• Nenhum resultado encontrado

AVALIAÇÃO DO ACESSO AO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO

Claudiane Klos1, Maria Olga Berger de Souza1 e Marcela Pereira Oliveira2

1Discente do curso de Enfermagem do UNIFAA

2Docente do curso de Enfermagem do UNIFAA

INTRODUÇÃO

A assistência pré-natal mostra-se extremamente necessária para proteger a saúde materna e a saúde do bebê, desde feto até recém-nascido, redirecionando-o para a assistência pediátrica em seguida. Como consta no Guia de Referência Rápida

Revista Saber Digital, Edição Especial - Anais da VII SemIC, p. 1 - 450, 2019. 132

de Pré-Natal de Baixo Risco do Rio de Janeiro (2016), a equipe da unidade básica de saúde (UBS) deve oferecer ações em saúde para o público materno-infantil previamente a descoberta da gravidez. A partir desse momento, é necessário que ocorra o pré-natal, salientando o desenvolvimento saudável do bebê de forma acolhedora, que poderá ser classificado de baixo risco a alto risco.

Ambas as assistências, na Saúde Pública, tanto da mãe como da criança, devem ter como porta de entrada as UBS, ou seja, a assistência primária, que atua com promoção e prevenção da saúde da mãe e do bebê (BRASIL, 2016). Como todos os serviços realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o cuidado prestado deve ser de forma universal, igualitária e equalitária, além de longitudinal e continuado e, segundo os princípios organizativos, descentralizado, hierarquizado e com participação popular. Portanto, podemos destacar que compete ao município a responsabilidade final sobre o atendimento a gestante, proporcionando o bem-estar psicossocial da mesma. Idealmente, as consultas devem ocorrer uma vez no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro, totalizando seis consultas, no mínimo, durante o período gestacional.

Apesar da existência de políticas públicas para o acesso universal e integral da gestante ao pré-natal de baixo risco, o município de Valença se observa múltiplas portas de entrada, o que dificulta o trabalho em rede e o entendimento de baixo e alto risco, que por muitas vezes preenchem a atenção secundária com gestantes que deveriam ser atendidas na atenção primária.

OBJETIVOS

O objetivo do projeto é avaliar como se dá o acesso ao pré-natal de baixo risco pelas gestantes do município de Valença, no estado do Rio de Janeiro. através de pesquisa qualitativa feita na rede de saúde pública, cujo acesso é universal.

MATERIAL E MÉTODOS

Para atingir o objetivo da pesquisa estão sendo realizadas entrevistas com gestantes classificadas como baixo risco nos serviços de saúde de Valença (Estratégia Saúde da Família, ambulatório de Pré Natal do Hospital Escola de Valença

Revista Saber Digital, Edição Especial - Anais da VII SemIC, p. 1 - 450, 2019. 133

e Casa de Saúde da Mulher). As entrevistas são realizadas a partir de um roteiro pré estabelecido pelas autoras, as mesmas são gravadas e posteriormente

serão transcritas na íntegra. Para análise dos dados será utilizado o método de análise de conteúdo de perspectiva de Minayo (2014).

RESULTADOS PARCIAIS

Até o presente momento as entrevistas foram realizadas na Casa de Saúde da Mulher. De todas as entrevistadas, apenas uma relatou dificuldade para o agendamento da consulta de pré-natal na unidade do bairro onde reside, motivo pelo qual buscou a Casa de Saúde da Mulher.

“Aqui [na Casa de Saúde da Mulher] o atendimento é melhor, lá tem muita falta de enfermeira, às vezes o médico não vai e aqui não, aqui já é até mais rápido mesmo .” Entrevistada 1

A segurança das gestantes em relação ao primeiro local da coleta de dados (Casa de Saúde da Mulher) foi unânime, todas se sentem seguras, tem suas dúvidas sanadas, são assistidas pelo médico e consideram o atendimento “bom e efetivo”.

O gráfico abaixo ilustra as respostas das gestantes em relação às visitas domiciliares que deveriam ser prestadas pelo Agente Comunitário de Saúde. Apenas duas relataram que ocorriam, sendo que em um dos casos a visita domiciliar é realizada de maneira incorreta;

Revista Saber Digital, Edição Especial - Anais da VII SemIC, p. 1 - 450, 2019. 134

CONSIDERAÇÕES

Até o momento, é possível visualizar a necessidade de mudança na forma de acesso das gestantes ao pré-natal de baixo risco, visto que a maioria tem o primeiro contato através de serviços além da que é idealizada dentro do Sistema Único de Saúde como a porta de entrada, a Estratégia Saúde da Família.

Ademais, a maioria não tem conhecimento de que o pré-natal, quando de baixo risco, pode ser realizado por profissionais da enfermagem, que são qualificados para isso. Dessa forma, além do atendimento de qualidade, é necessário que sejam promovidas atividades educacionais para sensibilização e

conhecimento da população com relação aos serviços de saúde disponíveis no município e das atribuições dos profissionais que trabalham nos mesmos.

Palavras-chave: Acesso aos serviços de saúde, pré natal baixo risco, saúde da mulher.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ENKIN, M. et al. Guia para atenção efetiva na gravidez e no parto. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

MINAYO, M. C. Técnica em Pesquisa. In: MINAYO, M. C. S. O desafio do

conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14 ed. São Paulo: Hucitec, 2014. cap. 10, p.261.

OLIVEIRA, M. G. M. Guia do pré-natal. São Caetano do Sul, São Paulo: Yendis Editora, 2008.

SECRETARIA DA SAÚDE. Departamento de Ações em Saúde, Seção De Saúde Da Mulher. Avaliação De Risco No Pré-natal De Baixo Risco. Rio Grande do Sul: Simpósio Pré-Natal, 2009. Disponível

em <http://www1.saude.rs.gov.br/dados/1249057389245SIMPOSIO%20PN%20200 9-IN TRODUCAO.pdf>. Acesso em 14 Mar. 2019.

Revista Saber Digital, Edição Especial - Anais da VII SemIC, p. 1 - 450, 2019. 135

ACESSO DOS HOMENS AOS SERVIÇOS DAS ESTRATÉGIAS DE SAÚDE

Outline

Documentos relacionados