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O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM ESCRITA EM FASES INICIAIS DE APRENDIZAGEM

Coordenador de simpósio: Margarida Alves Martins

Email: mmartins@ispa.pt

Resumo do simpósio: O objectivo deste simpósio é o de apresentar diversos estudos empíricos que possam contribuir para a melhoria das práticas educativas sobre linguagem escrita ao nível do pré-escolar e dos 2 primeiros anos de escolaridade. Num primeiro estudo será analisado o impacto de um programa de intervenção de escritas inventadas realizado em pequeno grupo com crianças em idade pré-escolar na evolução da sua escrita e leitura. Num segundo estudo de natureza qualitativa serão analisadas as dinâmicas interactivas que contribuem para um maior sucesso na evolução da escrita e da leitura de crianças em idade pré-escolar que participaram num programa de escritas inventadas em pequeno grupo. Num terceiro estudo serão analisadas as práticas de ensino da leitura e da escrita no 1º ano de escolaridade e o seu impacto na aprendizagem da leitura no final do 1º ano. Num quarto estudo será analisada a evolução dos erros fonológicos e lexicais na leitura oral de palavras nos dois primeiros anos de escolaridade.

Título: Será que a escrita inventada em pequeno grupo favorece o desenvolvimento da escrita e da leitura em crianças de idade pré-escolar?

Autores: Margarida Alves MartinsP

1 P, Liliana SalvadorP 1 P, e Ana AlbuquerqueP 1 P 1 P

Unidade de Investigação em Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da Educação- ISPA-IU

Email: mmartins@ispa.pt

Resumo: O nosso objectivo foi avaliar o impacto de um programa de escrita inventada na evolução da escrita e da leitura de crianças em idade pré-escolar. Participaram 164 crianças de 5 anos que não sabiam ler nem escrever. Foram divididas em dois grupos, experimental e controlo, equivalentes quanto à idade, letras conhecidas, consciência fonológica e inteligência. A leitura e a escrita de palavras foram avaliadas num pré-teste e num pós-teste. O grupo experimental participou num programa de escrita inventada em pequeno grupo e o grupo controlo num programa de leitura de histórias. O grupo experimental teve resultados superiores ao grupo de controlo em escrita e em leitura. Estes resultados mostram que a reflexão e a produção de escritas inventadas em pequeno grupo, favorece o desenvolvimento de competências de análise das relações entre a linguagem oral e a linguagem escrita que são mobilizadas nas tentativas infantis não só de escrita mas também de leitura.

Palavras-chave: escrita inventada; leitura; idade pré-escolar; programas de intervenção.

Título: Dinâmicas de interacção e progressos na linguagem escrita em crianças de idade pré-escolar

Autores: Liliana SalvadorP

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P, Ana AlbuquerqueP

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P, e Margarida Alves MartinsP

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P

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Email: li.fssalvador@gmail.com (Liliana Salvador)

Resumo: O objectivo deste estudo foi analisar as relações entre a evolução da escrita e leitura de crianças em idade pré-escolar que participaram num programa de escrita inventada em pequenos grupos e as dinâmicas de interacção que ocorreram nesses grupos. De entre os grupos participantes neste estudo foram seleccionados 4 grupos (16 crianças) contrastados do ponto de vista da sua evolução do pré para o pós-teste. Estes grupos eram equivalentes quanto à consciência silábica, fonémica, escrita e leitura iniciais. Analisaram-se as dinâmicas de interacção das sessões. Os resultados mostraram que nos grupos em que as crianças mais evoluíram ocorreram dinâmicas em que todos os participantes fizeram propostas que foram continuadas pelos outros construindo em cooperação uma solução conjunta. Nos grupos em que houve menos evolução ocorreram dinâmicas em que um dos participantes foi responsável pela maioria das propostas havendo uma tendência para os outros as aceitarem ou recusarem sem justificação.

Palavras-chave: escrita inventada; idade pré-escolar; dinâmicas interactivas; programas de intervenção.

Título: Práticas de ensino da linguagem escrita no 1º ano de escolaridade em ambientes desfavorecidos: relação com a aprendizagem da leitura

Autores: Sérgio GaitasP

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P e Margarida Alves MartinsP

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P

Unidade de Investigação em Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da Educação- ISPA-IU

Email: sergiogaitas@hotmail.com

Resumo: O nosso objectivo foi analisar as relações entre as práticas de ensino da linguagem escrita no 1º ano de escolaridade e as capacidades de leitura dos alunos em meios socioculturais desfavorecidos. Participaram 18 professores selecionados de 3 grupos distintos identificados num estudo anterior e os seus 357 alunos. O 1º realça a leitura e a escrita livre e a aprendizagem informal. O 2º foca o ensino direto das correspondências grafema-fonema. O 3º combina leitura e escrita livre com o ensino explícito de determinadas competências. As suas práticas de ensino foram observadas. As competências de leitura foram avaliadas com uma prova de leitura oral de palavras e uma prova de compreensão. Na 1ª prova existiram diferenças significativas entre os grupos 2 e 3, tendo os alunos do 3º grupo obtido melhores resultados. Na 2ª prova não houve diferenças entre os grupos. Combinar leitura e escrita livre com o ensino explícito de determinadas competências revelou-se mais eficaz no ensino da leitura.

Palavras-chave: práticas de ensino; linguagem escrita; 1ºano de escolaridade.

Título: Análise dos erros fonológicos e lexicais na leitura oral de palavras no 1º e 2º ano de escolaridade

Autores: Edlia SimõesP

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P e Margarida Alves MartinsP

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Unidade de Investigação em Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da Educação- ISPA-IU

Email: edliasimoes@gmail.com

Resumo: O nosso objectivo foi analisar a evolução dos erros de leitura em alunos do 1º e 2º ano de escolaridade. Pretendeu-se estabelecer relações entre o efeito de frequência e regularidade das palavras e os erros de leitura. Participaram 175 crianças do 1º ano e 137 do 2º. Foi aplicada uma prova de leitura oral de palavras e os erros de leitura foram classificados

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em fonológicos e lexicais. As palavras da prova foram classificadas segundo a sua regularidade e frequência. Verificou-se que tanto no 1º como no 2º ano as crianças cometem mais erros fonológicos do que lexicais e que no 2º ano há mais erros lexicais do que no 1º. Quanto ao efeito de frequência as crianças dos 2 anos cometem mais erros lexicais nas palavras frequentes e no 2º ano mais erros fonológicos nas palavras pouco frequentes. Quanto ao efeito de regularidade verificou-se que nos 2 anos há mais erros fonológicos nas palavras irregulares do que nas regulares. Estes resultados vão ao encontro do modelo de leitura de dupla via.

Palavras-chave: leitura; erros lexicais; erros fonológicos; 1º ano de escolaridade; 2º ano de escolaridade.

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