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Elaboração do balanço patrimonial pró-forma

Há diversas abordagens simplificadas para a elaboração do balanço patrimonial pró -forma. Uma delas envolve a estimativa de todas as contas do balanço como porcentagem direta das vendas. Uma abordagem melhor e mais popular é a abordagem subjetiva,12 pela qual a empresa estima os

valores de determinadas contas do balanço patrimonial e utiliza financiamento externo como valor de ajuste, ou ‘fechamento’.

Para aplicar a abordagem subjetiva à elaboração do balanço patrimonial pró -forma da Vectra Manufacturing em 2010, é preciso adotar uma série de premissas quanto aos níveis das diversas con- tas do balanço:

1. Deseja -se um saldo de caixa mínimo de $ 6.000.

2. Os títulos negociáveis permanecerão inalterados em seu nível atual de $ 4.000.

3. As contas a receber representam, em média, cerca de 45 dias de vendas. Como as vendas anuais projetadas da Vectra são de $ 135.000, as contas a receber devem ser, em média, de $ 16.875 (1/8 × $ 135.000).

4. O estoque final deve manter -se num nível de aproximadamente $ 16.000, dos quais 25% (cerca de $ 4.000) devem ser matérias -primas e os 75% restantes (cerca de $ 12.000) devem ser produtos acabados.

5. Será comprada uma nova máquina no valor de $ 20.000. A depreciação total do ano será de $ 8.000. Somando a aquisição de $ 20.000 ao ativo imobilizado líquido existente de $ 51.000 e deduzindo a depreciação de $ 8.000, teremos um ativo imobilizado líquido de $ 63.000. 6. As compras representarão aproximadamente 30% das vendas anuais, ou, neste caso, cerca de

$ 40.500 (0,30 × $ 135.000). A empresa estima que pode levar em média 73 dias para honrar suas contas a pagar a fornecedores. Assim, tais contas devem ser iguais a um quinto (73 dias ÷ 365 dias) das compras da empresa, ou $ 8.100 (1/5 × $ 40.500).

7. Os impostos a pagar serão iguais a um quarto do passivo fiscal do ano corrente, de $ 455 (um quarto do passivo fiscal de $ 1.823 indicado na demonstração do resultado pró -forma da Tabela 3.15).

8. Os bancos a pagar se manterão inalterados no nível atual de $ 8.300.

9. Não se espera alteração dos demais passivos circulantes. Eles deverão manter -se no nível do ano anterior: $ 3.400.

10. A dívida de longo prazo e as ações ordinárias da empresa pemanecerão inalteradas em $ 18.000 e $ 30.000, respectivamente; não estão programados emissões, recolhimentos ou recompras de ações ou obrigações.

12 A abordagem subjetiva é uma versão aprimorada da abordagem à elaboração de balanços patrimoniais pró -forma por porcentagem das vendas. Apresentamos aqui a abordagem subjetiva porque exige apenas um pouco mais de informação e deve produzir uma estimativa melhor do que a outra, um tanto ingênua, da porcentagem das vendas.

Abordagem subjetiva Um

enfoque simplificado para a projeção do balanço patrimonial, no qual os valores de certas contas são estimados, alguns como porcentagem das vendas e outros por mera suposição dos gestores, de forma que o financiamento externo da empresa é usado como valor de equilíbrio ou de ‘fechamento’.

Dica Quarenta e cinco dias, expressos como fração, correspondem aproximadamente a um oitavo de ano: 45/365 = 1/8.

Capítulo 3 – Fluxo de caixa e planejamento financeiro 119

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11. O lucro retido aumentará do nível inicial de $ 23.000 (do balanço patrimonial datado de 31 de dezembro de 2009, Tabela 3.13) para $ 29.327. O aumento de $ 6.327 representa o valor do lucro retido calculado na demonstração do resultado pró -forma de 2010, Tabela 3.15. A Tabela 3.16 contém o balanço patrimonial pró -forma da Vectra Manufacturing para 2010, baseado nas premissas anteriores. É necessário um valor de ‘fechamento’ — chamado financiamento

externo necessário — de $ 8.293 para equilibrar o balanço. Isso significa que a empresa terá de obter

$ 8.300 em financiamento externo adicional para sustentar o maior nível de vendas de $ 135.000 para 2010.

Um valor positivo de ‘financiamento externo necessário’, como o que consta da Tabela 3.16, significa que, com base em seus planos, a empresa não gerará financiamento interno o bastante para sustentar o crescimento previsto das vendas. Para sustentar o nível projetado de operações, precisará captar fundos externamente por meio de endividamento e/ou patrimônio líquido, ou por meio da redução de dividendos. Uma vez determinada a forma de financiamento, o balanço pró -forma é modi- ficado para substituir a ‘necessidade de financiamento externo’ com os aumentos planejados nas contas de dívida e/ou patrimônio líquido.

Um valor negativo para o ‘financiamento externo necessário’ indica que, com base em seus planos, a empresa gerará mais financiamento interno do que necessita, para sustentar sua previsão de cresci- mento em vendas. Nesse caso, os fundos estão disponíveis para uso na amortização da dívida, na recompra de ações ou no aumento dos dividendos. Uma vez determinadas as ações específicas, o ‘financiamento externo necessário’ é substituído no balanço pró -forma pelas reduções planejadas nas contas de dívida e/ou patrimônio líquido. É evidente que, além do uso para elaboração do balanço pró -forma, a abordagem subjetiva é com frequência utilizada especificamente para estimar as necesi- dades de financiamento da empresa.

Q U E S T Õ E S PA R A R E V I S Ã O

3-17 Descreva a abordagem subjetiva para elaboração simplificada de um balanço patrimonial

pró -forma. Financiamento externo necessário (valor de ‘fechamento’) Sob a abordagem subjetiva da elaboração de balanços projetados, é o volume de financiamento externo exigido para que o balanço feche. Pode ser um valor positivo ou negativo.

Ativo Passivo e patrimônio líquido

Caixa $ 6.000 Fornecedores $ 8.100

Títulos negociáveis 4.000 Impostos a pagar 455 Contas a receber 16.875 Bancos a pagar 8.300

Estoques Outros passivos circulantes 3.400

Matérias -primas $ 4.000 Passivo total circulante $ 20.255 Produtos acabados 12.000 Dívida de longo prazo $ 18.000 Total do estoque 16.000 Patrimônio líquido

Ativo total circulante $ 42.875 Ações ordinárias $ 30.000 Ativo imobilizado líquido $ 63.000 Lucros retidos $ 29.327

Ativo total $ 105.875 Total $ 97.582

Necessidade de financiamento externoa

$ 8.293 Passivo total e patrimônio líquido $ 105.875

a O montante de financiamento externo necessário para forçar o balanço patrimonial da empresa a atingir o equilíbrio. Por causa da natureza subjetiva da abordagem escolhida, não é de se esperar que o balanço se equilibre sem algum tipo de ajuste.

Balanço patrimonial pró -forma pela abordagem subjetiva para a Vectra Manufacturing (31 de dezembro de 2010)

T

ABELA

3.16

120 Princípios de administração financeira

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3-18 Qual a importância do valor de ‘fechamento’, ou de financiamento externo necessário?

Distinga entre as estratégias associadas a valores positivos e negativos do financiamento externo necessário.

OA

6

3.7

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AVALIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PRÓ-FORMA

É difícil prever as muitas variáveis envolvidas na elaboração das demonstrações pró -forma. Por isso, investidores, credores e administradores usam, frequentemente, as técnicas apresentadas neste capítulo para fazer estimativas aproximadas das demonstrações financeiras pró -forma. Contudo, é importante reconhecer o principal ponto fraco dessas abordagens, que se deve a duas premissas: (1) a de que a condição financeira passada da empresa seja um indicador confiável de seu futuro e (2) que determinadas variáveis (como caixa, contas a receber e estoques) possam ser forçados a assumir os valores ‘desejados’. Essas premissas não podem ser justificadas simplesmente com base em sua capa- cidade de simplificar os cálculos. Mas, apesar desses defeitos, as abordagens simplificadas à elabora- ção de demonstrações financeiras pró -forma permanecem populares por causa de sua relativa simpli- cidade. Evidentemente, o uso disseminado de planilhas eletrônicas ajuda a agilizar o processo de planejamento financeiro.

Qualquer que seja o método de elaboração das demonstrações financeiras pró -forma, é impor- tante que os analistas entendam como elas podem ser usadas para tomar decisões financeiras. Tanto os administradores financeiros quanto os credores podem usar as demonstrações pró -forma para ana- lisar as entradas e saídas de caixa da empresa, assim como seus índices de liquidez, atividade, endi- vidamento, rentabilidade e valor de mercado. A demonstração do resultado e o balanço patrimonial pró -forma podem ser empregados no cálculo de diversos índices usados para avaliar o desempenho. As entradas e saídas de caixa podem ser avaliadas por meio da elaboração de uma demonstração dos fluxos de caixa pró -forma. Após a análise das demonstrações pró -forma, o administrador financeiro pode tomar medidas para ajustar as operações programadas de maneira a atingir as metas financeiras de curto prazo. Por exemplo, se os lucros projetados na demonstração do resultado pró -forma forem baixos demais, diversas medidas quanto a preços e/ou custos podem ser adotadas. Se o nível projeta- do das contas a receber do balanço patrimonial pró -forma for alto demais, podem ser necessárias mudanças da política de crédito ou de cobrança. As demonstrações pró -forma são, portanto, de gran- de importância para concretizar os planos financeiros da empresa para o ano seguinte.

Q U E S T Õ E S PA R A R E V I S Ã O

3-19 Quais são os dois pontos fracos fundamentais das abordagens simplificadas à elaboração de

demonstrações pró -forma?

3-20 Qual o objetivo do administrador financeiro ao avaliar as demonstrações pró -forma?

R E S U M O

Ênfase no valor

O fluxo de caixa é o sangue que corre pelas veias da empresa e, portanto, uma determinante funda- mental do valor do negócio. O administrador financeiro deve planejar e gerenciar o fluxo de caixa. O objetivo é garantir a solvência e gerar fluxo de caixa positivo para os proprietários. A magnitude e o risco dos fluxos de caixa gerados no interesse dos proprietários determinam o valor da empresa.

Para cumprir a responsabilidade de criar valor para os proprietários, o administrador financeiro usa ferramentas como orçamentos de caixa e demonstrações financeiras pró -forma como parte do processo de geração de um fluxo de caixa positivo. Planos financeiros de qualidade devem resultar em grande volume de fluxo de caixa livre. Evidentemente, o administrador financeiro deve planejar e gerenciar de maneira deliberada e cautelosa os fluxos de caixa da empresa, para atingir o objetivo de maximização do preço da ação.

Capítulo 3 – Fluxo de caixa e planejamento financeiro 121

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Revisão dos objetivos de aprendizagem

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1

Entender os procedimentos fiscais de depreciação e o efeito desta sobre os fluxos de caixa da empre- sa. A depreciação é um fator importante que afeta o fluxo de caixa das empresas. O valor depreciável

e a vida útil de um ativo são determinados segundo os padrões MACRS da legislação norte -americana. O MACRS agrupa os ativos (exceto imóveis) em seis categorias baseadas na duração do prazo de recupe- ração.

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2

Discutir a demonstração dos fluxos de caixa da empresa, o fluxo de caixa operacional e o fluxo de caixa livre. A demonstração dos fluxos de caixa se divide em fluxos operacionais, de investimento e

de financiamento. Concilia mudanças dos fluxos de caixa da empresa com as mudanças em caixa e títulos negociáveis no período. A interpretação da demonstração dos fluxos de caixa envolve tanto as principais categorias de fluxo de caixa quanto os itens específicos de entrada e saída de caixa. Do ponto de vista estritamente financeiro, o fluxo de caixa operacional de uma empresa exclui os juros; a visão contábil mais simples não faz essa exclusão. O que mais importa é o fluxo de caixa livre da empresa, pois representa o montante de fluxo de caixa disponível para os credores e proprietários.

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3

Entender o processo de planejamento financeiro, inclusive planos financeiros de longo prazo (estra- tégicos) e de curto prazo (operacionais). Dois aspectos centrais do processo de planejamento finan-

ceiro são o planejamento de caixa e o planejamento de lucros. O planejamento de caixa envolve o orçamento de caixa, ou projeção de caixa. O planejamento de lucros baseia -se na demonstração do resultado e no balanço patrimonial pró -forma. Os planos financeiros de longo prazo (estratégicos) servem como um guia para a elaboração dos planos financeiros de curto prazo (operacionais). Os planos de longo prazo tendem a abranger períodos entre dois e dez anos; os de curto prazo geralmente cobrem de um a dois anos.

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4

Discutir o processo de planejamento de caixa e a elaboração, a avaliação e o uso do orçamento de caixa. O processo de planejamento de caixa usa o orçamento de caixa, baseado numa projeção de

vendas, para estimar os superávits e déficits de caixa no curto prazo. O orçamento de caixa costuma ser elaborado para um período de um ano, subdividido em meses. Confronta os recebimentos e desem- bolsos de caixa durante cada período parar chegar ao fluxo de caixa líquido. O saldo final de caixa é estimado somando -se o caixa inicial ao fluxo de caixa líquido. Subtraindo dessa soma o saldo mínimo de caixa desejado, a empresa pode determinar o financiamento total necessário ou o saldo excedente de caixa. Para lidar com a incerteza no orçamento de caixa, pode -se recorrer à análise de cenários ou simu- lação. As empresas também devem prestar atenção aos padrões diários de recebimento e desembolso de caixa.

OA

5

Explicar os procedimentos simplificados usados para elaborar e avaliar a demonstração do resulta- do pró -forma e o balanço patrimonial pró -forma. Uma demonstração do resultado pró -forma pode

ser elaborada calculando -se as relações percentuais passadas entre determinados itens de custo e despesa, de um lado, e as vendas da empresa, de outro, e aplicando -se essas porcentagens às projeções. Como essa abordagem considera variáveis todos os custos e despesas, tende a subestimar o lucro quando as vendas estão em ascensão e superestimá -lo quando estão em declínio. Esse problema pode ser contor- nado decompondo -se os custos e despesas em seus elementos fixos e variáveis. Nesse caso, os compo- nentes fixos se manterão inalterados em relação ao ano mais recente e os variáveis serão projetados em termos percentuais.

Na abordagem subjetiva, os valores de determinadas contas do balanço patrimonial são estimados e o financiamento externo da empresa é usado como valor de equilíbrio, ou ‘fechamento’. Um valor posi- tivo do ’financiamento externo necessário’ significa que a empresa não gerará internamente fundos sufi- cientes para sustentar o crescimento projetado das vendas e precisará captar recursos externamente, ou reduzir os dividendos. Um valor negativo do ‘financiamento externo necessário’ indica que a empresa gerará internamente mais fundos do que necessita para sustentar o crescimento projetado do ativo e que haverá recursos disponíveis para amortizar dívidas, recomprar ações ou aumentar os dividendos.

OA

6

Avaliar as abordagens simplificadas à elaboração de demonstrações financeiras pró -forma e os usos mais comuns dessas demonstrações. As abordagens simplificadas à elaboração de demonstrações

financeiras pró -forma supõem que a condição financeira passada da empresa seja um bom indicador de sua condição futura. As demonstrações pró -forma são frequentemente usadas para projetar e analisar

122 Princípios de administração financeira

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o nível de rentabilidade e o desempenho financeiro geral das empresas, permitindo a realização de ajustes nas operações programadas que permitam atingir as metas financeiras de curto prazo.

P R O B L E M A S D E A U T O AVA L I A Ç Ã O (Solução no Apêndice B) OA 1 OA 2

AA3-1 Depreciação e fluxo de caixa. Uma empresa espera obter lucro antes de juros e imposto de renda (LAJIR)

de $ 160.000 em cada um dos próximos seis anos. A empresa paga juros anuais de $ 15.000 e está estu- dando a compra de um ativo que custa $ 140.000, exige $ 10.000 em custos de instalação e tem prazo de recuperação de cinco anos. Será o único ativo da empresa e sua depreciação já se encontra refletida nas estimativas de LAJIR.

a. Calcule a depreciação anual referente à compra do ativo, usando as taxas de depreciação pelo MACRS

da Tabela 3.2.

b. Calcule os fluxos de caixa operacionais para cada um dos seis anos seguintes, usando as definições

tanto contábil quanto financeira de fluxo de caixa operacional. Admita que a empresa esteja sujeita a uma alíquota de imposto de renda de 40%.

c. Suponha que o ativo fixo líquido, ativo circulante, fornecedores e contas a pagar da empresa assumam

os seguintes valores no começo e no fim do último ano (ano 6). Calcule o fluxo de caixa livre (FCL) da empresa naquele ano.

Conta

Inicial Ano 6

Final Ano 6

Ativo imobilizado líquido $ 7.500 $ 0 Ativo circulante 90.000 110.000 Fornecedores 40.000 45.000 Despesas a pagar 8.000 7.000

d. Compare e discuta o significado de cada valor calculado em b e c. OA

4

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5

AA3-2 Dados para orçamento de caixa e balanço pró -forma. Jane McDonald, uma analista financeira da Carroll

Company, preparou as estimativas de vendas e pagamentos para o período de fevereiro a junho do ano corrente. Mês Vendas Desembolsos Fevereiro $ 500 $ 400 Março 600 300 Abril 400 600 Maio 200 500 Junho 200 200

Jane sabe que, historicamente, 30% das vendas são à vista. Das vendas a prazo, 70% são recebidas um mês depois da venda e 30%, dois meses após a venda. A empresa quer manter um saldo final mínimo em caixa de $ 25. Saldos acima desse valor serão investidos em letras do governo (títulos negociáveis de curto prazo), ao passo que quaisquer déficits serão financiados com empréstimos bancários de curto prazo (bancos a pagar). O saldo de caixa inicial em abril é de $ 115.

a. Elabore um orçamento de caixa para abril, maio e junho.

b. Quanto financiamento, no máximo, caso necessário, deverá a Carroll Company tomar para fazer fren-

te a suas obrigações durante esse período de três meses?

c. Preparar um balanço patrimonial pró -forma datado do fim de junho a partir das informações apresen-

tadas. Determine os valores para: caixa, bancos a pagar, títulos negociáveis e contas a receber.

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AA3-3 Demonstração do resultado pró -forma. A Euro Designs, Inc. projeta que suas vendas em 2010 aumenta-

rão de $ 3,5 milhões em 2009 para $ 3,9 milhões. Devido a um grande pagamento programado referente a um empréstimo, espera -se que a despesa financeira em 2010 caia para $ 325.000. A empresa pretende aumentar seus pagamentos de dividendos em dinheiro em 2010 para $ 320.000. A demonstração do resultado da empresa no fim de 2009 é:

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Euro Designs, Inc.

Demonstração do resultado para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2009

Receita de vendas $ 3.500.000 Menos: custo das mercadorias vendidas 1.925.000 Lucro bruto $ 1.575.000 Menos: despesas operacionais 420.000 Lucro operacional $ 1.155.000 Menos: despesa financeira 400.000 Lucro líquido antes do imposto de renda $ 755.000 Menos: imposto de renda (alíquota = 40%) 302.000 Lucro líquido depois do imposto de renda $ 453.000 Menos: dividendos em dinheiro 250.000 Lucros retidos $ 203.000

a. Use o método da porcentagem de vendas para elaborar uma demonstração do resultado pró -forma da

Euro Designs, Inc. para 2010.

b. Explique por que essa demonstração poderá subestimar o resultado efetivo da empresa em 2010.

E X E R C Í C I O S PA R A A Q U E C I M E N T O

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A3-1 O custo total de um novo controlador computadorizado foi de $ 65.000. Calcule o cronograma de depre-

ciação por ano, admitindo prazo de recuperação de cinco anos e usando as taxa de depreciação pelo MACRS, conforme a Tabela 3.2.

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2

A3-2 Classifique as seguintes variações de cada uma das contas como entrada ou saída de caixa. Durante o ano

(a) títulos negociáveis aumentaram, (b) terrenos e imóveis diminuíram, (c) fornecedores aumentaram, (d) veículos diminuíram, (e) contas a receber aumentaram e (f) foram pagos dividendos.

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2

A3-3 Determine o fluxo de caixa operacional (FCO) da Kleczka, Inc. com base nos dados a seguir (valores em

milhares de dólares). Durante o ano a empresa apresentou vendas de $ 2.500, custo das mercadorias vendidas de $ 1.800, despesas operacionais de $ 300 e despesas de depreciação de $ 200. A empresa encontra -se na alíquota de 35% do imposto de renda.

OA

2

A3-4 Durante o ano, a Xero, Inc. apresentou aumento de $ 300.000 no ativo imobilizado e registrou deprecia-

ção de $ 200.000. Também teve aumento do ativo circulante de $ 150.000 e aumento de fornecedores e despesas a pagar de $ 75.000. Se o fluxo de caixa operacional (FCO) do ano tiver sido de $ 700.000, calcule o fluxo de caixa livre (FCL) da empresa para o ano.

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5

A3-5 A Rimier Corp. prevê vendas de $ 650.000 em 2010. Suponha que a empresa tenha custos fixos de $ 250.000

e variáveis correspondentes a 35% das vendas. A despesa operacional estimada inclui um custo fixo de $ 28.000 e uma parcela variável igual a 7,5% das vendas. A despesa financeira do ano está estimada em $ 20.000. Estime o lucro líquido antes do imposto de renda da Rimier para 2010.

P R O B L E M A S

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1

P3-1 Depreciação. Em 20 de março de 2009, a Norton Systems adquiriu dois novos ativos. O ativo A era um

equipamento de pesquisa que havia custado $ 17.000 e tinha prazo de recuperação de três anos. O ativo B era uma copiadora com custo instalado de $ 45.000 e prazo de recuperação de cinco anos. Usando as taxas de depreciação do MACRS fornecidas na Tabela 3.2, elabore um cronograma de depreciação para cada um dos ativos.

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2

P3-2 Fluxo de caixa contábil. Uma empresa teve lucro depois do imposto de renda de $ 50.000 em 2009. As

despesas de depreciação foram de $ 28.000 e houve um lançamento de $ 2.000 para amortizar o deságio de uma obrigação. Qual foi o fluxo de caixa operacional da empresa, do ponto de vista contábil (ver Equação 3.1) em 2009?

124 Princípios de administração financeira

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2

P3-3 Despesa de depreciação conforme o MACRS e fluxo de caixa contábil. A Pavlovich Instruments, Inc., uma

fabricante de telescópios de precisão, espera apresentar um lucro antes do imposto de renda de $ 430.000 este ano. O administrador financeiro está analisando a melhor hora para adquirir um novo conjunto de equipamentos para polir lentes. As politrizes terão custo instalado de $ 80.000 e prazo de recuperação