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INFRA-ESTRUTURAS DE MERCADO PARA DERIVADOS OVER-THE-COUNTER (OTC)

DE PAGAMENTOS E DAS INFRA-ESTRUTURAS DE MERCADO

INFRA-ESTRUTURAS DE MERCADO PARA DERIVADOS OVER-THE-COUNTER (OTC)

No seguimento do mandato conferido na cimeira do G20 em Pittsburgh em 2009 29, a principal

iniciativa legislativa na UE durante 2011 prendeu-se com uma proposta de regulamento relativo aos derivados OTC, às contrapartes centrais e aos repositórios de transacções, também conhecido por Regulamento relativo à infra-estrutura do mercado europeu, emitido primeiramente em Setembro de 2010. O regulamento proposto procura dar seguimento ao mandato do G20 relativamente à obrigatoriedade da compensação e da comunicação de informação aos repositórios de transacções de derivados OTC e também estabelecer pela primeira vez um quadro comum na UE para as contrapartes centrais no que toca aos diferentes produtos fi nanceiros. No seu parecer de 13 de Janeiro de 2011, o BCE expressou a sua preocupação pelo facto de o quadro proposto não refl ectir sufi cientemente as competências e a necessidade de envolvimento por parte dos bancos centrais em relação às contrapartes centrais e aos repositórios de transacções; seria igualmente necessário reforçar os requisitos para a cooperação entre reguladores, superintendentes e bancos centrais emitentes. Além disso, a UE deu seguimento ao mandato do G20 respeitante às transacções electrónicas

de derivados OTC, como parte da sua revisão mais alargada da Directiva relativa aos mercados de instrumentos fi nanceiros. Em 20 de Outubro de 2011, a Comissão Europeia emitiu propostas legislativas para a revisão da Directiva relativa aos mercados de instrumentos fi nanceiros, as quais foram avaliadas pelo BCE.

Uma iniciativa-chave relacionada com a fi xação de padrões prende-se com a revisão dos princípios internacionais para infra-estruturas de mercados fi nanceiros com vista a harmonizar e, sempre que necessário, reforçar os actuais padrões internacionais para os sistemas de pagamentos sistemicamente importantes, centrais de depósitos de títulos (CDT), sistemas de liquidação de títulos e contrapartes centrais. Tendo em conta a crescente utilização e a importância sistémica das contrapartes centrais na área dos derivados OTC e a crescente resiliência das infra-estruturas e autoridades sistemicamente relevantes relativamente ao rigor e disponibilidade dos dados sobre repositórios de transacções para o desempenho das respectivas funções, os padrões revistos incorporam igualmente orientações adicionais para os derivados OTC, contrapartes centrais e repositórios de transacções. Em Março de 2011, o CPSS e a Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO) publicaram um relatório consultivo sobre um projecto de princípios para infra-estruturas de mercados fi nanceiros, que será fi nalizado durante o primeiro trimestre de 2012.

Em 11 de Outubro de 2011, o Conselho de Estabilidade Financeira, no seu segundo relatório intercalar sobre a implementação de reformas nos mercados de derivados OTC, sublinhou a necessidade de acelerar o ritmo das medidas legislativas e regulamentares, bem como de

Na sua cimeira em Pittsburgh em 2009, o G20 decidiu que: 29

“Todos os contratos OTC normalizados sobre derivados OTC devem ser transaccionados em bolsas ou plataformas de negociação electrónicas, se for caso disso, e compensados através de contrapartes centrais o mais tardar até ao fi nal de 2012. Os contratos sobre derivados OTC devem ser comunicados aos repositórios de transacções. Os contratos que não sejam compensados de forma centralizada devem estar sujeitos a requisitos de fundos próprios mais elevados”.

intensifi car o diálogo multilateral e bilateral para fazer face a sobreposições, lacunas e confl itos entre as abordagens das autoridades. O BCE, que esteve envolvido nos trabalhos do CPSS-IOSCO e do Conselho de Estabilidade Financeira, deu o seu apoio total a estas conclusões. O BCE também considera que a implementação consistente dos padrões internacionais nas diversas jurisdições constituirá um elemento crucial da concretização do quadro regulamentar e de superintendência coerente necessário para assegurar a segurança e efi ciência dos mercados de derivados OTC a nível mundial.

TARGET2-SECURITIES

O TARGET2-Securities (T2S) é um serviço de liquidação que visa proporcionar um conjunto de títulos único e transfronteiras e um processo de liquidação fulcral e neutro. O Conselho ECOFIN sublinhou em 2007 que os acordos de supervisão aplicáveis às CDT deveriam manter-se seguros e efi cientes e, deste modo, que as implicações do T2S para estes acordos deveriam ser analisadas com este fi m.

Todas as autoridades competentes com um interesse legítimo no bom funcionamento do T2S participam num grupo que coordena a troca de informações e realiza actividades relacionadas com a superintendência e supervisão dos serviços do T2S durante a fase de desenvolvimento, ou seja, superintendentes de CDT e infra-estruturas de pagamentos que utilizam os serviços do T2S, superintendentes responsáveis por infra-estruturas críticas, supervisores com competências sobre CDT que aderiram ao T2S, e os bancos centrais de países não pertencentes à área do euro emitentes das moedas elegíveis para liquidação no T2S. Até ao momento, todas as autoridades competentes continuam a apoiar a ideia do estabelecimento de um quadro cooperativo para a superintendência e supervisão dos serviços do T2S. No entanto, nesta fase, este quadro não pode ser fi nalizado dado que ainda está em curso o processo de

defi nição das responsabilidades do T2S e

das CDT.

Ao longo de 2011, realizou-se uma análise preliminar abrangente da documentação disponível sobre a concepção do T2S com a participação de todas as autoridades competentes. Em particular, a concepção do T2S foi revista tendo por base as Recomendações do SEBC-CESR para os Sistemas de Liquidação de Títulos, emitidas em 2009, tomando em consideração algumas adaptações devido às características específi cas da concepção do T2S. O Conselho do BCE e a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados também apresentaram algumas sugestões à Comissão do Programa T2S com vista a promover o cumprimento das recomendações. Dada a actual evolução do projecto T2S, as conclusões da análise da concepção do T2S serão actualizadas logo que seja fi nalizada toda a documentação relevante.

Em Julho de 2011, a estrutura do arranha-céus ultrapassou em altura o Großmarkthalle. No fi nal de Dezembro de 2011, a construção das duas torres tinha atingido o 21.º andar.

C A P Í T U L O 4

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