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Podemos não ser capazes de manter, implementar nossa atual estratégia nos setores em que atuamos, especialmente no ramo de infraestrutura logística, incluindo crescimento orgânico ou por meio de aquisições.

Tivemos recentemente rápido crescimento, bem como expansão geográfica de nossas operações. Pretendemos continuar a expandir nossas atividades nos setores e mercados em que atuamos, especialmente no ramo de infraestrutura logística, bem como em mercados de outras regiões ainda não exploradas, para aproveitarmos oportunidades de crescimento de mercado existentes e potenciais. Entretanto, podemos não ser capazes de aumentar ou manter níveis similares de crescimento no futuro, e nossos resultados operacionais nos últimos períodos ou exercícios sociais podem não ser indicativos de nosso desempenho futuro. Pretendemos consolidar nossa posição como empresa de infraestrutura logísica, porém não podemos garantir que seremos capazes de expandir nossos negócios e adquirir ativos em cada etapa da cadeia logística intermodal. Adicionalmente, não há como garantirmos que quaisquer de nossas metas e estratégias para o futuro serão integralmente realizadas. Caso não sejamos capazes de crescer e manter um adequado índice composto de crescimento anual satisfatório, nossos resultados financeiros poderão ser prejudicados.

Nosso crescimento interno exigiu, e espera-se que continue a exigir, considerável adaptação em nossos negócios, especialmente em controles internos e em nossos recursos administrativos, técnicos, operacionais e financeiros. O crescimento adicional e a expansão em nossos mercados atuais e em novos mercados poderão resultar na necessidade de novas adaptações de nossos recursos e depender substancialmente da nossa capacidade de implementar e gerir a expansão desses recursos. Caso não consigamos implementar e gerir a expansão desses recursos, ou não sejamos bem sucedidos no desenvolvimento de novos projetos e empreendimentos e em nossa gestão, o direcionamento de nossa política de negócios será impactado, o que pode causar um efeito adverso em nossos resultados operacionais.

Determinadas medidas governamentais em relação à Ecovia Caminho do Mar e Ecocataratas podem afetar negativamente os negócios da Companhia.

A Ecovia Caminho do Mar e a Ecocataratas fazem parte do programa de concessões do Estado do Paraná, em conjunto com outras quatro concessionárias. A atual administração do Governo do Estado do Paraná adotou determinadas medidas que visam reduzir ou suprimir o programa de concessões rodoviárias no Estado. Tais medidas consistem, principalmente, em (i) ações administrativas e judiciais com o intuito de obter a encampação das concessões, a desapropriação das ações de controle, a caducidade de contratos, negativa de reajuste de tarifa nos anos 2003 a 2008 e nulidade de aditivos contratuais, dentre outros; e (ii) edição de leis estaduais para a concessão de isenções tarifárias a determinadas categorias de usuários das rodovias, quais sejam para veículos emplacados nos mesmos municípios onde estão instaladas as praças de pedágio e para motocicletas.

Caso uma destas ações judiciais seja julgada procedente e/ou a lei estadual que trata da isenção tarifárias – para motocicleta - não seja declarada inconstitucional no âmbito da ação por nós promovida, ora em curso, e que suspende o efeito da referida lei, as nossas atividades, resultados operacionais e financeiros serão afetadas adversamente. Para mais informações acerca de nossas ações judiciais, ver seção “Atividades da Companhia - Processos Administrativos e Judiciais” na página 159 deste Prospecto.

Gastos ou investimentos acima do esperado podem afetar nossos projetos, operações e capacidade financeira.

Nossa capacidade de: (i) adquirir novas concessões, terminais logísticos, portos, retroáreas ou qualquer outro ativo ou sociedade relacionada com infraestrutura logística; e (ii) concluir adequadamente os projetos inacabados ou futuros projetos acessórios que possam ser exigidos pelos contratos de concessão, está sujeita, dentre outros fatores, ao custo de mão-de-obra e de matéria-prima, mudanças na economia em geral, condições de crédito e negociais, inadimplência ou adimplência insatisfatória dos contratados e subcontratados, negociações com o Poder Concedente e riscos políticos, bem como interrupções resultantes de problemas de engenharia imprevisíveis. Esses fatores podem aumentar significativamente os nossos custos de implementação e construção de ativos, caso não sejam repassados a terceiros o que poderá afetar o nosso fluxo de caixa e, consequentemente, a nossa condição financeira e nossos resultados.

A perda de membros da nossa administração e/ou a incapacidade de atrair e manter pessoal qualificado pode ter efeito adverso relevante sobre as nossas atividades, situação financeira e resultados operacionais.

Nossa capacidade de manter nossa posição competitiva depende em larga escala dos serviços prestados pela nossa administração, principalmente devido ao modelo de negócios de companhia de investimentos adotado pela Companhia. Nenhuma dessas pessoas está vinculada a contrato de trabalho por longo prazo ou a obrigação de não-concorrência. Não podemos garantir que teremos sucesso em atrair e manter pessoal qualificado para integrar a nossa administração e acompanhar nosso ritmo de crescimento. A perda de qualquer dos membros da nossa administração ou a nossa incapacidade de atrair e manter pessoal qualificado pode causar um efeito adverso relevante nas atividades, situação financeira e resultados operacionais da Companhia.

Nossas rodovias estão localizadas em algumas regiões sujeitas a riscos de acidentes geológicos.

Algumas das áreas por onde passam as nossas rodovias estão sujeitas a riscos de acidentes geológicos decorrentes de chuvas intensas e irregularidades naturais do solo, dentre outros fatores, o que pode causar deslizamentos, desmoronamentos e quedas de barreiras e provocar a interdição da pista. A ocorrência de tais fatos resultaria em aumento de custos e diminuição de receita, o que pode afetar adversamente nossos negócios.

Somos uma Companhia cujos resultados dependem dos resultados das nossas Controladas, os quais não podemos assegurar que nos serão disponibilizados.

Nossa capacidade de cumprir com nossas obrigações financeiras e de pagar dividendos aos nossos acionistas, inclusive sobre a forma de juros sobre o capital próprio, depende da distribuição do fluxo de caixa e dos lucros de nossas Controladas. Algumas de nossas Controladas são, ou podem no futuro, estar sujeitas à necessidade de realizar novos investimentos originalmente não previstos bem como firmar contratos de empréstimo que proíbam ou limitem a transferência de capital para a Companhia e/ou requeiram que as demais dívidas das Controladas estejam subordinadas às dívidas incorridas sob tais contratos de empréstimo. Inclusive, atualmente os dividendos, juros sobre capital próprio e qualquer outras distribuições delcaradas ou pagas pela Ecovia Caminho do Mar, Ecocataratas, Ecosul e Ecopistas foram dadas em cessão fiduciária em contratos de investimentos das dívidas vigentes. Para mais informações vide seção “Discussão e Análise da Administração sobre as Demonstrações Financeiras e o Resultado das Operações” e “Informações sobre Títulos e Valores Mobiliários”, nas páginas 105 e 240 deste Prospecto.

Uma parte significativa de nossos bens está vinculada às nossas concessões. Esses bens não estarão disponíveis para liquidação em caso de falência ou penhora para garantir a execução de decisões judiciais, uma vez que devem ser revertidos ao Poder Concedente, de acordo com os termos das concessões e com a legislação. Essas limitações podem reduzir significativamente os valores disponíveis aos nossos acionistas em caso de liquidação, além de poderem ter um efeito negativo na capacidade de obtermos financiamentos.

Nossas aquisições futuras podem ser contestadas pelas autoridades concorrenciais brasileiras.

De acordo com a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, conforme alterada, que trata sobre a ordem econômica, quaisquer operações que visem a qualquer forma de concentração econômica, seja através de fusão ou incorporação de empresas, constituição de sociedade para exercer o controle de empresas ou qualquer forma de agrupamento societário, que implique participação de empresa ou grupo de empresa resultante em 20% de um mercado relevante, ou em que qualquer dos participantes tenha registrado faturamento bruto anual no último balanço equivalente a R$400,0 milhões, deve ser submetido para apreciação do SBDC. O SBDC determina se uma determinada operação teria um efeito negativo nas condições competitivas do mercado no qual operamos, ou mesmo nos consumidores de tal mercado. Nesse sentido, embora detentores de concessões públicas com tarifas reguladas, futuras aquisições podem não ser aprovadas ou podem ser sujeitas a condições com custos elevados, tais como restrições na forma que operamos o mercado os nossos serviços, o que poderia afetar negativamente nossos resultados operacionais e financeiros.

As Ações de nossas Controladas, Ecovias dos Imigrantes, EcoRodovias Concessões e Serviços e Ecopistas, encontram-se empenhadas ou alienadas fiduciariamente.

Em dezembro de 2006, a Ecovias dos Imigrantes, controlada direta da EcoRodovias Concessões e Serviços e nossa Controlada indireta, efetuou a primeira emissão de 45.000 debêntures, em três séries, todas nominativas e escriturais, com valor de cada debênture, na data da emissão, de R$10 mil, perfazendo o montante de R$450.000 mil. Dentre outras, foi oferecida como garantia real o penhor de 99,9% das ações da Ecovias dos Imigrantes de titularidade da EcoRodovias Concessões e Serviços nos termos da Escritura da Primeira Emissão Pública de Debêntures Simples Não Conversíveis em Ações, datada de 13 de dezembro de 2006 (“Debêntures Ecovias dos Imigrantes”).

Adicionalmente, em dezembro de 2009, a EcoRodovias Concessões e Serviços, nossa subsidiária integral e Controlada Direta, responsável pela operação e administração de nossa concessões rodoviárias, efetuou a primeira emissão de 600.000 debêntures, em três séries, todas nominativas e escriturais, com o valor de cada debênture, na data da emissão, de R$1 mil, perfazendo o montante de R$600.000 mil. Dentre outras, foi oferecida como garantia real a alienação fiduciária de 51% das ações de titularidade da EcoRodovias no capital social total da EcoRodovias Concessões e Serviços, nos termos da Escritura da Primeira Emissão Pública de Debêntures Simples Não Conversíveis em Ações, datada de 30 de novembro de 2009 (“Debêntures EcoRodovias Concessões e Serviços”).

Por fim, em dezembro de 2009, a Ecopistas, controlada direta da EcoRodovias Concessões e Serviços e nossa Controlada indireta, realizou a terceira emissão de notas promissórias comerciais no montante de R$350.000 mil, correspondente a 350 notas promissórias no valor nominal unitário de R$1.000 mil. Dentre outras, foi oferecida como garantia real a alienação fiduciária de 100% das ações detidas pela EcoRodovias Concessões e Serviços na Ecopistas, nos termos do Instrumento Particular de Contrato de Coordenação, Colocação e Distribuição, datado de 15 de dezembro de 2009 (“Notas Promissórias Ecopistas”).

Na hipótese de descumprimento das obrigações estabelecidas nos documentos referentes às Debêntures Ecovias dos Imigrantes, Debêntures EcoRodovias Concessões e Serviços e Notas Promissórias Ecopistas, os debenturistas e credores terão a faculdade de escusar ou executar as garantias reais estabelecidas nos referidos instrumentos financeiros, resultando na cessão e transferência aos debenturistas ou a terceiros de tais ações, e ocasionando a conseqüente mudança do controle acionário da Ecovias dos Imigrantes, EcoRodovias Concessões e Serviços ou Ecopistas, conforme o caso. Na ocorrência de qualquer mudança de controle acionário acima mencionado, podemos ser adversamente afetados em nossas operações, resultados e situação financeira.

Nos termos de nossos contratos financeiros, nós e nossas Concessionárias estamos sujeitos a obrigações específicas, bem como restrições à nossa capacidade de contrair dívidas adicionais.

Nós e nossas Concessionárias somos parte em diversos contratos financeiros que exigem a manutenção de certos índices financeiros ou o cumprimento de determinadas obrigações. Por exemplo, algumas de nossas notas promissórias, bem como certas notas promissórias e debêntures da nossa subsidiária EcoRodovias Concessões e Serviços e das nossas concessionárias Ecopistas, Ecovias dos Imigrantes e Ecocataratas, estão sujeitas a certos covenants financeiros que obrigam as respectivas emissoras a manter certos níveis de dívida líquida, EBITDA, serviço da dívida e despesa financeira líquida, conforme o caso. Qualquer inadimplemento

dos termos de tais contratos, que não seja sanado ou renunciado por seus respectivos credores, poderá resultar na decisão desses credores em declarar o vencimento antecipado do saldo devedor das respectivas dívidas e/ou resultar no vencimento antecipado de outros contratos financeiros. Além disso, alguns de nossos contratos financeiros impõem restrições à nossa capacidade de contrair dívidas adicionais, tanto em Reais quanto em moeda estrangeira. Note-se também que, parte significativa das receitas e/ou direitos (tais como cessão fiduciária de recebíveis; cessão de direitos provenientes de eventual indenização do Poder Concedente em nossos contratos de concessão; cessão fiduciária proveniente dos dividendos, juros sobre capital próprio e quaisquer outras distribuições declaradas ou pagas e cessão fiduciária da totalidade dos direitos creditórios atuais e futuros provenientes de arredacação das tarifas de pedágio) de alguns de nossos negócios foram dadas em garantia de contratos financeiros celebrados no curso normal de nossos negócios. Para mais informações sobre os contratos financeiros em que somos parte, vide a seção “Discussão e Análise da Administração sobre as Demonstrações Financeiras – Contratos Financeiros Relevantes” e “Informações sobre Títulos e Valores Mobiliários” nas páginas 129 e 240 deste Prospecto.

Além disso, os editais de licitação para novas concessões que viermos a pleitear no futuro poderão exigir níveis máximos de endividamento, conter restrições para a participação dos candidatos. Ver seção “Aspectos Regulatórios do Setor de Concessões Rodoviárias – Processo Licitatório”, na página 152 deste Prospecto. Não podemos garantir que seremos capazes de cumprir tais requisitos e participar de processos de licitação que se mostrem atrativos ou vantajosos.

Decisões desfavoráveis em processos judiciais ou administrativos podem causar efeitos adversos para nós.

Somos réus em processos judiciais e administrativos no curso normal de nossos negócios, em especial nas esferas cível, tributária e trabalhista, cujos resultados podem ser desfavoráveis. Decisões contrárias aos nossos interesses que eventualmente alcancem valores substanciais ou impeçam a realização dos nossos negócios conforme inicialmente planejados poderão causar um efeito adverso para nós. Para informações sobre nossos processos judiciais ou administrativos, ver seção “Atividades da Companhia - Processos Judiciais e Administrativos” na página 196 deste Prospecto.

Desdobramento de determinadas ações judicial e administrativa em relação ao Ecopátio Cubatão podem afetar negativamente os negócios da Companhia.

A Ecopátio Cubatão, um dos nossos negócios em terminais logísticos, é ré, em conjunto com a antiga Concessionária (Markom Comércio e Participações Ltda.), o ex-Prefeito Municipal (Clermont Silveira Castor) e o Município de Cubatão, em ação civil púbica movida pelo Ministério do Estado de São Paulo, ora em trâmite perante a 2ª Vara Cível de Cubatão e tombada sob o nº 318/2007. No mérito da ação discute-se: (i) a declaração de inadimplemento contratual envolvendo as partes da concessão anterior (Markom), (ii) a declaração da necessidade de licitação no que se refere à transferência da concessão (Contrato Administrativo 077/2006 – Contrato de Concessão Real de Uso de Imóvel do Patrimônio Municipal de Cubatão, licitado nos termos do Edital 023/1999) da Markom para a Ecopátio Cubatão, e (iii) a declaração de nulidade do termo de transferência e aditamento de contrato de concessão dos direitos reais de uso do imóvel do Município de Cubatão. Em maio de 2007, foi deferida liminar para: (i) determinar a imediata cessação das atividades no local, bem como (ii) estabelecer, a título de multa (única e não diária), o valor de R$10.000.000,00 (dez milhões de reais) para o caso de não-cumprimento da determinação judicial. Contra essa decisão foi interposto recurso pela Ecopátio Cubatão e ajuizado um Pedido de Suspensão de Segurança pelo Município de Cubatão, perante o Supremo Tribunal Federal - STF, através dos quais se obteve decisão favorável para permitir o uso do terminal intermodal instalado pela Ecopátio Cubatão e a execução de obras essenciais ao empreendimento, tais como pavimentação, drenagem e obras de segurança, entre outras, vedadas eventuais obras de ampliação e novos investimentos. A ação hoje está em fase de perícia judicial nas áreas de engenharia e contábil. Decisão judicial final desfavorável à Ecopátio Cubatão pode afetar negativamente nossos resultados financeiros.

Encontra-se em curso perante o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo processo administrativo investigativo de supostas irregularidades no contrato de concessão real de uso firmado entre a Markom e a Prefeitura Municipal de Cubatão, posteriormente transferido à Ecopátio Cubatão, e na licitação que o precedeu. As irregularidades consistiriam na adoção do critério de melhor técnica e preço pela Prefeitura Municipal de Cubatão, quando no entendimento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deveria ter sido usado o critério de maior lance na determinação do vencedor da licitação. Em 18 de julho de 2007 foi proferido acórdão julgando irregular a licitação, o contrato de concessão e o ato administrativo determinador

da despesa dele decorrente, bem como determinando a intimação da Câmara Municipal de Cubatão para que tome as medidas cabíveis. A Ecopátio Cubatão e os demais réus interpuseram recursos administrativos, que aguardam julgamento perante o Tribunal Pleno do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo desde 21 de dezembro de 2009. Decisão judicial final desfavorável à Ecopátio Cubatão pode afetar negativamente nossos resultados financeiros.