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CAPÍTULO IV – ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS

4.2. Análise das entrevistas

4.2.1. Violência nas escolas

Esse eixo de discussão relaciona-se às falas dos entrevistados sobre o que entendem por violência nas escolas, o que causa, quais são os tipos, quem participa das situações e como a escola lida com esse contexto. Para tanto, subdivide-se em duas categorias, as quais sejam: concepções de violência e formas de resolução.

a) Concepções de violência

Nessa categoria é discutido o que os participantes entendem por violência na escola e sua relação com a violência de uma forma geral, quais seriam as suas causas, quem se envolve e os tipos de conflitos e violências que mais acometem a comunidade escolar. Em grande parte das entrevistas, a violência nas escolas é entendida como a violência que acontece na sociedade e que adentra a escola, ou seja, em geral aparece como algo que acontece na sociedade e ultrapassa os muros da instituição, e, por isso, a escola serve como reprodutora de violências, como se pode observar no trecho a seguir:

[...] quando fala 'violência na escola' não é uma questão de violência na escola, é uma questão de violência na sociedade que é reproduzida na escola, não tem como o aluno... ser agressivo fora e chegar aqui e ser todo bonzinho, num tem. Então eu, eu num gosto nem desse termo 'violência na escola' num existe viol... a violência é na sociedade (Participante C, Escola 3).

Como foi discutido no capítulo sobre violência dessa dissertação, escola e sociedade se relacionam e ao longo da história foi possível perceber como essa relação acontece, essencialmente, com a escola e a educação servindo aos propósitos do capital, reproduzindo em seu interior o conflito de classes que existe na sociedade. Portanto, a escola pode reproduzir a violência que acontece na sociedade, refletindo as desigualdades sociais, mas pode ser também um local onde novas violências acontecem, porque no seu interior adquire características específicas em função do contexto.

Um dos entrevistados acrescenta à definição de violência seu entendimento como fenômeno estrutural, caracterizando-a como não somente o que ocorre no nível das relações, mas a violência que nega direitos, que negligencia condições sociais, que desrespeita e que aprofunda desigualdades:

[...] violência assim, é... de forma geral, eu acho que é tudo que impede os seus direitos. Tá entendendo? Quer dizer, a criança que não tem escola pra estudar, isso é uma violência, né? Contra a criança, né isso? A criança que num tem uma família? [pausa] Isso é uma violência, né? [pausa] É... essa violência social, né? Que a criança já começa de casa, sem os seus direitos, né? Ela não tem nem os direitos e nem os deveres. Isso pra mim é violência. Não sei se tá certo! (Participante D, Escola 4).

Nesse caso, apesar dos entrevistados não mencionarem o modo de produção capitalista como produtor dessa violência, citam que existe um contexto mais amplo que influencia a execução em nível individual. Essa violência a que se referem é a estrutural que de acordo com Cavalli (2009), muitas vezes, passa despercebida e nem sempre é considerada como violência. No entanto, é fruto do modo de produção capitalista e das relações que engendra, mesmo que esse processo ocorra de forma tão “natural” que a exploração existente passe despercebida, bem como suas consequências. Assim sendo, “o sujeito, antes de cometer uma violência, já é anteriormente violentado, quando não tem acesso à educação, saúde, trabalho e outros direitos fundamentais à sobrevivência” (p. 8).

Assim, a partir dessa visão da escola como reprodutora de violências, pode-se perceber que é um fenômeno que tem raízes sociais, ou seja, não pode ser compreendida apenas na escola. Ao mesmo tempo, esse tipo de discussão a desqualifica como produtora de suas próprias violências, até porque é um fenômeno complexo e diversos elementos devem ser considerados para o seu entendimento, inclusive a repercussão que causa em cada sujeito. Concorda-se com Trassi e Malvasi (2010), ao trazerem para a discussão que a violência como produção humana, diz respeito não somente ao social, mas também ao que ocorre no nível individual, do sujeito, ou seja, apesar de ser “[...] produzida, legitimada, desencadeada por um conjunto intrincado de fatores objetivos, também se ancora e reverbera na constituição dos sujeitos, porque encontra aí aspectos constitutivos da subjetividade mobilizados, como a agressividade, que nos constitui a todos” (p. 43). Dessa forma, podem existir diversas visões,

tipos, definições, formas de enfrentamento das violências e violência nas escolas e a questão se amplia e torna-se ainda mais complexa ao se considerar o entendimento individual, modificando-se conforme o ambiente, o contexto social, etc. Um dos entrevistados ajuda a ilustrar como a definição de violência pode ser fluida, relativa e diversificada:

Eu vejo que a... o problema da violência ... é uma... um problema complexo. Eu não posso aqui, dizer a você que a violência é... irresponsabilidade só do aluno ou da família, como as pessoas dizem, A violência ela tem uma abrangência muito maior, porque vai depender muito do que você entende sobre violência. É se violência... se um aluno, ele discute a questão metodológica com o professor, e não há aceitação dessa discussão, então você pode considerar uma violência, não é? E... o aluno ele luta por um... um objetivo, como o que ocorreu recentemente na campanha da escola, onde eles foram em defesa.... então houve a interpretação de vários lados, como uma, uma situação de violência (Participante E, Escola5).

Ou seja, a partir desse trecho é possível acrescentar à complexidade do fenômeno, as percepções de cada pessoa sobre o que seria violência, tornando o seu entendimento variável, uma vez que pode mudar de pessoa para pessoa, em função do contexto histórico, social, político, e cultural. Enfim, pode inclusive assumir caráter contraditório, como mostra o trecho da entrevista acima, quando os alunos lutam pelo que acreditam. São manifestações em favor de uma crítica social, mas que paradoxalmente são consideradas expressões de violência (Trassi & Malvasi, 2010).

Complementando as concepções de violência, outro fator importante é a diferenciação que os entrevistados fazem entre violência e conflito. Entendendo o primeiro como um agravamento do segundo, que, por sua vez, dá-se mais no nível verbal, do diálogo e de divergências de opiniões. Já quando parte para agressão física, por exemplo, torna-se- uma violência. Inclusive, essa diferenciação contribui para a menor ou maior dificuldade em resolver as situações, sendo a resolução no âmbito do conflito encarada de maneira mais fácil

e, de forma oposta, seria mais difícil resolver uma situação que envolva violência. Assim, de acordo com os entrevistados:

Na verdade, eu acho que a violência ela é gerada pelo conflito, seja ela verbal, ou seja, ela, né, mesmo como que diz, física né. Eu acho que ela parte do conflito, se a gente não resolver o conflito logo, então vai gerar uma violência bem maior né? E, às vezes, o conflito é um bate boca normal, que você interferindo consegue resolver, depois que está a violência praticada, seja ela de que forma for, só muita conversa pra poder a gente trabalhar (Participante L, Escola 12).

Além disso, na escola, o conflito ganha uma especificidade no que diz respeito aos alunos. Os entrevistados ressaltaram que como os alunos ainda estão em processo de desenvolvimento, talvez compreender as diferenças de opiniões, gostos, características pessoais, etc., e tentar solucionar os conflitos de forma pacífica e não violenta seja uma tarefa mais complicada. Dessa maneira, em um dos trechos, podemos perceber que na escola os conflitos entre os alunos geralmente envolvem violência. E isso remete ao fato de que nas escolas a violência adquire características próprias, reinventa-se e é produzida nesse contexto, como ilustrado a seguir:

Eu acho que o conflito assim, poderia ser um conflito assim... Por exemplo, um conflito de ideias - você discordar. Eu gosto de azul, você gosta de verde, seria aí um conflito, e não que não envolveria uma violência. Na escola, é... Os conflitos que... Tem na escola, geralmente, eles... São permeados pela violência. Tem violência, certo? É, se o aluno é gordo e aí tal, aí tem um grupo que se junta é pra... Né? Pra ficar sistematicamente atormentando aquele gordo, aquele negro, aquele que usa óculos e tal, então assim, num é um conflito. O conflito é envolve violência, tem violência (Participante G, Escola 7).

De fato, o conflito existe porque somos sujeitos diferentes uns dos outros, portanto, temos opiniões, valores, interesses, preferências, dentre outros aspectos, que se diferenciam conforme cada indivíduo. Nesse aspecto, o conflito surge a partir da divergência. Quando se

consegue resolvê-lo de forma amistosa, compreendendo os limites e ampliando as possibilidades, o conflito pode inclusive ser construtivo. Por outro lado, quando as divergências se acentuam e tornam-se irreconciliáveis, um simples conflito pode gerar uma situação de violência, seja em que expressão for.

Ainda chama a atenção, a partir da distinção entre conflito e violência, a dificuldade de alguns entrevistados relatarem as diversas situações no ambiente escolar como violência, sendo talvez mais apropriado nomear dessa maneira, para alguns participantes, quando se remeter a algo grave, que cause dano. Além disso, em uma das escolas, uma entrevistada relatou a intencionalidade do ato, que só seria considerado violência caso houvesse intenção. Por isso, sua dificuldade em chamar de violência as ações dessa natureza que ocorrem na escola:

[...] a violência não é um ponto crítico, porque eu entendo a violência como uma coisa muito grave, de você chegar assim realmente, machucar pra valer. Você tá entendendo? Não é que o que ele faça seja certo, de jeito nenhum, é errado, mas que não seria uma coisa tão grave que agente pudesse dizer assim que a violência em nossa escola é grave [...] (Participante K, Escola 11).

[...] é porque eu não sei se violência, por que muitas coisas que as pessoas dizem que... que foi uma agressão não tinha o intuito, não tinha o... e eu entendo sempre que violência é aquilo que você faz com intuito de machucar, com o intuito de agredir o outro, então se... mas eu não sei chamar. (Participante E, Escola 6).

Até aqui foram levantados os elementos que permitem compreender o que seria violência nas escolas, mas quais fatores contribuem para que aconteça ou que propiciam que casos de violências estejam presentes nessas instituições? Para os entrevistados seriam quatro causas principais: (1) a violência acontece a partir do que os alunos vivenciam; (2) em função de como se dão as relações entre eles; (3) como a escola se estrutura e organiza; e, por fim, (4) a partir da fase do desenvolvimento em que os alunos se encontram. Cabe destacar que esses

fatores são secundários, já que os entrevistados comentaram que a violência nas escolas é a violência social que adentra as instituições, ao mesmo tempo, são fatores importantes para configurar de que tipos de violências estamos falando.

Sobre o primeiro fator que contribui para a violência nas escolas, e seguindo a ideia de reproduzir a violência social, nas entrevistas foi possível perceber que a família e o bairro são locais onde primeiro ocorre e os alunos a transportam para as instituições escolares. Segundo os entrevistados, o fato de o bairro em que a escola se localiza ser em uma comunidade de periferia faz com que haja violência na escola, como se observa a seguir:

A violência nessa escola é por se tratar de ser localizada em uma comunidade periférica, e... a comunidade influencia bastante pra isso; então assim, os nossos alunos, eles vivenciam isso nas ruas. Hoje mesmo teve um assassinato pela manhã aqui próximo à escola [...] Pronto, então, como eles é... vivem nesse contexto, então, eles acabam trazendo isso para dentro da escola... (Participante B, Escola 2).

O que se pode entender a partir desse comentário é que a violência social faz parte do cotidiano, e, muitas vezes, os alunos incorporam esses valores e agem naturalmente dessa maneira. É como se a violência não mais afetasse e estivesse banalizada. Associada a isso, os entrevistados falaram que a mídia contribui para essa banalização e reforça a sensação de impunidade que acaba sendo mais um motor para a violência que “[...] está acontecendo por falta de impunidade, eles presenciam todo dia pessoas fazerem coisas erradas e não dá em nada, na escola eles vão querer fazer o que querem, fazer coisa errada e achar que não vai dar em nada” (Participante C, Escola 3).

Diante desse contexto, alguns profissionais que relataram morar no mesmo bairro da escola, e desses alunos, presenciam como a vivência da violência é marcante na vida dessas crianças e adolescentes e não podem fazer nada, porque correm o risco deles próprios serem violentados se forem interferir. Além disso, dentro do bairro, a comunidade funciona como

um importante fator quando os vizinhos tornam-se aliados, cometendo violências para proteger um amigo, seja dentro ou fora da escola.

Além da influência da vivência no bairro, os alunos que mais se envolvem em situações de violência, segundo os entrevistados, são de famílias em que os pais vivem na criminalidade, são usuários de álcool e drogas, ou que de alguma maneira a família não tem uma mínima estrutura e segurança para as crianças. Ainda comentaram que algumas famílias dependem de auxílios do governo, como o Bolsa Família e o Tributo à Criança7 e vivem, minimamente, em condições dignas de desenvolvimento, quando não possuem qualquer condição salubre de subsistência. Sobre alguns desses pontos, os trechos abaixo ajudam a ilustrar:

[...] a violência é gerada e é trazida, muitas vezes, sabe-se que é do ambiente de casa, muitas vezes, a gente vê em casa e traz para escola, entendeu? Então a criança não nasce com isso, ela recebe influência pra isso, e muitas vezes a maneira que elas tem de se defenderem, porque foi xingado ou foi porque aconteceu isso, é agredindo, é batendo, certo... (Participante K, Escola 11).

Agora assim, a gente também acha que vem também da própria família né... Muitos são até filhos de traficante, que a gente sabe que são. Então, o que tem mais índice de violência dentro da escola, aquele aluno que é mais agressivo, mais trabalhoso, assim, vive na coordenação, vive de ocorrência, anotando, chamando pai e mãe, são aquelas crianças em que têm os pais que vivem no mundo do crime né, de droga. [...] quando a gente conhece a família, então a gente conhece todo o histórico da criança né, em casa ele é tratado dessa forma, então na escola ele faz do mesmo jeito (Participante L, Escola 12).

7

O Programa Tributo à Criança faz parte da política de Educação do município de Natal/RN e serve como apoio ao aluno da rede municipal de ensino desde 1º de julho de 1997. Seu objetivo é ser uma política de renda mínima e de inclusão social para crianças e adolescentes dos seis aos 15 anos, estudantes do Ensino Fundamental da rede pública da capital. Os beneficiários recebem mensalmente uma bolsa que varia conforme o número de alunos inscritos por família: um aluno significa o auxílio de R$ 60,00 por mês; dois alunos o benefício sobe para R$ 90,00; e a partir de três estudantes a família recebe R$ 120 da Prefeitura. Para ter direito à bolsa, os alunos cadastrados devem assistir às aulas em seus horários normais e frequentarem o contra turno da escola para ter aulas de artes, reforço escolar, entre outras disciplinas, com atividades no Programa ‘Mais Educação’. O valor recebido por cada família depende da frequência escolar do aluno no Ensino Fundamental igual ou superior a 85% dos dias letivos de cada mês e, essa frequência é verificada trimestralmente nas unidades de ensino.

Segundo os participantes ainda, em muitas famílias, os alunos sofrem violência por parte dos seus pais, inclusive na própria escola, em que alguns responsáveis são chamados à instituição por alguma situação e tratam o filho com violência na frente dos gestores. Ainda a partir do que os entrevistados comentaram, ao mesmo tempo em que os pais podem ser violentos com os filhos, também os incentivam a praticá-la com frases do tipo “se vier apanhado para casa, apanha aqui”.

Em outras situações, segundo os entrevistados, os pais não colocam limites nos filhos, inclusive porque não estão em casa ou não se dedicam aos seus cuidados, na maioria dos casos, porque trabalham fora de casa o dia todo e os alunos passam a ser criados por avós ou até mesmo por irmãos mais velhos, quando não tem que ficar em casa sozinhos e ser responsáveis por eles mesmos. Por isso, os participantes relataram que alguns alunos passam o dia na rua fazendo o que acham melhor e o tempo fora da escola é vivenciado sem cuidados de um responsável; essa não presença dos pais reflete ainda no desempenho e acompanhamento do filho na escola.

Segundo os entrevistados, então, os alunos não seriam violentos porque existiria uma violência inata, ou seja, eles não agem por maldade, não são naturalmente maus, muitas vezes agem até inconscientemente, sem ter ideia de que estão agindo de forma violenta. Portanto, os comportamentos violentos são influenciados por todas as suas vivências que influenciam a sua forma de se relacionar.

Por tudo isso, a base da percepção dos entrevistados sobre o que contribui para ocasionar situações de violência na escola é que os alunos que se envolvem em conflitos que acabam em violência, essencialmente, reproduzem o que aprendem, vivenciam ou observam no seu dia a dia, seja na família ou na comunidade, principalmente os alunos que moram em bairros periféricos e fazem parte de famílias que tem algum tipo de problema. Nesse sentido, a violência atua em uma forma de ciclo de reprodução de mais violência, os sujeitos sofrem

inicialmente violência por negação de direitos, estarem desigualmente em uma posição social que cada vez mais vitimiza, por se tornarem invisíveis ao poder público, mas que são vistos quando essa pobreza é criminalizada. Enfim, situações de vulnerabilidade que podem contribuir para gerar outros tipos de violência, que por sua vez se reproduzem nas escolas, criam outras manifestações, retornam para a sociedade e é um ciclo sem fim.

Dentro do contexto escolar, o modo como se dão as relações entre os alunos é considerado pelos entrevistados mais uma das causas da violência. Aliás, a violência, em si, se caracteriza como uma das formas de se relacionar e se materializa pela falta de diálogo entre os alunos, de respeito, de tolerância e de limites. De acordo com os entrevistados, seria uma forma que os alunos têm para se comunicar, como por exemplo, dizer através de atos violentos que não estão satisfeitos com algo ou alguma coisa que o colega fez. Como se nota no trecho adiante:

[...] eu digo muito quando a gente conversa com os alunos, que não tem motivos, né, que eles estão ali, que eles agrediram o colega, mas na realidade não tem motivo especifico, porque quando a gente diz 'por que você bateu nele?' – 'Ah, porque ele disse que eu sou feia', 'porque ele me chamou de cara disso' tá entendendo? Então não tem motivo que realmente justifique essa violência. É como se fosse uma reação, uma forma de você dizer 'não, eu não gostei' que poderia ser resolvido com uma simples conversa e eles não tem o habito de conversar, né, e ai não resolve, resolve na pancada. E infelizmente, a gente é... percebe que é uma reprodução da forma como se resolve as coisas na família [...] Eles não tinham raiva daquele colega, não batiam porque tinham raiva, porque aquele colega machucou ele, não, batiam porque é uma forma de comunicação, uma forma de dizer 'não gostei do que você fez' né, então é muito mais uma reação, uma, eu não sei nem explicar direito [...] É. Porque é como os pais se relacionam com eles (Participante C, Escola 3).

A partir do trecho acima se percebe que a violência na escola muitas vezes não tem um motivo ou intenção mas, às vezes, somente por olhar para o colega já seria suficiente. É uma

espécie de violência gratuita, mas que se for analisar mais a fundo, pode ser uma forma de autoafirmação, de mostrar poder, etc.

Outro elemento causador da violência seria a forma como a escola se estrutura e organiza, e que contribui para diversos tipos de situações, como: espaço reduzido, falta de atividades variadas, grande quantidade de alunos, diferentes faixas etárias juntas, distorção idade e série, tipos de brincadeiras e esportes, e quanto tempo o aluno faz parte da escola. Um ponto várias vezes mencionado é que escolas que tem pouco espaço e que não possuem equipamentos de lazer (como quadra de esportes) propiciam mais violência quando comparadas às escolas maiores, porque os alunos tem que disputar espaço, além de que qualquer movimento pode interferir no limite do outro, como no caso de escolas muito