PARTE II – ESTUDO EMPÍRICO
AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES
8.2.32. Demonstração dos Resultados Extraordinários
Quadro n.º11
FONTE: Extraído dos documentos de prestação de contas da CME do ano de 2010.
Movimentos Matérias-primas, Subsidiárias e de Consumo Existências Iniciais 277.159,54 +Compras 341.634,14 -Regularização de Existências (1.188,02) -Existências Finais 266.748,96 Custos no Exercício 350.856,70 Código das Contas
Custos e Perdas Exercício 2010
Código das Contas
Proveitos e Ganhos Exercício 2010
681 Juros Suportados 233.516,48 781 Juros Obtidos 22.067,15
688 Outros Custos e Perdas Financeiras 3.229,88 783 Rendimentos de Imóveis 458.883,68
Resultados Financeiros 250.447,97 784 Rendimentos de Participações de
Capital 2.520,33
788 Outros Proveitos e Ganhos Financeiros 3.723,17
487.194,33 487.194,33
Demonstração dos Resultados Financeiros
TOTAL TOTAL
Código das Contas
Custos e Perdas Exercício 2010
Código das Contas
Proveitos e Ganhos Exercício 2010
691 Transferências Capital Concedidas 731.523,31 793 Ganhos em existências 433,36
693 Perdas em existências 102,95 794 Ganhos em Imobilizações 276.114,76
694 Perdas em Imobilizações 3.197,60 795 Benefícios e Penalidades Contratuais 180.735,36
697 Correcções relativas a anos anteriores 95.781,87 797 Correcções relativas a exercícios anteriores 67.971,47
698 Outros Custos e Perdas Extraordinários 10.910,95 798 Outros proveitos e ganhos extraordinários 285.559,65
Resultados Extraordinários 30.702,08
841.516,68 841.516,68
TOTAL TOTAL
Quadro 24 – Notas da Câmara Municipal de Estarreja, à data de 31/12/2010, (IPSAS)
1 - Entidade do Setor Público Local Português – Declaração de Políticas Contabilísticas (Extrato) e Outras Divulgações
Entidade que Relata:
A entidade que relata estas demonstrações financeiras refere-se a uma entidade do setor público local português, designada por Câmara Municipal de Estarreja, com domicílio fiscal na Praça Francisco Barbosa – 3864-001 Estarreja.
Enquadramento da Entidade que Relata:
O Município de Estarreja é uma pessoa coletiva de direito público, com o Número de Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC) 501 190 082. A Classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE) adstrita ao ME é o 75113 “Administração Local”.
De acordo com o nº 2, do artigo 2º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro – que estabelece o regime jurídico do funcionamento dos órgãos dos municípios e das freguesias, bem como as suas competências – os órgãos representativos do município são a assembleia municipal e a câmara municipal.
A CME é o órgão executivo do ME, estando o regime jurídico de funcionamento e as suas competências estabelecidos no artigo 56º e seguintes da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro - estabelece o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento, dos órgãos dos municípios e das freguesias. Esta entidade tem como principais áreas de atuação, que se enquadram nas atribuições (Lei nº 159/99, de 14 de Setembro) e competências (Lei nº 169/99, de 18 de Setembro) as seguintes “():
• administração urbanística e ordenamento do território; • promoção do desenvolvimento social e económico; • ambiente;
• salubridade e saneamento básico; • transportes e comunicações; • cultura; • tempos livres; • desporto; • educação; • saúde; • proteção e segurança; • património; • entre outras.”.
Base de Preparação das Demonstrações Financeiras:
As demonstrações financeiras foram preparadas e apresentadas segundo o regime de contabilidade do acréscimo, dando assim cumprimento ao prescrito nas IPSAS.
A base de mensuração aplicada nas presentes demonstrações financeiras é o do custo histórico.
As demonstrações financeiras foram preparadas numa base de continuidade e as políticas contabilísticas usadas para uma melhor compreensão das demonstrações financeiras foram aplicadas de forma consistente durante todo o período.
§106, IPSAS nº1 – Natureza e quantia dos itens do rédito quando estes são materiais:
De acordo com o §106, da IPSAS nº1, a CME relata separadamente a natureza e quantia dos itens de rédito quando os mesmos são materiais:
2 - Caixa
Caixa consiste de caixa e de saldos em bancos. Caixa incluído na Demonstração dos fluxos de caixa compreende as seguintes quantias da Demonstração da posição financeira:
2009 2010 Caixa 1.505.047,47€ 456.854,58€
3 - Os valores de réditos extraordinários (aumento em 214.546,46€), trabalhos para a própria entidade (aumento em
999.114,36€) e gasto de depreciação e amortização (diminuição em 195,66€ e 5.670,00€ e aumento em 245.615,61€ e 89.411,96€) foram incorretamente omitidos das demonstrações financeiras do ano de 2009, vindo a afetar o excedente/défice acumulado e o excedente/défice do período. Para além desses, os montantes de excedente/défice acumulado (aumento em 245.615,61€, diminuição em 5.670,00€, diminuição em 195,66€ e aumento em 89.411,96€) foram objeto de regularização nesta conta, vindo igualmente a afetar o excedente/défice do período). As demonstrações financeiras do ano de 2009 foram reexpressas para corrigir este erro, pelo que o efeito dessa reexpressão é resumido adiante. Não existe efeito no ano de 2010.
Efeito no ano de 2009
Aumento no excedente/défice acumulado 335.027,57€
Diminuição no excedente/défice acumulado 1.219.526,48€
Aumento no excedente/défice do período 1.219.526,48€
Diminuição no excedente/défice do período 335.027,57€
Aumento em gasto de depreciação e amortização 335.027,57€
Diminuição em gasto de depreciação e amortização 5.865,66€
Aumento em réditos extraordinários 214.546,46€
Aumento em trabalhos para a própria entidade 999.114,36€
4 - Custos dos Empréstimos Obtidos - Tratamento de Referência:
A política contabilística adotada pela CME no que se refere ao reconhecimento dos custos dos empréstimos obtidos tem por base o tratamento de referência – os custos são reconhecidos como um gasto do período em que são incorridos.
5 - Informação financeira resumida da associada que não é contabilizada pela CME usando o método da equivalência patrimonial:
A CME detém 26% da entidade denominada “ERASE – Agrupamento para a Regeneração Ambiental dos Solos de Estarreja, A.C.E.” e não contabiliza o valor desse investimento financeiro pelo método da equivalência patrimonial.
Descrevem-se as quantias inerentes à informação financeira da associada relativamente ao ano de 2010:
Ativos Totais 181.636,48€
Passivos Totais 156.696,59€
Réditos 4.396,61€
Excedentes ou Défices 0,00€
6 - Políticas contabilísticas adotadas para o reconhecimento do rédito
A política contabilística adotada pela CME no que concerne ao reconhecimento do rédito tem por base o regime de contabilidade do acréscimo, ou seja, a entidade reconhece o rédito quando ele ocorre e não apenas quando ele é recebido.
Quantias de cada categoria significativa de rédito reconhecidas durante o período:
Venda de bens 44.277,29€
Prestação de serviços 1.589.892,71€, valores desagregados:
Saneamento 623.584,05€
Resíduos sólidos 280.218,64€ Distribuição de água 408.567,30€ Trabalhos por conta de particulares 941,99€
Aluguer de espaços e equipamentos 3.218,33€ Instalações desportivas, recreativas e culturais 203.836,09€
Estacionamento 6.535,36€
Prestação de serviços administrativos 14.189,46€ Rendas – habitação social 15.360,77€ Rendas – cessões de exploração 7.147,20€
Arrematações 3.500,00€
Outros 3.793,52€
7 - Políticas contabilísticas adotadas na mensuração de inventários e fórmula de custo usada:
A CME mensura os seus inventários pelo custo de aquisição e utiliza como método de custeio das saídas o custo médio ponderado.
Quantias escrituradas totais de inventários:
O valor escriturado total dos inventários da CME, no ano de 2010, é de 266.748,96€.
Custo de inventários:
O custo de inventários reconhecidos como um gasto durante o ano de 2010 ascendeu a 352.091,20€.
Reclassificação de imobilizações corpóreas para inventários:
As demonstrações financeiras do ano de 2009 devem ser reexpressas para corrigir o erro verificado nos montantes referentes às contas patrimoniais de terrenos e edifícios (diminuição em 815.481,61€), inventários (aumento em 815.481,61€), ganhos extraordinários (diminuição em 775.213,89€), vendas (aumento em 775.213,89€) e custo das vendas. O efeito dessa reexpressão é resumido adiante.
2009
Diminuição em terrenos e edifícios 815.481,61€ Aumento em inventários 815.481,61€
Diminuição em ganhos extraordinários 775.213,89€ Aumento em vendas 827.861,65€
Aumento em gastos dos inventários vendidos e consumidos 52.647,76€
8 - Locações Financeiras
Quantia escriturada líquida à data de relato:
Ativos não correntes – Equipamentos 293.502,89€
Reconciliação entre o total dos pagamentos mínimos de locação à data de relato e o seu valor presente:
Total de pagamentos mínimos 102.545,43€
Valor presente 42.643,79€
Locações Operacionais
Locações operacionais não canceláveis:
Total de pagamentos mínimos 70.525,15€
Pagamento de locações operacionais reconhecidos na demonstração do desempenho financeiro:
Locação de edifícios 5.765,80€
Locação de outros bens 64.768,15€
9 - Terrenos