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TRANSCRIÇÃO DO GRUPO FOCAL (EXPERIMENTO PILOTO)

P: Qual material vocês gostaram mais de trabalhar: livro digital ou livro impresso? E8: Gostei dos dois. Gostei da parte do jogo.

E6: Desconsiderando que o livro, eu não entendi mesmo, não sei se porque ficou mal representado, ou porque... eu não entendi mesmo... eu gostei dos dois.

P: Vocês acham que algum superou melhor que o outro determinada necessidade ou que um é melhor de trabalhar que o outro?

E6: Não é que um seja melhor que o outro ou que suprima o outro. Ou que coloque o outro para baixo. Os dois se completam.

E4: Geralmente eu prefiro trabalhar com material impresso porque eu me concentro mais. Até quando eu vou ler mesmo, livro literário e tal, eu prefiro o impresso porque eu acompanho com meu dedo e não perco a linha, e fico mais concentrada também. Eu acho que se tu notar nas gravações eu estou mais concentrada nesse aqui (impresso). Também não sei se foi porque eu senti mais dificuldade no assunto que eu vi lá (computador), entendeu? Eu acho que vendo no livro ou no computador eu sentiria a mesma dificuldade, só que ali o zoom estava bugado, não dava para aumentar. Aí eu fiquei... “calma: deixa eu dar uma olhada”. Aí no final eu fiquei meio estressada.

E6: Era só dar dois cliques.

P: Vocês concordam que um assunto era mais difícil que o outro? E8: Era.

E4: Era. Torque é mais fácil. E7: Era a mesma coisa.

E5: O segundo era a aplicação do torque.

E4: Não, mas é que os esqueminhas que tinham lá... não que eu achei difícil, mas eu achei mais complexos para entender do que o primeiro (assunto).

E1: Eu e E6 tínhamos achado o esquema mesmo, estavam com as imagens todas erradas. Tem uma imagem lá que...

E6: Tem uma conta lá que ele (autor) faz que está errada.

E8: Gente: vamos falar sobre o livro e a parte digital. Na parte digital eu perdi muito tempo para ajustar o zoom para poder ver direito. Aí eu fiquei um tempão assim (o entrevistado simula uma aproximação do seu rosto à tela do computador) sem poder saber se aquilo era um “y” ou se era um “x”. Aí, por esse lado, eu prefiro o livro, mas assim, depois que terminou a parte de torque que eu entendi o assunto no computador. Por mais difícil que tenha sido entender, visualizar... eu consegui entender o assunto, mas só me dei conta disso quando fui fazer o joguinho. A parte de joguinho foi muito essencial!

E7: É verdade.

E4: Eu não gostei porque eu não tive joguinho.

P: É que foram objetos diferentes: um grupo fez o jogo e o outro um infográfico.

E6: Mas ajuda. Ajuda porque o joguinho... porque vê, você está estudando, você estuda, tudo bem, mas você não tem aquela coisa da prática, sabe? É aquela coisa mecânica de você pega uma questão, e você resolve num instante. Faz uma conta e “puff, resolvi”. Com o jogo você vai ganhando prática, sabe? A partir do momento que você vai passando dos níveis, você vai... “Eita!” (risos de satisfação por passar de nível).

E2: Eu queria ter feito esse jogo... E5: Eu quero esse jogo.

P: Vocês acreditam que a disposição das informações que compunham o livro impresso e digital estava clara para vocês?

E8: Como assim?

P: A organização dos elementos: de texto, dos boxes, das imagens... E8: Eu achei.

E2: Sobre o... Tinha o livro e tinha outra página que tinha os tópicos que você clicava e ele abria os boxes falando sobre aquilo (o entrevistado se referiu ao infográfico interativo). Essa eu achei interessante porque tinha os tópicos dispostos e você ia independente de ordem. Acho que vocês não viram isso. Vocês ficaram com o jogo (falando com os alunos que utilizaram o jogo). Independentemente de você saber ou não de um assunto que vai ser dado, e de precedente você podia abrir qualquer um dos boxes e o resumo do box fazer você entender aquilo, sabe?

E5: É verdade. Principalmente porque eu e E2 estávamos confusos sobre como seria a questão da bicicleta, e aí quando abrimos o infográfico tinham três falando sobre a nossa dúvida.

E4: A gente não viu isso. A gente só olhou as imagens: “Ah, massa!”.

E2: Eu achei interessante isso também porque no livro ele meio que constrói todo o raciocínio para levar você de um tópico ao outro, e nesse box tinham tópicos e você não precisava seguir essa linha de raciocínio do livro. Qualquer um que você abrisse ali, você conseguiria entender o que ele estava dizendo.

P: Alguém mais quer falar sobre isso?

E4: É que eu sou suspeita porque eu não gosto muito daquele nosso livro de Física. E2: Acho que ninguém gosta.

E4: Eu acho ele o pior livro que eu já tive na minha vida.

P: Talvez nem o professor goste, tanto que ele utiliza outros também (informação recolhida com o professor antes do experimento).

E4: Pois é. Aí assim, eu acho que às vezes ele (autor) fala de uma coisa, daí coloca uma imagem do lado. Você vai lendo o texto e aí depois “eita: eu nem vi a imagem!”, aí volta para a imagem... o livro em si eu acho meio confuso, sabe?

E7: É que ele não associa. Ele coloca um textão, aí coloca duas imagens... “não sei o que, não sei o que... como acham as figuras 2 e 3”

E1: Ele joga uma fórmula. Tirou uma vantagem mecânica ali.

E6: E a conta estava errada. E outra coisa, ele nas medidas em uma das alavancas, quando estava colocando máquinas simples. Aí ele colocava um determinado eixo lá, uma medida “d” maiúsculo e um “d” minúsculo. Na figura ao lado, que ele dava a explicação do cálculo, ele colocava a medida diferente.

(Burburinho e dispersão em relação a temas passados de fórmulas e cálculos). (Professor entra na sala).

P: De tudo que nós vimos, o que chamou mais a atenção tanto no livro impresso quanto no digital em relação aos elementos (imagens, talvez o próprio OED, gráficos, ilustrações) e se vocês acham que esses elementos condizem com a realidade de vocês, se tem exemplos práticos... e se esses exemplos práticos ajudariam melhor a compreender determinadas situações.

E4: Nesse capítulo foi. E8: Teve o caso da alavanca.

E7: Ele traz umas imagens bem próximas da gente. Tipo a pinça, o carro de mão… E4: A gangorra…

(Professor sai da sala).

E2: E pensar que uma vassoura… E4, E5, E6, E7, E8: A vassoura!

E2: … é uma alavanca! Minha cabeça explodiu. E5: O cara que inventou a vassoura é um gênio. E4: A gangorra também… foi massa.

E6: É, foi legal.

E4: Ele sempre traz aplicações que ajudam.

P: Em relação ao OED, quem fez aquele dos pesos (jogo). O que vocês acharam?

E8: Eu adorei aquele porque eu vi o assunto aí eu: “tá, legal… Essa fórmula é muito massa.” Aí chegou lá o… (OED) dos pesos. Eu fiquei olhando assim, “não tô entendendo, o que é para fazer? ”. Aí eu fiquei pensando assim: “eu faço o que? ”. Depois eu me liguei que era só aplicar a fórmula, que era muito fácil, que era muito legal.

E4: O que é isso que você fez?

E5: Era tipo… tinha lá uma medida… Depois eu explico.

E1: E assim, eu acho que ele também ajudava a você ter a noção do equilíbrio, a posição onde você bota. P: Vocês fizeram a leitura de todos os gráficos? Eles foram suficientes para que vocês respondessem todas as questões?

E7: Os gráficos seriam…? P: … gráficos, fórmulas…

E8: Ajudaram principalmente nas últimas questões que pedia para classificar, indicando os pontos e tal. Aí o livro tinha essa parte, e ficou muito mais fácil.

P: Vocês viram todos e não pularam nenhum? E entenderam todos? E8: Eu entendi todos.

E4: O quê?

E2: É, todos foram úteis, dos gráficos e fórmulas apresentados nos livros impresso e digital, para a resolução das questões que a gente fez.

E8: Foi bem útil.

P: E a última questão sobre o artefato é se vocês leram completamente o conteúdo proposto, tudo que havia lá. E2, E6: a gente pulou a parte de história.

E4: Eu li, mas tinham umas legendas tão pequeninas no computador que eu: “não. Não vou ler não”. E eu gosto de ler legenda.

E6: E a legenda não valia a pena ler não, porque fazia muita referência à imagem, e aí ele coloca: “ponto ‘a’ e um ponto ‘b’ lá” e fica o tempo todinho fazendo referência na legenda. Dá uma agonia…

E3: E você fica voltando.

E6: E ele não lê que força age em que, e não é nada generalizado. Ele fica sempre falando daquele nomezinho e você precisa parar para lembrar. Também porque é a primeira vez que você estudou o assunto…

P: Então vocês não leram principalmente as legendas e a parte histórica? E7, E8: Eu li.

E2: Eu particularmente não li a parte histórica.

E5: A gente ia ler, só que pelo tempo a gente disse: “Vamos deixar o box de história para o final para poder o assunto seguir linear”. A gente leu o assunto e aí a gente ia voltar, só que quando iríamos voltar o tempo estava curto. Aí “calma: a gente tem que ser focado! ”.

--- P: Agora em relação aos OEDs. Uma parte fez o jogo e a outra o infográfico. O OED apresentou algum problema? Aí desses problemas eu coloco alguns aqui: a questão de legibilidade que tu mencionou (pesquisador se dirigi ao E4) que não dava para ler por causa do tamanho da fonte, se teve algum erro, se tem elementos que eram desnecessários, se a navegação estava boa, o clique-arraste (no caso do jogo)...

E8: O clique-arraste estava péssimo. A parte de dar zoom, não dar zoom. Aí apertava “Ctrl+” para poder aumentar.

E5: Não! Nunca funciona “ctrl+” nesse negócio.

E2: A gente clicava duas vezes na tela e ele… (gestos de expansão, neste caso de “zoom in” nas informações da tela).

E8: Eu apertava “ctrl+” aí diminuía. “Ctrl+”: diminuía. “Ctrl+”: diminuía. Aí eu apertava “ctrl-” e o negócio fazia assim (gestos frenéticos indicando bug do sistema) e ficava do mesmo jeito.

E5: Mas nunca funciona, eu já tentei lá em casa mesmo. Em qualquer um desses negócios, nunca vai funcionar isso.

E6: Nunca funciona.

E5: Tu tens que realmente dar dois cliques.

E1: Eu acho também porque não houve uma orientação para a gente. E2: Eu acho que é intuitivo.

E8: É meio… tinha lá uma partezinha de aumentar e uma partezinha de diminuir. Aí eu aumentava e não aumentava.

P: Mas vocês acharam o livro digital intuitivo? E2: Assim… (semblante de indecisão).

E6: Eu acho que eles poderiam ter colocado uma popup, dizendo assim: “para dar o zoom é só apertar duas vezes”, sabe? Só isso.

P: Vocês chegaram a procurar algum help? Todos: (risos)

E5: O nosso a gente não precisou porque né… (apontando para a cabeça, indicando esperteza) E3: É que a gente estava mais focado no assunto.

E4: É que a gente estava mais preocupado com o tempo, entendeu? Aí “vamos ler assim mesmo” (gesto de aproximação do rosto a tela do computador). Ficou meio corrido o tempo.

P: Para aqueles que fizeram o jogo: vocês leram as indicações no início (tutorial), do que tinha que fazer? E1, E6, E7 e E8: Sim.

E8: Li tudinho. Ele (E7) ia fechar, mas eu estava lendo. E7: É?

E8: Você ia fechar sim.

P: Vocês acham que esse tipo de conteúdo poderia ser apresentado de outra forma que não fosse jogo, por exemplo? Ou até se fosse jogo, de uma maneira diferente, mais lúdica, interativa…?

E2 e E8: É.

E7: Se fosse fazer uma coisa mais prática sem ser o jogo seria a coisa física. Física que eu digo é o material… TODOS: (Risos).

E4: Ou todo mundo vai para o parquinho e fica na gangorra. TODOS: (Risos).

E5: Gostei!

E7: Mas quando não se tem recurso, sei lá, para se ter uma barrinha daquela, metrada e tudo mais aí o joguinho é bom.

E8: O joguinho é muito bom.

E2: E também a praticidade dele. Muito mais fácil de você mostrar. Vamos dizer que você só tem aquilo: você pode projetar no caso e mostrar para a turma como é que é…

E8: Essa parte de simulações ajuda bastante.

E2: Ajuda muito pelo fato de você visualizar como aquilo se dá, porque muitas vezes o livro traz.. ele mostra.. faz um recorte da situação. Mostra já o início, o meio e o fim e você tem que construir aquilo.

E1: O movimento você não consegue abstrair num livro, que é passo-a-passo. No jogo é o contrário.

--- P: Agora algumas questões pedagógicas. Vocês estavam motivados para fazer a atividade?

E1, E2, E3, E5, E6 e E7: Estava. E2: Física, né?

E5: Pela quantidade de gente dá para saber. E4: Assim… (semblante não muito motivado).

P: Mas vocês acham que são as mesmas motivações para estudar para uma prova, por exemplo, do colégio? E8: Não.

E7: Não. E4: É diferente.

E7: O meu sentimento foi mais uma motivação de ajudar. De ajudar o projeto, sabe? De ajudar a pesquisa. E4: É porque é assim, física eu acho legal. Não sou aquela pessoa que odeia física, entendeu? Mas também não sou apaixonada. Aí eu fiquei, “ah tanto faz, né?”. Eu pensei que as outras pessoas iam… (ajudar), aí quando eu vi que não completou eu pensei “poxa, a pesquisa do cara… tá eu vou”. Aí eu fui, mas eu não fiquei assim… eu fiquei meio “ah, ficar no colégio de tarde sexta-feira, poxa eu queria dormir”. Mas quando eu cheguei aqui que estava a galera, e a gente começou a conversar… aí a gente começou e foi tranquilo.

E6: A gente não chegou tão motivado, mas quando começou a fazer saiu. Mas eu só fiquei meio chato porque quando eu acabo de estudar alguma coisa e eu vou fazer o exercício, geralmente eu faço muito lento, fico recorrendo ao livro o tempo inteiro. Você acabou de estudar um assunto, aí a gente está estudando aqui, daí vai fazer um exercício, aí mil anos para fazer o exercício.

E4: Aí você fica com a sensação “não aprendi nada…”

E8: Gente, vê o lado positivo: quando a gente tiver esse assunto em sala de aula vai ser bem mais fácil... E2, E3, E5 e E7: Verdade.

E8: Não só pelo que a gente já leu, discutiu com o amigo, fez as simulações, as atividades depois. Então eu pensei por esse lado também. Achei uma coisa bem legal.

E6: Mas você fica assim “podia ter feito… não ter feito todas as questões”, sabe? E5: Além do fato de ter sido em dupla deu para um ir ajudando o outro.

TODOS: É…

E5: Com o auxílio de uma pessoa a mais…

E4: Eu acho que você se sente mais motivado em fazer, entendeu? Porque é um desafio em conjunto. Se eu desafio sozinho às vezes dá preguiça.

E8: Aí você vê, você não entende, e você fica “não entendi, fazer o quê? ” e pula. Mas pelo fato de ter uma pessoa lá com você, você vai e pergunta e começa a discutir sobre aquele assunto, aí você entende.

P: Quais tipos de materiais - impressos, digitais ou outros materiais - vocês utilizam para estudar para as provas? E8: Vídeo-aulas.

E2: Olha, digital eu não uso nenhum.

E4: Para as provas depende, às vezes eu assisto algum vídeo…

P: Para compensar algum conteúdo que vocês não entenderam em aula… E8: Vídeo-aula e exercício.

E2: Particularmente, no meu caso, eu não gosto de assistir vídeo-aula. Eu prefiro pegar trezentos livros em casa, sentar e ver em casa e ficar estudando por livro, mas é uma preferência minha. Eu me dou melhor com livro mesmo.

E4: Mas eu acho que nesse sentido os recursos digitais são úteis. Ontem, por exemplo. Nosso livro de história é pior que o livro de física. Muito ruim. Aí ontem eu queria estudar, só que eu estava só com meu livro e eu não podia pegar na biblioteca porque eu estou com multa. Aí eu fui pesquisar algum livro digital, entendeu? Para estudar. Só que pela dificuldade de ter que fazer o download e não sei o que, peguei e fui ver vídeo-aula e depois voltei ao livro que eu não gosto e assim, funcionou, entendeu? É útil porque a gente pode se valer dessas coisas quando a gente não tem o livro impresso com a gente, ou não pode ter.

E3: Normalmente quando eu uso material digital eu fico desfocado. De vez em quando abro rede social, fico vendo. Aí depois volto… Normalmente eu não estudo em plataforma digital, ou se eu pego alguma coisa na plataforma digital antes eu imprimo para depois estudar, entendeu?

P: Você prefere o (artefato) físico, né? E3: É.

E4: Às vezes eu pego o caderno e fico anotando os pontos principais que eu vejo na tela. E8: Isso é muito importante: você vê uma vídeo-aula e anota.

E6: Mas isso é porque você está dentro de casa, e aí você pode ficar se distraindo.

E2: Em casa, realmente, é muito mais fácil você se distrair em casa. Mas assim, em sala, uma plataforma digital dessa iria ser de uma ajuda muito grande na apresentação do assunto, em fazer a turma compreender mais rápido.

E8: Eu me distraio até com a janela, com a formiguinha que estava ali. TODOS: (risos).

E5: Até fazendo outras tarefas eu acabo me distraindo. Eu estou lá fazendo a atividade e minha mãe fala alguma coisa, e eu vou lá conversar, vou beber água, passa um tempo, depois eu volto e recomeço a fazer. E sobre materiais digitais eu vou falar da matéria que eu especificamente estudo melhor para ela. Não é que eu me dedique mais. Eu estudo melhor para ela. Meu estudo para ela é mais especial.

E4: Qual?

E5: Química. Eu pego o livro e começo a estudar, e tudo que eu não entendo, todas as situações que eu imagino eu começo a pesquisar na internet. Eu vou ver nos sites específicos relacionados à química. Geralmente eu tenho até uns preferidos. Eles dão bem exatos os dados?

E8: Wikipedia?

E5: Não (risos). É o último que eu olho, mas os modelos atômicos dele são excelentes. Eu só uso para isso. Mas voltando ao assunto, eu olho para esses sites e dá para compreender, expandir bem mais o assunto do que o que o livro traz por si só.

P: Você queria falar alguma coisa (apontando para o E6)...

E6: Eu ia dizer que uma vez eu estava longe de casa, não lembro exatamente onde, sei que estava sem internet e peguei uma questão de matemática para resolver. Aí tinha lá uma expressão, e tinha lá duas barrinhas do módulo só que num conjunto. Aí eu: “ah, eu sei essa operação”. Aí eu li: “cardinalidade do conjunto ‘a’”, e eu “eu estudei isso, mas o que é cardinalidade? ”. Eu tinha um bocado de livros lá, mas estava sem internet. Eu vou lá, pego todos os livros e saio catando essa filha da mãe dessa palavra. Um bocado de livro, como é que eu vou encontrar isso?

P: Faltou um “ctrl+f”... Todos: (risos)

E6: Eu sabia que era de conjuntos, aí eu peguei de um livro de matemática, abria conjuntos, devorando os livros e não achava. Dá tanta raiva. Aí eu chego em casa, já com o celular, antes de abrir o portão, eu: “pegou a internet”, abre o navegador , pesquisou.... ah! “Cardinalidade: número de elementos em um conjunto” (gestos de desespero).

E4: É verdade. Às vezes eu estou lendo um livro… eu li um livro há algum tempo, aí eu quero lembrar um texto “poxa, aquele texto é tão legal”, mas se for procurar no livro vou ter que reler o livro. Aí eu pego, vou na internet, procuro o livro em pdf, dou “ctrl+f” e fica top.

E6: Essa é uma vantagem, sabe? Se você esqueceu de alguma palavrinha que você leu no livro aí você pesquisa e…

E8: Se bem que tem livro que tem, por exemplo, o índice atrás… É isso mesmo? E2: Glossário.

E8: Glossário, isso mesmo. Por exemplo, livro de biologia. Tem um glossário enorme com várias palavras, e sempre que eu vejo uma palavra que não tenha a definição naquela página eu vou lá atrás e o livro cita todas as páginas que aparece essa palavra. Com esse tipo de livro eu nunca tive a preocupação de “ah, preciso procurar fora”. Eu vejo isso no próprio livro mesmo.