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Toda vez que eu dou um passo, o mundo sai do lugar. (Siba)

Tecer conclusões sobre acontecimentos recém “finalizados” ou que ainda estão produzindo efeitos, desdobramentos no mundo da vida é algo temeroso e dele se deve desconfiar. Corre-se o risco de fazer afirmações precipitadas ou que, dali a pouco tempo, podem vir a ser questionadas por novos fatos. Mas sendo isso o que se nos exige o fazer científico, prosseguiremos no intento. Consideramos importante alertar apenas que parte das conclusões, mais do que nos ajudar a colocar um ponto final na pesquisa, apenas nos dão a perceber o tanto de novos percursos que se abrem àqueles que desejam aprofundar uma ou mais questões que este trabalho se propôs a visibilizar.

Esta pesquisa buscou estudar os processos comunicativos como elementos constituintes dos processos de mobilização social que vêm ocorrendo nos últimos três anos e hoje podemos afirmar que a mediação tecnológica é um aspecto central das mudanças observadas nessas experiências públicas de caráter cidadão. Não se pretende, aqui, afirmar que as comunidades de redes sociais digitais estejam deflagrando processos revolucionários, mas não seria possível pensar, hoje, uma “revolução global” sem a presença delas.

Por certo que processos dessa natureza sempre fizeram uso de tecnologias na sua comunicação, fossem essas rudimentares ou sofisticadas. Mesmo assim, este trabalho nos permite confirmar a preponderância, nos dias de hoje, de tecnologias digitais, que operam como artefatos culturais (HINES, 2009 apud FRAGOSO; RECUERO; AMARAL, 2011) mediadores de relações sociais entre o ambiente virtual e o mundo da realidade, de modo que não se pode mais tratar tais ambientes isoladamente. Nesta perspectiva, podemos afirmar que as “Jornadas de Junho” comportam um conjunto de experiências diversas que se dão no trânsito entre os planos do real e da virtualidade digital.

Nesta perspectiva, a mediação tecnológica realizada por tais artefatos propicia condições para que se operem mudanças profundas nas experiências públicas que são fruto das interações entre comunicação, cultura e política, tornando-as mais permeáveis a participações igualitárias, definidas a partir de habilidades distintas de cada um. A pesquisa de campo nos mostrou evidências desta afirmação no compartilhamento do trabalho intelectual e

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criativo; na elaboração de conhecimento; nas tentativas de conferir maior horizontalidade aos processos decisórios, impactando as tradicionais formas de mobilização social.

Exemplo disso é que o emprego de táticas de mobilização de pessoas para tomarem parte das manifestações das “Jornadas de Junho”, foi potencializado pela convergência digital, levando às ruas de todo pais, um contingente populacional de grande magnitude, ao mesmo tempo, em que fez emergir conflitos e fomentou debates, por meio das redes sociais digital, impactando na esfera pública. Como parte de uma movimentação dialética entre as ruas e as redes, o uso da convergência digital amplificou as vozes das ruas, potencializando sua capacidade de produzir resultados concretos, com destaque para a redução nas tarifas de transporte público em várias cidades brasileiras. Outro resultado importante foi a emergência de iniciativas cidadãs diversas que ao tornar visível um amplo leque de pautas e questões revelaram a existência latente de um grau de insatisfação na sociedade – nos planos político, econômico e social -, que até então não se fazia perceber de modo tão forte.

Todo esse processo gerou forte adesão popular aos protestos, a ponto de trazer às ruas, é importante que se diga, pessoas dos mais diferentes matizes ideológicos (da esquerda à direita) em todo o país, dando força às contradições por que passa a democracia brasileira. Por outra parte, essa movimentação social, inspirada e em diálogo com semelhantes movimentos que já vinham ocorrendo no plano internacional, favoreceram a aproximação e a articulação com movimentos similares de diferentes continentes, ao mesmo tempo em que provocaram reações no âmbito governamental, mas também em diferentes segmentos, como no campo dos movimentos sociais e sindical. Este modo de atuação, conhecido como enxameamento (swarmming), remonta às manifestações antissistema da década de 1990 e evidencia uma capacidade de resistência por se fazer presente nos mais diferentes locais e em nenhum, ao mesmo tempo, o que foi essencial no enfrentamento da repressão policial.

Entretanto, ao buscarmos compreender as condições de realização da construção do comum, não nos basta constatar a ocorrência de mudanças nas experiências públicas: é preciso verificar se tais mudanças favorecem ou não o exercício igualitário da política, dado que “a política só existe mediante a efetuação da igualdade de qualquer pessoa com qualquer pessoa na liberdade vazia de uma comunidade que desregula toda e qualquer contagem das partes” (RANCIÈRE, 1996, p. 71).

O reconhecimento da igualdade como princípio orientador da ação coletiva e, além dele a verificação sistemática de sua presença (MARQUES, 2012), devem ser propósitos da comunidade inédita ou, melhor dizendo, de uma nova comunidade de partilha que se pretende igualitária. Para se realizar tal fim, torna-se necessário enfrentar a intensidade da democracia,

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suas contradições e paradoxos e desmitificar a concepção de comunidade como o lugar de “iguais” porque idênticos, da convergência de desejos e interesses, da harmonia e da complementaridade – características ilusórias, que servem para alimentar a idealização da comunidade como o lugar da utopia e da segurança.

A partir dessa perspectiva, portanto, foi preciso fazer o exercício inverso neste estudo para se tentar localizar na multidão evidências de como se processou a partilha do sensível naquele contexto: se esta seguiu a lógica verticalizada, que interpõe obstáculos à participação de qualquer um, ou se buscou atender ao princípio igualitário, que reconhece a capacidade de qualquer um tomar parte no exercício da política. Posto isso, a análise das pistas coletadas durante a passeata assim como o monitoramento dos debates gerados em torno do 1º Ato “À Luta, Recife!” nos permitiram construir algumas conclusões sobre as relações entre a comunicação, a partilha do sensível e a construção do comum em uma experiência cidadã e os limites que se interpõem ao exercício da política.

A primeira delas é que, no espaço das ruas, os trabalhadores precarizados  catadores de recicláveis, vendedores ambulantes, “burros-sem-rabo” – personificavam, de forma emblemática, o que Rancière (1996, p. 11) chamou de “partilha desigual”. Isto porque sua condição ali não era a mesma condição que a dos demais, a de manifestantes indignados com uma dada situação; eles se mantinham ali como força de trabalho à qual não era permitido tomar parte naquela partilha política. Assim, foi possível constatar que o princípio igualitário não se fazia presente naquela partilha; mantinha-se a distribuição hierárquica do visível e do invisível da palavra e do ruído – aquilo que Rancière (1996) designa pelo termo “polícia”.

A principal forma de mobilização em torno das “Jornadas” ocorreu por meio da internet, em especial, na rede relacionamentos conhecida como Facebook. Nessa plataforma, mas também na convergência dela com outras plataformas digitais, foi possível constatar a existência de diferentes recursos tecnológicos, que favorecem a intensificação dos fluxos comunicacionais, em especial, a autocomunicação de massa, propiciam o trabalho colaborativo e potencializam a articulação política. A carga emocional e afetiva se faz muito presente nesta comunicação por meio do compartilhamento de comentários, posts, vídeos,

memes, o que abre espaço à emergência de subjetividades. Justamente por este motivo, a

carga emocional que se faz presente nos debates, comentários, enquetes relacionados às “Jornadas de Junho” pode caminhar em direções diversas: de uma parte, o otimismo exacerbado e a euforia; de outro, o tratamento áspero entre interlocutores, com manifestações cujo grau de autoritarismo e preconceito beiram a violência simbólica.

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Tais constatações nos levam a inferir que o exercício político, no âmbito das “Jornadas de Junho” e, em particular, aqueles que se deram no entorno da passeata do dia 20 no Recife, não se mostraram com força suficiente para romper com a ordem que antevê e sustenta a manutenção das relações de poder por meio da própria evidência dos dados sensíveis. (RANCIÈRE, 2012a). Mesmo assim, reconhecemos que as experiências de comunicação levadas a cabo nesses processos sociais e aqui analisadas são permeadas por imprecisões, incertezas, paradoxos e contradições inerentes à própria ideia de democracia e potencializadas pela diluição de fronteiras entre o mundo real e o virtual.

Esses são os “erros sublimes” (DELEUZE; GUATTARI, 1997), as incertezas que não podem ser elididos: é por meio de seu enfrentamento que se abrem possibilidades para que outras vozes se tornem partícipes e beneficiárias da política; é nesses erros, portanto, que residem as chances do encontro com a democracia real; são eles, por fim, que proporcionam as experiências geradoras de blocos de sensação capazes de seguir animando e mobilizando os sujeitos da ação para garantir a sua sustentação.

Nesse sentido, esta pesquisa nos deu a perceber que o dissenso não diz respeito unicamente ao enfrentamento do poder institucional – seja este representado pelo Estado, o capital privado (a mídia aí incluída), a Igreja; , o dissenso se manifesta também nos espaços de encontros e debates gerados e mantidos pela própria sociedade, pois aqui também se reproduz a negação da voz aos que “não falam porque são seres sem nome, privados de logos, quer dizer, de inscrição simbólica na pólis” (RANCIÈRE, 1996, p. 37). Quando aqueles que não falam passam a fazê-lo, instituem uma nova ordem, sinalizando que reconhecem a si próprios com as mesmas capacidades – e direitos – daqueles que lhes negavam a capacidade de falar. Nesta perspectiva, os traços da experiência desenvolvida no Recife sinalizam que ainda é cedo para afirmar a existência de uma (ou mais) instância(s) de enunciação coletiva capaz(es) de redesenhar o espaço das coisas comuns e de instituir novas comunidades de partilha igualitária. Contudo, foi possível confirmar a existência de condições materiais e simbólicas que refletem haver uma distribuição de capacidades que tornam possível operar mudanças nos processos comunicativos de modo que estes se tornem mais permeáveis à participação igualitária de um qualquer.

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