• Nenhum resultado encontrado

A campanha do Armagedon O nome Armagedom é um dos nomes que são conhecidos, mesmo por aqueles

No documento Apocalipse - Estudo versículo a versículo (páginas 110-112)

2 – As sete taças são derramadas

Anexo 8 A campanha do Armagedon O nome Armagedom é um dos nomes que são conhecidos, mesmo por aqueles

que nunca leram o livro de Apocalipse, ou mesmo a Bíblia. Algumas idéias errôneas obviamente são associadas ao nome Armagedom. Duas idéias comuns, e que não correspondem ao que e dito na Palavra, são a de que Armagedom seja uma batalha ou um conflito que só ocorra no lugar com esse nome. Um estudo mais profundo mostrará que não será apenas uma batalha, mas sim um conflito muito mais extenso. A idéia de que será apenas uma batalha vem de interpretações que traduzem a palavra que no original é polemon por batalha. A melhor interpretação para essa palavra seria conflito, dando a idéia de algo que tem uma maior extensão de tempo. Além disso, este conflito não acontecerá apenas no lugar chamado Armagedom, mas será uma guerra que envolverá muitos lugares. Mesmo o termo Campanha do Armagedom não é preciso portanto. Armagedom é apenas um lugar onde tropas do Anticristo serão reunidas, mas o conflito será mais generalizado.

Sobre a campanha do Armagedom, para entender sua motivação devemos voltar ao profético Salmo 2 que fala sobre essa rebelião dos homens contra a vinda do Reino de Cristo. Alguns trechos desse salmo:

• “Por que se amotinam os gentios?” versículo 1

• “Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido” versículo 2

• “dizendo: Rompamos de sobre nós seus laços” versículo 3

• “Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro” versículo 4

Como podemos ver por esse salmo, os poderosos da Terra procuraram se manter pelas suas próprias forças e contra o governo do Messias. Enganados por Satanás eles se ajuntarão e levantarão contra a vinda do Reino de Cristo. Porém a resistência será esmagada e Jesus voltará triunfante para reinar no Reino Milenar.

Com o derramamento da sexta taça, se inicia o processo que levará até o desfecho da história. Primeiramente, as águas do Eufrates são secas. Isso denota que o caminho até o confronto final entre as forças do Anticristo e as forças da parte de Deus será aberto. Espíritos imundos entrarão nos governantes para que seu coração se endureça em levar esse conflito adiante (16.14). Esse reis inclusive aqueles que forma os dez reis que estão com o Anticristo (17.12-14) serão levados a congregar suas forças, com o foco em um

lugar que é chamado de Armagedom. Liderados pelo Anticristo os reis se reunirão para fazer guerra ao restante do povo de Deus, principalmente contra o povo de Israel, que até então está protegido em lugar seguro, e contra a vinda do Reino de Cristo (19.19).

Alguns textos do AT falam a respeito desse ajuntamento de povos. Um deles é Joel, capítulo 3. Este texto mostra que todas nações serão congregadas no vale de Josafá por causa do que fizeram contra Israel. Josafá significa “Jeová tem julgado”, mostrando o caráter de julgamento desse momento. Este texto mostra que esse julgamento será prenúncio da vinda do Grande Dia do Senhor, que como vimos envolve a segunda Vinda de Cristo.

O nome Armagedom, vem do hebraico e é a junção de duas palavras

הָר

(har) que significa montanha e

מְגִדּּון

(Megido), significando Montanha do Megido. Megido é um nome de uma localidade na região de onde foi a Galiléia. Era um lugar estratégico próximo a Nazaré, e próximo ao Jordão e ao Mar Mediterrâneo. Ali, Baraque e Débora derrotaram os cananeus (Jz 4 e 5), Saul foi derrotado pelos filisteus (1 Sm 31), Acazias foi morto por Jeú (2 Re 9.27) e Josias foi derrotado pelo Faraó Neco (2 Re 23.29).

Não temos como afirmar com certeza se essas localidades, Armagedom, Vale de Josafá são lugares específicos na Palestina. Nossa visão é que se tratam de localidades na Terra Santa, entretanto. Da mesma forma não podemos afirmar categoricamente como será cada passo na campanha do Armagedom. Existem vários textos que parecem falar sobre esse momento, e a dificuldade reside em se saber se este trecho está tratando de um evento histórico de forma literal. O texto bíblico indica que os governantes da Terra se reunirão sobre o comando do Anticristo para lançar uma ofensiva sobre a terra de Israel, mas serão derrotados pela Segunda Vinda de Cristo, como o Messias prometido de Israel. As forças militares envolvidas e a forma das batalhas é algo que não poderíamos falar sem entrar no campo das especulações. Não pretendemos fazer isso aqui. A título de ilustração, porém, colocamos aqui uma seqüência de eventos conforme o teólogo Fruchtenbaum sugere em seu livro “The Footsteps of Messiah” :

• Os aliados do Anticristo se juntam no Armagedom (16.12-16 e Jl 3.9-11).

• Babilônia, a cidade reconstruída, se torna a capital do Reino do Anticristo, mas é destruída enquanto este está envolvido na campanha do Armagedom (Is 13 e 14, Jr 50 e 51, 15.8, 17.18)

• O Anticristo ouve que Babilônia foi destruída e se move para terminar a invasão de Jerusalém (Zc 12.1-3, Zc 14.1-9, Mq 4.11-5.1).

• Os judeus fazem resistência, mas a cidade cai (Zc 14.2).

• Os judeus restantes fogem para as montanhas (Mt 24.15) e então para o deserto de onde foi Bozra (Mq 2.12).

• Os judeus se convertem e reconhecem seus pecados (Lv 26.40-42, Jr 3.11-18, Os 5.15) e clamam pela volta de Cristo (Sl 79.1-13, Is 64.1-12, Os 6.1-3, Mt 23.39).

• Cristo volta para onde os remanescentes judeus estão (Is 34.1-7, Is 63.1-6, Mq 2.12-13, 19.11-18).

• Cristo luta contra as forças do Anticristo que tentarão destruir os judeus até o Vale de Josafá. O Anticristo é derrotado (Jl 3.12-13, 2 Ts 2.8, Zc 14.12-15, 14.19-20, 19.20).

• Cristo desce vitorioso no Monte das Oliveiras (Mt 24.29, 16.17-21).

Como podemos ver pela seqüência acima, Fruchtenbaum é um intérprete dispensacionalista dos mais literais. Não cremos entretanto ser possível se afirmar categoricamente uma seqüência de eventos como a acima. No entanto, não acreditamos ser possível descartá-la também.

para que se preparasse o caminho dos reis do oriente – O Eufrates representa

uma barreira para aqueles que venham do Oriente para a Palestina. Assim, o caminho dos povos que vierem do Oriente será livre.

Versículo 13 - E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta

No documento Apocalipse - Estudo versículo a versículo (páginas 110-112)