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OUTROS DESENVOLVIMENTOS ESTATÍSTICOS Com base no notável exemplo da Base de Dados

ESTATÍSTICAS

4.2 OUTROS DESENVOLVIMENTOS ESTATÍSTICOS Com base no notável exemplo da Base de Dados

Centralizada de Títulos (Centralised Securities Database), que contém dados de referência, preços e informação empresarial relativos a todos os títulos individuais considerados relevantes para efeitos estatísticos do SEBC, o Conselho do BCE aprovou, em 2011, a recolha e compilação sistemáticas de estatísticas sobre detenções de títulos com base em informação título a título. Este esforço, que possibilitará a análise das detenções de títulos dos sectores institucionais em maior pormenor, exigirá a preparação de legislação e a criação de uma base de dados para a produção de estatísticas mais harmonizadas e de maior qualidade.

Em Novembro de 2011, em cooperação com a Comissão Europeia, o BCE publicou os resultados do inquérito sobre o acesso a fi nanciamento por pequenas e médias empresas, o qual, a cada dois anos, cobre todos os 27 países da UE e dez países da região vizinha, incluindo países candidatos à UE. O BCE conduz parte do inquérito a cada seis meses para empresas da área do euro a fi m de avaliar a evolução mais recente das suas condições de fi nanciamento.

Prosseguiram os trabalhos de implementação do inquérito do Eurosistema sobre fi nanciamento e consumo das famílias. Este inquérito destina-se a fornecer microdados sobre as famílias no que se refere a activos reais e fi nanceiros, responsabilidades, consumo e poupança, rendimento e emprego, direitos de pensão futuros, transferências intergeracionais e doações e atitudes face ao risco. O trabalho de campo para o primeiro inquérito foi realizado no fi nal de 2010 e no início de 2011 pelos BCN da maioria dos países da área do euro (em alguns casos em colaboração com os institutos nacionais de estatística).

Em Janeiro de 2011, foi publicada uma Decisão do BCE relativa à transmissão de dados confi denciais ao abrigo do quadro comum para os fi cheiros de empresas utilizados para fi ns estatísticos. Esta Decisão defi ne o formato e as medidas de segurança e confi dencialidade referentes ao intercâmbio de informação com a Comissão Europeia e os institutos nacionais de estatística. Além disso, o SEBC prosseguiu os trabalhos de desenvolvimento de um registo sobre todas as instituições fi nanceiras da Europa, incluindo grandes grupos bancários e seguradores. Adicionalmente, o SEBC apoia as medidas tomadas para criar um sistema global legal entity identifi er (identifi cador de entidades jurídicas) que permita uma

identifi cação única dos participantes em

transacções fi nanceiras, um projecto da maior importância para os reguladores fi nanceiros e a indústria fi nanceira.

O BCE prosseguiu a estreita cooperação com o Eurostat e com outras organizações internacionais tais como o BIS, o FMI, a OCDE e as Nações Unidas. No que se refere à implementação de novas normas estatísticas internacionais, o BCE, juntamente com o Eurostat, centrou-se na revisão do SEC 95, que deverá estar alinhado com o Sistema de Contas Nacionais 2008 e com a sexta edição do Manual da Balança de Pagamentos e da Posição de Investimento Internacional do FMI. Em paralelo, a legislação do BCE e da UE está a ser objecto de uma revisão a fi m de garantir que os novos padrões são implementados em 2014 e de melhorar progressivamente a actualidade das contas da área do euro. Em Março de 2011, o Conselho do BCE concordou que se avançassem os prazos para a prestação de informação relativa às contas trimestrais das administrações públicas em conformidade com o Programa de Transmissão estabelecido no SEC e os dados referentes ao procedimento relativo aos défi ces excessivos a fi m de apoiar a compilação de contas trimestrais completamente integradas da área do euro em t + 90 dias. Adicionalmente, em Dezembro de 2011, o Conselho do BCE aprovou a Orientação e a Recomendação reformuladas relativas aos requisitos de reporte estatístico do BCE no domínio das estatísticas externas, que aperfeiçoam as estatísticas da balança de pagamentos e da posição de investimento internacional (incluindo, por exemplo, requisitos relativos a envios transfronteiras de notas de euro) e melhoram a actualidade das estatísticas externas da área do euro.

As melhorias na actualidade, qualidade e cobertura das estatísticas são importantes não só para a função de política monetária do BCE, mas também para efeitos de análise da estabilidade fi nanceira. Neste contexto, o BCE prestou apoio estatístico ao CERS, disponibilizando dados bancários consolidados numa base semestral e reportando outros conjuntos de dados exigidos pela Decisão do CERS de Setembro de 2011 relativa ao fornecimento e à recolha de informação. Prosseguiu igualmente a estreita

cooperação com as recém-criadas autoridades europeias de supervisão, em particular com a Autoridade Bancária Europeia (ABE) e a Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (AESPCR). Os trabalhos centraram-se no intercâmbio de informação adequada e fi ável, em conformidade com a legislação europeia e respeitando a protecção de informações confi denciais. Além disso, prosseguiram os trabalhos de harmonização dos requisitos de reporte estatístico e de supervisão. A obtenção de um fl uxo de dados efi ciente minimizará o esforço de prestação de informação das entidades que têm de fornecer dados ao Eurosistema e às autoridades de supervisão.

No contexto da cooperação a nível mundial, o BCE participa nas iniciativas estatísticas apoiadas pelo G20, com vista a colmatar lacunas de informação cruciais nas estatísticas económicas e fi nanceiras. Enquanto membro do Grupo Inter-Organismos sobre Estatísticas Económicas e Financeiras, o BCE colabora activamente na concretização do plano de acção do G20 para abordar a medição de riscos no sector fi nanceiro, as ligações fi nanceiras internacionais e a vulnerabilidade das economias a choques. O BCE contribuiu ainda para a melhoria do sítio Principal Global Indicators.

Em linha com a abordagem adoptada em todo o Eurosistema, o objectivo dos estudos no BCE consiste em: i) fornecer resultados de estudos relevantes para o aconselhamento no âmbito da política monetária e outras atribuições do Eurosistema, ii) manter e utilizar modelos econométricos a fi m de construir previsões e projecções económicas e comparar o impacto de escolhas de política alternativas, e iii) comunicar com a comunidade académica e de investigação, por exemplo através da publicação dos resultados dos estudos em revistas científi cas sujeitas a análise pelos pares e da participação e organização de conferências de investigação. As duas secções seguintes analisam as principais áreas e actividades de investigação em 2011.

5.1 PRIORIDADES E PROGRESSOS DOS ESTUDOS

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