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Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais.

No documento Apocalipse - Estudo versículo a versículo (páginas 65-69)

e vi uma estrela que do céu caiu na terra – Anjos são descritos em outros

Versículo 12 Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais.

Referência a 8.13. Embora o primeiro aí, a quinta trombeta, tenha sido terrível, os dois próximos aís serão ainda piores.

Versículo 13 – O sexto anjo tocou a trombeta, e ouvi uma voz procedente dos quatro ângulos do altar de ouro que se encontra na presença de Deus,

O sexto anjo tocou a trombeta – O sexto, dos sete anjos aos quais foram dadas

as trombetas (8.2). Quando ele soa a trombeta vem o segundo aí (8.13).

e ouvi uma voz procedente dos quatro ângulos do altar de ouro – A voz vem

do altar de ouro, no qual anteriormente as orações foram oferecidas a Deus (8.3). É interessante se observar que venha uma ordem de julgamento deste altar, uma vez que no AT o altar era um lugar de refúgio (1 Re 1.50-51). Deus é misericordioso, porém também justo e seus julgamentos agora revelam sua justiça.

Versículo 14 – dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a trombeta: Solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande Rio Eufrates.

dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a trombeta: Solta os quatro anjos –

Não é dito quando estes anjos foram presos ou de que forma serão soltos. Estão nessa condição pela vontade de Deus e o anjo da sexta trombeta é o instrumento de Deus para levar adiante esse julgamento.

os quatro anjos – Quatro anjos que estão preparados por Deus especialmente

para esse momento. Embora o número quatro seja simbólico de uma ação global, não há por que não considerá-lo literal. Apenas um anjo destruiu 185.000 assírios em uma só noite (2 Re 19.35).

que se encontram atados – Provavelmente isto é um indicativo de que se tratam

de demônios, pois os anjos de Deus não são descritos em nenhum outro lugar como estando atados, presos; uma vez que não precisam de restrição para fazer a vontade de Deus, ao contrário dos demônios que a Bíblia diz estarem guardados para o dia do juízo (2 Pe 2.4, Jd 6).

junto ao grande Rio Eufrates – A referência aqui ao Eufrates não é sem

propósito obviamente. O Eufrates foi um rio de grande importância na história do povo de Deus. Primeiramente, foi na região do Eufrates que o pecado veio ao mundo (Gn 2.14), assim como o primeiro assassinato. Futuramente o ímpio Ninrode, o primeiro a estabelecer um reino segundo a Bíblia fundou seu reino na proximidade do Eufrates (Gn 10.8-12) e neste mesmo lugar foi erigida a torre de Babel (Gn 11.1-2). O Reino de Israel

no seu máximo esplendor chegou a exercer sua influência até o Eufrates (2 Cr 9.26). O Eufrates era um rio no centro dos três impérios que oprimiram Israel: a Assíria, a Babilônia e a Média-Pérsia. Futuramente, virão sobre Israel através dos Eufrates as forças que se juntarão para a batalha do Armagedom (16.12-16). O Eufrates é a fronteira leste do Reino de Israel como Deus o pensou (Gn 15.18) e por isso o julgamento é associado a este rio.

Versículo 15 – Foram, então, soltos os quatro anjos que se achavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano, para que se matassem a terça parte dos homens.

que se achavam preparados – Por Deus (Jd 6, 2 Pe 2.4).

para a hora, o dia, o mês e o ano – O tempo exato de Deus, e que só este

conhece (Mc 13.32, At 1.7).

para que se matassem a terça parte dos homens – Através destes anjos e dos

exércitos que eles lideram. A morte virá pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre. Esta trombeta segue o padrão demonstrado anteriormente, de destruição de um terço daquilo que é atingido (8.7, 9,10 e 12). Sendo que um terço da população da terra é morta, e diante dos julgamentos anteriores: fomes, guerras, destruição da quarta parte da terra; temos que menos da metade da população que havia sobre a Terra permanecerá viva depois desta trombeta. Como disse Jesus: “Não fossem aqueles dias abreviados, ninguém seria salvo.” (Mt 24.22)

Versículo 16 – O número de cavaleiros que compunham o exército era de duzentos milhões, eu ouvi o seu número.

duzentos milhões – Um número que denota uma quantidade imensa, quase

incontável. Alguns intérpretes consideram que esta seja uma referência a uma armada humana, mas o mais correto é que sejam demônios. Primeiro, por serem liderados pelos quatro anjos presos no Eufrates. Além disso uma mobilização de uma armada como esta num lugar especifico seria muito complicada. No auge da Segunda Guerra Mundial todas as forças, tanto do Eixo quanto dos Aliados era menos de 70 milhões de pessoas.

eu ouvi o seu número – João obviamente não poderia contar esse número, mas

foi lhe dito, para mostrar quão incontáveis eram.

Versículo 17 – Assim, nesta visão, contemplei que os cavalos e os seus cavaleiros tinham couraças cor de fogo, de jacinto e de enxofre. A cabeça dos cavalos era como cabeça de leão, e da sua boca saia fogo, fumaça e enxofre.

os cavalos e os seus cavaleiros – O fato de João não usar similitudes aqui,

mostra que provavelmente cavalos e cavaleiros estão envolvidos realmente. Porém estes não são cavalos normais, pois a descrição seguinte mostra isto. Provavelmente são parte da forma adotada pelos demônios, que compõe este exército que João descreve aqui, de se apresentarem.

tinham couraças cor de fogo, de jacinto e de enxofre – Trecho de difícil

tradução. As palavras traduzidas por fogo, jacinto e enxofre aqui, não são encontradas em nenhuma outra parte do NT e as palavras usadas na segunda parte do versículo são outras.

A cabeça dos cavalos era como cabeça de leão – Provavelmente para

descrever sua ferocidade, pois João os descreve como cavalos.

e da sua boca saia fogo, fumaça e enxofre – Semelhantemente ao que é

olhos esta descrição, temos aqui uma horde demoníaca e isto mostra que João não está escrevendo simbolicamente.

Versículo 18 – Por meio destes três flagelos, a saber, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre que saíam de sua boca, foi morta a terça parte dos homens;

Uma destruição terrível. Somente para se livrar destes corpos, um trabalho imenso seria necessário.

Versículo 19 – pois a força dos cavalos estava na sua boca e na sua cauda, porquanto a sua cauda se parecia com serpentes, e tinha cabeça, e com ela causavam dano.

Mostra a força, e como este exército será poderoso, para levar adiante seu objetivo. Alguns intérpretes vêem nessa descrição armamentos modernos, que João não poderia compreender (ou mesmo nós, caso fossem ainda mais do futuro), mas o mais provável, novamente, é que se tratem de demônios.

Versículo 20 – Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar;

não se arrependeram – Um fato, até certo ponto, surpreendente a primeira

vista. Como podem estes homens diante de tudo que viram, e da pregação da palavra de Deus por seus servos escolhidos e selados; ainda não se arrependerem. O fato é que como Faraó, por mais que o julgamento se intensifique, isto só leva ao endurecimento do coração destes. É como diz Provérbios: “Ainda que pises o insensato com mão de gral, entre grãos pilados de cevada, não se vai dela sua estultícia” (Pv 27.22). Estes homens não serão capazes de reconhecer a soberania de Deus e se arrependerem. Isto mostra o contrário do que muitas vezes é dito, que os homens não se arrependem por falta de demonstrações da presença de Deus. O fato, porém, é que todas as evidências, principalmente a criação, testemunham o poder de Deus (Rm 1.19-20). Assim, mesmo diante de fatos que não podem vir de outro lugar senão de Deus, estes homens ainda não se voltarão para o Pai.

das obras das suas mãos – Sua maldade e rebeldia a Deus, servindo a criatura

no lugar do Criador (Rm 1.25).

deixando de adorar os demônios – Como o livro mostrará a seguir; e como

acontece em nossos dias, com religiões que servem a Satanás.

e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau – Não apenas como

nos cultos pagãos antigos, mais também envolvendo aquilo que o homem faz com suas mãos e coloca no lugar de Deus, como a tecnologia muitas vezes, no seu lado negativo.

que nem podem ver, nem ouvir, nem andar – Ao contrário do Deus vivo, que

é sobre todos.

Versículo 21 – nem ainda se arrependeram de seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem de sua prostituição, nem dos seus furtos.

Continuaram em sua vida de pecado. Aqueles que negam-se a reconhecer a soberania de Deus são entregues a uma vida de destruição e maldade. Mesmo diante de tudo que já sofreram estes homens continuarão em rebeldia e vivendo como antes ou ainda de forma pior. Quanto a estes pecados descritos temos de ter em mente que não

são apenas restritos a concepções que muitas vezes temos. Assim, feitiçaria envolve por exemplo muitos rituais que existem hoje em dia, nos quais sob efeitos de drogas, pessoas tem “experiências” alucinógenas, que muitas vezes nada mais são que experiências demoníacas. Prostituição também envolve muito do que temos visto em nossos dias, numa sociedade marcada por um espírito cada vez mais por um “amor livre” e sem compromisso, que nada mais é que prostituição, pois vai contra o casamento que é a forma de relacionamento estabelecida por Deus. Furtos também é algo mais amplo, envolvendo todo o tipo de atividade que procura obter vantagem pessoal sobre prejuízo alheio, algo tão comum quando a corrupção parece se tornar regra e não exceção, e o único erro é ser pego.

4 – Estudos de Apocalipse: Capítulo 10 – Os anjos e os

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