• Nenhum resultado encontrado

ANEXOS ... 511

ANEXO A-DECLARAÇÃO DO NÚMERO DE PROFESSORES INICIANTES (ATÉ TRÊS ANOS) DE HISTÓRIA ATUANDO NA SECRETÁRIA

MUNICIPAL DE ENSINO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS; ... 513 ANEXO B–DECLARAÇÃO DO NÚMERO DE PROFESSORES INICIANTES (ATÉ TRÊS ANOS) DE HISTÓRIA ATUANDO NA DIRETORIA

ESTADUAL DE ENSINO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS; ... 514

ANEXO C-PARECER DO CONSELHO DE ÉTICA E PESQUISA COM SERES HUMANOS ... 514 ANEXO D–CERTIFICADOS DE PARTICIPAÇÃO DE CONGRESSO ... 517 ... 517

APÊNDICE ... 519

APÊNDICE A-TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) ... 521 APÊNDICE B–QUESTIONÁRIO ... 523 APÊNDICE C-GUIÃO DE ENTREVISTA ... 531

APRESENTAÇÃO

“Mas na profissão, além de amar tem de saber. E o saber leva tempo pra crescer.”

Rubem Alves Trajetória pessoal e profissional

A história foi a questão pela qual me apaixonei. No entanto, a consciência desse acerto se deu bem mais tarde. O ensino aos poucos veio complementar-me fazendo com que a história pouco a pouco fizesse mais sentido ao longo de minha vida, inserindo-se no meu percurso profissional de maneira que eu nem percebi.

No fim de minha adolescência me vi tendo de ir morar com meus pais na região rural de São José dos Campos, interior de São Paulo, em um pequeno lugarejo chamado São Francisco Xavier. O que era para ser algo horrível para um jovem da zona urbana acabou por me aproximar a diversas histórias, cultura diferente, pessoas mais simples. Meu contato com aquilo que eu seria se iniciava.

Tendo de estudar em escola rural, me percebi num mundo diferente. Sem emprego, tive de enfrentar o trabalho de ajudante de pedreiro por vários anos. Após conseguir passar no vestibular em História pela Universidade do Vale do Paraíba, via um sonho, meu e de minha família, de frequentar o ensino superior se realizar. No entanto, eram duas horas de ônibus para ir e duas para voltar, depois de nove horas de trabalho nas obras. Mesmo desacreditado por alguns, superei essa etapa.

Já no primeiro ano de faculdade, surge a oportunidade de lecionar como professor substituto da escola em que havia me formado dois anos antes (Escola Estadual Armando de Oliveira Cobra). Começava meu contato com o ensino, como professor iniciante. Como não havia certeza de ter aulas todos os dias, pois dependia da ausência dos outros professores, não pude deixar o trabalho de ajudante de pedreiro, profissão essa que fazia complementar ao de professor novato substituto. Começavam minhas dificuldades: cansaço, temor de não dar conta, dificuldades em assimilar os textos, baixo salário, entre outros. Por outro lado, vontade em superar as dificuldades, apoio de atores diversos, esforço para melhorar, conquistas...

Após alguns meses conciliando o trabalho de ajudante de pedreiro, universidade e professor substituto, resolvi dar um salto maior e voltar à cidade grande para me dedicar exclusivamente ao magistério na antiga escola em que estudei (Escola Estadual Profa. Ilza Irma Moeller Cóppio). Não posso deixar de lado o apoio de meus pais que nesse momento foram

meus esteios nessa caminhada. Nessa escola em que comecei a lecionar como substituto, não me acolheram apenas como um professor novato, mas como um ex-aluno que retornava. Sentia-me cada vez mais professor, apesar de poucas vezes trabalhar a disciplina de história. Deste início, como professor substituto, me lembro de ter aprendido quase tudo que diz respeito à ação em sala de aula com os colegas. Não me sentia mal por aprender a ser professor desta forma porque era um professor em formação.

Nesse sentido, sentia que a universidade me certificava e a escola me formava. A união dos dois me ajudou a ser um educador, aprendendo desde cedo a superar as dificuldades da profissão.

Após minha formatura, tive a oportunidade de ingressar em uma escola particular (Colégio Dom Bosco) e ainda ser professor titular da primeira escola em que lecionei, distante cinquenta quilômetros. Início difícil, mas fundamental para exercer a prática de unir pela primeira vez minhas duas paixões: ensino e história. A rigidez de uma escola particular e a simplicidade de uma escola rural demonstrou minha função social: não distinguir o ensino e dar meu melhor independente de quem fosse. Começava a perceber que o que estava fazendo não era apenas uma profissão, mas uma diversão, pois não via o tempo passar.

No ano seguinte, surge uma possibilidade impar na minha carreira: lecionar na universidade onde estudei (UNIVAP) como professor da educação básica, com possibilidade de formação continuada. Começava meu crescimento profissional.

Apesar dos desafios, me sentia livre para fazer algumas inovações quando pensava numa melhor adequação em relação ao que estava previsto. Tinha algum espaço para discutir minhas opiniões e para intervir no planejamento com estratégias que usava enquanto professor substituto.

Nessa fase tive de auxiliar meu irmão que morava comigo e encarava um câncer. Momento difícil que passamos juntos e me ajudou a valorizar ainda mais a família, profissão, saúde. Logo depois minha irmã vinha se unir a nós, lutando por conseguir passar em uma universidade federal. Duas conquistas: a saúde de meu irmão e a entrada de irmã em enfermagem em uma universidade federal. Somado a isso meu casamento me fez ter novas responsabilidades e ao mesmo tempo alguém ao meu lado.

Paralelo a isso, pude nesse período me especializar em metodologia de ensino relacionando assim a educação com história regional. Com o êxito na especialização fui chamado a tentar ingressar no mestrado em Planejamento Urbano, curso esse que realizei com êxito e pude concretizar um sonho: escrever um livro sobre a formação histórica de São

Francisco Xavier, local em que me introduziu ainda mais o gosto pela história. Foi uma forma de agradecer a esse lugar pelo que sou hoje.

Tal mestrado me abriu as portas da universidade em que pude ter o prazer de mais uma vez trabalhar com ex-professores. Lecionando a disciplina de Metodologia e Prática de Ensino de História, pude melhor perceber meus alunos que aos poucos se inseriam no mercado de trabalho e assim perceber suas angústias, dificuldades, prazeres, dúvidas, etc. Surgia assim, assim minha motivação em estudar o início da carreira do docente de história.

Lecionando na rede pública, já como professor efetivo, na educação básica da UNIVAP e na universidade da mesma instituição, surgiu em mim a curiosidade de arriscar um projeto internacional, pela UTAD - Portugal, fato esse impensável no início de minha profissão. Para minha alegria incondicional, consigo a vaga de doutorando em Ciências da Educação. Ter o privilégio de estudar em uma instituição internacional, conhecer novas culturas e ampliar minha formação me fez crescer profissionalmente e como pessoa.

Nessa fase de doutoramento, tive a oportunidade de receber o melhor presente de minha vida: Daniel. Não foi fácil escrever essas páginas que se segue ouvindo seu chorinho, sendo obrigado a deixá-lo na casa de vovó para refletir as discussões dos autores que lia, tendo de escrever a noite, pois de dia o trabalho e sua atenção me consumiam, ou, depois de alguns meses, de porta fechada pensando na escola inglesa ou alemã sobre a formação do professor de História, ouvia bater na porta e um gritinho: “babaii”. Vê-lo chegando de braços abertos só me motivou fazer o melhor dessa tese.

Quero observar que as figuras mais significativas nesse processo foram várias. Além daqueles envolvidos com o meio educacional, convivi e convivo com muito deles, geralmente pessoas simples. Tenho grande admiração pelo trabalho e significado na sociedade de cada um deles. Tal admiração se dá que ao olhar, cuidadosamente, para a minha história descubro com surpresa o nome de cada um daqueles que me ajudaram no meu trajeto até aqui. Para muitos, isso pode significar simplesmente boa memória, no entanto, vejo a memória como algo seletivo que prioriza aquilo e aqueles que fazem sentido para viver.

Durante quatorze anos, pude assim construir todo um pensamento para pensar quem é esse profissional que se embrenha no ato de ensinar, ainda mais algo do passado para uma população que tanto vive o presente. Percebi então que ensinar o passado não significa apenas ensinar o que passou, mas ensinar a si mesmo, o que somos hoje e o que queremos para o amanhã. Minha história me ensinou que se o tempo é algo complexo, pois o passado já se foi,

não volta, o presente é fruto desse passado e já está indo e que o futuro é uma certeza, certeza que depende da construção do nosso presente.

INTRODUÇÃO

“A persistência é o menor caminho do êxito”. (Charles Chaplin)

Há muito tempo existe a preocupação em buscar novos modos de usar os conhecimentos nos processos de aprendizagem. No entanto, isso passa pelo fato que ensinar relaciona-se com o entendimento do outro, do desenvolvimento do currículo, das estratégias, dos estudantes, da matéria, da pedagogia e técnicas associadas com a facilitação da aprendizagem para o aluno. O ato de ser professor envolve esses detalhes do ensinar, mas também o desempenho de outras ações e responsabilidades no âmbito da instituição escolar e de outras comunidades profissionais, caracterizando uma atividade profissional de grande complexidade.

Dentre as características da docência, está a de que aprender a ensinar e a ser professor são processos que não se limitam apenas da realização de cursos de formação inicial ainda que em nível superior, mas num processo contínuo que ocorrem ao longo da vida. Isso nos permite dizer que a competência profissional para a docência não é consequência apenas dos saberes acadêmicos, mas também de vivência e experiências. Percebe-se então que é imprescindível o oferecimento de apoio para que esses profissionais possam continuar a aprender durante a carreira, desenvolvendo-se nos diversos saberes possíveis.

Referindo-se à carreira docente, a literatura da área de formação de professores tem destacado a existência de diferentes fases, com problemáticas e características próprias, o que nos leva a constatar que futuros professores, professores iniciantes e aqueles mais experientes apresentam competências profissionais distintas e demandas de formação específicas de cada fase. No entanto, estudos voltados especificamente para o professor de História têm sido bem escassos, o que fortalece a necessidade de um olhar mais atento a esse profissional que tende a auxiliar na formação social, cidadania e cultural dos nossos alunos.

Observando tais situações, atuando como professor da rede pública e ao mesmo tempo na formação de professores pela UNIVAP (Universidade do Vale do Paraíba), Estado de São Paulo, venho percebendo que as escolas exigem dos professores iniciantes desempenhos semelhantes aos experientes e os programas de formação continuada não têm dado ênfase às especificidades das fases da carreira, desenvolvendo propostas generalizantes, mesmo quando centradas na escola. Ao mesmo tempo como docente e pesquisador de História, tenho percebido também os desafios enfrentados por professores dessa área, no desenvolvimento de uma proposta de ensino que possa identificar problemas e soluções para amenizar o início da carreira do professor historiador. Uma das principais observações feitas refere-se ao foco apenas em

conteúdo por parte de diversos docentes do ensino dessa disciplina e a dificuldade na prática de uma formação para a vida, com sentido histórico.

Tema

Em suma, no início da carreira, o professor se defronta com intensas aprendizagens. Enfrenta contradições em sua postura e em sua prática por não conseguir exprimir aspectos que, em seu imaginário, são antagônicos, como, por exemplo, ser bonzinho e ser rigoroso. Apesar de todas as dificuldades, o novato visualiza a importância da formação básica. Ademais, encontra-se, embora trabalhando em um ambiente coletivo, isolado, passando por uma solidão que parece tornar ainda mais difícil esse início de carreira.

De acordo com diversos autores, professores em início de carreira caracterizam-se pela energia positiva, a esperança — às vezes marcada por fantasias românticas sobre seu papel. Simultaneamente, vivenciam uma rede de desafios e demandas que têm impacto sobre suas crenças sobre como devem atuar. O conjunto de demandas e desafios pode minar as energias dos iniciantes e converter o otimismo em desânimo e desesperança.

O fato do início da carreira ser um período caracterizado pela incerteza, dúvida e tensão, além de se configurar como um período de aprendizagens intensas, leva o docente a difícil manutenção de equilíbrio emocional.

Outro problema é a falta de motivação dos alunos para o estudo, o que, juntamente com os problemas sociais, podem indicar uma conveniente convergência entre os novos professores e a falta de experiência, desmotivando os docentes, levando-os muitas vezes a perder os sonhos de um início de carreira. Atualmente, muitos professores, mesmo iniciantes têm realizado seus trabalhos apenas para cumprir horário e retirar seus salários no final do mês. Torna-se então, necessário, incentivar não somente os alunos, mas também o corpo docente a estudar, se especializar, enfim, fazer da educação continuada algo cada vez mais presente como meio de expansão cultural e de formação transdisciplinar.

Especificamente voltado ao professor iniciante de História, percebe-se que a falta de estudos voltados para suas particularidades, já se faz um enorme jus para tornar tal pesquisa viável, no entanto, questões pertinentes como para que ensinar isso, como ensinar aquilo ou mesmo o que ensinar num tempo tão curto, são dilemas que permeiam professores experientes, agravando-se ainda mais para aqueles que estão ingressando. Quebrar paradigmas como “para que tenho que saber isso” ou “não tem nada a ver com meu dia a dia” são questões que todo

professor deveria dominar, mas que no entanto, muitos saem das cadeiras acadêmicas sem dominar esse saber histórico-pedagógico.

Problema

Propõe-se averiguar nesta pesquisa o perfil do professor de História em início de carreira (até três anos experiência, conforme literatura) a fim de analisar e entender os impactos no início de sua carreira e suas relações com sua formação inicial e continuada. Na intenção de averiguar como os docentes de História estão chegando a sala de aula e seu choque de realidade, um profundo estudo bibliográfico nos permitiu aproximar à problemática do estudo. Visando a pesquisa empírica tal problemática foi abordada através do levantamento do perfil desse profissional e o estudo de alguns casos dentro da Diretoria de Ensino de São José dos Campos. Nesse sentido, pretendeu-se construir uma proposta metodológica a fim de melhor conhecer esse profissional realizando uma investigação cujo problema central se baseia na seguinte questão:

Tal profissional da educação pode ser considerado mais professor história ou mais historiador e quais os impactos do choque de realidade no início de sua carreira?

Pertinência do problema

Como já foi referido, a aprendizagem docente é um processo contínuo que ocorre ao longo da trajetória dos professores que não se limita aos espaços formais e tradicionais de formação e que os professores aprendem ensinando e com outros professores. Aprendem ainda via processos de observação vivenciados ao longo de suas vidas como estudantes. Podemos entender a aprendizagem docente como estando relacionada a diferentes fases da vida: as que antecedem a formação inicial, a formação inicial, a relativa aos primeiros anos de inserção profissional e formação contínua, tendo em vista que em todas essas fases o desenvolvimento profissional ocorre cada um com sua peculiaridade. Nesse sentido, será focada aqui a ação do professor de História no início de carreira, procurando entendê-lo em diversos pontos tais como sua visão de profissão, seu trabalho através do uso de competências, saberes mais utilizados, seu processo de formação, sua reflexividade sobre sua atuação em sala, impactos iniciais em sala de aula.

Outro ponto relevante está na própria formação do professor de História que em geral enfatiza questões sociais e políticas, sendo formado como ser crítico e atuante. Tal visão de ser que “irá mudar o mundo” se confronta muitas vezes com as dificuldades do ensino em geral,

no qual acaba sentindo muitas dificuldades em suas ações. Nesse sentido, pretende-se verificar até que ponto o choque de realidade no início da carreira é sentida por um profissional treinado para fazer a diferença no mundo, que inicia sua profissão com tantos sonhos de mudanças, mas se depara com realidades opostas às analisadas em seu curso.

Justificativa

A experiência na formação de professores e acompanhando alguns docentes tanto na rede pública como particular fez perceber o quão complexa é a introdução de um jovem professor no mundo profissional, tendo em vista que essa passagem de aluno para professor está ligada a alterações emocionais, ao modo de vida, práticas cotidianas, responsabilidades, etc. Tem-se observado nos últimos anos que caso o professor iniciante não esteja devidamente preparado, os primeiros anos na docência podem se tornar desgastantes, frustrante ou até mesmo desmotivador para a continuação da carreira. Garcia (2009, p. 19) elucida bem essa questão, comparando o início da profissão docente com outras profissões, verificando o grau de incorporação e socialização de seus novos membros:

não é comum um médico recém ingressante realizar uma cirurgia de transplante de coração. Muito menos que um arquiteto com pouca experiência seja designado para construir um edifício residencial. Nem falamos de um piloto com poucas horas de voo que se deixe comandar um Airbus 340.

Diversos pesquisadores (GARCIA, 1999; CAVACO, 1999; TARDIF, 2012; PERRENOUD, 2002; GONÇALVES, 2000; entre diversos outros) consideram o início da carreira como a fase com maior potencialidade a problemas devido as características que essa fase possui na formação do futuro profissional, principalmente ao que se refere a autoconfiança, identidade profissional e de experiência

Tais constatações demonstram que quem inicia na docência, geralmente não recebe a mesma atenção que é referida a outros profissionais no começo da sua atuação profissional. Garcia(1999, p. 20) reforça tal ideia mostrando que “em geral se tem reservado aos professores principiantes os centros educativos mais complexos e as aulas e os horários que os professores com mais experiência não desejam atuar”. O mesmo autor considera que “os primeiros anos de ensino são especialmente importantes porque os professores devem fazer a transição de estudantes para professores e, por isso, surgem dúvidas, tensões [...]” (GARCIA, 1999, p. 113). Dentro desse raciocínio, Cavaco (1999, p. 114) relata que “os primeiros anos parecem efetivamente deixar marcas profundas na maneira como se pratica a profissão” e que segundo

Tardif (2012, p. 11) “[...] é um período realmente importante na história profissional do professor, determinando inclusive seu futuro e sua relação com o trabalho”.

A literatura sobre o tema tem destacado que esse momento na carreira docente é fundamental para o desenvolvimento profissional, tendo em vista que “a fase de iniciação ao ensino possui características próprias que permitem analisá-las de um modo diferenciado” (GARCIA, 1999, p. 112). De acordo com Feiman-Nemser (2001), os primeiros anos da profissão, moldará o tipo de professor que o iniciante virá a ser ou ditará a permanência do professor na carreira ou não. É muito forte a percepção do autor ao verificar a extrema importância do momento inicial da carreira, tendo em vista que em seus estudos demostram que um fracasso nessa etapa culminará na desvalorização pessoal, enquanto o mesmo fracasso, ocorrido anos depois, poderá ser vivenciado como um episódio profissional que necessita ser revisto e adaptado para melhores momentos.

Mesmo tendo acompanhado tantos estudantes para a função de professor, é importante salientar que mesmo a transição do “ser estudante” para o “ser professor” já ter sido iniciado durante a formação inicial, através de estágios e práticas de ensino, é apenas na prática inicial que enfrentarão, pela primeira vez, a realidade cotidiana de uma atividade de trabalho como professores certificados. Isso explica que é no exercício da profissão que se consolida o tornar- se professor, ou seja, o aprendizado da profissão a partir de sua prática que permite moldar como serão as características desse profissional.

Atuando especificamente na formação de professores de história, temos percebido a falta de estudos voltados para suas particularidades, fato esse que se faz um enorme jus para tornar tal pesquisa viável. Na visão de Fonseca (2005, p. 96) “[...] somente o ensino de História comprometido com a análise crítica da diversidade da experiência humana pode contribuir