Programa de Cidadania e Mundo Actual / Sociedade C ursos de Educação e Formação
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Módulo D8: Prevenção e Riscos: Desastres e Catástrofes Ambientais
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Competências Visadas
• Explicar causas e consequências de catástrofes com origem em fenómenos atmosféricos. • Explicar causas e consequências de catástrofes com origem em fenómenos no interior da terra. • Identificar os lugares de maior ocorrência das diferentes catástrofes naturais.
• Identificar formas de mitigação para os diferentes tipos de catástrofes naturais.
• Relacionar as actividades humanas com a criação e intensificação de fenómenos naturais extremos.
• Reconhecer a importância dos serviços de protecção civil em casos de catástrofe.
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Objectivos de Aprendizagem
• Mencionar a origem das diferentes catástrofes naturais.
• Justificar a ocorrência de diferentes tipos de catástrofes naturais.
• Indicar medidas de prevenção e planeamento para diferentes catástrofes naturais. • Localizar áreas de risco de ocorrência de catástrofes.
• Dar exemplos da ocorrência de catástrofes naturais e das respectivas consequências. • Indicar o papel dos serviços de protecção civil em casos de catástrofe.
• Referir actividades humanas potenciadoras de riscos e catástrofes.
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Conteúdos
• Catástrofes Naturais: conceitos fundamentais • Áreas de risco
• Tipos de catástrofes naturais – causas, consequências e mitigação: o Sismos e vulcões
o Movimentos de terreno/ Movimentos em massa o Ciclones e situações meteorológicas extremas • Formas de prevenção de catástrofes naturais
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Módulo D8: Prevenção e Riscos: Desastres e Catástrofes Ambientais
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Orientações metodológicas
5.1. Como Começar
a) Conceitos de partida.
- Debater com os alunos o significado dos conceitos de fenómenos naturais extremos, catástrofes naturais, perigo, risco e desastre. Pode iniciar-se o debate com uma associação de ideias que termine no encontro dos conceitos.
b) Imagens e notícias de catástrofes.
- Analisar com os alunos as imagens e as notícias relativas a diferentes catástrofes ocorridas em vários lugares do mundo. Localizar num planisfério os lugares a que se refere cada imagem. - Concluir com a definição da tipologia e origem bem como de áreas de risco de várias catástrofes
naturais.
5.2. Sugestões de desenvolvimento Prevenção e riscos.
- Dividir a turma em grupos para identificação dos riscos.
- Avaliar as consequências e as formas de mitigação para diferentes catástrofes naturais.
- Cada grupo estuda um tipo de catástrofe, seguindo as etapas de um trabalho de investigação: pesquisa documental, tratamento da informação, interpretação do material recolhido e construído, apresentação das conclusões, oralmente e por escrito, à turma.
- Esta actividade pode ser complementada com uma exposição dos materiais produzidos.
5.3. Sugestões de aprofundamento
Actividades humanas e riscos de catástrofes.
- Para diversos fenómenos naturais, os alunos, em pequenos grupos, vão procurar identificar actividades humanas potenciadoras de risco. Por exemplo, a construção em leito de cheia, para as inundações, ou a actividade mineira, para os sismos.
- No final, cada grupo apresenta o relatório dos resultados, procurando referir formas de mitigar o risco inerente às situações inventariadas.
- Esta actividade pode ser complementada com o visionamento e análise de filmes documentais que explorem as causas, consequências e formas de mitigação.
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Sugestões de avaliação
A avaliação deve incidir sobre o processo e produtos devendo o professor definir critérios para ambos. Os critérios para além de adequados ao público e ao contexto deverão permitir registar os níveis de desempenho dos diferentes alunos. O trabalho final poderá revestir a forma de um portefólio ou de um relatório de evidências das tarefas realizadas e dos objectivos atingidos. As actividades de auto e hetero- avaliação devem integrar este processo.
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Bibliografia / Outros recursos
FRONTIER, Serge (2001), Os Ecossistemas. Lisboa: Instituto Piaget.
GARCIA, Ricardo (2004), Sobre a Terra – Um guia para quem lê e escreve sobre ambiente. Lisboa: Público.
GIORDAN, André; SOUCHON, Christian (1997), Uma Educação para o Ambiente. Lisboa: IIE / Instituto de Promoção Ambiental.
ROXO, Maria José (2003), Recursos e Catástrofes Naturais - Geografia-Espaços. Carnaxide: Constância Editores.
SMITH, Mark J. (2001), Manual de Ecologismo – Rumo à cidadania ecológica. Lisboa: Instituto Piaget
Recursos na Internet disponíveis em Dezembro de 2005
Alterações Climáticas – www.epa.gov
Instituto do Ambiente – www.iambiente.pt , www.qualar.org
Imagens do Globo – www.ngdc.noaa.gov
Serviço Nacional de Protecção Civil – www.snpc.pt/
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MÓDULO D 9
Duração de Referência: 15 horas
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Apresentação
As desigualdades, a pobreza e a exclusão social são problemas que sempre afectaram as sociedades mas ganharam mais visibilidade nos últimos anos. Qualquer que seja a escala de análise, encontram-se assimetrias territoriais e desigualdades económicas e sociais geradoras de pobreza e de exclusão social. Muitos governos de países pobres, em parte devido à pesada dívida externa, consideram-se impotentes para combater a pobreza e convivem com o fenómeno como se fosse inevitável ou uma fatalidade do destino. Nos países ricos, embora existam políticas de luta contra a pobreza com resultados positivos, há tendência para ocultá-la e considerar que tem uma forte componente pessoal. Em 2000, a ONU estabeleceu como primeiro objectivo da Declaração do Milénio a erradicação da pobreza extrema e da fome no planeta, pretendendo reduzir, até 2015, para metade o número de pessoas que sofrem de pobreza extrema e de fome. O ano de 2005 foi o ano da luta contra a pobreza no mundo.
A pobreza e a exclusão social são fenómenos complexos e multidimensionais que envolvem uma diversidade de factores com origens globais e locais. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) considera a pobreza como a “incapacidade de desenvolver uma vida longa, saudável e criativa e de usufruir de um nível decente de vida, com liberdade, dignidade, respeito por si próprio e pelos outros”. Este conceito está muito para lá da privação de alimentos, uma vez que incide também na falta de recursos de natureza social, cultural, política e ambiental, ficando muito próximo do conceito de exclusão social.
São muitas as tentativas de medir a pobreza através de fórmulas ou índices de complexidade variada. Referimos apenas o Índice de Pobreza Humana (IPH) do PNUD e os limiares da pobreza relativa e absoluta, sendo que o IPH considera indicadores de longevidade, de conhecimento e de níveis de vida e o limiar da pobreza relativa situa-se, geralmente, em 50% do rendimento médio ou 60% do rendimento mediano de uma determinada sociedade. Assim, inclui-se na pobreza extrema ou absoluta a população que vive com menos de um dólar por dia, estando em causa a sua sobrevivência, por privação de alimentos e água potável.