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Concelho de Castelo Branco: caraterização geral do concelho e respetivas freguesias

O concelho de Castelo Branco é constituído por 25 freguesias: Alcains, Almaceda, Benquerenças, Caféde, Castelo Branco, Cebolais de Cima, Escalos de Baixo, Escalos de Cima, Freixial do Campo, Juncal do Campo, Lardosa, Louriçal do Campo, Lousa, Malpica do Tejo, Mata, Monforte da Beira, Ninho do Açor, Póvoa de Rio de Moinhos, Retaxo, Salgueiro do Campo, Santo André Tojeiras, São Vicente da Beira, Sarzedas, Sobral do Campo e Tinalhas. A Figura 5.2 permite observar, com maior detalhe a sua distribuição geográfica pelo concelho de Castelo Branco:

Figura 5.2: Freguesias do concelho de Castelo Branco

De entre todas estas freguesias, podem ser referenciadas três diferentes realidades. A freguesia de Castelo Branco é aquela que se apresenta com um perfil que se pode designar de predominantemente urbana, as freguesias de Alcains e de Cebolais de Cima com um perfil medianamente urbano, sendo as restantes 22 freguesias com um perfil, predominantemente, rural.

A concessão do foral a Castelo Branco remonta ao século XIII onde a Ordem dos Templários tem uma função principal na administração do território envolvente. Posteriormente, pela extinção da Ordem dos Templários passa a ser a Ordem de Cristo que fica com a jurisdição da região envolvente à então vila de Castelo Branco. Por esta região, passou também uma forte

Episcopal. Posteriormente, em 1771 é concedido novo foral e Castelo Branco é elevada a cidade por D. José, sendo também criada pelo Papa Clemente XIV a respetiva diocese (Leite, 1991).

Castelo Branco, na sua qualidade de sede de concelho e de distrito, congrega por essa última razão alguns dos principais serviços públicos da região. É também sede da Associação Empresarial da Região de Castelo Branco (NerCAB), da Associação Comercial e Industrial de Castelo Branco (ACICB), a Associação de produtores de Azeite da Beira Interior, AFLOBEI - Associação Produtores Florestais da Beira Interior, da ADRACES – Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro e de outras Associações culturais da qual se destaca a Associação Amato Lusitano. Esta última associação assume o nome de um cidadão notável de Castelo Branco pelo facto de no século XVI ter sido considerado como uma referência na área da medicina no espaço europeu. Destaca-se ainda o Museu Tavares Proença Júnior onde, para além de um espólio arqueológico e de várias peças de arte contemporânea, acolhe uma Oficina-Escola de bordados regionais (colchas e painéis), onde se destaca o famoso «Bordado de Castelo Branco», apreciado mundialmente. Mais recentemente, foi criado o Museu Cargaleiro onde se podem apreciar obras deste artista tão conceituado. Outros espaços nobres da cidade reportam-se ao Jardim Municipal – Parque da Cidade e ao Jardim do Paço Episcopal, este último considerado como um dos mais importantes jardins barrocos onde se destaca a sua vasta estatuária que inclui todos os reis de Portugal, para além de várias figuras mitológicas e religiosas. No alto da colina podem também apreciar-se as muralhas do castelo de onde se pode vislumbrar toda a região que circunda a cidade. Mais recentemente, a através da iniciativa «POLIS» muitos edifícios e espaços foram requalificados, podendo-se destacar a nova Biblioteca Municipal, o Cybercentro e um todo um conjunto de outros equipamentos de cultura e de lazer (ex: «Docas Secas») que trouxeram uma nova configuração e animação na zona central da cidade através de várias iniciativas que aí têm sido realizadas (ex: Feiras Gastronómicas, Concertos musicais, Dana, Folclore, Desporto).

Para os cidadãos mais idosos (50 e mais anos) foi criada a USALBI (Universidade Sénior de Castelo Branco) que conta com aproximadamente 550 alunos que se distribuem por duas áreas formativas: Aulas e Ateliers. As Aulas incluem as seguintes temáticas: Ambiente, Cidadania, Cuidados Alimentares, Cuidados de Saúde Primários, Ginástica (hidroginástica e ginástica de manutenção), Higiene e Segurança no Trabalho, História, Horticultura (Quinta Biológica), Informática, Jornalismo, Línguas Estrangeiras (Inglês e Francês), Literatura, Natação e

Português. Os Ateliers incluem: Artes Decorativas, Canto Coral, Culinária, Dança, Leitura/Escrita, Modelagem (Cerâmica), Puntura e Teatro. É importante referir que todas estas atividades são assumidas pelos respetivos responsáveis em regime de voluntariado. No âmbito educativo, para além de diversos Agrupamentos que incluem escolas desde a Educação pré- Escolar até ao Ensino Secundário, é importante referir a presença do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) que inclui as seguintes unidades orgânicas: Escola Superior Agrária, Escola Superior de Artes Aplicadas, Escola Superior Dr António Lopes Dias, Escola Superior de Educação, Escola Superior de Gestão (a funcionar em Idanha a Nova) e a Escola Superior de Tecnologia. O IPCB conta com cerca de 5000 alunos e é reconhecido como um importante Pólo de desenvolvimento regional não apenas ao nível académico e ao apoio científico (ex: laboratórios, estudos,) como ao nível económico devido  dinmica que os estudantes do ensino superior vindos de outros pontos do país imprimem nas diferentes vertentes económicas da cidade e da região (Idanha-a-Nova).

Tal como em todas as regiões do país há uma variedade de pratos regionais que, em cada freguesia, existe uma certa particularidade, que confere um paladar muito próprio a esses respetivos pratos. De um modo geral, a alimentação mais tradicional, recorre à produção local onde têm lugar um conjunto de iguarias relacionadas com a «matação/matança» do porco, pelo cabrito, pela miga de peixe, pelos pratos de caça, por uma diversidade de enchidos e pelo famoso queijo (de ovelha, de cabra ou de mistura de ambos os leites).

Em termos de artesanato pode afirmar-se que os bordados de Castelo Branco, a tecelagem (mantas e tapetes), as rendas, as colchas de linho, as mantas de trapos, alguns trabalhos em cortiça e os trabalhos em cantaria (onde se destaca Alcains com o Museu do Pedreiro), constituem os principais artefactos e produções.

CAPÍTULO VI

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