Ana Lúcia Gonçalves dos Santos1, Fabíola Pacheco Rosa1 e Rachel Brinco de
Souza2
1Acadêmica de Enfermagem. Curso de Enfermagem UNIFAA.
2Doutoranda IMS-UERJ. Enfermeira. Mestre do Curso de Enfermagem UNIFAA. Orientadora.
INTRODUÇÃO
A tuberculose pulmonar (TB) é uma doença infectocontagiosa, causada pelo M. tuberculosis e transmitida por via aérea, de uma pessoa com TB pulmonar ou laríngea, que elimina bacilos no ambiente, a outra pessoa, por exalação de aerossóis oriundos da tosse, fala ou espirro (BRASIL, 2018). Associada a determinantes sociais, a tuberculose caracteriza-se como um problema de saúde pública, enfrentado pelo sistema de saúde brasileiro. No Sistema Único de Saúde, a Atenção Básica, em particular a Estratégia de Saúde da Família, é a grande porta de entrada para a população e para a pessoa com TB. É importante estabelecer integração entre a Atenção Básica e o programa de TB local e, no sentido de minimizar as dificuldades e ampliar o acesso de um sintomático respiratório ou da pessoa com tuberculose ativa aos cuidados relacionados à Tuberculose. (BRASIL, 2018). Sendo assim, é fundamental que sejam garantidas ações e serviços para o controle da tuberculose, que estejam inseridos no trabalho das equipes de APS. Por ser o enfermeiro uma peça muito importante entre os membros da equipe de saúde, por fundamentar os cuidados e gerenciar as ações de controle da tuberculose. Ele deve promover a qualidade de vida das pessoas, saber considerar os aspectos emocionais e psicológicos dos envolvidos, saber ouvir, ser empático e ter um olhar holístico. E é nesse cenário, num território de atuação específico, que o enfermeiro atua da prevenção ao controle da doença, buscando por sintomáticos respiratórios, pela quebra da cadeia de transmissão e pelo diagnóstico precoce.
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OBJETIVO
Compreender as ações e serviços do Programa de Controle de Tuberculose pulmonar realizada pelos enfermeiros das equipes de Estratégia de Saúde da Família em um município do interior do Rio de Janeiro.
MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório. A pesquisa qualitativa em saúde responde a questões muito particulares, ela trabalha com o universo de significados, motivações, opiniões, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser captáveis em equações ou estatísticas. Esse tipo de método além de permitir desvelar o processo social propicia a revisão e construção de novos conceitos e categorias (MINAYO, 2014). Os participantes deste estudo serão enfermeiros que se encontram atuantes nas unidades de Estratégia de Saúde da Família de um Município do estado do RJ. Como critérios de inclusão dos participantes: serão selecionados enfermeiros que dispuserem de um tempo de serviço superior a seis meses na equipe de ESF. E de exclusão os enfermeiros com menos de 6 meses de atuação na equipe, e os que se apresentarem de férias, licença médica ou maternidade. Os dados serão coletados por meio de entrevista individual semiestruturada contendo questões fechadas, que possibilitarão o levantamento de dados necessários para a caracterização desses sujeitos e questões abertas que estimularão os sujeitos a expressarem suas percepções e vivencias frente a atenção primaria em saúde. A coleta será realizada na própria unidade da rede de atenção primária a saúde. O município em questão foi elencado por ser o município de residência de um dos pesquisadores. As entrevistas serão realizadas no período de julho de 2019 a setembro de 2019 com prévio agendamento, de forma a garantir a disponibilidade dos participantes. Cabe ressaltar que as entrevistas serão gravadas, somente para a transcrição das informações e mediante autorização. Após transcrição as gravações serão apagadas. Como risco para a pesquisa tem-se o eventual constrangimento nas entrevistas (gravação). Os entrevistados serão informados da natureza do estudo e, concordando com os termos propostos, assinarão o TCLE em respeito às questões éticas em pesquisa com humanos e seguindo o protocolo exigido
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pela resolução n. 466/12 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP. Será garantido o anonimato dos participantes da pesquisa, assim como o direito de desistir do estudo quando considerassem necessário. Os participantes da pesquisa serão identificados, pela a letra E de enfermeiro, seguida pelo número ordinal destinado a cada participante conforme forem sendo entrevistadas (E1, E2. E3... E16). Os dados coletados serão analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. O método análise de conteúdo parte de uma leitura de primeiro plano das falas, para atingir um nível mais profundo, relacionando estruturas semânticas (significantes) com estruturas sociológicas (significados) dos enunciados, bem como, articular estes enunciados com os fatores que determinam suas características, sejam elas, variáveis psicossociais, contexto cultural e outras (MINAYO, 2010). Dessa forma, será realizado após as entrevistas leitura e releitura de todas as entrevistas transcritas, para assimilação do conteúdo do material e sua relação com os pressupostos teóricos e objetivos deste estudo. E assim percorreremos os passos da modalidade temática: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados /inferência/ interpretação (MINAYO, 2010).
RESULTADOS
Projeto se encontra em fase inciial de trabalho de campo. CONTRIBUIÇÕES
Acredita-se, como contribuição, que este estudo emita reflexões sobre as ações de vigilância em saúde nos territórios das equipes de estratégia de saúde da família estudadas, e sobre as ações e serviços de enfermagem realizados pelos enfermeiros, buscando consequentemente servir como fonte de estudo e reflexão e garantir qualidade de vida.
Palavras-chave: Enfermeiro, Estratégia de Saúde da Família, Programa Nacional de Controle da Tuberculose, tuberculose pulmonar.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Diário Oficial da União, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (organizadora). Pesquisa social: teoria, métodos e criatividade. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. Ed. São Paulo: HUCITEC; Rio de Janeiro: ABRASCO. 2010.
Acadêmica de Enfermagem. Curso de Enfermagem UNIFAA. E-mail:
2Acadêmica de Enfermagem. Curso de Enfermagem UNIFAA. E-mail:
3Doutoranda IMS-UERJ. Enfermeira. Mestre do Curso de Enfermagem UNIFAA.
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EXPERIMENTANDO A HOSPITALIZAÇÃO SOB A ÓTICA DA RELAÇÃO