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QUADRO 24 DOCUMENTOS REFERENTES AO HOSPÍCIO E CONVENTO DO CARMO DE NAZARÉ DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

Estrutura da tese

QUADRO 24 DOCUMENTOS REFERENTES AO HOSPÍCIO E CONVENTO DO CARMO DE NAZARÉ DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

N. Ano Tipo Facilitador Detalhes do documento Fonte

1 1687 Doação da Capela de N. Sra. de Nazaré, no Cabo de Santo Agostinho, para construção de um Convento do Carmo. Pedro Dias da Fonseca. Dona Francisca Cavalcanti e Dona Messia Rolim de Moura.

Na primeira metade do século XVII, Pedro Dias da Fonseca havia fundado uma Capela de Nossa Senhora de Nazaré, nas terras do Engenho Salgado dela, no Cabo de Santo Agostinho. Mais tarde, a região atraiu outros moradores, ficando o local conhecido como a Povoação do Outeiro de Nazaré. Em 1687, as netas de Pedro Dias da Fonseca (então já falecido), Dona Francisca Cavalcanti e Dona Messia Rolim de Moura, doaram a Capela de Nazaré e o terreno onde estava a capela aos carmelitas de Olinda, para nela fundarem um hospício, e a transação foi em nome do frei carmelita Francisco Vidal de Negreiros.

Pereira da Costa (1976, p. 159). 2 1733 Pedido de elevação do hospício em Convento de Nazaré. Província Carmelitana da Bahia e Pernambuco.

Segundo os carmelitas da Província da Bahia e Pernambuco, o Hospício de Nazaré já havia quantidade de religiosos suficiente e a elevação a convento seria importante para o aumento da Província na região de Pernambuco. “Livro Primeiro de Actas [...]” (1720- 1780, p. 140). 3 1744 Confirmação da patente de Convento do Geral da Ordem do Carmo em

“O Hospício de Nazareth situado no Cabo de Santo Agostinho[...] para fazer uso para ser capaz de ser configurado em convento formal, especialmente, para a Província [da Bahia e Pernambuco] se desmembrar, e absoluta separação dos nossos reformadores com

“Livro Primeiro de Actas [...]”

Carmo de Nazaré.

Roma, Frei Luiz Laghius.

somente quatro conventos restantes [nessa época, além dos três conventos - Goiana, Recife e Paraíba -, os turônicos tinham um hospício em Portugal] [...]. Convento de Nazareth erigimos e instituimos em convento formal do número de outros da dita sua Provincia [da Bahia e Pernambuco]”. (1720- 1780, p. 266). 4 1764 Encargo de doação do Convento de Nazaré. Pedro Dias da Fonseca. Dona Francisca Cavalcanti e Dona Messia Rolim.

Na “Relação dos bens, rendas, encargos, dívidas, ouro, prata, e escravos que tem o Convento de Nossa Senhora do Carmo de Nazaré do Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco”, assinada pelo Frei João de Santa Ana, em 6 de junho de 1764, há os “Encargos de missas a que está obrigado o convento”: “Cinquenta e duas missas in perpetuum, por ano, que principiaram-se a dizer-se a 14 de outubro de 1687 pela alma de Pedro Dias da Fonseca, e os mais defuntos de sua geração falecidos, e que hajam de falecer, senhores que foram daquele sítio e capela, como consta da escritura que fez Antônio de Paiva Aguiar. [...] Cinquenta e duas missas in perpetuum por ano pelos doadores ao convento e sítio. D. Francisca Cavalcanti, e D. Messia Rolim, e seus descendentes e ascendentes, como consta da escritura que fez Antônio de Paiva Aguiar, e principiou esta obrigação a 14 de outubro de 1687”.

Pereira da Costa (1976, p. 160).

Quadro 24: Documentos da fundação do Hospício ou Convento do Carmo de Nazaré do Cabo de Santo Agostinho (1687-1764).

No detalhe do mapa “Cartien vande Cabo St. Augustin en t Eijlandt nu genaemt Walcheren” (1634), encontramos uma representação do Cabo de Santo Agostinho, na Capitania de Pernambuco, e do Outeiro de Nazaré (em rosa) com a principal igreja da região, que depois virou hospício dos carmelitas (figura 15).

Figura 15: Detalhe do mapa “Cartien vande Cabo St. Augustin en t Eijlandt nu genaemt Walcheren” (1634), representando o Cabo de Santo Agostinho, com destaque para o Outeiro de Nazaré (em rosa) e para a igreja principal (circulada em vermelho).

Fonte: Archieven Neerland (Arquivos Neerlandeses), disponível em: <http://www.archieven.nl/nl/zoeken?mivast=0&miz ig=101&miadt=45&milang=nl&mizk_alle=Cabo%20st.%20Augustin&miview=ldt>, acesso em: 24 jun. 2014; mapa modificado pela autora.

Na primeira metade do século XVIII, a Província da Bahia e Pernambuco, em nome do Convento de Olinda, intentou fundar um convento carmelita na Comarca das Alagoas, submetida à Capitania de Pernambuco e próxima à Comarca de Sergipe d’El Rei. A região da Comarca das Alagoas compreendia o limite ao Sul no Rio São Francisco, próximo à Vila de

Penedo, até o Rio Dourado ao Norte, próximo a Porto Calvo. No meio da comarca, encontrava- se a Sede chamada de Vila de Santa Maria Madalena das Alagoas do Sul. Próximo dali, havia a Freguesia das Alagoas do Norte, onde se localizava a maior quantidade de engenhos da comarca no entorno da principal lagoa da região. No detalhe do mapa “Carta Topographica e Administrativa das Provincias do Pernambuco, Alagoas e Sergipe”, de J. de Villiers de L'lle- Adam (1848)160, situamos a Comarca de Alagoas, destacando, em vermelho, as principais

localidades da região no período colonial (figura 16).

Figura 16: Detalhe do mapa “Carta Topographica e Administrativa das Provincias do Pernambuco, Alagoas e Sergipe”, de J. de Villiers de L'lle-Adam (1848), situando a Comarca das Alagoas, com destaque para as principais localidades dessa região no período colonial (em vermelho).

Fonte: FBN Digital, disponível em: <http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_cartografia/cart67925/cart6 7925_6.jpg>, acesso em: 14 jul. 2014; mapa modificado pela autora.

Desde 1712, os carmelitas do Convento de Olinda tentavam se fixar na Vila das Alagoas do Sul com a ajuda de moradores locais (das Alagoas do Sul e das Alagoas do Norte), pois aqueles religiosos andavam por aquelas terras pedindo esmolas há bastante tempo, mas os franciscanos, que tinham convento naquela vila, e a Coroa Portuguesa não aceitavam uma fundação do Carmo. Depois de muita insistência por parte dos moradores locais, principalmente, párocos e oficiais, a Coroa autorizou um Hospício do Carmo das Alagoas do Sul em 1732, através de um Alvará Régio. Para o hospício, os carmelitas calçados receberam doação de terras de leigos em um terreno em local afastado do núcleo principal da Vila das

Alagoas do Sul, onde havia uma Capela de Nossa Senhora do Ó, a qual foi doada aos religiosos, da mesma forma como já vimos em outras localidades como em Olinda, Salvador e São Cristóvão. (Quadro 25).

QUADRO 25. DOCUMENTOS REFERENTES AO HOSPÍCIO

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