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Antefigurando a atual Avenida Alberto Nepomuceno, saía da praia outro caminho, iniciando-se no ‘Sobradinho’ e terminando num largo onde se erguiam o ‘Forte’ e a ‘Igreja Matriz’. Na continuação desse caminho para o interior, aliás não desenhada, apareciam anotações tais como ‘Pallacio’ e ‘IR’. Esta indicação, posta junto de um pequeno retângulo valorizado por uma cruz, sem duvida configurava a Igreja do Rosário.

Do largo (da Matriz), no rumo noroeste, partia um caminho [...],que, terminava num morro, ao lado do qual está assinalado ‘Cravatá’ ou ‘Passeio Publico’. Nascendo pois em torno do largo da matriz (atual Praça da Sé), esse caminho, dito ‘Passeio Público’, pouco depois receberia a denominação de Rua Nova da Fortaleza, mudada para rua da Misericordia em meados do século XIX e, já neste século, para rua Dr. João Moreira.

O desenho, portanto, comprovaria graficamente o risco da primeira rua aberta no planalto onde a Fortaleza veio a se desenvolver, rua nascida em ponto no qual a pequena vila começava a se afastar do trecho em declive, de ocupação mais antiga, marcada por um traçado irregular, acomodado às curvas do Pajeú.

O segundo desenho de Francisco Giraldes62 tem o título “Prospecto da Villa da Fortaleza N. S.

Assunção ou Porto do Ceará”63 em 1810. “Trata-se de uma magnífica representação à vol d’oiseau

da Vila do Forte nos anos iniciais do século XIX, talvez a primeira a dar idéia da organização espacial do pequeno aglomerado urbano” (CASTRO, 1997:47) (Figura 17).

Na figura 17, vê-se que a vila da Fortaleza estava em sitio elevado, apresentando estreita faixa de porto na parte baixa, nos moldes da típica tradição do urbanismo luso. O “prospecto” mostra a ponta do mucuripe (7) ocupada por um sistema de fortificações, composto pelo quartel construído de pedra em 1801 (2), São Pedro do Príncipe e São Bernardo (3), Bateria da Princesa Carlota (4), Bateria de São João do Príncipe (5), todas de madeira e desaparecidas64.

Observa-se a prainha (14), que desapareceu com as obras portuárias realizadas a partir do último quartel do século XIX (CASTRO, 1997:50). Vê-se um Trapiche (12), espécie de píer de

madeira articulado à casa de prensa de algodão65 (15) e à casa de recolher a alvarenga

(16). “Entre o Trapiche e o começo do planalto em que a vila se assentou, havia muitas casas,

algumas delas dispersas ao longo da suave ladeira de ligação com o alto” (CASTRO, 1997:51). Está representado no começo desta subida (17), atual av. Alberto Nepomuceno, talvez o sobradinho

do sítio pertencente ao naturalista João da Silva Feijó66. Assim “formavam à vista do mar, desde

a ponta do Mucuripe (7), casas pequenas e choupanas na praia e sobre as dunas em numero de 37, sendo a última o pequeno paiol da pólvora (21), na extremidade norte” (BRIGIDO, 2001:218). Outro desenho importante é a “Carta Topográfica da Capitania do Ceará”67, de 1812, elaborada

na gestão do 3o Governador do Ceará e atribuída ao sargento-mor naturalista João da Silva Feijó68

(Figura 18). A “Carta Topográfica” representa a Capitania do Ceará, seu relevo, rede fluvial, rede de caminhos e rede urbana. Nela é possível compreender a situação geográfica de Fortaleza em meio à

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62 Capitão de fragata designado pelo Governador Barba Alardo

para estudar o porto de Fortaleza (BRIGIDO, 2001:215-216).

63 Coleção Studart, n.33 e Catálogo da Mapoteca da DSGEx n.

1037. Titulo completo: Perspecto da Villa da Fortaleza de N. Snra D´Assumpção ou Porto do Seará, Dimensões 58X40 cm. Aquarela sobre cartão, com belo colorido (CASTRO, 1997:47).

64 “[...] destinadas mais a intimidar os nativos do que proteger

a colônia contra o ataque dos forasteiros, as fortificações portuguesas aqui feitas no século XVII pouco duraram, desaparecendo todas com o caminhar desse mesmo século. [...] Os fortes que aqui surgiram no correr do século XIX, concluídos com muito mais apuro do que os edificados anteriormente, tiveram também existência ephemera”. (STUDART JUNIOR,

1929/30:.86), A “Carta Geográfica do Ceara” de 1831, de M. Schwarzman e M. Le Chev de Martins, destaca a existência de apenas um forte. Justificado por Carlos Studart, como falta de manutenção no período da Regência, quando “foi promulgada

uma lei mandando desarmar quase todas as fortalezas do Império, cahiram as baterias em ruína, sendo depois soterradas pelas dunas litoraes” (STUDART FILHO, 1929/30: 86).

65 Segundo Brígido, local onde mais tarde se implantou a

primeira Alfândega.

66 Liberal de Castro considera “o ´Sobradinho´ como ´provável

residência´ do Naturalista, [João da Silva Feijó] contrariando João Brígido, que localizava a morada de Feijó bem mais acima, no alto da ladeira, já em frente ao Quartel General[...],”

baseado “consoante os desenhos, localizava-se na parte baixa

da vila, provavelmente para desfrutar do uso farto da água que minava da encosta. Como as divisas meridionais do sitio do Naturalista atingiam o topo da colina, talvez nesse ponto tivesse sido construída nova edificação, posteriormente conhecida por Brígido” (1997:51). Este sítio depois passa a pertencer a Manuel

Franklin do Amaral, com um sobrado, uma casa anexada e mais um terreno “vis a vis” do Quartel com 505,5 palmos (111,21m) de frente e fundo de 364,5 palmos (80,19m) (Inventário de 1875, pacote 33).

67 Carta sob n. 34 na coleção Studart e sob n. 784 no Catálogo da

mapoteca da DSGEx. Título- Carta topographica/ da / Capitania do Ceará / que a / SAR / o Príncipe Regente / Nosso Senhor / Dedica / Luiz Barba Alardo de Menezes / Anno / de / 1812/. Dimensões: 76,4 [79] cem X 53,4 [58] cm

68 Bernardo Manoel de Vasconcelos, o primeiro governador da

Capitania autônoma, trouxe como engenheiro o Sargento-mor Naturalista Dr. João da Silva Feijó, (1760-1824) “incumbido de

estudar o paiz, suas producções, seus recursos e sua geografia”

rede existente. No canto esquerdo, observa-se o “Plano hidrográfico da enseada da vila da Fortaleza de N. S. da Assunção ou Porto do Seará” (Figura 19), que nos permite compreender detalhes do sitio onde estava implantada a vila. O próprio autor declara ter servido de base para execução de seu desenho a “Carta Demonstrativa da Capitania”, de Antonio Giraldes (CASTRO, 1997:28), descrita há pouco. Mesmo sem a intenção de mostrar a forma urbana da vila e sim os elementos de referencias para os navegantes69, esta carta confirma a pequena cidadedescrita por Koster.

No governo do coronel Manuel Ignacio de Sampaio, foi contratado o engenheiro militar Antônio José da Silva Paulet, tenente coronel do Real Corpo de Engenheiros. Nesse período foram realizadas importantes obras públicas, entre elas a nova Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e o Mercado Público, que polarizou o comércio de gêneros alimentícios. Paulet elaborou importantes mapas da Capitania cearense70, tais como: a “Carta da Capitania do Ceara e costa” de 1813 (Figura 20), com

dois detalhe significativos, a “Planta do Porto e Vila da Fortaleza; a Carta Marítima, e Geographica da Capitania do Ceará”, de 1817, e a “Planta do Porto e Vila da Fortaleza”.

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69 "... querendo entrar pela barra de barlavento que tem mais de

300 braças de largura com a sonda de 3 e mais braças no meio e 3 nos extremo, dever-se-há navegar do Mucuripe em direitura a barra do Ceará ou ao 4o N.O. e logo que se enfiar o Palacio ou a igreja do Rosario pelo pau da bandeira do Forte se navegará naquella direcção até a distancia pouco mais ou menos de 30 braças no extremo occidental do recife meridional, e d´alli em direitura á casa da Polvora, para que o corpo do navio fique no maior fundo[...]" (GIRALDES, 1898:59-60).

70 Segundo Castro possivelmente apoiado pela cartografia

elaborada pelo naturalista Feijó (1994:61-63).

Figura 17: Vila da Fortaleza, 1810. Mapa base: Prospecto da Villa da Fortaleza de Nossa Senhora d’Assunção ou Porto do Ceará de Francisco Antonio Marques Giraldes. Original manuscrito do Arquivo Histórico do Exercíto, Rio de Janeiro.

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A organização urbana de Fortaleza decorre da tradição portuguesa de implantações costeiras, “de espaço bipartido, com uma aglomeração na praia (ou na ribeira) e outra, no alto, fortificada,” (CASTRO, 2009:24). Sua implantação definitiva se deu “no litoral, entre as duas bacias marítimas, uma de barlavento, o Mucuripe (1), e outra a sotavento, a Jacarecanga (2). [...] uma aglomeração no alto, defendida pelo Forte (3), e outra na Praia (4) [...] (CASTRO:2009:24) (Figuras 21 e figura 22). Nos primeiros anos do século XIX, o riacho Pajeú “corria em sua baixada ou vale, que naturalmente inundava em sua grandes cheias” e dividia Fortaleza em duas áreas distintas: “na margem direita, o planalto” (BRÍGIDO, 2001:221), denominado de Outeiro da Prainha; na outra borda, uma área mais plana, futura área central. Os dois córregos da Lagoinha e o do Garrote dividiam este planalto em duas elevações72. Não é possível estimar a expansão demográfica de Fortaleza na primeira

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71 Planta atribuída a João da Silva Feijó (CASTRO, 1997:62-63) 72 Brígido destaca estes dois pontos mais elevados: como sendo

do lado sul a área do lote n. 112 da Rua Formosa (atual Barão do Rio Branco) e a do lado norte onde se implanta o Hospital da Misericórdia (Atual Santa Casa) Ainda destaca a palavras de Koster “a fortaleza e o paiol de pólvora (atual Passeio Publico) estavam situados sobre uma montanha de areia.”(2001:222).

Figura 18: Carta Topográfica da Capitania do Ceará, 1812. Mapa base: Carta Topográfica/ da Capitania do Ceara/ que a/ SAR/ o Principe Regente/ Nosso Senhor/ Dedica/ Luiz Barba Alardo de Menezes/ Anno/de/ 1812.

Fonte: Mapoteca do Itamarati.

Figura 19: Plano hidrográfico da enseada da Vila N. S. da Assunção. Mapa base: Detalhe Carta Topográfica/ da Capitania do Ceara/ que a/ SAR/ o Principe Regente/ Nosso Senhor/ Dedica/ Luiz Barba Alardo de Menezes/ Anno/de/ 1812. Fonte: Mapoteca do Itamarati.

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Figura 20: Carta da Capitania do Ceará e Costa, 1813. Mapa base: Carta da / Capitania do Ceará e costa / correspondente levantada por / ordem do Governador Manoel / Ignácio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio / José da Silva Paulet no / anno de 1813.

Fonte: Mapoteca do Itamarati.

Figura 21: Planta do Porto da Villa da Fortaleza, 1813. Mapa base: Detalhe da Carta da / Capitania do Ceará e costa / correspondente levantada por por// ordem do Governador Manoel / Ignácio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio / José da Silva Paulet no / anno de 1813.

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metade do século XIX, mas a vila contava com 1.200 habitantes, segundo Koster, em 1810. Em 1816, o governador Barbo Alardo estimou não mais de 3.000 habitantes.

Na descrição de João Brígido, a topografia dividia a cidade em três bairros: “bairro da Praia73(1),

entre o mar e as barrancas; bairro do Outeiro74(2), a direita do Pajeú e o bairro do Comercio (3),

à esquerda,” (BRIGIDO, 2001:224). Ao redor desses bairros havia chácaras e sítios. O bairro no Outeiro da Prainha possuía “uma vista esplendida sobre o oceano, bafejado de uma brisa constante” (BRIGIDO, 2001:224) (Figura 23).

O núcleo urbano estava circunscrito ao norte “por uma rua ou caminho grosso modo paralelo ao mar, aberto em continuação ao lado sul do quartel da Fortaleza (1)” (CASTRO, 1994:49-50), com algumas quadras na margem esquerda (2) do Riacho Pajeu (3). O engenheiro Paulet, em 1813, projeta a abertura “de uma rua do lado oriental do riacho Pajeú, então obstáculo físico ponderável à expansão da vila para o leste” (4) (CASTRO, 1994:49) (Figura 24 e 25).

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73 Segundo Bezerra “desde o começo da vila [...] foi sempre

o lugar da Prainha o ponto mais habitado e a Prainha compreendia o terreno que se estende do pé do Outeiro à beira- mar...”(1992:151).

74 Vale destacar que existiam o Outeiro da Prainha e o Outeiro

do Colégio. Figura 22: Exercício de reconstituição cartográfica da planta do Porto e Vila da Fortaleza, 1813, de José da Silva Paulet. Autora:

Margarida Andrade. Mapa base: Detalhe da Carta da / Capitania do Ceará e costa / correspondente levantada por// ordem do Governador Manoel / Ignácio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio / José da Silva Paulet no / anno de 1813. Fonte: Mapoteca do Itamarati.

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Figura 24: Ruas e quadras da Vila da Fortaleza, 1813. Detalhe da Planta do Porto da Villa da Fortaleza, 1813. Mapa base: Detalhe da Carta da / Capitania do Ceará e costa / correspondente levantada por// ordem do Governador Manoel / Ignácio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio / José da Silva Paulet no / anno de 1813. Fonte: Mapoteca do Itamarati.

Figura 23: Bairros da Vila da Fortaleza, 1813. Detalhe da Planta do Porto da Villa da Fortaleza, 1813. Mapa base: Detalhe da Carta da / Capitania do Ceará e costa / correspondente levantada por// ordem do Governador Manoel / Ignácio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio / José da Silva Paulet no / anno de 1813.

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Figura 25: Exercício de reconstituição cartográfica – Fortaleza 1813 - área urbanizada da vila da Fortaleza. Mapa base: Detalhe da Planta do Porto da Vila da Fortaleza.

1.3 RECONSTITUIÇÃO DO ESPAÇO INTRAURBANO E DA ARqUITETURA

da vila do Forte

Realizou-se exercícios gráficos de reconstituição da Vila do Forte entre 1799 e 181075. Os

exercícios têm como base as plantas de Giraldes (1810) e de Paulet (1813), às quais foram superpostas informações de outras fontes documentais (descrições da cidade, inventários post-mortem, iconografia). Ressaltaram-se o traçado das vias e das quadras, a localização dos edifícios institucionais (Câmara, Palácio do Governo, Alfândega, Hospital) e das igrejas, principais referências na estruturação do conjunto urbano. Observa-se que a ocupação inicial (1799- 1810) foi linear e à margem esquerda do riacho Pajeú. Uma via estruturante nasceu ao pé do Forte, paralela ao curso do riacho, e foi designada rua Direita dos Mercadores. A existência de bom lençol freático ali permitiu a implantação de chafarizes dentro do núcleo urbano. A rua Direita dos Mercadores ligava-se à Estrada de Messejana, no sentido sudeste, e à Estrada do Lagamar. Para o Largo do Quartel, num esquema centrípeto, também convergiam outras estradas a de Soure, de Arronches e a do Tauape (Olaria) (Figura 26 e Figura 27).

Em 1810 nota-se a presença de dois núcleos: um pequeno centro urbanizado à margem esquerda do

riacho Pajeú, suportando as diversas atividades urbanas, e outro ligado às atividades portuárias. Na área ocidental, verifica-se certa disciplina urbanística, orientada pela Câmara, caracterizada pelas ruas e quadras de traçado regular, alongadas a partir da praça Carolina, cortadas ortogonalmente por algumas poucas travessas. A parte arruada era composta por duas vias orientadas no sentido norte-sul, a rua do Quartel e a rua Boa Vista, e de poucas travessas, muitas vezes denominadas de becos. A travessa das Flores, perpendicular à Boa Vista, era “bastante freqüentada por causa dos açougues e dava saída para o matadouro e para Jacarecanga” (BRIGIDO, 2001:225) (Figuras 28 e 29).

Na descrição de Fortaleza, em 1810, João Brígido cita seis ruas, dois becos e três praças76. Quanto

às praças, descreve a do Conselho (formada ao leste pela matriz, ao oeste pela Casa de Câmara e o Pelourinho), a do Palácio e a da Carolina77. O levantamento cartográfico de Fortaleza realizado

pelo engenheiro militar Silva Paulet, em 1813, permite constatar a presença dos elementos típicos do urbanismo luso, tal como a rua Direita dos Mercadores (elemento gerador e aglutinador da estrutura física da cidade) e os largos com os principais edifícios civis, religiosos e oficiais. A praça da matriz e a rua Direita são os geradores e estruturadores da malha urbana. A praça Carolina “fora resultado do reajuste e alinhamento do pátio ou campo situado ao norte e ao poente” da Casa dos Governadores. “O aproveitamento daquela espaçosa área se fez de modo a deixar-se, por detrás da casa da Câmara um vasto pátio ou terreno cercado até a Rua Boa Vista” (GIRÃO, 1959:112). A praça Carolina, de forma retangular, foi geradora do traçado ortogonal das ruas norte–sul - ruas Boa Vista (atual Floriano Peixoto) e da Palma (atual Major Facundo) - e das poucas travessas no sentido leste-oeste. O mercado projetado por Paulet e construído por Simões de Faria foi implantado, acompanhando o alinhamento da rua da Boa Vista que lhe corre paralela. Com a expansão do comércio, essa praça passa a ser conhecida como Feira Velha.

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75 Utilizou-se a planta de Paulet de 1813, a fim de oferecer uma

ideia da expansão urbana de Fortaleza entre 1799-1810.

76 Henry Koster refere-se a quatro ruas e uma praça.

77 Assim denominada em 1817, em homenagem à arquiduquesa

Maria Carolina Leopoldina, por ocasião de seu casamento com D. Pedro I (GIRÃO, 1959:111).

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FORTALEZA - 1799