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INSTRUMENTOS DO GRUPO CED-IUL Coordenador de simpósio: Maria Manuela Calheiros

Email: maria.calheiros@iscte.pt

Resumo do simpósio: A dimensão avaliativa na área do abuso a crianças é um domínio fundamental ao possibilitar a identificação e determinação das situações de perigo e a ponderação e priorização das condições que fomentam o seu bem-estar. No entanto, o sistema nacional de protecção de crianças em perigo em Portugal apresenta um conjunto de lacunas ao nível da avaliação parental com repercussões significativas na eficiência e eficácia da intervenção. Neste simpósio, a avaliação com pais constitui-se como um componente transversal aos diferentes trabalhos apresentados. Começa por se descrever três instrumentos sobre competências parentais- o Inventário de Potencial de Abuso, a Parent-Report Multidimensional Neglectful Behavior Scale e o DC: 0-3 para o Eixo II: Perturbações do Relacionamento. Uma vez que a dimensão cognitiva da parentalidade representa um componente fundamental de diagnostico, finalmente apresentam-se dois instrumentos sobre crenças parentais: Escala de Crenças Parentais e o Parent’s Belief.

Título: Qualidades psicométricas e capacidade discriminante do Inventário de Potencial de Abuso na Infância numa amostra de progenitores portugueses

Autores: Eunice MagalhãesP

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P e Maria Manuela CalheirosP

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P

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P

Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal

Email: nicemagalhaes@gmail.com

Resumo: O presente estudo tem como objectivo apresentar e discutir a capacidade discriminante do Inventário de Potencial de Abuso na Infância numa amostra de pais portugueses (N=658). Foi utilizada uma versão portuguesa deste inventário para pais e o Questionário de Avaliação do Mau Trato, Negligência e Abuso Sexual para técnicos. Foram

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realizadas análises descritivas, diferenças de médias, e análises discriminantes. Os resultados revelaram que o grupo de pais maltratantes é composto por sujeitos mais novos, com uma percentagem mais elevada de desemprego e de uma estrutura familiar monoparental. Os pais maltratantes tendem a reportar valores significativamente superiores na Escala de Abuso e em todas as suas dimensões. A função discriminante da Escala de Abuso Global classificou corretamente 78.3% e a função que incluiu as suas subdimensões classificou corretamente 81.3% dos casos. Os dados obtidos revelam-se teoricamente plausíveis e reforçam as qualidades psicométricas deste instrumento.

Palavras-chave: qualidades psicométricas; capacidade discriminante; Inventário de Potencial de Abuso na Infância.

Título: “The Parent-Report Multidimensional Neglectful Behavior Scale”: determinação das suas qualidades psicométricas e adequabilidade de aplicação ao contexto da prevenção primária

Autores: Diniz LopesP

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P e Ana Margarida Martins-NevesP

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P

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P

Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal

Email: diniz.lopes@iscte.pt

Resumo: Diferentes perspectivas téoricas e diferentes instrumentos de medida têm sido apresentados na literatura relativa à negligência parental. No presente trabalho, propomos uma delimitação e clarificação do conceito de negligência parental e analisámos as qualidades psicométricas da “The Parent-Report Multidimensional Neglectful Behavior Scale” (PR MNBS) de Kantor, Holt e Straus (2003), bem como a adequabilidade da sua aplicação em contextos de prevenção primária. Assim, procedemos à adaptação e validação da escala PR MNBS, forma A, utilizando uma amostra de encarregados de educação das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Os resultados dos estudos efectuados levam-nos a propor uma nova versão da PR MNBS - PA original, totalmente adaptada ao contexto português e com boas qualidades psicométricas. Esta nova versão parece-nos assim utilizável em contextos de investigação, bem como em contextos de prevenção primária, permitindo uma avaliação fiável do fenómeno de negligência parental.

Palavras-chave: negligência parental; avaliação; qualidades psicométricas.

Título: Protegendo os bebés e as crianças da violência doméstica: um estudo piloto de um protocolo de diagnóstico do abuso e negligência de bebés e crianças

Autores: M. Clara Barata, EuniceP

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P Magalhães, M. Manuela CalheirosP

1 P, e João GraçaP 1 P 1 P

Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal

Email: maria.clara.barata@iscte.pt

Resumo: A exposição precoce ao abuso e negligência pode perturbar o crescimento do cérebro e ter consequências dramáticas para o desenvolvimento infantil (National Scientific Council on the Developing Child, 2010). Em Portugal, as crianças até aos 5 anos ao cuidado das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens [CPCJs] constituíram 28,6% (18.041) de todas as crianças sinalizadas em 2011. No entanto, os profissionais de saúde sinalizaram apenas 6,9% do total, apesar do seu contacto privilegiado com as famílias nos primeiros anos da vida. Neste

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estudo piloto testámos o instrumento diagnóstico DC: 0-3 (Zero to Three, 2001) para o Eixo II: Perturbações do Relacionamento, com 10 famílias da população em geral e 10 famílias sinalizadas por problemas de violência em hospitais, e comparámos os resultados com outros instrumentos validados para a deteção do abuso e negligência. Nesta apresentação iremos discutir os resultados preliminares e as implicações destes para a política de proteção de menores.

Palavras-chave: abuso; negligência; avaliação; perturbações do relacionamento.

Título: O papel das cognições maternas nas práticas parentais maltratantes: validação de uma Escala de Crenças Parentais

Autores: Claudia CamiloP

1 P, Manuela CalheirosP 1 P, e Margarida GarridoP 1 P 1 P

Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal

Email: claudia.sofia.camilo@gmail.com

Resumo: À luz do modelo de processamento da informação, as práticas parentais maltratantes podem ter origem em crenças e perceções parentais enviesadas acerca da criança e do seu comportamento (Milner, 1993; Sigel, 1985). Na avaliação do risco, estas crenças podem assim revelar-se elementos fundamentais na explicação da negligência e do mau trato. O presente estudo tem como objetivo validar a Escala de Crenças Parentais (Calheiros, 2005), previamente aplicada a mães maltratantes, junto de mães normativas. A amostra é constituída por 160 mães com crianças entre os 6 e 12 anos, das quais 80 são apresentam práticas de mau trato ou negligência e estão referenciadas aos serviços de proteção de menores, e as restantes 80 são normativas. Especificamente averiguamos se a escala mantém as mesmas caraterísticas psicométricas e apresenta as mesmas correlações com a escala de Avaliação das Atribuições Maternas (Calheiros, 2006) encontradas para a população maltratante.

Palavras-chave: crenças parentais; validação; escala.

Título: Adaptação portuguesa do ‘Parent’s Beliefs about Children’s Emotions Questionnaire’ (PBACE)

Autores: Rute AgulhasP

1 P, Manuela CalheirosP 1 P, e Margarida GarridoP 1 P 1 P

Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal

Email: rute_sandra_agulhas@iscte.pt

Resumo: Neste estudo faz-se a adaptação para a população portuguesa do ‘Parent’s Beliefs about Children’s Emotions Questionnaire’ (PBACE; Halberstadt, Dunsmore, Parker, Beale, Thompson, & Bryant, 2009), instrumento que avalia crenças parentais sobre as emoções das crianças, através de cinco domínios (valor, orientação, controle, processos de desenvolvimento e relacional), com um total de onze sub-escalas. Participaram neste estudo 850 participantes, de ambos os sexos de nacionalidade portuguesa. Os resultados indicam que o instrumento permite discriminar a forma como os sujeitos pensam acerca das emoções das crianças em função de diversas variáveis, nomeadamente, estatuto sócio-económico, terem filhos e beneficiarem de acompanhamento por parte de serviços de protecção à infância e juventude. A utilização deste instrumento será especialmente pertinente na avaliação da dimensão afectiva da parentalidade e, em particular, na parentalidade disfuncional, junto de pais maltratantes e negligentes.

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Palavras-chave: adaptação; questionario; crenças sobre emoções.

SUICIDALIDADE EM ADOLESCENTES E ADULTOS PORTUGUESES I

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