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O Maciço: O Entorno Imediato Indivisível da Paisagem da Baía

Fig 4.20 Fig 4.20Fig 4.20

Fig 4.20Fig 4.20 O Maciço é parte integrante da paisagem da Baía Noroeste A ponta do território que se projeta sobre a baía corresponde a Ilha das Caieiras. Fonte: Projeto Terra – P.M.V

Fig 4.21 Fig 4.21Fig 4.21

Fig 4.21Fig 4.21 Em primeiro plano o centro de Vitória, o Maciço e na parte posterior a Baía Noroeste. Fonte: Projeto Terra – P.M.V

Fig 4.22 Fig 4.22Fig 4.22

Fig 4.22Fig 4.22 O Maciço é protegido na categoria Área de Proteção Ambiental. O Parque da Fonte Grande faz parte dele. Fonte: Plano de Manejo Parque Estadual da Fonte Grande – P.M.V.

4.21 Fonte: Plano de Manejo

Parque Estadual da Fonte Grande - Prefeitura Municipal de Vitória SEMAM

Em 1992, foi criado a Área de Proteção Ambiental do Maciço Central que perfaz um total de 11,0 km² com extensas áreas acima da cota altimétrica de 50 m, incluindo áreas com usos restritos e controlados. Esta APA engloba as áreas do Parque e outras UC’s municipais, como o Parque Municipal da Gruta da Onça e a Reserva Ecológica Pedra dos Olhos. O Parque Estadual situa-se no centro da ilha de Vitória com área total de 218 ha. Limita-se ao norte com a região próxima ao bairro São Pedro (baía noroeste), ao sul com o centro da cidade. A quase totalidade de seus limites está acima do nível altimétrico de 50 m e o ponto culminante do Parque é de 308,8 m. Capoeira Capoeirinha Macega Frutíferas Bananal Agrícola Legenda Legenda Legenda Legenda Legenda 4.23 Campo Limpo Área Rupestre Campo Sujo Reflorestamento Pastagem

O relevo e as formações vegetais existentes condicionam a predominância de níveis superiores de qualidade paisagística no Parque. A vegetação rupestre e a fauna local onde predomina aves e pequenos mamíferos, também contribuíram para a criação do parque. O parque, outrora coberto por exuberante floresta de Mata Atlântica18, apresenta-se atualmente sob domínio de estágios sucessionais de mata

secundária, restando como remanescente primitivo apenas a vegetação rupestre. Tal situação é conseqüência de práticas inadequadas de agricultura e pecuária em anos anteriores e que ainda subsistem em pequenas porções do Parque. A regeneração ocorreu naturalmente com o abandono das áreas, provavelmente facilitada pela manutenção de árvores isoladas e/ou em agrupamentos.19

18 18 18 18

18 Entre as espécies que

faziam par te da formação original, destacam-se Fícus polhiana (mulembá), Astronium gracile (aderne), Cedrella fissilis (cedro) e Piptadenia gonoachanta (jacaré) 19 19 19 19 19 Prefeitura Municipal de

Vitória e Governo do Estado do Espírito Santo. Plano de manejo, 1996. Fig 4.23 Fig 4.23 Fig 4.23 Fig 4.23 Fig 4.23 Vegetação classificada pelo Plano de Manejo da Prefeitura Municipal de Vitória. Fonte: Plano de Manejo Parque Estadual da Fonte Grande – P.M.V.

Fonte: Plano de Manejo Parque Estadual da Fonte Grande - Prefeitura Municipal de Vitória SEMAM

20 2020

2020 O Plano de Manejo

elaborado pela Prefeitura Municipal de Vitória em 1996 está previsto nova revisão, pois muito dos seus aspectos e diretrizes não estão compatíveis com a realidade atual.

Parte da área do Parque é ocupada por moradias com atividades agro-pastoris e também estabeleceu-se um complexo de transmissão de rádio e TV. O uso do solo voltado à horticultura , pecuária e telecomunicações e a densa ocupação do entorno do Parque são alguns dos aspectos físico-territoriais e sócio-econômicos que dificultam a implantação efetiva da Unidade de Conservação, inclusive , comportando-se em muitas situações, como elementos detratores da paisagem. No entanto, a situação regular da criação da UC garante os níveis atuais da qualidade paisagística e impede novas ocupações e usos na área, apesar da situação fundiária irregular, da fiscalização precária e da pequena estrutura administrativa que dificultam a administração dos seus recursos naturais.

Pela evolução das fraturas do maciço, existem situações de instabilidade nas vertentes com irregularidade topográfica sulcadas por erosão. O principal agente de desestabilização são as chuvas torrenciais e intensa ocupação das vertentes próximas. Em contrapartida são consideradas estáveis as áreas de topo de morros e de pequena declividade. Os cursos d’agua são de pequena extensão, constituídos basicamente por fontes e nascentes, algumas delas intermitentes. A alteração da qualidade hídrica vem sendo agravada pela retirada da cobertura vegetal e pelo adensamento de habitações em suas vertentes.

Dessa forma, os planos regionais de maior abrangência devem compatibilizar suas diretrizes com o Plano de Manejo20 da Unidade de Conservação em questão. Para tanto, algumas características físicas, biológicas, culturais e sociais devem ser os pressupostos básicos a serem considerados numa possível ação integrada de gestão para a Região Noroeste.

Como podemos observar nas figuras, o Parque da Fonte Grande oferece vistas privilegiadas para toda a paisagem que circunscreve a ilha de Vitória (360º) possibilitando recursos de grande imageabilidade na contemplação.

Fig 4.24 Fig 4.24Fig 4.24

Fig 4.24Fig 4.24 Mirante do Parque com vista para a Baía Noroeste. Fonte: acer vo pessoal.

Fig 4.25 Fig 4.25Fig 4.25

Fig 4.25Fig 4.25 Mirante com vista para a região sul (município de Vila Velha). Fonte: www.vitoria.es.gov.br. 4.24 4.25 21 2121 2121 As poligonais

correspondem aos seguintes bairros: Poligonal 8 ( Bela Vista, Pedra do Bode, Orla de Santo Antônio); Poligonal 9 ( Condusa); Poligonal 10 ( Conquista); Poligonal 12 ( Ilha das Caieiras).

Podemos considerar que a região que integra a Baía Noroeste, compreende o espaço delimitado pelo Bairro de Santo Antonio, passando pela região da Grande São Pedro até atingir o bairro de Resistência que faz limite com a U.C. Ilha do Lameirão. Pela definição dos bairros contemplados pelo Projeto Terra da Prefeitura Municipal de Vitória, esta região corresponderia às poligonais 8, 9, 10 e 1221. A delimitação

geográfica adotada como recurso metodológico na definição dos limites da região, justifica-se na medida em que estabelece uma dimensão ambiental e cultural que correlaciona e confere uma identidade ao espaço tratado, ou seja, a conjugação de diversos aspectos que se assemelham e são recorrentes tais como tipologia habitacional, ambiências e infra-estrutura de lazer que configuram a noção de região. A idéia de um todo integrando os espaços livres públicos e as categorias de paisagem num espaço único de ação, facilita os propósitos do planejamento e de planos para a região. (Ver fig 4.28 e fig 4.29)

A evolução histórica da região noroeste revela uma urbanização mais recente, cujo adensamento se faz notar a partir da década de 1980. Não existia acesso facilitado para quem se destinasse a percorrer a parte oeste do município. O acesso praticamente inexistia, verificando-se apenas algumas estradinhas vicinais que conduziam a pacata Ilha das Caieiras. Os obstáculos eram muitos - áreas alagadiças, encostas de morro íngreme – fizeram com que esta região ficasse praticamente desabitada por um longo período do desenvolvimento da cidade.

A análise comparativa entre as décadas de 1970 e 1990 demonstra uma evolução urbana bastante acelerada no período dos últimos trinta anos quando a região foi fortemente impactada em decorrência de grandes invasões sobre o mangue.

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