• Nenhum resultado encontrado

ABOIM,Lourenço Correia Manuel de Carvalho (1812-?) – Nasceu em Lisboa em 1812. Deputado por Sintra em 1857-1858 e Mafra em 1860-1861. Como grande proprietário da Estremadura, as suas intervenções ligaram-se a aspectos agrícolas e de transporte e comunicações.

ABRANCHES Castelo Branco, ARISTIDES RIBEIRO (1805-1884)–Nasceu em Arganil a 26 de Novembro de 1805 e morreu em Outubro de 1884. Formou-se em Direito pela Univer- sidade de Coimbra em 1826. Foi deputado nas legislaturas de 1851-1852 (por Arganil) e 1853-1856 (Lousã), demonstrando apoio ao Governo regenerador. Interveio várias vezes sobre obras públicas pedindo melhoramentos viários em nome de Câmaras Municipais ou em nome próprio. Na legislatura de 1857-1858 (por Chaves) continuou a apoiar o Governo, renovando os pedidos de melhoramentos viários na zona Centro do País, tal como o fez na legislatura seguinte, para a qual foi eleito por Penacova.

ABREU, JOSÉ MARIA DE (1811-1871) – Nasceu a 15 de Setembro de 1811 em Coimbra, onde veio a morrer em 14 de Dezembro de 1871. Doutorou-se em Filosofia na Universidade

de Coimbra em 31 de Julho de 1840. Na política, associou-se ao Partido Regenerador e a Fontes Pereira de Melo, destacando-se sobretudo no campo da Instrução Pública. Desempenhou as funções de deputado em quatro legislaturas: 1853-1856, 1857-1858, 1860-1861 e 1861-1864, sempre por Coimbra.

ABREU, PLÁCIDO António da Cunha (1809-1895) – Nasceu em Arcos de Valdevez em 1809 e morreu em 28 de Novembro de 1895. Ingressou em 1835 na Universidade de Coimbra, obtendo a formatura de bacharel em Filosofia e Matemática em 1840. Depois de Coimbra, integrou o Corpo de Engenharia do Exército, onde desenvolveu vários projectos no sector das obras públicas. Foi director das Obras Públicas de vários distritos, a saber: Castelo Branco, Porto, Braga e Viana do Castelo. Em 1858 torna-se vogal do Conselho de Obras Públicas. Foi deputado em 11 legislaturas entre 1848 e 1878 (por Viana do Castelo, Monção e Arcos de Valdevez), em nove das quais foi também membro da Comissão de Obras Públicas da Câmara dos Deputados. Politicamente, foi inconstante: cartista convicto, afirmava-se como um homem do centro. Nunca se assumiu explicitamente como um regenerador, chegando a apoiar os históricos quando Lobo de Ávila (vide infra) ingressou nesse partido. No campo das obras públicas dedicou-se sobretudo às obras hidráulicas. Sendo um grande entusiasta da necessidade de ligar Portugal ao mundo através da ciência, defendia a primazia da ligação ferroviária a Espanha sobre as linhas internas.

ALBANO da Silveira Pinto, AGOSTINHO (1785-1852) – Nasceu no Porto a 17 de Junho de 1785 e morreu na Maia a 18 de Outubro de 1852. Doutorou-se em 1806 em Filosofia pela Universidade de Coimbra. Mais tarde concluiu Medicina e Matemática, tendo ainda cursado algumas cadeiras de Direito. Foi deputado entre 1834 e 1852, (excepto em 1837- -1838) representando círculos do Minho, Douro e Trás-os-Montes. Apoiou o Governo de Costa Cabral, definindo-se como cartista e adepto das reformas da Fazenda.

ALBUQUERQUE, Fernando Luís MOUZINHO DE (1817-1890) – Nasceu a 19 de Julho de 1817, no Fundão e morreu em Lisboa a 14 de Dezembro de 1890. Cursou Matemática em Coimbra. Aderiu aos princípios dos regeneradores, mas em 1859 já se declarava histórico, embora por vezes votasse contra o Governo de Loulé. Foi eleito por Leiria nas legis- laturas de 1858-1859 e 1860-61 (fazendo parte da Comissão de Obras Públicas entre 1859 e 1861). Nas suas intervenções falava várias vezes de caminhos-de-ferro e de melho- ramentos na viação do distrito de Leiria.

ALBUQUERQUE, Luís da Silva MOUZINHO DE (1792-1846) – Nasceu em Lisboa a 16 de Junho de 1792 e morreu a 27 de Dezembro de 1846. A sua formação incluía estudos de Matemática (Academia da Marinha), Física e Química (Paris). Inicialmente opôs-se ao Setembrismo mas viria a jurar a Constituição de 1838, sendo depois designado para a Inspecção das Obras Públicas da Divisão do Centro como engenheiro. Fez parte da oposição cartista a Costa Cabral. Desempenhou funções como deputado e como ministro. ALMEIDA, José de Morais PINTO DE (?-?) – Nasceu em Coimbra, onde frequentou e concluiu o curso jurídico em 1839. Foi eleito dez vezes seguidas (Lousã, Montemor-o-Velho,

ALMEIDA, SIMÃO Maria DE (?-?) – Nasceu em Coimbra. Formou-se em Direito (Coimbra) em 1842. Foi deputado por Mirandela em 1860-1861 e 1861-1864.

AMARAL, Francisco COELHO DO (1808-1876) – Nasceu em 1808 em Nelas e morreu em 1876 em Canas de Senhorim. Frequentou o Real Colégio das Artes, não concluindo os seus estudos por causa da Guerra Civil. Foi deputado entre 1857 e 1870, eleito por Viseu e Carregal do Sal. Defendeu os interesses viários da sua região de origem.

AMORIM, João Carlos PESSOA DE (1835-?) – Nasceu a 20 de Fevereiro de 1835 em Lisboa. Formou-se em Direito em Coimbra no ano de 1857, sendo deputado uma única vez em 1858-1859, eleito pelo círculo de Viana do Castelo, defendendo na Câmara os interesses dos seus representantes.

ARROBAS, António Maria Barreiro (1825-1888) – Nasceu em Lisboa em 1825 e morreu 63 anos depois no dia 20 de Maio. A sua formação passou pela Escola do Exército, Colé- gio Militar e Escola Politécnica, onde viria a obter a formação e Engenharia. Foi eleito em 11 legislaturas entre 1851 e 1888, nas quais discursava assiduamente sobre adminis- tração colonial ou sobre a marinha portuguesa. Só a partir de 1870 apoiou incondicionalmente os regeneradores.

ÁVILA, António José de (1807-1881) – Nasceu na Horta a 8 de Março de 1807 e morreu em Lisboa a 3 de Maio de 1881. Obteve o grau de bacharel em Filosofia em 1826 na Uni- versidade de Coimbra, depois de cursar o primeiro ano de Medicina. Estreou-se nas lides parlamentares em 1834, apenas se retirando em 1861. Adepto do Cartismo moderado, opôs-se ao Setembrismo, mas também ao golpe de Costa Cabral, transitando para as fileiras dos anticabralistas. Reconciliou-se, porém, com o Conde de Tomar no final da década de 1840, aceitando tornar-se seu Ministro da Fazenda. Com a Regeneração, afasta-se do Cabralismo (de modo a tentar relançar a sua carreira política) e apresenta-se como guardião de um Cartismo independente (Avilismo), assumindo a chefia da oposição sobretudo após a dissolução de 1852. Com a queda do Governo de Saldanha em 1856, colou-se aos históricos (apoiantes do Governo empossado por D. Pedro V), em detrimento dos cartistas, entrando no Governo presidido pelo Marquês de Loulé de 1857- -1859. A imagem que fica de Ávila é a de um não-alinhado que se mexia na política conforme as circunstâncias e que dispunha de uma rara capacidade retórica e de profundos conhecimentos de finanças, administração e estatística (campos aos quais não se limitava, intervindo sobre quase todos os assuntos que vinham à Câmara). Foi deputado em 1834-1836 (Açores) e ininterruptamente entre 1838 e 1864.

ÁVILA, Joaquim Tomás LOBO DE (1819-1901) – Nasceu em Santarém em 1819 e morreu em Lisboa a 1 de Fevereiro de 1901. Frequentou a Escola Politécnica antes de fugir para França (após a falhada revolta setembrista contra Costa Cabral) onde seguiu os cursos de Economia e Direito Administrativo e ingressou na prestigiada École Imperiale des Ponts et Chaussées (Escola Imperial de Pontes e Calçadas). Em 1849 (ano em que é admitido no serviço de Obras Públicas do Governo cabralista), já acreditava que a felici- dade dos povos se conseguia não nas barricadas mas através do fomento. Em 1851 leccionava a 5.ª cadeira auxiliar – Estradas de Caminhos-de-ferro – da Escola do Exército. Com a Regeneração, torna-se secretário do Conselho de Obras Públicas e um dos maiores apoiantes da política ferroviária de Fontes Pereira de Melo (vide infra), militando por isso de início do lado dos regeneradores. Deles se viria a afastar a partir de 1860 em benefício dos históricos, por não lhe ter sido atribuído nenhum cargo de relevo. Foi depu- tado entre 1852 e 1874 (eleito por Setúbal, Beja, Lisboa, Santarém, Tavira e Faro), intervindo frequentemente na Câmara, quer na qualidade de deputado quer na de relator da Comissão de Obras Públicas, que, invariavelmente, detinha.

AZEVEDO, António DIAS DE (1804-1878) – Nasceu na Lousã em 22 de Março de 1804, falecendo em 29 de Junho de 1878. Formou-se em Cânones pela Universidade de Coimbra onde também concluiu o primeiro ano de Matemática. Foi eleito para as legislaturas de 1842-1845 (Beira Alta), 1846 (Beira Baixa), 1858-1859 (Viseu) e 1860-1861 (Barqui- nha). As suas intervenções centravam-se nas questões económicas e financeiras, mas chegou a intervir em discussões sobre estradas.

AZEVEDO, José António Maria de SOUSA (1796-1865) – Nasceu a 18 de Agosto de 1796 e faleceu a 3 de Março de 1865. Formou-se em Direito em Coimbra. Militando entre car- tistas, mereceu a confiança de Costa Cabral, tornando-se titular da Fazenda em 1846-47.

Caminhos-de-ferro nos Debates Parlamentares (1845-1860) Hugo José Silveira da Silva Pereira

BANHA, José Jacinto do AMARAL (?-?) – Nasceu em Évora, cidade pela qual foi eleito para a legislatura de 1857-1858. No entanto a sua participação nos trabalhos foi muito modesta, limitando-se à apresentação de requerimentos.

BARÃODA TORRE, Coutinho, João Feio de Magalhães (1804-1885) – Nasceu a 28 de Agosto de 1804 em Braga e morreu e 11 de Março de 1885. Combateu ao lado de D. Miguel antes de se passar para os apoiantes de D. Maria em 1834. Era proprietário rural, pelo que a sua área de experiência era a agricultura. Fez parte dos corpos legislativos de 1846, 1848-1851, 1857-1858, 1858-1859, 1860-1861 e 1861-1864.

BARÃO DAS LAJES, Mesquita, Zeferino Teixeira Cabral de (1818-1896) – Nasceu em Penafiel a 24 de Junho de 1818 e ali morreu em Março de 1896. Era um abastado vitivini- cultor. Formou-se em Direito em Coimbra no ano de 1842. Apoiou o pronunciamento cartista de 1842, mas após 1851 transitou para a área do futuro Partido Regenerador, embora se mantivesse independente. Foi deputado entre 1848 e 1864, sempre por Penafiel (à excepção da legislatura de 1848-1851, sendo eleito pela província do Douro). BARÃO DE ALMEIRIM,Rocha, Manuel Nunes Freire da (1806-1859) –Nasceu a 28 de Outubro de 1806 em Santarém e morreu a 16 de Julho de 1859. No plano político, alinhou

com o Setembrismo e na oposição aos regeneradores. Foi eleito deputado em 1851, 1852, 1856 e 1858, sempre por Santarém.

BETTENCOURT, AGOSTINHO Pacheco Leite (1829-1899) – Nasceu em Ponta Delgada a 9 de Abril de 1829 e morreu em Lisboa a 21 de Abril de 1899. Pertencia ao Corpo de Enge- nharia Militar e foi director de Obras Públicas em vários distritos. Ligado ao Partido Regenerador, foi deputado na legislatura de 1857-1858 e 1860-1861. As suas intervenções debruçavam-se sobre obras públicas e assuntos relativos aos Açores.

BIVAR, Francisco de Almeida Coelho (1823-1890) – Nasceu a 9 de Janeiro de 1823 em Portimão e morreu a 2 de Janeiro de 1890 em Lisboa. Bacharel em Direito pela Universi- dade de Coimbra em 1845. Foi deputado em sete legislaturas entre 1853 e 1868 por Lagos e Portimão. As suas intervenções centraram-se nos problemas do Algarve. Militava no Partido Regenerador.

BLANC, Hermenegildo Augusto de Faria (1809-1882) – Nasceu na Vila da Feira a 23 de Setembro em 1809 e morreu em Lisboa a 14 de Janeiro de 1882. Formou-se em Direito (Coimbra) em 1842. Estreou-se no parlamento na legislatura de 1860-1861 em representação de Alcobaça. Até Julho de 1860 revelou possuir um alinhamento político indefi- nido. Era um especialista em finanças, contabilidade e obras públicas.

BRAAMCAMP, Anselmo José (1817-1885) – Nasceu a 23 de Outubro de 1817 em Lisboa, onde viria a morrer em 12 de Novembro de 1885. Opôs-se aos governos cartistas de Salda- nha e Costa Cabral. Com a Regeneração e após a dissolução parlamentar de 1852, passou a alinhar pela dissidência progressista histórica, vindo a ser um dos fundadores do Partido Histórico em 1854. Preferia o trabalho das comissões à actividade oratória.

BRANCO, António Roberto de Oliveira LOPES (1808-1889) – Nasceu a 27 de Março de 1817 em Lisboa, onde viria a falecer a 20 de Novembro de 1889. Opositor a Costa Cabral, foi Ministro da Fazenda imediatamente antes do regresso daquele ao poder. Após a Regeneração, colocou-se na órbita de António José de Ávila (vide supra). Ao não conseguir ser eleito nas eleições de Novembro de 1856, afastou-se de Ávila e aproximou-se dos regeneradores.

BRANDÃO, António EMÍLIO Correia de Sá (1821-1909) – Nasceu no Porto a 21 de Janeiro de 1821 e morreu no Estoril em 1909. Bacharelou-se em Direito pela Universidade de Coimbra em 1840. Afecto ao Cabralismo (foi governador civil de Viana e Porto e deputado nas listas cabralistas), continuou na Câmara dos Deputados em todas as legislaturas da década de 1850 (pelo Porto, por Moçambique e por Barcelos), afirmando-se como militante do Partido Cartista.

BROWNE, Manuel CLAMOUSE (1817-1862) – Nasceu a 13 de Abril de 1817 e morreu em 1862. Pertencia à elite do Porto. Foi eleito para as legislaturas de 1857-1858 e 1858 e 1859 pelo Porto. A sua presença na Câmara foi pouco notada, ficando Clamouse Browne mais conhecido por dandy do que por político.

CABRAL, João REBELO da Costa (1804?-1881) – Nasceu a 11 de Maio de 1804 (ou 1805) em Fornos de Algodres e morreu em 4 de Outubro de 1881. Era irmão de Costa Cabral e Silva Cabral (vide infra). Formou-se em Cânones em Coimbra (1824). Tal como Silva Cabral, foi deputado ao longo de toda a década de 40 (Guarda, Beira Baixa e Estrema- dura), durante a qual fez parte de várias Comissões de Fazenda, sendo um incondicional apoiante de Costa Cabral. Regressaria ao hemiciclo mais cedo que o seu irmão Silva Cabral, em 1857, para a legislatura de 1857-1858 (pela Guarda). Também esteve presente nas legislaturas de 1858-1859 (Guarda) e 1860-1861 (Seia), sendo eleito para algumas comissões, graças aos seus profundos conhecimentos jurídicos. Se inicialmente votava com os históricos, rapidamente começou a afastar-se deles e a aproximar-se do campo político dos regeneradores.

CABRAL, José Bernardo da SILVA (1801-1869)–Irmão de Costa Cabral, nasceu em Fornos de Algodres em 27 de Julho de 1801 e morreu em Lisboa em 25 de Março de 1869. Era formado em Direito pela Universidade de Coimbra. Foi deputado durante toda a década de 1840 e até à Regeneração (por Guimarães, Porto e Braga). Depois só voltou a entrar no Parlamento em 1860 (por Odemira), mas sem a fogosidade de outrora. Cartista convicto, apoiou o irmão até 1845, mas desentendimentos afastaram-nos de tal modo que em 1851, Silva Cabral oferece a sua ajuda ao golpe de Saldanha.

CALDEIRA, António José Marques CORREIA (1815-1876) – Nasceu em Ponte de Lima em 19 de Outubro de 1815 e morreu em Lisboa em 2 de Outubro de 1876. Doutorou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1842, exercendo a função de lente universitário a par da de deputado da Nação. Iniciou-se na vida política na década de 1840 ao lado de Costa Cabral. Na legislatura de 1848-1851 (primeira como deputado, eleito pelo Minho), tinha como patrono Silva Cabral (vide supra). Após a Regeneração, apoiou António José de Ávila (vide supra), nas legislaturas de 1851-1852 e 1853-1856 (eleito por Beja). No final da década de 1850, reaproximava-se do Cartismo ortodoxo (embora cada vez interviesse menos na Câmara, para a qual foi eleito em 1857-1858 e 1860-1861, por Beja, Monção e Ponte de Lima), e na década seguinte juntava-se ao Partido Regenerador. CALDEIRA, LUÍS Arsénio Marques CORREIA (1826-1859) – Nasceu em Ponte de Lima em 1826 e morreu em 8 de Agosto de 1859. Frequentou Matemática e Filosofia em Coim-

bra. Apenas foi deputado numa legislatura (1858-1859, eleito por Torres Vedras), durante a qual insistiu no desenvolvimento viária da zona por que fora eleito.

CALDEIRA de Pina Castelo Branco, Manuel António VELEZ (1791-1868) – Nasceu em Lisboa a 16 de Junho de 1791 e morreu na mesma cidade a 10 de Junho de 1868. Frequen- tou os estudos jurídicos em Coimbra a partir de 1804, seguindo depois a carreira da magistratura. Alinhou pela ala esquerda do Liberalismo português após a Guerra Civil. Como setembrista, opôs-se a Costa Cabral. Após a Regeneração destacou-se na área da esquerda histórica, sobretudo após a dissolução parlamentar de 1852. Esteve presente como deputado na Câmara ininterruptamente entre 1851 e 1864 (por Lisboa). Em 1856, destacou-se na oposição aos projectos financeiros de Fontes Pereira de Melo.

CAMARATE, António Ladislau da Costa (1814-1891) – Nasceu em Lisboa em 1814 e aí morreu em 20 de Maio de 1891. Cursou Matemática na Academia da Marinha e depois Engenharia na Escola do Exército e Física e Química na Escola Politécnica. Foi deputado uma única vez (1853-1856, por Barcelos) nas listas dos regeneradores, tomando parte na Comissão de Obras Públicas e na Comissão das Tarifas Ferroviárias. No final da legislatura defenderia os projectos financeiros de Fontes.

CANTO e Castro Pacheco e Sampaio, MIGUEL DO (1814-1888) – Nasceu nos Açores em Abril de 1814 e morreu no Porto em 14 de Outubro de 1888. Foi deputado nas legislaturas de 1853-1856 (oposição ao Governo) e 1857-1858 (Partido Histórico).

CARNEIRO, António Tibúrcio PINTO (1826-1881) – Nasceu a 10 de Julho de 1826 em Vila Real, onde morreu em Setembro de 1881. Formou-se em Direito em Coimbra (1848). Foi deputado por Vila Real nas legislaturas de 1858-1859, 1860-1861, 1865-1868 e 1868-1869. As suas intervenções reflectiam a sua preocupação pelo Douro.

Caminhos-de-ferro nos Debates Parlamentares (1845-1860) Hugo José Silveira da Silva Pereira

CARVALHO, Alberto António de MORAIS (1801-1878) – Nasceu em Vouzela em 22 de Novembro de 1801 e morreu em Lisboa a 15 de Abril de 1878. Formou-se em Cânones, na Universidade de Coimbra, em 1823. Foi deputado nas legislaturas de 1853-1856 e 1857-1858, por Lisboa, e nas de 1860-1861 e 1861-1864, por S. Pedro do Sul e Pinhel. Pró- ximo dos históricos, seria ministro de Loulé nos anos de 1860.

CARVALHO, Custódio REBELO DE (1805-1883) – Nasceu a 30 de Setembro de 1805 em Felgueiras e morreu em 18 de Junho de 1883 em Lisboa. Bacharelou-se em Leis em 1828 em Coimbra. Foi deputado nas legislaturas de 1837-1838 (Portalegre), 1838-1840 (Castelo Branco), 1851-1852 (Amarante), 1853-1856 (Penafiel), 1857-1858 (Felgueiras), 1858-1859 (Penafiel), 1860-1861 (Felgueiras) e 1861-1864 (Felgueiras).

CARVALHO, Francisco ASSIS DE (1798-1851) – Nasceu a 5 de Outubro de 1798 em Faro e morreu a 24 de Fevereiro de 1851. Obteve o grau de bacharel em Coimbra. Foi deputado na legislatura de 1848-1851 (integrando a Comissão de Estradas). Não se definia politicamente para lá da sua própria consciência, apresentando-se como conservador.

CARVALHO, SEBASTIÃO JOSÉ Coelho DE (?-?) – Natural de Faro, onde era um grande proprietário. Era bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra (desde 1846). Militou no Partido Histórico. Deputado com modesta participação nas legislaturas de 1851-1852, 1857-1858, 1858-1859 (e mais duas na década de 1860).

CARVALHO,TOMÁS DE (1819-1897) – Nasceu no Porto em 14 de Dezembro de 1819 e morreu em 3 de Junho de 1897. Terminou o curso de Medicina na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa em 1840. Depois, rumou a França onde se doutorou em Medicina em Paris (1847). Conservador cartista, foi eleito deputado em 1857-1858 (por Torres Novas), 1858- -1859 (Porto), 1860-1861 (Alenquer) e em mais quatro legislaturas na década de 1860.

CARVALHO e Lemos, TOMÁS DE AQUINO José DE (1789-1862) – Nasceu na Figueira da Foz em 19 de Janeiro de 1789 e morreu em Coimbra a 22 de Fevereiro de 1862. Doutorado em Matemática pela Universidade de Coimbra (1815). Foi deputado em 1822-1823, 1840-1842, 1851-1852 e 1853-1856 sempre por Coimbra. Em 1853 deixou de ser deputado para se ir sentar na Câmara dos Pares.

CASTELO BRANCO, Pedro Augusto MONTEIRO (1822-1903) – Nasceu em 11 de Outubro de 1822 em Oliveira do Hospital e morreu em 1903 em Coimbra. Doutorou-se em Direito em 1842. Estreou-se como deputado em 1860-1861, servindo ainda em mais cinco legislaturas, sempre por Oliveira do Hospital. Era um grande defensor da construção de estradas, as quais preferia aos caminhos-de-ferro.

CASTRO,AFONSO DE (1824-1885) – Nasceu em Lamego a 11 de Janeiro de 1824 e morreu em Leiria a 3 de Maio de 1885. Completou o curso do Colégio Militar. Na Patuleia com- bateu do lado dos revoltosos. Aderiu ao golpe de Saldanha e aos regeneradores. Foi deputado em 1853-1856, 1857-1858 e 1858-1859 (por Solor e Timor). Nestas legislaturas, defendeu sobretudo os interesses do Ultramar.

CASTRO, João António GOMES DE (1834-1896) – O 2.º Conde de Castro nasceu a 13 de Agosto de 1834 e morreu a 27 de Setembro de 1896. Formou-se em Direito em 1855 (Coimbra). Foi eleito por sete vezes deputado sempre nas fileiras dos históricos entre 1858 e 1879, demonstrando o seu apoio à construção de caminhos-de-ferro (a qual deveria estar a cargo de companhias privadas, sob fiscalização do Estado).

CASTRO, José Joaquim GOMES DE (1794-1878) – O 1.º Conde de Castro nasceu no Porto em 13 de Dezembro de 1794 e morreu em Lisboa em 8 de Outubro de 1878. Desenvolveu a sua actividade parlamentar como deputado nas décadas de 1830 e 1840. Tomou parte nos executivos de Costa Cabral como ministro de diversas pastas.

CASTRO Pereira Corte Real, José LUCIANO DE (1834-1914) – Nasceu a 14 de Dezembro de 1834 em Aveiro e morreu a 9 de Março de 1914 em Anadia. Era bacharel em Direito (1854). Foi eleito pela primeira vez em 1854 (eleição suplementar), marcando presença em todas as legislaturas até 1887, por círculos da Beira Litoral, Douro e Minho. Alinhou pelos regeneradores até 1859, quando se incompatibiliza com Fontes Pereira de Melo (vide infra), mas só em 1861 passa para o Partido Histórico.

CHAMIÇO, Francisco de Oliveira (1820-1888) – Nasceu no Porto em 1820 e faleceu em Lisboa em 20 de Março de 1888. Herdou o espírito comercial e financeiro da família. Esteve envolvido em várias companhias, incluindo a da construção de troços do Caminho-de-ferro do Norte (foi administrador da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses). Na política, alinhou nas fileiras do Partido Histórico, pelo qual foi eleito em 1854 (Porto), 1857 (Viana do Castelo), 1858, 1860 e 1861 (Porto), mas conseguiu manter-se acima das fidelidades partidárias, em nome dos seus próprios princípios. Fez parte de diversas comissões: Fazenda, Inquérito aos caminhos-de-ferro, Vinhos, etc. Foi o autor de várias propostas de melhoramentos materiais do País.

COELHO, Carlos Zeferino PINTO (1819-1893) – Nasceu em Beja em 26 de Agosto de 1819 e morreu em Lisboa em 24 de Fevereiro de 1893. Formou-se em Direito na Universi- dade de Coimbra em 1843. Entre 1858 e 1868 foi deputado pelas cores do Partido Legitimista, eleito por Viana do Castelo, Póvoa de Lanhoso e Braga.

COELHO, José da ENCARNAÇÃO (1815-1866) – Nasceu a 28 de Setembro de 1815 e morreu em 1 de Janeiro de 1866 em Leiria. Doutorou-se em Teologia em 1845, tendo cursado também Direito. Foi deputado unicamente na legislatura de 1860-1861 por Figueiró dos Vinhos, defendendo os interesses dessa região.

COELHO, José Maria LATINO (1825-1891) – Nasceu a 29 de Novembro de 1825 em Lisboa e morreu a 29 de Agosto de 1891 em Sintra. Estudou na Escola Politécnica e na Escola do Exército, onde seguiu o curso de Engenharia Militar. Começou a sua carreira parlamentar nos regeneradores, aproximando-se dos históricos a partir de 1861. Foi eleito pela primeira vez nas eleições suplementares de 1854 (Lisboa), marcando também presença na legislatura seguinte (em eleição suplementar, pela Horta) e em 1860-1861. A sua car- reira parlamentar só terminaria em 1890.

COLAÇO, José Maria DELORME (c. 1815-1863) – Nasceu por volta de 1815 e morreu em 1863. Militar de carreira, frequentou o Colégio Militar. Na Patuleia esteve do lado dos