Rafael Pereira Guilherme¹, Júlio Cesar da Silva¹ e Rafael Barros Furtado da Silva² ¹Discente do Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos do Centro Universitário
de Valença (UNIFAA)
²Docente dos Cursos de Administração e de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos do Centro Universitário de Valença (UNIFAA)
INTRODUÇÃO
Em uma abordagem ampla, pode-se definir organização como uma unidade social ou agrupamento humano que é construída e reconstruída de forma intencional, sempre visando atingir objetivos específicos (CHIAVENATO, 2015). A partir deste conceito, identifica-se que as pessoas devem assumir um papel de destaque dentro das organizações. No entanto, nem sempre foi assim. No passado, as pessoas eram consideradas apenas parte de um processo, sendo substituídas quando não eram mais necessárias (EUNICE, 2015). Hoje, o discurso mudou. Segundo Lima e Romero (2013), o capital humano representa a personificação das instituições e, portanto, deve ser valorizado.
Para Eunice (2015), o sucesso das organizações depende das pessoas, pois são elas as responsáveis por gerenciar e comandar as empresas, executar e controlar as atividades e processos. O desafio é conciliar e integrar organização e indivíduo, pois ambos possuem objetivos a alcançar (CHIAVENATO, 2015). De acordo com o autor, para atingir seus objetivos (produção, rentabilidade etc.), as organizações recrutam e selecionam pessoas. Contudo, as pessoas que são recrutadas e selecionadas também possuem objetivos individuais que almejam alcançar e, por isso, usam as organizações como meio para consegui-los. Visando alcançar esse equilíbrio, as empresas atentam-se cada vez mais para o planejamento e condução de seus processos seletivos, dedicando máxima atenção a cada uma de suas etapas (Figura 1), buscando, como afirma Ribeiro (2012), encontrar a pessoa certa, para o cargo certo, na hora certa.
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Figura 1. Etapas do Processo Seletivo
Fonte: Elaborado pelos Autores
O processo seletivo é dividido em duas partes: recrutamento e seleção (MARRAS, 2011). A primeira visa identificar os candidatos que têm o perfil desejado pela instituição e atraí-los para a vaga em aberto. Já a segunda, é um processo de escolha, no qual será selecionado, entre os candidatos recrutados, aquele que possui características que mais se aproximam do cargo em aberto e, portanto, apresenta maior probabilidade de desempenhá-lo de forma satisfatória.
Ao planejar o recrutamento, é preciso identificar onde se deseja encontrar os candidatos, pois esta resposta direcionará o tipo de recrutamento a ser escolhido: externo (candidatos estão fora da organização), interno (candidatos estão na própria empresa) ou misto (envolve as duas modalidades). A escolha correta do tipo de recrutamento refletirá no sucesso ou fracasso do processo seletivo, conforme explicita Chiavenato (2015).
Diante da importância de se planejar cada etapa do processo seletivo, este estudo foca na etapa de planejamento do recrutamento, mais especificamente, na escolha do tipo de recrutamento, buscando identificar as vantagens e desvantagens inerentes a cada modalidade.
MATERIAIS E MÉTODOS
Quanto aos procedimentos, esta pesquisa é classificada como
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2006, p. 266) “busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas”. Para coleta dos dados, criou-se um instrumento auxiliar contendo as seguintes partes: título da obra, autor(s), data de publicação e vantagens e desvantagens citadas pelo autor(s) para cada tipo de recrutamento. Os resultados foram apresentados em um quadro comparativo, de forma a facilitar a compreensão e visualização.
RESULTADOS
A partir de diferentes literaturas, construiu-se o quadro 1, o qual apresenta as diversas vantagens e desvantagens de cada tipo de recrutamento.
Quadro 1. Tipos de Recrutamento – Vantagens e Desvantagens
Fonte: Elaborado pelos autores a partir do levantamento bibliográfico
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As pessoas, atualmente, ocupam um lugar de destaque dentro das organizações, pois representam uma importante vantagem competitiva. Saber recrutar e selecionar os candidatos adequados é uma das tarefas mais delicadas da área de gestão de pessoas, já que um erro pode significar perda de
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tempo e de recursos financeiros. Por esta razão, as empresas têm dedicado atenção especial aos seus processos seletivos, sempre visando à eficiência e à eficácia.
Durante o planejamento do recrutamento, é importante definir o tipo de recrutamento que será adotado, visto que esta escolha garantirá encontrar o candidato ideal para ocupar a vaga em aberto. É importante que o profissional envolvido no processo seletivo conheça as vantagens e desvantagens dos tipos de recrutamento existente, o que contribuirá para aumentar a assertividade do processo. Entretanto, é preciso que se considere as particularidades de cada cenário, pois não existe uma modalidade de recrutamento melhor do que a outra, mas sim um tipo que melhor se adequa a cada situação.
Palavras-chave: Gestão de pessoas, organizações, recursos humanos, tipos de recrutamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Revista de Odontologia
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CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. 10 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
EUNICE, M. A importância das pessoas na organização. RH Portal, 2015. Disponível em: https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/importncia-das- pessoas-na organizao/. Acesso em: 16 mar. 2019.
LIMA, M. R.; ROMERO, L. M. Reflexões sobre a importância das pessoas nas organizações. Revista Organização Sistêmica, v. 4, n. 2, p. 5-20, 2013. Disponível em:
https://www.uninter.com/revistaorganizacaosistemica/index.php/organizacaoSist emi ca/article/view/243. Acesso em: 22 mar. 2019.
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MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 14 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
Ribeiro, A. L. Gestão de Pessoas. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.