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6 O papel do animador na perspetiva sociocultural

Para Jaume: Trilla: (1998: 26): um: animador: é: um: “educador: (): um: dinamizador: um: mobilizador: (): um: agente: social: visto: que: exerce: esta: animação não só com indivíduos isolados, mas com grupos ou coletivos os quais tenta envolver numa ação conjunta, desde o mais elementar até ao mais comprometido”:visto que pretende provocar uma mudança de atitudes nos sujeitos (da passividade à atividade); é um agente social, visto que exerce a sua atividade com grupos; é um relacionador, capaz de estabelecer uma comunicação positiva entre pessoas, grupos. Para Jacob: (2007: 30): o: “Animador é um mediador, um intermediário, um provocador, um gestor, um companheiro e um agente de ligação entre um objetivo e um grupo- alvo”: Ou: seja: o: animador: sociocultural: tem: por base na sua intervenção o objetivo fundamental e global de ajudar a desbloquear o mundo interno do idoso, a promover relações humanas, pessoais e a descobrir dimensões novas da sua personalidade. Daí ter em conta que a animação de idosos, de acordo com Jacob (2007: 32) tem por objetivo:

-Definir um modo de organização entre os diferentes atores de animação para dar dinamismo à Instituição;

-Criar um estado de espírito, clima, dinâmica, na Instituição que permita a cada cliente e pessoal associarem-se numa caminhada global de animação;

-Centrar-se nas necessidades, desejos e problemas vividos por cada cliente; -Favorecer a adesão de todos os objetivos de animação elaborados livremente;

-Suscitar o interesse direcionado a outras pessoas com o intuito de viver em harmonia aceitando e respeitando os valores, as crenças, o meio e a vivência de cada um;

-Promover ou fazer renascer gostos e desejos dando a cada um a oportunidade de se redescobrir, de se situar no seio da Instituição, e de participar na vida do grupo, favorecendo as relações e promovendo as trocas, criando uma nova arte de viver baseada na relação/interação;

-Permitir aos idosos reintegrarem-se na sociedade como membros ativos, favorecendo os contactos e as trocas com o exterior da Instituição;

Preservar ao máximo a autonomia dos clientes assim como manter as relações dentro de uma animação lúdica.

Estas explicações refletem-se na animação de idosos, uma vez que eles é que selecionavam os seus conteúdos e as atividades que pretendiam desenvolver, os seus objetivos pessoais, sociais e culturais. Assim para, Pierre Besnard (in Quintana, 1993, p. 30) adotou uma postura semelhante ao considerar que a animação sociocultural é uma ação premeditada a transformar as atitudes coletivas e individuais dos sujeitos, através da realização de atividades culturais, sociais, e lúdicas, em que todos possam participar.

Por conseguinte, o animador cultural é um agente ou mediador que com os elementos culturais promove o papel de motivador dos grupos sociais, interagindo com os elementos integrantes dos grupos ou grupo conduzindo-os à prática cultural. Promove condições para que a comunidade resgate e dissemine os seus valores e utilize os meios que possui para a construção de sua cultura. Este caminho passa necessariamente pela aceitação das diferenças e neste particular a animação cultural firma-se nas experiências históricas, culturais e académicas, para oferecer possibilidades mais amplas de conhecimento aos grupos abordados, mostrando que eles devem ter consciência da manutenção dos bens culturais inerentes a cada cultura como elemento de preservação da história da civilização humana. Desta forma, cabe ao animador, desenvolver as diferentes formas de animar o público-alvo, promovendo o desenvolvimento cultural, social, educativo, consoante as suas metodologias. Também A. Peres e M. Lopes (2008: 302) destacam:

“:():O animador, como profissional, tem um importante papel na vida do grupo e da

comunidade, lutando contra a marginalização e a exclusão, através da prestação de serviços de dinamização, promoção e animação cultural, traduzida na animação dos

tempos livres de crianças, jovens, adultos e 3º idade, valorizando os contributos que cada pessoa pode fornecer para a melhoria da qualidade de vida”

Ellena, citado por J. Mª Quintana [Cabanas] (1993), considera que o animador deve ser uma pessoa realizada em quatro âmbitos: saber (conhecimento), saber-fazer, saber ser e saber esperar. O animador deve ter características específicas no âmbito das emoções, das aptidões, das atitudes e relações. Jacob (2007) salienta que para um animador ser um profissional competente e obedecer a três condições: saber (conhecer as técnicas, as teorias, os instrumentos, as metodologias); ter vontade (alguém que tenha vontade de aprender, agir, animar, não se acomodar, ser ativo, persistente); ter meios (deve ter ao seu dispor meios humanos, materiais e financeiros adequados às suas funções, público-alvo e objetivos). Igualmente o animador cultural deve possuir várias competências, nas suas relações e intervenções com idosos, entre as quais: competência organizacional; competência relacional /comunicacional; competência dinamizadora e criativa; competência educacional e pedagógica. Por outro lado, são técnicas de intervenção (estratégias) do animador: a dramatização de situações vivenciadas ou vividas (representação de papéis com interação grupal): o: ‘brainstorming’: criação: de: ideias: possíveis: em: situações: criadas: (simulação): formulação: de: perguntas: (‘treino: mental’); debates com entrevistas em grupo sobre filmes, documentos e visualizações; metodologias ativas de animação lúdica (atividades de recreio, visitas culturais e comunitárias, gastronomia, jogos e rábulas, etc.); técnicas de dramatização e expressão (musical, plástica, lúdicas).

Por conseguinte, o animador cultural é o profissional qualificado apto a promover o desenvolvimento sociocultural de grupos e comunidades, organizando, coordenando e/ou desenvolvendo atividades de animação de carácter cultural, educativo, social, lúdico e recreativo nos Centros de Dia.

Neste sentido, a animação sociocultural nos centros de dia permite, através de um conjunto de práticas socioculturais e educativas, promover outras dinâmicas globais na vida dessas instituições e da sua articulação com a comunidade local. A diversidade de áreas de intervenção em animação sociocultural é grande, já que o animador deve planificar uma panóplia de áreas de atividades e ações (culturais, artesanais, artísticas, recreativas e desportivas, lúdicas, etc.) com conteúdos variados. Neste sentido consideramos que os tipos de animação em instituições para idosos devem abranger (objetivos e conteúdos) a: animação ambiental; animação artística, animação científica (saberes); animação cultural; animação histórica e popular; animação de rua; animação desportiva/física; animação festiva; animação multimédia/TIC; animação musical; animação familiar; animação lúdica/recreativa; animação religiosa; animação social; animação socioeducativa; etc. No caso do animador no âmbito da terceira idade: principalmente: ao: nível: das: ‘universidades: da: terceira: idade’: ‘sénior’: ou: da: ‘experiência’: ele: tem: um: papel: importante: Efetivamente, a animação na 3ª idade é muito importante, quer no aspeto social, quer humano, ao nível da atenção, disponibilidade e carinho, sendo fundamental uma afinidade e cumplicidade entre o grupo e o Animador. O Animador constitui, assim, um recurso importante para impulsionar um trabalho sustentável ao nível quantitativo e qualitativo, proporcionando o desenvolvimento para uma animação adequada a todos os níveis: social, cultural, desportivo e educativo. Tendo sempre como objetivo a melhoria da qualidade de vida, o Animador fornece uma maior diversidade de serviços às instituições, fomentando a própria qualidade institucional. Cabe-nos a todos, Animadores e Instituições, fazer com que o serviço prestado a nível da 3ª idade seja o mais adequado, quer para enaltecer um grupo com características muito próprias, já aqui salientadas, quer para dignificar as instituições, bem como valorizar os animadores, cujo trabalho começa agora a ser reconhecido como fundamental para toda a sociedade.

As pessoas na 3ª idade não podem ser vistas como pessoas em descida na linha da vida, mas sim encaradas como indivíduos com uma experiência de vida e sabedoria, capazes de transmitir os saberes e vivências pessoais e sociais; com capacidades de aprendizagem

educativas, culturais, físicas e sociais, tendo como principal característica a motivação para a aprendizagem e pela melhoria da qualidade de vida, a nível social, afetivo, educativo e física- motor. Ao preparar as sessões de animação de seniores, o animador deve questionar-se sobre o seu papel no terreno, por exemplo, se as sessões são flexíveis e de interesse, se partem de práticas educativas/culturais de cariz não formal e se devem ter um papel bastante flexível na implementação. Ou seja, como mediar ou intervir com os idosos nas suas aprendizagens ou atividades, como estimulá-los previamente para que mantenham um nível de interesse constante; como captar a sua atenção, como criar atividades socioeducativas com temas apelativos; como falar com eles (comunicação, linguagem) e estar com eles (escuta ativa), etc. Por conseguinte, o animador é a pessoa que realiza as tarefas e atividades de animação, que é capaz de estimular os outros para uma determinada ação. Atua como um catalisador, um mediador, um provocador, um gestor, um companheiro e um agente de ligação entre um objetivo e um grupo alvo (Jacob, 2007). Na perspetiva de Larrabázal, citado por Trilla (1998), um animador é um educador, visto que pretende provocar uma mudança de atitudes nos sujeitos (da passividade à atividade); é um agente social, visto que exerce a sua atividade com grupos; é um relacionador, capaz de estabelecer uma comunicação positiva entre pessoas, grupos. Ellena, citada por J.M.ª Quintana [Cabanas] (1993) considera que o animador deve ser uma pessoa realizada em quatro âmbitos: saber (conhecimento), saber-fazer, saber ser e saber esperar. O animador deve ter características específicas no âmbito das emoções, das aptidões, das atitudes e relações. L. Jacob (2007) salienta que para um animador ser um profissional competente, obedecer a três condições: saber conhecer (técnicas, teorias, instrumentos, metodologias); ter vontade de aprender, de agir e de animar, não se acomodando, ma sendo ativo/dinâmico e persistente; ter meios (deve ter ao seu dispor meios humanos, materiais e financeiros adequados às suas funções, público-alvo e objetivos).

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