1. Ansiedade, expressão ansiosa, ruminações, preocupações – Avaliação impossível 2. Tristeza, expressão triste, voz triste, choro – Avaliação impossível
3. Ausência de reação aos eventos agradáveis – Avaliação impossível
4. Irritabilidade, facilidade em car contrariado, humor lábil – Avaliação impossível B. Distúrbios do comportamento
5. Agitação, não consegue car no lugar, se contorce, puxa os cabelos – Avaliação impossível 6. Lentidão psicomotora: dos movimentos, da fala, das reações – Avaliação impossível
7. Numerosas queixas somáticas (anotar ausente se apenas sintomas gastrintestinais) – Avaliação impossível
8. Perda de interesse, menor implicação nas atividades habituais (anotar apenas se a mudança ocorreu de forma rápida, em menos de 1 mês) – Avaliação impossível
C. Sintomas somáticos
9. Perda de apetite, come menos do que em geral – Avaliação impossível
10. Perda de peso (anotar grave se superior a 2,5 kg em 1 mês) – Avaliação impossível
11. Falta de energia, cansa-se facilmente, incapaz de sustentar uma atividade (anotar apenas se a mudança ocorreu de maneira rápida, em menos de 1 mês) – Avaliação impossível
D. Funções cíclicas
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.
13. Di culdades para dormir, dorme mais tarde do que em geral – Avaliação impossível 14. Despertar noturno frequente – Avaliação impossível
15. Despertar matinal precoce, mais cedo do que em geral – Avaliação impossível E. Distúrbios ideatórios
16. Ideias de suicídio, pensa que a vida não vale a pena de ser vivida, deseja morrer – Avaliação impossível 17. Autodepreciação, queixa-se dele próprio, pouca estima de si, sentimento de fracasso – Avaliação impossível 18. Pessimismo, antecipação do pior – Avaliação impossível
19. Ideias delirantes congruentes ao humor, ideias delirantes de pobreza, de doença ou de perda – Avaliação impossível
Interpretação: item considerado “grave”: 2 pontos; item considerado “moderado” ou “intermitente”: 1 ponto; outras respostas: 0 ponto. Total dos pontos: X/38
Em que X representa a pontuação obtida.
Fonte: Alexopoulos et al., 1988.26
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*A paroxetina inibe a enzima óxido nítricosintetase, o que pode, teoricamente, contribuir para a disfunção sexual, em especial em homens, além de importante efeito anticolinérgico, de maneira que não é uma opção para uso em idosos. O escitalopram é considerado, talvez, o ISRS mais bem tolerado, com as menores taxas de interações medicamentosas medidas pelo complexo enzimático hepático P450 (CYP 450). Não há restrição quanto a doses mais altas para evitar o prolongamento de QTc.
Introdução
Delirium é um distúrbio global transitório da cognição, caracterizado por início agudo e curso flutuante dos sintomas. É desencadeado por determinado evento, como uso de fármacos ou doença subjacente em pessoas vulneráveis, particularmente idosos. Sua etiologia não é específica e pode surgir em qualquer ponto no curso de uma doença. Tratase de uma síndrome geriátrica, e pode ser o único sinal clínico de uma condição médica subjacente, especialmente em idosos frágeis com demência.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5a edição (DSM5),1 o delirium é caracterizado por um distúrbio da atenção e da consciência,
desenvolvese em um breve período de tempo (horas ou dias), representa uma queda em relação à cognição basal, tem curso flutuante, requer a coexistência com um distúrbio adicional da cognição (memória, orientação, linguagem, visuoespacial ou percepção), e costuma estar associado a uma condição médica, intoxicação por substância ou efeito colateral medicamentoso, que devem ser descartados.
O delirium pode ser acompanhado por distúrbios comportamentais psicomotores como hipoatividade, hiperatividade e transtorno do sono (comprometimento da duração e arquitetura do sono, como inversão do ciclo sonovigília); e transtornos emocionais, como medo, depressão, euforia e perplexidade.
Existem 3 tipos de apresentação do delirium: o hiperativo, em que o indivíduo apresenta hiperatividade psicomotora, podendo ser acompanhada de oscilação de humor, agitação e/ou recusa a cooperar com os cuidados médicos; o hipoativo, em que o indivíduo apresenta um nível hipoativo de atividade psicomotora, que pode estar acompanhado de lentidão e letargia próxima do estupor; e o misto, que alterna os sintomas das 2 formas anteriores. Quanto a sua duração, pode ser classificado em agudo (duração de poucas horas a dias) e persistente (duração de semanas ou meses). O delirium está associado a uma série de consequências negativas para a população geriátrica, como aumento do tempo de hospitalização, altas taxas de institucionalização e de mortalidade, distúrbio cognitivo a longo prazo e declínio funcional.
Epidemiologia
Segundo o DSM5, a prevalência de delirium é alta entre idosos, variando de acordo com as características individuais, o local de atendimento e a sensibilidade do método de detecção. Na comunidade, a prevalência gira em torno de 1 a 2%, mas aumenta com a idade, chegando a 14% entre pessoas com mais de 85 anos. Em setores de emergência, o delirium costuma indicar uma doença médica subjacente, com prevalência de 10 a 30%. Durante a hospitalização, esta prevalência pode variar entre 25 e 50%, com máxima prevalência registrada de 70 a 87% nas unidades de terapia intensiva. Em idosos no pósoperatório, o risco de delirium pode ultrapassar 50%, principalmente dentre os idosos frágeis. Nas instituições de longa permanência e locais de atendimento pósagudo, o risco também é elevado, podendo alcançar 60%. Além disso, é muito frequente dentre os pacientes terminais, nos quais a prevalência pode chegar a 80%.2 O delirium hipoativo é comum em idosos hospitalizados e, apesar de sua associação com prognósticos desfavoráveis, é frequentemente subdiagnosticado, diferentemente do delirium hiperativo, que passa despercebido ao diagnóstico em função do comportamento combativo e agitado do paciente.Fisiopatologia
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A fisiopatologia ainda é pouco compreendida. Os sistemas colinérgicos e dopaminérgicos estão especialmente envolvidos. Estudos sugerem um aumento na atividade dopaminérgica cerebral com redução da função colinérgica, ou mesmo um desequilíbrio entre estes sistemas. O sistema serotoninérgico atua como regulador ou modificador da atividade dos sistemas dopaminérgico e colinérgico, com aumento ou diminuição dos níveis de serotonina.