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Ambiente e Desenvolvimento I: Problemas Globais, Soluções Locais

No documento PROGRAMA DE CMA (páginas 141-145)

Duração de Referência: 15 horas

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Apresentação

A expressão “problemas globais, soluções locais” teve origem no famoso relatório da Nações Unidas (1987) da Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento (“think globally, act locally”). Para um cidadão, pensar globalmente significa reconhecer que as nossas acções e modo de vida têm consequências que vão para além do nosso ambiente local. Soluções locais ou dito de outro modo – agir localmente – significa assumir e partilhar a nossa responsabilidade em mudar o nosso modo de vida de forma a promover o desenvolvimento sustentável a um nível global.

O conceito de desenvolvimento sustentável emergiu nos anos oitenta em resposta à crescente consciência da necessidade de um equilíbrio entre o crescimento económico e o progresso social no que diz respeito ao ambiente e à utilização dos recursos naturais. A melhoria da qualidade de vida humana e a capacidade de preservar os ecossistemas estão no cerne do conceito de desenvolvimento sustentável. A educação, a paz, a saúde e a democracia têm sido apontados como pré-requisitos para um desenvolvimento sustentável que assenta em três pilares: sociedade, ambiente e economia. A importância deste tema e as tarefas educativas que comporta levaram as Nações Unidas a estabelecer o período 2005-2014 como “Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável”.

Pensar globalmente e agir localmente significa estar consciente que os problemas globais estão ligados ao comportamento quotidiano e agir de maneira a contribuir para o desenvolvimento humano sustentável. Esta atitude não é um luxo, mas uma necessidade face ao estado actual do ambiente e às obrigações de cidadania num mundo globalizado. Este módulo trata dos temas e problemas ambientais que o imperativo do desenvolvimento sustentável colocou na agenda da formação dos cidadãos.

Programa de Cidadania e Mundo Actual / Sociedade C ursos de Educação e Formação

Módulo D1: Ambiente e Desenvolvimento I - Problemas Globais, Soluções Locais

2 Competências Visadas

• Reconhecer a importância do desenvolvimento sustentável à escala local, regional e mundial. • Identificar os principais problemas ambientais da actualidade e as suas relações com o

desenvolvimento.

• Compreender as responsabilidades individuais na promoção de um desenvolvimento sustentável. • Identificar comportamentos e políticas capazes de promover o desenvolvimento sustentável.

3 Objectivos de Aprendizagem

• Caracterizar os principais problemas ambientais. • Conhecer o significado do desenvolvimento sustentável.

• Relacionar o conceito de desenvolvimento com o conceito de ambiente e de desenvolvimento humano.

• Reconhecer as desigualdades nos níveis de desenvolvimento.

• Identificar práticas que colocam em risco a sustentabilidade do planeta.

• Identificar comportamentos individuais relevantes para a sustentabilidade.

• Incentivar um modo de vida coerente com a sustentabilidade.

• Inventariar actividades profissionais no campo do desenvolvimento sustentável. • Compreender a influência das acções locais nos processos de decisão política.

4 Conteúdos

• Evolução do conceito de desenvolvimento.

• Pilares do desenvolvimento sustentável: sociedade, ambiente e economia. • Relações entre a sociedade de consumo e o desenvolvimento sustentável.

• Desigualdades nos modos de produção e consumo nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento.

• Problemas ambientais relacionados com o ar, a água, os resíduos e o ruído. • Comportamentos capazes de contribuir para evitar a degradação ambiental.

• Protocolos e Convenções internacionais no domínio do ambiente e do desenvolvimento sustentável.

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Módulo D1: Ambiente e Desenvolvimento I - Problemas Globais, Soluções Locais

• Exemplos de políticas públicas que contribuam para o desenvolvimento sustentável nos campos do ordenamento do território, dos transportes públicos, dos recursos renováveis e da energia.

5 Orientações metodológicas

As orientações metodológicas seguidamente apresentadas constituem apenas uma sugestão. 5.1. Como começar

As catástrofes ambientais que sucedem e são notícia podem ser ponto de partida para a esta abordagem Deverá aproveitar-se sempre que possível os materiais sobre os temas da actualidade que os media veiculam (notícias, imagens, mapas…). O levantamento das ideias prévias e da informação que os alunos possuem acerca do tema é sempre o melhor ponto de partida, quer o tema seja a seca, ou as inundações, ou o envenenamento de um rio ou, noutra escala, o degelo das calotes glaciares ou a destruição das florestas tropicais. Nesta primeira etapa da abordagem deverão ser discutidos e compreendidos pelos alunos os conceitos mais significativos.

5.2. Sugestões de desenvolvimento

Os alunos escolhem temas-problema e colocam questões acerca de cada um deles.

- A partir dessas questões desenvolvem uma investigação, em pares ou pequenos grupos, que lhes permita encontrar respostas satisfatórias. As perguntas devem cobrir a generalidade dos objectivos que cada grupo deve atingir no âmbito do problema que investiga.

- Cada grupo produz um dossier sobre o tema-problema que estudou e apresenta-o ao grupo-turma. - A investigação pode culminar na produção de registos para publicação em jornais escolares ou locais ou na colocação das principais conclusões na página da Internet da escola ou da turma.

5.3. Sugestões de aprofundamento

A realização de reportagens sobre temas ambientais constitui uma oportunidade de aprofundamento das competências dos alunos. O projecto de educação ambiental “Jovens Repórteres para o Ambiente” promovido pela associação Bandeira Azul da Europa constitui um incentivo e repositório de boas práticas. A consulta a este e outros sítios da internet pode ajudar a desenhar actividades e projectos. O trabalhos neste tema devem sempre finalizar em acções protagonizadas pelos alunos e que constituam demonstração de competências desenvolvidas.

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Módulo D1: Ambiente e Desenvolvimento I - Problemas Globais, Soluções Locais

6 Sugestões de avaliação

A avaliação deve incidir sobre o processo e os produtos, devendo o professor definir critérios para ambos que sejam do conhecimento de todos desde o início. Os critérios, para além de adequados ao público e ao contexto, deverão ser realistas de modo a permitir registar os níveis de desempenho dos diferentes alunos. O trabalho final deverá funcionar como evidência dos objectivos atingidos e das competências desenvolvidas. As actividades de auto e hetero-avaliação devem integrar este processo.

7 Bibliografia / Outros recursos

FERREIRA, Eugénio; RODRIGUES, Eloy (2002), Fontes de Informação em Ambiente. V. N. Famalicão: Centro Atlântico.

GARCIA, Ricardo (2004), Sobre a Terra: Um guia para quem lê e escreve sobre ambiente. Lisboa: Público

LETRIA, José Jorge (2001), A Ecologia Explicada aos Jovens… e aos Outros. Lisboa: Terramar editora.

SOROMENHO-MARQUES, Viriato (1998), O Futuro Frágil: os desafios da crise global do ambiente. Lisboa: publicações Europa-América.

Recursos na Internet disponíveis em Julho de 2005:

Sítios e portais relacionados com o ambiente e desenvolvimento sustentável.

Exemplo: Jovens Repórteres para o Ambiente – www.abae.pt; www.youngreporters.org/

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MÓDULO D2

No documento PROGRAMA DE CMA (páginas 141-145)

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