Marcio Bruno de A. V. Rosa¹, Júlio Cesar da Silva¹ e Anne Jeferson Corrêa da Silva² ¹Discente do Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos do Centro Universitário
de Valença (UNIFAA)
²Docente dos Cursos de Administração e de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos do Centro Universitário de Valença (UNIFAA)
INTRODUÇÃO
De acordo com Testas e Moreira (2014, p. 142), empreendedorismo é: [...] qualquer tentativa de constituição de um novo negócio, de um emprego próprio, de
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uma nova organização empresarial ou o desenvolvimento de um negócio já estabelecido, por parte de um indivíduo, de um grupo ou de negócios já constituídos.
Discorrendo sobre o assunto, Mello e Rocha (2018), citam
algumas características empreendedoras, tais como o estabelecimento de metas, busca por oportunidades e informações, planejamento, formação de redes de contatos, comprometimento com o projeto, persistência, autoconfiança, correr riscos calculados, dentre outras. Essas características são fundamentais para alcançar o sucesso em um empreendimento.
Indivíduos empreendedores, autônomos, detentores de
competências múltiplas, que saibam trabalhar em equipe, com capacidade de aprender e adaptar se a situações novas e complexas, capazes de enfrentarem novos desafios e promoverem transformações são cada vez mais reivindicados pela sociedade contemporânea, por isso, delegou-se uma posição estratégica à educação empreendedora no cenário brasileiro (OLIVEIRA et al., 2016). Essa educação tem como objetivo “desenvolver pessoas para o empoderamento, atitudes e mentalidades empreendedoras, para que possam encontrar soluções para os mais diversos problemas” (SEBRAE, 2017).
Todavia, a educação empreendedora não deve ocorrer como nas demais disciplinas, apenas com a simples transmissão de conhecimento. Ela deve focar no desenvolvimento do conhecimento, no conceito em si e na aquisição de
Know-How, para que os alunos estruturem contextos e compreendam as várias
etapas de sua evolução (HENRIQUE; CUNHA, 2008).
A utilização frequente de recursos audiovisuais no processo ensino aprendizagem possibilita o emprego de filmes como recurso pedagógico para o ensino do empreendedorismo. O uso de filmes em sala de aula pode contribuir para que a educação empreendedora seja eficaz, pois para Rocha e Freitas (2014, p. 470), a sétima arte possibilita “Desenvolver a habilidade do pensamento crítico e analítico, associando o contexto assistido com o conhecimento teórico. Estimular a discussão em grupo e o debate de ideias”.
Diante da necessidade de romper com o modelo tradicional de ensino para que a educação empreendedora seja efetiva, este estudo teve como objetivo identificar e recomendar possíveis filmes que possam ser utilizados em disciplinas e cursos voltados especificamente para o ensino do empreendedorismo.
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MATERIAIS E MÉTODOS
Quanto à natureza, esta pesquisa classifica-se como descritiva; quanto aos procedimentos, como pesquisa documental e quanto à abordagem, como pesquisa qualitativa. Inicialmente, realizou-se uma busca na internet utilizando o termo “filmes para ensino do empreendedorismo”. Após, procedeu-se à leitura das sinopses. O próximo passo foi assistir a cada produção, extraindo as lições de empreendedorismo. Por último, criou-se um quadro dividido em duas partes: título do filme e lições de empreendedorismo.
RESULTADOS
O quadro 1 apresenta alguns filmes identificados e analisados, os quais podem contribuir para que a educação empreendedora não seja realizada apenas com base em métodos tradicionais, mas com a utilização de diferentes recursos que possibilitem explorar as diversas possibilidades existentes.
Quadro 1. Filmes para o ensino do empreendedorismo
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização de filmes para o ensino do empreendedorismo deve ser uma prática presente nos cursos e disciplinas que abordam o tema, pois, conforme aponta Bernardet (2012), o cinema transmite a impressão de que a própria vida é vista através da tela. Essa característica possibilita contextualizar o conteúdo, experimentar vivências que se aproximam da realidade, despertar a criatividade e o interesse, além de estimular o debate e o pensamento crítico. Os títulos apresentadas neste estudo não esgotam as possibilidades existentes, pelo contrário, constituem ponto de partida para a descoberta de novas produções que abordem a temática empreendedora. No entanto, para que o uso da sétima arte em classe seja eficaz, cabe aos docentes planejar as aulas, definir seus objetivos, selecionar os filmes que abordem o tema, assisti-los previamente, identificar os aspectos que deverão ser analisados pelos alunos e, principalmente, estimular o debate após a sessão, aproximando arte e realidade.
Palavras-chave: Educação empreendedora, empreendedorismo, ensino, recursos audiovisuais, sétima arte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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