramática, os estilos de época na literatura, as denominações dos diversos gêneros textuais são algumas das classificações recorrentes na disciplina. Para além de serem um conteúdo engessado e um fim em si mesmas, representam caminhos de sistematização para se chegar às competências.

6. Informação versus redundância

Do ponto de vista da língua, é importante que o aluno domine estes dois conceitos não só para determinar a relevância de determinadas informações como também para proceder a análises críticas de textos escritos e orais. O professor poderá motivar o estudo dos conceitos pela comparação entre a língua falada e a escrita – aquela bem mais redundante que esta. Esses conceitos integram ainda a leitura crítica de textos veiculados pela mídia, especialmente o rádio – que emprega proposital e abundantemente a redundância – e a televisão.

Nos estudos gramaticais, o aluno poderá entender o porquê de emissões consideradas erradas pela norma culta (“os dois menino”; “as casa azul”; “dez real”...) se o professor analisar a redundância que marca a concordância nominal – e também alguns casos da concordância verbal – na língua portuguesa.

7. Hipertexto

O conceito refere-se à relação que une um texto B (hipertexto) a um texto anterior (hipotexto). Nessa relação, apresentam-se informações escritas organizadas de tal forma que o leitor tenha liberdade de determinar o caminho do olhar e, portanto, escolher seu trajeto de leitura.

Essa competência de ler de modo não-linear pode ser exercitada a partir da leitura e análise de diferentes hipertextos, em diferentes suportes e meios, como:

• a tela do computador, na qual o usuário tem possibilidades de abrir janelas, visando obter a informação desejada;

• revistas e jornais, com suas fotos, legendas, boxes, mapas, tabelas e quadros com informações adicionais;

• livros (capa, orelhas, página de rosto, índice, quarta capa, ilustrações).

Competências e habilidades

Nunca é demais insistir no fato de que, também na aquisição e desenvolvimento destas competências, os conceitos atuam em rede, e não isoladamente.

1. Analisar e interpretar no contexto de interlocução

O aluno do ensino médio deve ser competente para dialogar com pessoas e textos no próprio ato de interlocução:

• No plano da oralidade, nas situações de escuta, isso implica que o aluno tenha uma atitude responsiva ativa, sabendo dialogar internamente com o que ouve para, eventualmente, intervir na situação e produzir seu texto oral.

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• No plano da escrita, espera-se que, durante a leitura, o aluno interaja com o texto de tal forma que possa produzir respostas a perguntas formuladas e, assim, consolidar progressivamente seu texto escrito.

2. Reconhecer recursos expressivos das linguagens

Na vida social, e não somente na sala de aula, o aluno deve ser capaz de reconhecer como a linguagem foi organizada para produzir determinados efeitos de sentido. É desejável, portanto, que saiba apreciar esteticamente a sonoridade de uma canção que ouça no rádio, os efeitos de sentido de uma frase lida em um outdoor, as entrelinhas de um texto publicitário publicado em uma revista, e assim sucessivamente.

3. Identificar manifestações culturais no eixo temporal,

reconhecendo os momentos de tradição e de ruptura

Os produtos culturais das diversas áreas (literatura, artes plásticas, música, dança etc.) mantêm intensa relação com seu tempo. O aluno deve saber, portanto, identificar obras com determinados períodos, percebendo-as como típicas de seu tempo ou antecipatórias de novas tendências. Para isso, é preciso exercitar o reconhecimento de elementos que identificam e singularizam tais obras, vários deles relacionados a conceitos já destacados anteriormente.

4. Emitir juízos críticos sobre manifestações culturais

A formulação de opiniões sustentadas por argumentos é condição para construir um posicionamento sobre manifestações culturais que se sucedem no tempo e no espaço. Nesse sentido, é importante a compreensão de que muitas das manifestações culturais contemporâneas resultam de construção histórica, possibilitada por manifestações anteriores. Não basta considerar algo como belo ou não; é preciso saber de que premissas se parte para valorizar determinados procedimentos de ordem estética, sem perder de vista que tais valores são variáveis no tempo e no espaço.

5. Identificar-se como usuário e interlocutor de linguagens

que estruturam uma identidade cultural própria

No ensino médio, é desejável que o jovem prossiga construindo sua identidade tomando como base não só os valores de sua família e de seu círculo social, mas também os produtos culturais que se encontram à sua disposição, veiculados por algum tipo de linguagem.

Ao eleger o rap como uma forma de manifestar-se cultural e socialmente, por exemplo, o jovem está buscando algo com que se identifique. Ainda que essa seja uma busca legítima, ela não é única. Cabe à escola ampliar a oferta de produtos culturais para que o jovem conheça outras manifestações da cultura, pouco presentes em seu cotidiano imediato.

6. Analisar metalingüisticamente as diversas linguagens

Ao analisar uma obra de arte modernista ou apreciar um poema concreto, por exemplo, podemos utilizar um vocabulário técnico que seja capaz de descrever com

maior precisão os elementos presentes nessas obras (luz, cor, linhas, ritmo, composição, sonoridade) e, assim, cunhar conceitos que auxiliam na compreensão e na fruição das mesmas.

A língua portuguesa, da mesma forma, pode ser descrita por meio de um vocabulário técnico que abarca fatos lingüísticos de ordem morfológica (as noções de radical, sufixo, prefixo, por exemplo), ou sintática (a colocação pronominal, por exemplo), ou semântica (o fenômeno da polissemia, por exemplo). Esse procedimento permite maior sistematização dos conhecimentos sobre o objeto em questão.

Contextualização Sociocultural

Conceitos

1. Cultura

O conceito de cultura abarca toda manifestação que emana das trocas sociais e é transmitida através das gerações. A língua, a música, a arte, o artesanato, entre tantas outras, são manifestações culturais.

A língua, bem cultural e patrimônio coletivo, reflete a visão de mundo de seus falantes e possibilita que as trocas sociais sejam significadas e ressignificadas. No domínio desse conceito está, por exemplo, o estudo da história da literatura, a compreensão do dinamismo da língua, a questão do respeito às diferenças lingüísticas, entre outros.

2. Globalização versus localização

A língua é um organismo vivo que obedece aos usos e às necessidades de seus falantes. Ao mesmo tempo que recebe influências de outras línguas (como ocorre atualmente com o Inglês), abre espaço para que se criem fatos lingüísticos resultantes das apropriações dessas influências por seus usuários. Por exemplo, termos e expressões ingleses provenientes da informática são absorvidos pelas várias línguas sem que isso constitua necessariamente uma descaracterização da língua original.

Ao mesmo tempo, novos fatos lingüísticos são gerados por falantes que participam de diferentes grupos sociais e, por vezes, essas contribuições acabam sendo absorvidas por outros círculos, constituindo-se não mais como desvio, mas como uso plenamente aceitável na linguagem cotidiana.

Pode-se trabalhar esses conceitos, por exemplo, pelo levantamento do léxico da informática e pelo estudo e discussão das possibilidades de uso de termos similares do Português. Ou, ainda, pelo levantamento do léxico e da sintaxe de grupos sociais determinados (rappers, jogadores de RPG, esqueitistas, surfistas, músicos).

3. Arbitrariedade versus motivação dos signos e símbolos.

Negociação de sentidos.

Os conceitos implicam a compreensão de que as escolhas feitas pelos usuários de uma língua são motivadas pelas situações de produção dos discursos. Assim, o uso apropriado

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do léxico ou da sintaxe sempre depende dos elementos em jogo na interação, uma vez que os significados se constroem no próprio processo discursivo, e não fora dele.

4. Significado e visão de mundo

Os textos estão impregnados das visões de mundo proporcionadas pela cultura – como se viu na introdução deste texto. Eles resultam das escolhas e combinações feitas no complexo universo que é uma língua e evidenciam, de forma concreta, o universo de seu autor: o que pensa, como pensa, como expressa esse pensamento, que diálogos trava com outros textos de outros interlocutores.

Logo, textos estão impregnados pelo imaginário coletivo. Os significados de imagens que compõem o imaginário coletivo se constroem a partir de representações – que, por sua vez, são filtradas pelas visões de mundo que as permeiam. Trabalhar com as representações de herói, de professor, de aluno, de mãe, de pai, de filho, de homem, de mulher, a partir de textos publicitários, é uma maneira de construir ou ativar esses conceitos.

5. Desfrute (fruição)

Trata-se do aproveitamento satisfatório e prazeroso de obras literárias, musicais ou artísticas, de modo geral – bens culturais construídos pelas diferentes linguagens –, depreendendo delas seu valor estético. Apreender a representação simbólica das experiências humanas resulta da fruição de bens culturais.

Pode-se propiciar aos alunos momentos voluntários, para que leiam coletivamente uma obra literária, assistam a um filme, leiam poemas de sua autoria – de preferência fora do ambiente de sala de aula: no pátio, na sala de vídeo, na biblioteca, no parque.

6. Ética

A formação ética pressupõe a capacidade de as pessoas pensarem criticamente o mundo e atribuírem sentido às mudanças. Algumas sugestões que ativam a formação de valores éticos:

• apresentar aos alunos situações-problema que os levem a, num deslocamento de posições, sentir-se na pele do outro pode aprofundar e fundamentar valores como a ajuda mútua, a tolerância, o respeito, a confiança, a justiça e outros tantos; • simulações de tribunais, júris e eleições, debates regrados, mesas-redondas são

procedimentos que propiciam o exercício da ética.

7. Cidadania

A perspectiva que se defende é que a sociedade civil, ao lado do Estado, também se responsabilize pela garantia dos direitos à educação, saúde, trabalho, lazer, segurança, entre tantos outros. Por isso, cabe à escola incentivar nos alunos uma atitude vigilante e crítica diante dos diversos contextos, como forma de exercitar a cidadania. Projetos em que os alunos atuem, internamente, em prol da escola ou, fora dela, a favor da comunidade são formas concretas desse exercício. Para tanto, os alunos precisam conhecer seus direitos e se conscientizar de seus deveres, seja como alunos, seja como cidadãos.

8. Conhecimento: construção coletiva e dinâmica

O conceito implica compreender todo conhecimento como resultado de uma construção coletiva. Na situação escolar, como resultado da interação permanente entre alunos, professores e escola. Em vez de um conjunto de informações pouco significativas e descontextualizadas, o conhecimento é um patrimônio dinâmico, que se renova diante do amadurecimento intelectual do aprendiz, de novos pontos de vista, das descobertas científicas.

A dinamização da aprendizagem e a consolidação dos conhecimentos são favorecidas quando para elas concorrem:

• a adequada seleção de conteúdos;

• a utilização de diferentes suportes em sala de aula;

• o emprego de procedimentos didático-metodológicos variados; • o trabalho de sistematização empreendido por alunos e professores.

9. Imaginário coletivo

As representações que emanam das diversas práticas sociais resultam do imaginário coletivo que se constrói e se reconstrói no interior das diferentes culturas. As diversas linguagens – que podem ganhar a forma literária, imagética, corporal, musical, entre outras – encarregam-se de expressar aquilo que a própria sociedade produz e demanda.

A construção desse conceito pelo aluno se fará progressivamente, com o concurso de competências e habilidades como conhecer, analisar e negociar sentidos a partir de obras que, nas diferentes linguagens, traduzam os diferentes valores culturais presentes na vida social.

Os mitos imortalizados pela literatura como o “herói sem nenhum caráter” (Macunaíma), o homem do interior de Minas (Grande sertão: veredas) ou o nordestino retirante (Vidas secas) são representações revestidas de alta carga expressiva e que, entre tantas outras que o professor pode escolher, merecem ser apreciadas do ponto de vista estético.

Competências e habilidades

1. Usar as diferentes linguagens nos eixos

da representação simbólica – expressão,

comunicação e informação – nos três

níveis de competências

Os sentidos que emanam de obras produzidas no campo da literatura, das artes plásticas, da música, da dança podem ser constituídos e revisitados por meio de projeto que preveja a produção de totalidades significativas, em diferentes linguagens, e a posterior exposição das produções. Um mesmo tema gerador (o Barroco, por exemplo) pode reunir, em uma sala ambiente, tanto reproduções de obras já consagradas e identificadas com esse estilo como as produções dos alunos (textos verbais, esculturas, pinturas, músicas etc.).

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2. Analisar as linguagens como fontes de legitimação de acordos sociais

As várias linguagens são legitimadas pela apropriação que delas fazem seus usuários. A escolha de uma ou mais linguagens como forma de expressão de um grupo social está intimamente relacionada à identidade cultural que se estabelece por meio dessa(s) linguagem(ns).

Cabe à escola ampliar o conhecimento dos alunos sobre linguagens não-verbais: muitas vezes, por não conhecerem seus sistemas os jovens deixam de partilhar conhecimentos delas originados.

3. Identificar a motivação social dos produtos culturais

na sua perspectiva sincrônica e diacrônica

A formação do aluno deve propiciar-lhe a compreensão dos produtos culturais integrados a seu(s) contexto(s) – compreensão que se constrói tanto pela retrospectiva histórica quanto pela presença desses produtos na contemporaneidade. A observação de que os valores presentes em cada momento histórico são variáveis pode conduzir com mais consistência à aceitação de determinados produtos levando em conta seu contexto. Por exemplo, esse conceito será útil para o aluno analisar a mudança de sentido de algumas palavras ou expressões de uma época para outra (com o apoio de dicionários específicos e a leitura de textos datados).

4. Usufruir do patrimônio cultural nacional e internacional

A apreciação estética dos bens culturais produzidos no local, no país ou em outras nações permite que se ampliem as visões de mundo, enriquecendo o repertório cultural dos alunos. A fruição desses bens é também questão de aprendizagem.

O conhecimento mais amplo do patrimônio cultural leva a um diálogo mais consistente entre o repertório pessoal e os textos orais e escritos a que o aluno tem acesso e aos que ele produz.

5. Contextualizar e comparar esse patrimônio, respeitando

as visões de mundo nele implícitas

Os bens concernentes às diversas culturas costumam revelar uma dupla faceta: por um lado, expressam valores locais; por outro lado, sintetizam simbolismos universais. Por ambos os motivos devem ser respeitados e preservados.

Quando uma pichação gratuita interfere em um monumento histórico não se presencia um convívio harmonioso entre as duas linguagens, mas uma tentativa de deformação daquela já existente. O convívio entre linguagens implica em articulação e complementação, não na anulação de uma pela outra.

6. Entender, analisar criticamente e contextualizar a natureza,

o uso e o impacto das tecnologias de informação

É comum que o aluno entre em contato com as tecnologias da informação fora e não dentro da escola. Elas estão indissociavelmente ligadas ao cotidiano da maioria dos jovens

e, por isso, é importante que a escola mostre como ler, de forma crítica e conseqüente, o que é veiculado por meio delas:

• minisséries de tevê podem servir como base para a análise da expressão oral em diferentes tempos e espaços;

• um mesmo fato pode ser analisado a partir de diferentes veículos, como telejornal, internet, rádio, jornal impresso.