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A EMEI Prefeito José Pires Neto iniciou as reflexões sobre a utilização da informática em 2010, pois a gestão solicitou e recebeu do NTE 06 computadores que foram colocados em uma sala multifuncional. Os computadores foram instalados em uma bancada construída em alvenaria na altura das crianças. A escola iniciou o trabalho em 2011 com duas professoras (M. e G) que realizaram a CHP (Carga Horária Pedagógica) com essa temática.

Consta no Projeto Pedagógico do ano de 2011, que houve necessidade de reestruturar o espaço da biblioteca, limpar o telhado, trocar as telhas e construir uma bancada de informática, além de trocar as persianas da sala, a gestão foi responsável por encaminhar e executar a proposta no primeiro semestre.

As professoras inicialmente escrevem que não foi possível, desvincular a educação da informatização no contexto globalizado em que vivemos e que a escola precisa trabalhar no enfoque da comunicação tecnológica, pensando em aliar tecnologia e educação, desenvolvendo uma proposta de aprendizagem lúdica utilizando jogos, brincadeiras, pinturas, desenhos, histórias explorando o computador.

As professoras da EMEI Prefeito José Pires Neto (M e G) escreveram o seguinte planejamento para a realização do Projeto de Inclusão Digital na Educação Infantil em 2011, onde focam:

1º momento: Conhecimento e exploração dos componentes do computador. (ligar/ visualizar o painel /acessar programas/ acessórios/paint/ Power Point/Word/Linux.

Regras elaboradas em conjunto no manuseio do computador.

2º momento: Explorando os jogos dos programas existentes e posteriormente adquiridos pela UE ou através de doações.

128 3º momento: Desenhos livres,

Brincando com as letrinhas.

Brincando com palavras de interesse da criança. Brincando com os números.

Pintura.

Jogos educativos apropriados à cada faixa etária. Avaliação: composição de um portfólio

No segundo semestre a professora A entrou no projeto e resolveu realizar um projeto piloto com informática na Unidade Educacional, organizando duas turmas: a primeira turma foi organizada para as crianças serem recebidas duas horas aula antes do horário normal e a outra turma organizada para permanecerem na escola duas horas aula, após o horário das atividades. Nesse novo formato a comunidade se interessou em levar os filhos para a U.E.

Nesse novo modelo a proposta da Unidade ficou dividida: uma professora desenvolvendo o trabalho com as crianças no horário normal da Unidade, enquanto a professora A por motivos particulares necessitou alterar a proposta.

A Gestão da Unidade concordou, e o coletivo de professores também achou interessante a experiência que continuou sendo realizada nesse modelo no ano de 2012. Atualmente, somente a professora A desenvolve o projeto informática, porque no ano de 2012 a professora G se inscreveu nos cursos da Coordenadoria de Formação.

A professora A escreve no questionário enviado que:

Gostaria de relatar que tem sido muito interessante a experiência de atendimento fora do horário de aula, pois trabalho todas as semanas com o mesmo grupo, o que me permite criar um vínculo com as crianças e ter uma visão do processo de aprendizagem das mesmas, pois há um “contínuo” no trabalho desenvolvido. Em contrapartida, as outras professoras, que também realizam o trabalho com informática, atendem um número maior de crianças, entretanto, com uma frequência bem menor. As crianças e as famílias têm se mostrado bastante motivadas para a realização das atividades nos horários propostos.

A Professora esclarece que nesse formato ela trabalha com um número menor de crianças, mas as atende com uma frequência maior (02 vezes por semana), e consegue trabalhar com atividades variadas, diferente das outras professoras que trabalham no horário normal de aula, pois conseguem desenvolver as atividades com morosidade, pois o número de crianças é maior e na maioria crianças que ainda não tem conhecimento da máquina. Nessa Unidade a sala multifuncional é composta com 06 computadores e no momento da atividade as professoras geralmente colocam 02 crianças em cada um, conseguindo atender 12 crianças por hora-aula, terminando elas chamam mais 12 na maioria das vezes completam o atendimento às crianças em um dia

129 de CHP. Algumas professoras completam esse atendimento com horas projeto, assim trabalham com mais uma sala de aula além da CHP.

A sala multifuncional68 tem somente um computador com acesso a internet, onde a professora realiza atividades todas as segundas-feiras com seis duplinhas, totalizando meia hora cada uma. Em cada computador ficam uma ou duas crianças dependendo do jogo. A professora A continua a sua escrita informando que as crianças tiveram os primeiros contatos com informática nas atividades realizadas na instituição educacional citada acima:

(...) aqui aprenderam a ligar o computador, a manusear o mouse e o teclado, e a explorar jogos, onde puderam de forma gostosa e divertida, trabalhar cores, formas, lateralidade, coordenação motora fina, letramento, memória, sequência lógica, matemática, e muitas outras atividades educativas que, sem esse momento, não teriam oportunidade de vivenciar.

O grande problema nesse processo de aprendizagem é que na maioria das vezes demora até quinze dias para que a turma retorne ao computador.

Várias experiências foram realizadas para minimizar esse problema, mas não foram em vão, pois o número de crianças em sala de aula muitas vezes ultrapassa 24. Em uma Unidade com 04 salas de aula e uma professora desenvolvendo o trabalho com a CHP pode demorar até um mês para que a primeira sala retorne. Tendo essa dificuldade as professoras desistem do projeto e passam a realizar outros ou diminuem as turmas a serem atendidas no semestre.

Quanto ao atendimento fora do horário normal de atividades acredito que a Gestão Educacional e a equipe de professores não perceberam a mudança da proposta pedagógica, pois no meu entendimento estão praticando aulas de informática para crianças com idades diversas, dessa forma aumentaram o vínculo da criança com o professor, diminuíram consideravelmente o número de crianças no momento da informática, mas a interação com o cotidiano e com o planejamento do professor praticamente deixou de existir.

Gestores e Professores poderiam refletir sobre a realização desse projeto na EMEI, pois somente as crianças que os pais podem acompanhar fora do horário normal da Unidade Educacional são beneficiadas com a realização do projeto e a maior parte

68

130

das crianças matriculadas atualmente não o conhecem, pois moram longe69 da Unidade

e não podem se dirigir a ela em outro horário. É importante perceber que a proposta do Projeto Pedagógico tem que estar coerente com o público que a escola recebe.

Faz-se necessário a criação de grupo de formação continuada que envolva essas Unidades Educacionais com o propósito de refletirem, discutirem e experenciarem sobre as atividades que desenvolvem no dia a dia com as crianças, podendo a partir das trocas descobrirem novos caminhos em relação a informática.

Incorporar à criança à Tecnologia Digital, Ampliar o