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Recomendações ao Ministério da Educação

DOS DOCUMENTOS DE AUTONOMIA

3) Avaliação e monitorização das acções desenvolvidas.

2.7. Recomendações ao Ministério da Educação

Os Relatórios anuais de progresso e os Pareceres espelham semelhantes preocupações e dão recomendações ao Ministério mais direccionadas para a melhoria do processo de contratualização.

Para melhorar a fase prévia pedem fórmulas jurídicas que confiram sustentabilidade aos processos (ES4-1), sugerem um prévio diálogo entre Administração e as Escolas, para que os objectivos do contrato de autonomia possam ser cumpridos pelas partes (ES1-2), rogam que atenda às expectativas e necessidades da escola encarando como necessário o reforço de 44 horas do crédito horário da escola e autorização para a contratação de técnicos (AE2-2).

Considerando que as diferenças que existem entre as Escolas com Contrato de Autonomia e as restantes são poucas e/ou irrelevantes (AE7-2, ES1-1), a CAL da AE7-2 recomenda uma diferenciação exclusiva para as escolas que manifestam interesse em ser autónomas, como forma de premiar a sua disponibilidade, o mérito que lhes é reconhecido, a cooperação e o trabalho acrescido e motivar ou tornar atractivo para as restantes Escolas a inclusão no processo de Autonomia das Escolas.

Os pareceres relativos a 2007/2008 recomendam que a Administração “cumpra os compromissos assumidos e não cumpridos (de natureza financeira), suprindo rapidamente esta lacuna, estando não só em causa a melhoria do serviço educativo como a própria representação pública do contrato de autonomia como uma mais valia da escola de qualidade” (ES2-1). Pede à tutela, a CAL do AE12-1 “medidas e decisões inerentes à viabilização e concretização do contrato de autonomia nos limites do orçamento atribuído à escola bem como o encaminhamento para a escola de 60% das poupanças decorrentes da reorganização e racionalização dos recursos”.

Rogam as escolas a “transferência das verbas decorrentes de racionalização e reorganização dos recursos humanos, de forma a que estas permitam melhorar o actual custo por aluno e o actual rácio aluno/professor” (ES9) bem como a informação ao Conselho Executivo e à CAL dos dados relacionados com o rácio aluno/professor e o custo por aluno, do método/fórmula de cálculo de alguns dos dados27, designadamente, a percentagem de docentes com ausência de componente lectiva e a taxa de absentismo de docentes (AE6-1).

Também os pareceres relativos a 2008/2009 incluem recomendações. Alguns focalizam a recomendação nos recursos humanos pedindo a modificação do modelo de contratação de professores (ES8-2). Exortam que o sistema de recrutamento de professores seja aperfeiçoado, apoiando a pretensão da direcção da escola (ES1-2). Pedem para alterar fortemente o quadro de recrutamento anual que permita à escola reter os seus recursos, quer por antecipação do concurso face ao concurso nacional ou por escolha prioritária nesse mesmo concurso, quer por prorrogação dos contratos celebrados, quando interesse a ambas as partes (ES4-2). Solicitam que as escolas com contrato de autonomia tenham o mesmo mecanismo de recrutamento de recursos humanos aplicável aos TEIP (AE5-2).

Sugerem as escolas: aprofundamento das competências locais de recrutamento (ES4-1); que todos os horários de um mesmo grupo de recrutamento sejam incluídos numa única oferta (ES4-1); prorrogação dos contratos dos docentes que se mantenham necessários, desde que haja vontade de ambas as partes (ES4-1, ES1-1, ES4-1, ES1-1); reconduzir x % do pessoal docente não pertencente ao quadro ou o equivalente a 5% do total do corpo docente; a utilização de professores contratados, por oferta de escola, de outras escolas do concelho, que tenham horário incompleto (ES10-1); autonomia para completar horários dos professores de acordo com determinados critérios; Atribuir crédito horário para elementos que pertençam à CAL e para um assessor do órgão de gestão, com responsabilidades acrescidas na concretização dos compromissos e competências constantes do CA.

27

Documento elaborado pela EMADAE/GAE distribuído na reunião de 14 de Outubro de 2008, realizada na DRE2.

Solicita ainda CAL da ES8-2 a reposição de um número equilibrado de assistentes técnicos e operacionais e a reorganização adequada da rede escolar redimensionando a escola para números mais consentâneos com a dimensão física possibilitando trabalho colectivo

Constatando que foram comunicadas situações à DRE4 e ao GGF em Maio de 2008 e não tendo a escola obtido resposta até à data (Julho de 2008), solicita a (ES9) uma maior agilidade na operacionalização e na resposta aos projectos decorrentes do contrato (ES9-1) e a inerente premência da celeridade da resposta da Administração às escolas.

Reforçam as CAL a opinião das escolas que apontam para a necessidade da Administração disponibilizar um acesso rápido a dados estatísticos nacionais relativos à Educação que lhe permita uma análise comparada credível de resultados (ES4-2) e a pertinência da realização de reuniões da CAL com maior frequência (AE7-2).

Um aspecto a suscitar reflexão com vista à melhoria e eficácia dos processos prende-se com a Comissão de Acompanhamento:

Torna-se fundamental que a CAL possa acompanhar in locum, o desenvolvimento e execução do CA. A CAL não pode ver a sua acção restringida à análise documental realizada pelo Conselho Executivo. Parece indispensável que para além da observação directa possa ouvir, em sucessivos painéis, as várias estruturas da escola. Uma metodologia de acompanhamento e envolvimento desta natureza permitirá a indispensável identificação, descodificação e compreensão das dinâmicas organizacionais da escola, cruzamento das representações dos actores escolares, percepção das eventuais mudanças, podendo contribuir, de forma sustentada, para que o processo de execução e desenvolvimento do contrato de autonomia, possa ser constantemente reinterpretado, permanentemente reflectido, avaliado, configurando, a questão da autonomia da escola como cenário de aprendizagem organizacional e de mudança educativa (AE6-1).

Por sua vez, baseando-se no nº 2 do Art.º 6º do CA que prevê que o mesmo pode ser revisto e alterado a todo o tempo, por acordo entre as partes, o AE6 expressa a vontade em suscitar algumas alterações ao contrato de autonomia vigente.