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Escala de Cornell de depressão na demência (CSDD) A Sintomas relativos ao humor

No documento Manual prático de geriatria (páginas 80-85)

1. Ansiedade, expressão ansiosa, ruminações, preocupações – Avaliação impossível 2. Tristeza, expressão triste, voz triste, choro – Avaliação impossível

3. Ausência de reação aos eventos agradáveis – Avaliação impossível

4. Irritabilidade, facilidade em car contrariado, humor lábil – Avaliação impossível B. Distúrbios do comportamento

5. Agitação, não consegue car no lugar, se contorce, puxa os cabelos – Avaliação impossível 6. Lentidão psicomotora: dos movimentos, da fala, das reações – Avaliação impossível

7. Numerosas queixas somáticas (anotar ausente se apenas sintomas gastrintestinais) – Avaliação impossível

8. Perda de interesse, menor implicação nas atividades habituais (anotar apenas se a mudança ocorreu de forma rápida, em menos de 1 mês) – Avaliação impossível

C. Sintomas somáticos

9. Perda de apetite, come menos do que em geral – Avaliação impossível

10. Perda de peso (anotar grave se superior a 2,5 kg em 1 mês) – Avaliação impossível

11. Falta de energia, cansa-se facilmente, incapaz de sustentar uma atividade (anotar apenas se a mudança ocorreu de maneira rápida, em menos de 1 mês) – Avaliação impossível

D. Funções cíclicas

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

13. Di culdades para dormir, dorme mais tarde do que em geral – Avaliação impossível 14. Despertar noturno frequente – Avaliação impossível

15. Despertar matinal precoce, mais cedo do que em geral – Avaliação impossível E. Distúrbios ideatórios

16. Ideias de suicídio, pensa que a vida não vale a pena de ser vivida, deseja morrer – Avaliação impossível 17. Autodepreciação, queixa-se dele próprio, pouca estima de si, sentimento de fracasso – Avaliação impossível 18. Pessimismo, antecipação do pior – Avaliação impossível

19. Ideias delirantes congruentes ao humor, ideias delirantes de pobreza, de doença ou de perda – Avaliação impossível

Interpretação: item considerado “grave”: 2 pontos; item considerado “moderado” ou “intermitente”: 1 ponto; outras respostas: 0 ponto. Total dos pontos: X/38

Em que X representa a pontuação obtida.

Fonte: Alexopoulos et al., 1988.26

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*A paroxetina inibe a enzima óxido nítrico­sintetase, o que pode, teoricamente, contribuir para a disfunção sexual, em especial em homens, além de importante  efeito  anticolinérgico,  de  maneira  que  não  é  uma  opção  para  uso  em  idosos.  O  escitalopram  é  considerado,  talvez,  o  ISRS  mais  bem tolerado, com as menores taxas de interações medicamentosas medidas pelo complexo enzimático hepático P450 (CYP 450). Não há restrição quanto a doses mais altas para evitar o prolongamento de QTc.

Introdução

Delirium  é  um  distúrbio  global  transitório  da  cognição,  caracterizado  por  início  agudo  e  curso  flutuante  dos  sintomas.  É desencadeado  por  determinado  evento,  como  uso  de  fármacos  ou  doença  subjacente  em  pessoas  vulneráveis, particularmente idosos. Sua etiologia não é específica e pode surgir em qualquer ponto no curso de uma doença. Trata­se de uma  síndrome  geriátrica,  e  pode  ser  o  único  sinal  clínico  de  uma  condição  médica  subjacente,  especialmente  em  idosos frágeis com demência.

De  acordo  com  o  Manual  Diagnóstico  e  Estatístico  de  Transtornos  Mentais  –  Diagnostic  and  Statistical  Manual  of Mental  Disorders,  5a  edição  (DSM­5),1  o  delirium  é  caracterizado  por  um  distúrbio  da  atenção  e  da  consciência,

desenvolve­se  em  um  breve  período  de  tempo  (horas  ou  dias),  representa  uma  queda  em  relação  à  cognição  basal,  tem curso  flutuante,  requer  a  coexistência  com  um  distúrbio  adicional  da  cognição  (memória,  orientação,  linguagem, visuoespacial  ou  percepção),  e  costuma  estar  associado  a  uma  condição  médica,  intoxicação  por  substância  ou  efeito colateral medicamentoso, que devem ser descartados.

O delirium pode ser acompanhado por distúrbios comportamentais psicomotores como hipoatividade, hiperatividade e transtorno  do  sono  (comprometimento  da  duração  e  arquitetura  do  sono,  como  inversão  do  ciclo  sono­vigília);  e transtornos emocionais, como medo, depressão, euforia e perplexidade.

Existem 3 tipos de apresentação do delirium:  o  hiperativo,  em  que  o  indivíduo  apresenta  hiperatividade  psicomotora, podendo ser acompanhada de oscilação de humor, agitação e/ou recusa a cooperar com os cuidados médicos; o hipoativo, em  que  o  indivíduo  apresenta  um  nível  hipoativo  de  atividade  psicomotora,  que  pode  estar  acompanhado  de  lentidão  e letargia próxima do estupor; e o misto, que alterna os sintomas das 2 formas anteriores. Quanto a sua duração, pode ser classificado em agudo (duração de poucas horas a dias) e persistente (duração de semanas ou meses). O delirium está associado a uma série de consequências negativas para a população geriátrica, como aumento do tempo de hospitalização, altas taxas de institucionalização e de mortalidade, distúrbio cognitivo a longo prazo e declínio funcional.

Epidemiologia

Segundo o DSM­5, a prevalência de delirium é alta entre idosos, variando de acordo com as características individuais, o local de atendimento e a sensibilidade do método de detecção. Na comunidade, a prevalência gira em torno de 1 a 2%, mas aumenta com a idade, chegando a 14% entre pessoas com mais de 85 anos. Em setores de emergência, o delirium costuma indicar uma doença médica subjacente, com prevalência de 10 a 30%. Durante a hospitalização, esta prevalência pode variar entre 25 e 50%, com máxima prevalência registrada de 70 a 87% nas unidades  de  terapia  intensiva.  Em  idosos  no  pós­operatório,  o  risco  de  delirium  pode  ultrapassar  50%,  principalmente dentre  os  idosos  frágeis.  Nas  instituições  de  longa  permanência  e  locais  de  atendimento  pós­agudo,  o  risco  também  é elevado, podendo alcançar 60%. Além disso, é muito frequente dentre os pacientes terminais, nos quais a prevalência pode chegar a 80%.2 O delirium hipoativo é comum em idosos hospitalizados e, apesar de sua associação com prognósticos desfavoráveis, é frequentemente subdiagnosticado, diferentemente do delirium hiperativo, que passa despercebido ao diagnóstico em função do comportamento combativo e agitado do paciente.

Fisiopatologia

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A fisiopatologia ainda é pouco compreendida. Os sistemas colinérgicos e dopaminérgicos estão especialmente envolvidos. Estudos  sugerem  um  aumento  na  atividade  dopaminérgica  cerebral  com  redução  da  função  colinérgica,  ou  mesmo  um desequilíbrio  entre  estes  sistemas.  O  sistema  serotoninérgico  atua  como  regulador  ou  modificador  da  atividade  dos sistemas dopaminérgico e colinérgico, com aumento ou diminuição dos níveis de serotonina.

No documento Manual prático de geriatria (páginas 80-85)