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Título: Versão portuguesa do placental paradigm questionnaire no terceiro trimestre de gravidez

Autores: M.E. Carvalho1 e J.M. Miranda Justo2

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Professora Auxiliar Convidada do Departamento de Psicologia da Universidade de Évora

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Professor Auxiliar da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

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Resumo: Na presente comunicação, os autores descrevem a adaptação e validação factorial do Placental Paradigm Questionnaire (Raphael-Leff, 2004) numa amostra de 211 mulheres grávidas portuguesas entrevistadas aquando da ecografia realizada no terceiro trimestre. Os resultados revelam um modelo bi-factorial apresentando duas sub-escalas que se referem ao factor narcísico-facilitador e ao factor evitante-regulador de orientação pré-natal da maternidade. Este instrumento visa a avaliação da organização psíquica materna no que respeita à transição para a maternidade, permitindo o acesso a variáveis críticas para o conhecimento da génese da relação materno-fetal. A apresentação de este instrumento será complementada com a articulação proporcionada pelo cruzamento com dados de outros instrumentos psicométricos, nomeadamente projectivos e não projectivos.

Palavras-chave: gravidez; maternidade; paradigma placentário; orientação materna pré- natal.

Título: A Escala de Suporte Informal para a Autonomia e Dependência na Dor (ESIAD_DOR): construção e validação de uma nova medida

Autores: Mariana Domingues1 e Sónia Bernardes1

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Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Cis-IUL

Email: marianassdomingues@hotmail.com

Resumo: Os efeitos do suporte social (PSS) ao nível da autonomia funcional na dor são incoerentes, sugerindo o papel moderador de uma função das PSS raramente considerada - a de promoção de autonomia/ dependência. Assim, visámos construir uma medida de apoio social informal (ESIAD_DOR) de perceções de promoção de autonomia (PPA) e dependência (PPD) na dor, em contexto familiar. 275 adultos (64,7% mulheres) responderam à ESIAD_DOR e a outras medidas de PSS, interferência e coping com a dor. Composta pelas subescalas de perceções de frequência de suporte recebido e de perceções de frequência ideal de suporte, a escala revelou uma estrutura fatorial de quatro dimensões: a) PPA_instrumental; b) PPD_instrumental; c) PPA_emociona/estima e d) PPD_emocional/estima. A ESIAD_DOR apresentou bons índices de fidelidade interna e boa validade de conteúdo, de constructo e relativa a critério. A ESIAD_DOR é uma medida inovadora que permite a avaliação da influência familiar sobre a autonomia funcional na dor.

Palavras-chave: suporte social informal; promoção de autonomia/dependência; dor; avaliação.

Título: Estudos de validade da versão portuguesa da EDAH de Farré e Narbona

Autores: Mariana Delgado1, Ana Allen Gomes2, Célia Lopes3, e Carlos Fernandes da Silva2

1Universidade de Aveiro, Departamento de Educação

2Universidade de Aveiro, Departamento de Educação; Unidade de I&D IBILI, FM-UC 3Escola Profissional de Vouzela; Escola Superior de Educação do Instituto Piaget de Viseu

Email: marianadelgado@ua.pt

Resumo: Foi nosso objetivo estabelecer a validade da versão portuguesa da EDAH, de Farré e Narbona, composta por 20 itens. Os questionários foram preenchidos pelos professores, utilizando uma escala lickert de 4 pontos. A amostra incluiu dois grupos emparelhados de 34 crianças, dos 6 aos 12 anos: um grupo diagnosticado com PHDA e um grupo escolar de controlo. Comparado com este, o grupo clínico obteve pontuações significativamente

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superiores nas subescalas e escala global da EDAH, bem como em cada item, o que sustenta o seu poder discriminativo. As subescalas e escala global da EDAH associaram-se significativamente entre si e correlacionaram-se fortemente com as subescalas e escala global da Escala de Conners, o que apoia a validade convergente. Em todas as subescalas da EDAH, as áreas sob a curva (AUC) indicaram precisão moderada e os valores de especificidade foram superiores aos da sensibilidade. Em conclusão, a EDAH revela validade e utilidade clínica. Nota: escalas cedidas pela CEGOC-TEA.

Palavras-chave: hiperatividade e défice de atenção; EDAH; validação de questionários; especificidade; sensibilidade.

Título: Escutando a elaboração em psicoterapia: o uso de índices de assimilação na compreensão da mudança

Autores: David D. Neto1, Telmo M. Baptista2, e Kim Dent-Bown3

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Universidade de Lisboa e Universidade de Sheffield

2Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa 3Universidade de Sheffield.

Email: dneto@campus.ul.pt

Resumo: Esta investigação incidiu sob a forma como os clientes elaboram ao longo da psicoterapia. Procurou-se analisar as expressões dos clientes e terapeutas para identificar índices de assimilação. A investigação dividiu-se em dois estudos. No primeiro, o sistema de índices foi desenvolvido através de análise qualitativa e posteriormente aplicado a 30 sessões de clientes com depressão. Deste estudo resultou um sistema de índices agrupado em cinco dimensões, que apresenta boa fiabilidade inter-cotador, consistência interna e validade convergente. O segundo estudo constituiu uma aplicação longitudinal dos índices com a finalidade de contrastar casos em função do seu sucesso. Nove psicoterapias foram gravadas e analisadas e destas apenas três apresentaram uma incongruência entre o sucesso e os índices de assimilação. Estes casos foram então analisados qualitativamente. A análise aponta para o valor dos índices na compreensão da assimilação e aplicabilidade clínica no planeamento da intervenção

Palavras-chave: psicoterapia; assimilação; índices; investigação de processo.

Título: IPPS: desenvolvendo um sistema de avaliação individualizado do progresso dos pacientes

Autores: Célia M. D. Sales1, Paula C. G. Alves2, Chris Evans3, Robert Elliott4, Peter Wakker5, John Mellor-Clark6 e Alex Curtins Jenkins6

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Universidade de Évora; Instituto Universitário de Lisboa (CIS, ISCTE-IUL), Centro de Investigação e Intervenção Social

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Instituto Universitário de Lisboa (CIS, ISCTE-IUL), Centro de Investigação e Intervenção Social; King's College London 3University of Nottingham 4University of Strathclyde 5 Erasmus University 6 CORE-IMS Email: paulagomesalves@hotmail.com

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Resumo: O sistema IPPS é um software clínico de feedback para avaliar e monitorizar o progresso dos pacientes em tratamento psicológico. O IPPS combina medidas estandardizadas com medidas idiográficas, i.e. compostas por conteúdos gerados pelos pacientes. O IPPS é o primeiro sistema que combina estas medidas numa só aplicação, sendo também, à data, o único que permite a avaliação de pacientes em terapia individual, assim como em terapia de casal, familiar e de grupo. A primeira versão do IPPS foi disponibilizada em 2011 e tem sido pilotada em vários serviços de saúde mental em Portugal, desde hospitais públicos, serviços universitários de aconselhamento e psicoterapia e também prática privada. Nesta comunicação iremos apresentar não só o sistema, mas também as experiências preliminares dos seus utilizadores, os suas vantagens e desvantagens e ainda os projectos futuros para o desenvolvimento deste sistema.

Palavras-chave: tratamento psicológico; avaliação de resultados; monitorização; sistema de feedback.

GÉNERO E PROFISSÕES 2

Coordenador de simpósio: Carla Cerqueira e Maria Helena Santos

Email: carlaprec3@gmail.com

Resumo do simpósio: Atendendo à importância deste evento científico em Portugal, propomos um simpósio centrado nos estudos de género e nas profissões, onde, apesar da evolução verificada no mundo do trabalho, nos últimos anos, persistem desigualdades de género. De facto, a investigação internacional e nacional recente tem mostrado que as profissões continuam marcadas pelo género, sendo particularmente visível em áreas específicas de profissões tradicionalmente dominadas pelas mulheres (e.g., na enfermagem as mulheres continuam mais ligadas à área da saúde infantil e os homens à reabilitação) ou pelos homens (e.g., na política os homens continuam a ocupar mais cargos de poder/topo e as mulheres a ocupar cargos de base), persistindo assimetrias que penalizam as mulheres. Assim, o objectivo central deste simpósio é identificar, através da análise dos contextos político, empresarial e da saúde, as consequências negativas a que as mulheres estão sujeitas em condição de minoria e como reagem às mesmas.

Título: As líderes políticas em foco: representações nas revistas de informação portuguesa

Autores: Carla Cerqueira1, Mariana Bernardo1, Rosa Cabecinhas1, e Conceição Nogueira2

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), Universidade do Minho

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Centro de Psicologia da Universidade do Porto

Email: carlaprec3@gmail.com

Resumo: As construções discursivas mediatizadas constituem uma das formas de perpetuação de assimetrias de género no espaço público. O estudo da forma como as figuras de liderança são representadas nos meios de comunicação surge como um importante vetor de entendimento dos papéis de género na sociedade. Isto deve-se sobretudo ao facto de historicamente as posições de liderança estarem fortemente associadas à figura masculina,

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sendo esta relação particularmente visível na esfera política. Neste estudo, analisámos especificamente as representações jornalísticas acerca das mulheres em posições de liderança política. Para isso, focámo-nos nas duas revistas de informação generalista mais lidas em Portugal: Sábado e Visão. Através da recolha das peças que abordaram estas figuras nos anos de 2011 e 2012, realizámos uma análise de conteúdo, procurando descortinar a forma como estas mulheres foram, ao longo deste período, representadas.

Palavras-chave: mulheres; liderança política; representações jornalísticas.

Título: O género nas profissões de saúde: o caso de médicas/os e enfermeiras/os Autores: Célia Soares1

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Escola Superior de Saúde - IPS, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL

Email: celia.soares@ess.ips.pt

Resumo: Este paper apresenta uma investigação centrada no impacto do género no contexto das profissões de saúde. Realizaram-se dois estudos, um quantitativo e outro qualitativo, com médicas/os e enfermeiras/os de Centros de Saúde e Hospitais da Grande Lisboa. Os resultados do primeiro revelam alguns padrões de diferenciação baseados no género entre homens/mulheres, grupos profissionais e contextos de trabalho, apesar da fraca orientação das/os profissionais para esta temática. No estudo qualitativo, os resultados salientam os percursos académicos das/os profissionais, mas também aspectos que marcam distribuições assimétricas de mulheres e homens por algumas das especialidades. Este conjunto de resultados mostra uma fraca sensibilização das/os profissionais para o impacto das construções sociais de género na saúde, para estratégias que naturalizam diferenças homem/mulher, salientando assim pouco reconhecimento acerca dos processos de genderização no contexto das profissões de saúde.

Palavras-chave: género; profissões; saúde.

Título: A identidade da empresária: deslocações, contradições e conformações à norma masculina

Autores: Emília Fernandes1

1Escola de Economia e Gestão, Universidade do Minho

Email: mifernandes@eeg.uminho.pt

Resumo: O empreendedorismo é central nos discursos das elites políticas e empresariais, sendo percebido como solução para ultrapassar a atual crise financeira. O discurso da “mentalidade empreendedora” não deve ser, porém, interpretado como neutro ao género, pois este fundamenta-se numa certa masculinidade que remete para uma versão individualista e economicista do ato de empreender. Tal genderização traz consigo a determinação de quem pode e deve ser empreendedor, sendo que às mulheres, que se movimentam nestes contextos, é sempre reservada a condição de alteridade. Alicerçada em entrevistas realizadas a empresárias portuguesas, esta comunicação reflete sobre os processos de negociação que entretecem as suas identidades e narrativas profissionais e organizacionais na relação com a “mentalidade empreendedora” e uma dada ordem de género. Procura assim contribuir para repensar a complexa relação entre a resistência e a acomodação operada na produção e o constrangimento da identidade da empresária.

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Título: Género e política: consequências e reações de mulheres num “mundo de homens”

Autores: Maria Helena Santos1, Patricia Roux2, e Isabel Correia3

1 CEG/UNIL e CIS-IUL/ISCTE-IUL 2 CEG/UNIL 3 CIS-IUL/ISCTE-IUL Email: helena.santos@iscte.pt

Resumo: As desigualdades de género persistem no mundo do trabalho nas sociedades ocidentais. Investigações sobre o tema, realizadas numa perspectiva neutra, assexuada, concluíram que qualquer grupo social proporcionalmente subrepresentado está sujeito a consequências negativas. No entanto, investigações realizadas numa perspectiva de género têm demonstrado que as consequências das interações contextuais são diferentes para as mulheres e os homens em condição de minoria. Esta comunicação incide num estudo sobre a política, contexto tradicionalmente dominado por homens, que pretendeu conhecer as consequências a que as mulheres estão sujeitas e como reagem às mesmas. A análise de 22 entrevistas a mulheres com idades entre 32 e 78 anos, dos cinco maiores partidos portugueses, em actividade ao nível local, revela que estas são sujeitas a várias consequências negativas e que as suas reações variam, por vezes, consoante a discriminação é pessoal ou grupal. Os resultados serão discutidos.

Palavras-chave: política; desigualdades; género; consequências; reações.

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