É prudente destacar que os contratos, objetos de análise deste trabalho, tiveram a sua fase interna à licitação iniciada em meados entre 2013 e 2014, dado por finalizado a fase externa e iniciado a contratação entre 2014 (o serviço de vigilância) e 2015 (o serviço de Limpeza). Observando isso cabe destacar, que neste período os contratos foram abrangidos tanto pela Instrução normativa n. 02/2008 MPOG e decreto 2.271/97 (os quais se encontram revogados), e atualmente são disciplinados pela IN 05/2017 e Decreto 9.507/2008. Sendo assim, apesar dos contratos escolhidos terem respaldo em legislações anteriores, às novas legislações em nada inovou o instituto da repactuação, apenas melhorou a redação jurídica de alguns dispositivo.
Considerando estes argumentos e cumprindo a primeira etapa da primeira fase, descrita na metodologia (item 7.4), foi elaborado um quadro (Apêndice-A) para fins de direcionamento na classificação do objeto, e na análise quanto efetividade no uso das regras do direito à repactuação, mas para isso foi seguido os seguintes critérios:
a) Já que em quase nada foi atualizado os requisitos da repactuação, optou-se por utilizar a base legal atualizada (IN 05/2017 e decreto 9507/2018);
b) Foi diferenciado os requisitos elencados na base legal dos conceitualmente teóricos (e doutrinários), ou seja aqueles descritos em normas jurídicas, daqueles transcritos apenas na teoria, doutrina ou jurisprudências
Por outro lado, com base no quadro com a descrição dos requisitos (Apêndice I) buscou-se a classificação dos instrumentos de alteração contratual realizados nos contratos escolhidos, cumprindo a etapa 2a da primeira fase. Para esta classificação, utilizou-se do check list elaborado no Apêndice B, considerando os seguintes critérios.
a) A pesquisa se limitou em analisar apenas alterações decorrentes de repactuação, excluindo então os outros tipos de modificação contratual , salvo se estiver interrelacionado com o assunto ou o procedimento foi realizado no mesmo instrumento;
b) O período escolhido será a repactuação até a data-base de 2018 (mesmo sido concedido em 2019), pois a repactuação de 2019 ainda estava em negociação no momento da finalização deste trabalho
c) Para classificação das situações que ensejaram ou ensejaram repactuação, utilizou se dos contendo os requisitos jurídicos e teóricos embasados teoricamente deste trabalho (principalmente os estudado no tópico 5.3.2.1) e com base na classificação descrita no referido quadro ou com base nos pareceres jurídicos elaborados para disciplinar às alterações dos contratos da UnB.
d) repactuação será considerado às situações decorrente de pedido de correção dos preços, decorrente de:
● Instrumentos de negociação coletiva;
● Preço de mercado para materiais e equipamentos necessários à execução do serviço
● Decorrente de alteração no preço de tarifas públicas; ● Ou de itens previamente definidos no contrato.
Considerando as Tabelas 13 e 19 (Vigilância e limpeza/conservação, respectivamente), percebe-se que ocorreram diversos tipos de alterações contratuais (prorrogações, acréscimos, supressões, revisão, negociações, ajustes quantitativos e qualitativos etc.). Mas com base nos requisitos e na orientação da classificação foi possível escolher os instrumento no quadro abaixo a serem analisados.
Tabela 20 - Repactuações realizadas no contrato de vigilância desarmada
INSTRUMENTO DESCRIÇÃO V. MENSAL PREVISTO Data de Assinatura Vigência Oficial - Publicação de: Vigência Oficial - Publicação até: 1º Termo Aditivo Prorrogação e Repactuação 2015 R$ 1.107.024,54 26/05/2015 26/05/2015 21/11/2015
3º Termo Aditivo
Prorrog. e Reeq. Econômico ref. a
passagens* R$ 1.346.308,93 21/11/2015 21/11/2015 19/05/2016
1º T. de Apostil. Repactuação 2016 R$ 1.489.888,72 18/03/2016 - -
6º Termo Aditivo
Prorrogação e reeq. econômico aumento
de passagens* R$ 1.465.610,10 12/05/2017 12/05/2017 12/05/2018
7º Termo Aditivo
Prorrog., supressão, repact. 2017 e ajuste
nas escalas de trab. R$ 1.250.899,75 11/05/2018 12/05/2018 12/05/2019
2º T. de Apostil. Repactuação 2018 R$ 1.288.535,49 11/08/2019 - -
Fonte: Diretoria de contratos administrativos da UNB. Disponível em:www.daf.unb.br
* A descrição fornecida pela Diretoria de contratos administrativos está como reequilíbrio econômico, mas a situação é aumento de passagem,sendo assim de acordo com a legislação, inclusive o parecer jurídico desta alteração indica o uso do instituto repactuação
Tabela 21 - Repactuações realizadas no contrato de limpeza e conservação
INSTRUMENTO DESCRIÇÃO V. MENSAL PREVISTO Variação (%) em rel. ao v. anterior Variação (%) em relação ao valor inicial 1º T. de Apostil. Repactuação 2016 R$ 2.603.227,61 5,51% 3,65% 2º T. de Apostil. Repactuação 2017 R$ 2.088.939,82 11,67% -16,83%
5º Termo Aditivo Inclusão de Insalubridade R$ 2.189.094,01 4,79% -12,84%
6º Termo Aditivo Alter. na frequência de limp. e Repac. 2018 R$ 1.439.573,53 -34,24% -42,68%
b) Análise dos da situação dos jurídicos e econômicos das
repactuações
contratos
de
vigilância
desarmada
e
limpeza/conservação
Análise da Aplicabilidade jurídica nas repactuações do contrato de Vigilância desarmada
1º Termo Aditivo
Objeto : Prorrogação e Repactuação 2015 - A empresa fez o Pedido dia 20/03/2015, fato que
está de acordo com o interregno mínimo de 1 (um) ano do orçamento a que a proposta se referir,
e conforme legislação da época (considerando que a atual não inovou) para a primeira
repactuação. O pedido foi acompanhado de planilha de custo e convenção coletiva de trabalho
do Sindesv/DF, neste pedido foi solicitado o reajuste do salário normativo da categoria em
10,69%, além da majoração dos custos com auxílio alimentação (de R$ 23,00 para R$ 28,00), reajuste do auxílio saúde,(de R$12,00 para R$13,00) e fundo odontológico ( de R$ 90,00 para R$
125,00), fundo de indenização de aposentadoria por invalidez (de R$ 8,00 reais para 9,00), a
empresa ainda solicitou revisão dos preços decorrente da Medida provisória 664/2014 o que
alterou o custeio da empresa de 15 para 30 dias do auxílio doença fato que majorou o percentual
de 1,94% para 3,88% , além do pedido da variação do FAP - Fator Acidentário de Prevenção de
1,94% para 3,88%. A decisão sobre o pedido de repactuação se deu em 22/04/2015, no entanto
devido o processo de prorrogação por 180 dias realizado juntamente ( fato que justifica o uso do
instrumento termo aditivo (conforme art 57§4° da IN 05/2017), e foi dispensado análise jurídica
da área de gestão. O referido instrumento foi assinado e publicados em 26/05/2015. O contrato
passou de R$ 999.985,60 (novecentos e noventa e nove mil novecentos e oitenta e cinco reais e
sessenta centavos), para o valor de R$ 1.107.024,54 (um milhão cento e sete mil vinte e quatro
reais e cinquenta e quatro centavos), perfazendo um total global anual de R$ 13.284.294,48 (treze
milhões duzentos e oitenta e quatro mil duzentos e noventa e quatro reais e quarenta e oito
centavos). Nível da segurança jurídica para aplicabilidade jurídica: Médio - pois apesar da não
indagação da unidade que analisou o pedido (e a segurança do gestor na concessão do objeto
solicitado), no processo não ficou claro quanto a concessão e o procedimento utilizado no caso da
variação do FAP e da medida provisória. 3º Termo Objeto : Prorrog. e Reeq. Econômico ref. a passagens - o pedido foi realizado em
28/09/2015 devido o aumento da tarifa de transporte coletivo a partir do decreto
36.762, o pedido foi de reequilíbrio econômico (sinônimo de revisão), a empresa
embasou o pedido no art 65 §5°, acionando ainda o princípio da imprevisibilidade, mas
na época já existia orientação normativa normatizando o pedido com sendo repactuação
Aditivo foi constatado que às regras quanto ao acidente de trabalho constante na MP 664/2014
não foi convertida em lei, devendo assim voltar aos percentuais anteriores. Então ao
invés do valor contratual aumentar com o aumento da tarifa de transporte o valor foi
reduzido, passando do valor de R$ 1.347.239,63 (um milhão trezentos e quarenta e sete
mil duzentos e trinta e nove reais e sessenta e três centavos) para R$ 1.346.308,93 (um
milhão trezentos e quarenta e seis mil trezentos e oito reais e noventa e três centavos).
Como se tratou de pedido de reequilíbrio o processo foi submetido a análise jurídica a
qual emitiu parecer totalmente desconexo do objeto. O referido termo aditivo foi
assinado em 21/11/2015. Nível da segurança jurídica para aplicabilidade jurídica: Médio : Já existia Orientação
normativa referente ao aumento de tarifas conforme orientação normativa/SLTI 02 de
22 de agosto de 2014, fato que não foi observado nem pela empresa, nem pela unidade
que analisou, nem mesmo pela unidade jurídica, mas o efeito jurídico foi insignificante
já a única coisa que mudou foi o procedimento de formalização (que por sinal é mais
seguro). No entanto, ocorreu juntamente a necessidade de reversão dos custo da MP
664/2014 a qual foi instituída por repactuação. Não ficou claro qual instituto usar no
caso da MP ou não se usou corretamente uma norma existente no caso do aumento das
passagens. Mas o efeito jurídico não trouxe consequências significativas ao gestor 1º T. de Apostil. Objeto: Repactuação 2016 - o pedido foi realizado em 02/02/2016, contemplando às
rubricas de aumento do salário normativo: em 11,5%, além do auxílio alimentação (R$
28,00 para R$ 32,00), Plano de saúde, de (R$ 125,00 para R$ 140,00), indenização
decorrente de aposentadoria por invalidez e por doença de qualquer natureza, de (R$
13,00 para R$ 14,00) e do fundo social e odontológico (de R$ 9,00 para R$ 10,00).
Além disso a empresa solicitou a alteração para baixo da rubrica SAT dos encargos
sociais de 2,39% para 2,22% decorrente da alteração do FAP . a resposta de concessão
do pedido foi favorável em 16/06/2016. Como ocorreu apenas repactuação foi utilizado simples apostilamento, o interregno mínimo de 1 (um) ano com base no instrumento
que ensejou a última repactuação foi cumprido (conforme art. 56 in 05/2017), a decisão
sobre a concessão foi realizada dentro do período de sessenta dias. Os trâmites
processuais do termo foi encerrado com a assinatura em 18/03/2016, passando o
contrato de R$ 1.346.308,93 para R$ 1.489.888,72. Sem a necessidade de análise
jurídica da procuradoria jurídica junto à UNB. Nível da segurança jurídica para aplicabilidade jurídica: Integral - pois mesmo
qual analisou o instrumento) seguiu os mesmos entendimentos anteriores, no entanto, a
classificação da segurança jurídica é integral, pois neste caso o valor percentual foi
reduzido então esta rubrica não teve impacto financeiro de majoração e sim de redução. 6º Termo Aditivo Objeto: Prorrogação e reeq. econômico aumento de passagens - Em 07/02/2017 a
empresa fez solicitação de reequilíbrio econômico financeiro do contrato decorrente do
aumento das tarifas do transporte público após edição do decreto n. 37.940, embasando
o seu pedido na teoria da imprevisão, com base no art. 65 § 5° 8666/93. O pedido foi
devidamente analisado, mas este período coincidiu com a necessidade de prorrogação,
então às duas situações foram feitas em conjunto e submetida a procuradoria federal
(junto à UNB), para análise jurídica, só que neste momento o órgão tem o
posicionamento conforme às normas vigentes, concluindo da seguinte forma: Assim,
parece- me que estamos diante de situação que avoca a aplicação do instituto da
repactuação , que é a espécie de reajuste contratual que deve ser utilizada para
serviços continuados com dedicação exclusiva da mão de obra, por meio da análise da
variação dos custos contratuais, de modo a garantir a manutenção do equilíbrio
econômico financeiro do contrato[...]. o órgão cita a orientação normativa/SLTI n.
02/2014 e resume os seguintes requisitos: Portanto, a repactuação deve atender os seguintes requisitos: majoração da tarifa de
transporte público; incide apenas sobre item relativo aos valores pagos a título de
vale transporte; anualidade refere se a data do último reajuste de tarifa de transporte
público; efeitos financeiros a partir da efetiva modificação do valor da tarifa de
transporte público. e Em análise ao processo todos os requisitos acima foram cumpridos pela unidade gestora do processo, inclusive quanto ao prazo de concessão. Por outro lado, cabe
destacar que por se tratar de uma repactuação conjunta com uma prorrogação justificativa o uso de termo aditivo. Por fim o contrato passou de R$ 1.453.799,58 para
R$ 1.465.610,10. Nível da segurança jurídica para aplicabilidade jurídica: Integral - Pois mesmo
com o uso da nomenclatura reequilíbrio econômico financeiro, o vício é superado pelo
parecer jurídico e o uso do instrumento termo aditivo ao invés de apostilamento se
justifica pelo fato da de ter sido feito neste mesmo momento uma prorrogação contratual, conforme disciplina a base legal resumida no apêndice A. Objeto: Prorrog., supressão, repact. 2017 e ajuste nas escalas de trab - Cabe destacar
no 5° termo aditivo que houve a exclusão do plano de saúde dos contratos em
7º Termo Aditivo
que ensejou a redução do contrato de R$ 1.489.888,72 para R$ 1.453.799,58, fato que impactará, mesmo que a rubrica ainda estivesse constatando nas convenções coletivas de trabalho. Em 2017 não ocorreu o acordo coletivo de trabalho, então foi para dissídio na justiça do trabalho, mas empresa fez o registro do direito ao pedido em 17/03/2017, evitando assim incorrer na perda do direito de repactuação com a assinatura do contrato da prorrogação ou o encerramento do contrato conforme art. 57§ 7° IN 05/2017. Com base neste fato, o pedido foi realizado em 19/02/2018 por força do Julgamento do Dissídio coletivo n.003/2018. Só que este instrumento contemplou apenas, A majoração dos salários da categoria em 6,58% sobre os salários, reajuste do vale alimentação para R$ 34,11 por dia trabalhado, além da empresa ter solicitado à parte a alteração a Risco Ambiental de Trabalho (SAT x FAP) em virtude de aumento do FAP, passando o RAT de 2,22% para 2,28%. Mas, este pedido foi realizado com a necessidade de supressão de postos, ajuste de escalas de trabalho e a repactuação. A Unidade gestora seguiu todos os trâmites e requisitos de análise, exceto o prazo de 60 dias para análise quanto a concessão do pedido de repactuação, inclusive não foi objeto de análise quando submetido a apreciação jurídica.
Nível da segurança jurídica para aplicabilidade jurídica: Médio - Seguiu todos os trâmites, mas não cumpriu o prazo máximo de 60 dias para concessão do pedido, no entanto o ato não teve consequências significativas à quem deu causa.
2º T. de Apostil.
Objeto: Repactuação 2018 - pedido realizado em 21/01/2019, novamente devido a demora no julgamento de dissídio coletivo, mas cabe ressaltar que a empresa manifestou o seu direito de repactuação quando foi indagada quanto a necessidade de prorrogação, além do fato do pedido ter sido feito antes na próxima prorrogação (ou encerramento). O fato gerador foi a sentença normativa de dissídio coletivo de trabalho, foi majorado apenas os salários da categoria em 2,07% sobre os salários e reajuste do vale alimentação para R$ 34,84 por dia. Diante a análise foi tentado negociação com a empresa quanto aos custos, diante da restrição orçamentária que a UNB vinha passando com base no artigo Por ocasião do citado termo de apostilamento, o valor mensal passará de R$ 1.250.899,75 (um milhão, duzentos e cinquenta mil oitocentos e noventa e nove reais e setenta e cinco centavos) para R$ 1.288.535,49 (um milhão, duzentos e oitenta e oito mil quinhentos e trinta e cinco reais e quarenta e nove centavos) mensais.
Nível da segurança jurídica para aplicabilidade jurídica: Integral - foi seguido
Análise da Aplicabilidade jurídica nas repactuações do contrato de Limpeza e Conservação
1º T. de Apostil.
Objeto: Repactuação 2016 - Pedido realizado em 15 de março de 2016. o aumento em
10,5%, Às rubricas solicitadas pela empresa foi de , 14,58% do auxílio alimentação,
6,67% do auxílio saúde e 11,11% da assistência odontológica, além do custo com
majoração da tarifa de transporte público com base no decreto n. 36.762/2015. No
entanto com base nos entendimento procuradoria-geral federal junto à UNB e outros
órgãos correlatos, a rubrica plano de saúde deverá ser suprimido , mas como a empresa
comprovou que vinha repassando o valor aos trabalhadores isto foi considerado no
pagamento do valor retroativo. Neste caso, foram feitos muitas alterações além das pedidas, como alteração da base de cálculo da insalubridade (que estava sobre o salário
base, divergindo do artigo 192 da da CLT e recurso revisionário do TST), alteração no
percentual dos custos indiretos e lucros para baixo e modificação do quantitativo de
encarregados. a decisão quanto ao pedido foi realizada eb 11/08/2016, e o contrato foi foi
assinado em 08/09/2019, passando o valor mensal de R$ 2.467.280,89 para R$ 2.603.227,61. Nível da segurança jurídica para aplicabilidade jurídica: Médio - Não foi cumprido o
prazo máximo de sessenta dias para decisão ao pedido, devido suspensão decorrente de
restrição orçamentária do órgão, sem efeito ao agente causador. Teve outras alterações
simples no contrato, mas que mexeram em valores (para baixo), neste caso não ficou claro na norma jurídica se deveria ou não utilizar a repactuação. 2º T. de Apostil. Objeto: Repactuação 2017 - pedido realizado em 28 de março de 2017, foi solicitado o
reajuste dos preços contratado referente aos insumos e materiais conforme a variação do
IPCA/IBGE nos últimos 12 meses, a contar de janeiro/2017 em 5,97%. E a repactuação
decorrente de convenção coletiva de trabalho, a partir da data base da categoria, janeiro
de 2017, contemplando o reajuste salarial da categoria de 6,57%, auxílio alimentação e
funeral . Por outro lado, a área gestora decidiu fazer ajuste na passagem em virtude do
decreto 37.940/2016, a qual com a integração do transporte possibilitou a redução do
custo com a rubrica. Cabe destacar que neste processo estava sendo tratado também a
situação de insalubridade, mas optou se por tratar em outro momento devido dificuldade
do tema. A análise foi concluída em 22/09/2017, ou seja fora do prazo máximo estipulado no art 57. § 3°, no entanto como teve várias negociações os prazo foi suspenso conforme § 4°.
Nível da segurança jurídica para aplicabilidade jurídica: Integral - todos os ditames
legais foram seguidos pela unidade que analisou o processo
5º Termo Aditivo
Objeto: Inclusão de Insalubridade - o pedido de repactuação analisada inicialmente juntamente com às rubricas aprovadas no 2° termo de apostilamento, mas não foi dado andamento devido a complexidade do assunto, então o pedido foi novamente retomado. Cabe destacar que esta situação está relacionada a transferência de áreas simples para valores aplicado às áreas com insalubridade de 40%, devido súmula 448, a qual institui obrigatoriedade de grau máximo de insalubridade para trabalhadores de banheiros de grande circulação. Esta análise encerrou com a emissão do parecer em 28/11/2017. Passando de R$ 2.088.939,82 para para R$ 2.189.095,01. No entanto, houve devido a forma de cálculo do contrato de limpeza o retroativo geraria um valor vultoso (pois incidiria rubricas que não relacionadas o papel da insalubridade), então a situação foi submetida à jurídica, e foi orientado uma negociação junto a empresa a qual foi bem sucedida e o valor retroativo passou de R$ 2.309.382,50 para R$ 1.233.539,48.
Nível da segurança jurídica para aplicabilidade jurídica: Baixo - Diante da incerteza
na análise, pelos responsáveis, tendo em vista a apuração de um alto valor retroativo, achou prudente submeter o caso à uma consulta jurídica. Esta lacuna (incompletude) se deu na metodologia (contratação por metro quadrado) existente para os cálculos do contrato em questão, neste item incidiria outras rubricas como custo indireto, lucro, que no resultado final superaria o valor necessário para cobrir os gastos efetivos com insalubridade e impostos. Contudo, cabe destacar que este instrumento só foi analisado
dentro do rol de possibilidades de repactuação, pois a procuradoria jurídica junto à UNB citou-o como, ao afirmar o seguinte:
[...] No caso vertente, não há propriamente alteração do valor inicial, mas adequação do mesmo à previsão editalícia. Seria o caso puro e simples de apostilamento se não houvesse a dúvida levantada pela COSTE, o que exige maiores diligências.[...]. Ou seja,
afirma que a regra para este caso é que deveria ser feito por simples apostilamento (caso puro de reajuste/repactuação, pelo fato de não existir índice específico ou setorial) mas, diante do fato de o insegurança e o impacto econômico causado , a própria procuradora, achou sensato a sua interferência jurídica, neste caso. O parecer consultivo, foi embasado em entendimentos da AGU e TCU, no entanto, ao citar que o fato se trata de uma adequação a previsão editalícia, corrobora com outra decisão (desta vez do MPU), que diz que : “Acerca da possibilidade de inclusão de adicional de insalubridade nas planilhas de custos com base somente na Súmula 448 do Tribunal Superior do Trabalho –
TST(enunciado orientativo), [...] resta inviabilizada qualquer possibilidade de concessão,
nos termos do art. 40, § 1º, da IN SLTI/MPOG Nº 02/2008, suso descrito, o qual veda a
inclusão, por ocasião da repactuação, de benefícios não previstos na proposta inicial,
exceto quando se tornarem obrigatórios por força de lei ou instrumento coletivo[...]”
(PARECER SEORI/AUDIN-MPU Nº 1.852/2016). Esta classificação à situação se justifica, pois não existe norma disciplinadora ou lei
sobre o caso em questão, apenas jurisprudências. Por outro lado, os aspectos de
periodicidade, metodologia de cálculo não foram discutido, e neste caso da UnB foi
realizado uma negociação com a empresa do valor retroativo para cobrir apenas os custos
efetivos, elogiado no parecer da procuradoria jurídica, mas não tem base jurídica para tal
fato, e por fim a metodologia de metro quadrado demostrou-se defeituosa e a disciplina
jurídica insuficiente, para justificar o fenômeno do alto valor ocorrido. 6º Termo Aditivo Objeto: Alter. na frequência de limp. e Repac. 2018 - Pedido realizado em 02/02/2018,
com vista a solicitação de reajuste de preços de materiais e insumos pela variação do
IPCA de 2,94% e repactuação dos preços decorrente de convenção coletiva de trabalho
reajuste do salário normativo da categoria de 3,10%, auxílio alimentação para 31,50 e
auxílio odontológico para 9,90. No entanto, foi realizado juntamente o pedido de
alteração da frequência de limpeza, fato que em consequência gerou um redução (supressão) contratual drástica, em torno de 54,3% do valor inicial atualizado, no