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O marco legal da atividade de transporte rodoviário de cargas foi recentemente modificado, com a promulgação da Lei nº 11.442, de 05 de janeiro de 2007 (Lei 11.442/07), que revogou a legislação anteriormente vigente (Lei nº 6.813, de 10 de julho de 1980).

O transporte rodoviário de cargas no Brasil é uma atividade econômica praticada no regime de livre concorrência, isto é, não há necessidade de concessão, permissão ou mesmo autorização do órgão regulador, no caso a ANTT, para o exercício regular da atividade de transporte de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração. O transportador (pessoa física ou jurídica) deve, contudo, obter o RNTRC e a AET – Autorização Especial de Trânsito, conforme adiante explicado.

A Lei 11.442/07 categoriza o transportador de cargas conforme a sua natureza jurídica, diferenciando o TAC - Transportador Autônomo de Cargas, que é a pessoa física que tenha no transporte rodoviário de cargas sua atividade profissional, da ETC - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas que é a pessoa jurídica constituída que tenha no transporte de cargas a sua atividade principal.

RNTRC

A Lei 10.233/01 dispõe que o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por conta de terceiros e mediante remuneração, depende de inscrição do transportador no RNTRC. Foi concedido o prazo de um ano, contado da instalação da ANTT, para que o transportador efetue sua inscrição no RNTRC. A obrigatoriedade de obtenção do RNTRC também foi confirmada pela Lei 11.442/07.

A regulamentação infra-legal referente ao RNTRC está contida, principalmente, na Resolução nº 3056, de 12 de março de 2009, conforme alterada, que dispõe sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, estabelece procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC.

Obrigações da ETC

A ETC deverá ter sede no Brasil, comprovar ser proprietária ou arrendatária de pelo menos um veículo automotor de carga, indicar um responsável técnico (o qual deverá possuir ao menos três anos de atividade ou ter sido aprovado em curso específico) e demonstrar capacidade financeira para o exercício da atividade.

Responsabilidade do Transportador (ETC)

A responsabilidade da ETC associada à sua atividade é regulamentada pela Lei 11.442/07. Como regra geral, ao ser firmado o contrato ou emitido o conhecimento de transporte, a ETC assume perante o dono ou embarcador da carga a responsabilidade (i) pela execução do serviço do local em que receber a carga até a sua entrega ao destino; (ii) pelos prejuízos resultantes das perdas, danos ou avarias às cargas sob sua custódia, e (iii) pelos prejuízos resultantes do atraso na entrega da carga (quando houver sido pactuado prazo para tanto).

Tais responsabilidades da ETC estendem-se às ações ou omissões de seus empregados, agentes, prepostos ou terceiros, sem prejuízo de eventual ação de regresso contra tais pessoas.

A responsabilidade do transportador de cargas por perdas e danos causados à mercadoria, todavia, não ultrapassará o valor da carga (acrescido dos valores de frete e seguro) declarado pelo expedidor do conhecimento de transporte. Tal limite não se aplica, contudo, à responsabilidade civil por danos causados a terceiros (e.g. acidente de trânsito causador de morte).

O atraso na entrega das cargas superior a 30 dias poderá fazer com que a carga seja considerada perdida. A Lei 11.442/07 ainda excepciona os casos em que ocorre a exclusão da responsabilidade do transportador (tais como caso fortuito e força maior, vício oculto da carga, inadequação da embalagem etc.).

A contratação de seguro contra perdas e danos causados à carga é obrigatória e poderá ser feita tanto pelo contratante dos serviços como pelo transportador (que deverá fazê-lo se o contratante não o fizer), sem prejuízo da contratação do seguro de responsabilidade civil contra terceiros.

Dessa forma iremos emitir o Conhecimento de Transporte, nos termos da Lei 11.442/07 acima descrita, seja no modal rodoviário, seja no multimodal, devendo, para tanto, efetuar os respectivos registros na Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTT

A empresa Ecopátio Cubatão já é habilitada perante a ANTT a efetuar o transporte rodoviário de carga. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Dentre as várias normas aplicáveis, destacamos as seguintes leis, instruções normativas, portarias, medidas provisórias e decretos federais aplicáveis à legislação aduaneira, podemos citar:

• Lei Nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 - dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. • Lei Nº 9.074, de 7 de julho de 1995 - estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões

e permissões de serviços públicos e dá outras providências.

• Decreto Nº 1.910, de 21 de maio de 1996 - dispõe sobre a concessão e a permissão de serviços desenvolvidos em terminais alfandegados de uso público, e dá outras providências.

• Decreto Nº 2.168, de 28 de fevereiro de 1997 - amplia as hipóteses de outorga de regimes aduaneiros e os prazos de concessão ou permissão de recintos alfandegados de uso público, e dá outras providências.

• Decreto Nº 2.763, de 31 de agosto de 1998 – dispõe sobre a transferência de concessão ou permissão ou do controle societário da concessionária ou permissionária prestadora de serviços em terminais alfandegados de uso público e dá outras providências.

• Decreto Nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002 - regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior.

• Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 - regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior.

• Medida Provisória Nº 320, de 24 de agosto de 2006 - dispõe sobre a movimentação e armazenagem de mercadorias importadas ou despachadas para exportação, o alfandegamento de locais e recintos, a licença para explorar serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias em Centro Logístico e Industrial Aduaneiro, altera a legislação aduaneira e dá outras providências.

• Portaria SRF Nº 967, de 22 de setembro de 2006 - dispõe sobre a formalização e o processamento dos pedidos de licença para exploração de Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (CLIA).

• Portaria SRF Nº 968, de 22 de setembro de 2006 - dispõe sobre a rescisão de contrato de permissão ou concessão para a prestação de serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias em Porto Seco e a transferência para o regime de exploração de Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (CLIA).

• Portaria SRF Nº 969, de 22 de setembro de 2006 - estabelece requisitos e procedimentos para o alfandegamento de locais e recintos e dá outras providências.

• Instrução Normativa SRF Nº 055, de 23 de maio de 2000 - estabelece termos e condições para instalação e funcionamento de terminais alfandegados de uso público.

• Instrução Normativa SRF Nº 109, de 8 de dezembro de 2000 - estabelece termos e condições para a transferência de concessão ou permissão ou do controle societário da concessionária ou permissionária prestadora de serviços em terminais alfandegados de uso público.

• Instrução Normativa SRF Nº 70, de 24 de agosto de 2001 - Altera a Instrução Normativa SRF no 55/00, de 23 de maio de 2000.

• Instrução Normativa SRF Nº 212, de 7 de outubro de 2002 - Altera a Instrução Normativa SRF no 55/00, de 23 de maio de 2000;

• Instrução Normativa SRF Nº 241, de 6 de novembro de 2002 - dispõe sobre o regime especial de entreposto aduaneiro na importação e na exportação.

• Instrução Normativa RFB Nº 757, de 25 de julho de 2007 - dispõe sobre o Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado (Recof).

• Instrução Normativa SRF nº 114 de 31 de Dezembro de 2001 - Dispõe sobre a fiscalização aduaneira em Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex).

• Projeto de Lei Nº 6370, de 13 de dezembro de 2005 - dispõe sobre a movimentação e armazenagem de mercadorias importadas ou despachadas para exportação, o alfandegamento de locais e recintos, a licença para explorar serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias em Porto Seco, altera a legislação aduaneira e dá outras providências.

Projeto de Lei Nº 327, de 13 de dezembro de 2006 - dispõe sobre a movimentação e armazenagem de mercadorias importadas ou despachadas para exportação, o alfandegamento de locais e recintos, a licença para explorar serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias em Centro Logístico e Industrial Aduaneiro; modifica a legislação aduaneira; alterando as Leis nºs 4.502, de 30 de novembro de 1964, 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, 9.019, de 30 de março de 1995, 9.069, de 29 de junho de 1995, 9.716, de 26 de novembro de 1998, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e os Decretos-Leis nºs 37, de 18 de novembro de 1966, e 2.472, de 1º de setembro de 1988; e revogando dispositivos dos Decretos-Leis nºs 37, de 18 de novembro de 1966, e 2.472, de 1º de setembro de 1988, e da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, e dá outras providências.Dentre as várias normas aplicáveis, destacamos as seguintes leis, instruções normativas, portarias, medidas provisórias e decretos federais aplicáveis à legislação portuária e de transportes, podemos citar:

• Lei Nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993 – dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e dá outras providências.

• Lei Nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998 – dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas e dá outras providências.

• Lei Nº 10.233, de 5 de junho de 2001 - dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, e dá outras providências.

• Decreto Nº 1.102, de 21 de novembro de 1903 – institui regras para o estabelecimento de empresas de armazéns gerais, determinando os direitos e obrigações dessas empresas.

• Decreto Nº 6.620, de 29 de outubro de 2008 - dispõe sobre políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento do setor de portos e terminais portuários de competência da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República, disciplina a concessão de portos, o arrendamento e a autorização de instalações portuárias marítimas, e dá outras providências.

• Decreto nº 3.411, de 12 de abril de 2000 (conforme posteriormente modificado pelo Decreto 5.276, de 19 de novembro de 2004 e pelo Decreto nº 4.543, de 27 de dezembro de 2002)

• Decreto nº 1.655, de 3 de outubro de 1995 - – define a competência da Polícia Federal Rodoviária, e dá outras providências.

• Resolução ANTT nº 794 - Dispõe sobre a habilitação do Operador de Transporte Multimodal, de que tratam a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, e o Decreto nº 1.563, de 19 de julho de 1995. • Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007 - Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de

terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei no 6.813, de 10 de julho de 1980.

• Resolução ANTT nº 3056, de 12 de março de 2009, conforme alterada - Dispõe sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, estabelece procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC.

ASPECTOS REGULATÓRIOS DO SETOR DE CONCESSÕES RODOVIÁRIAS