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Breve evolução da estrutura sectorial da produção e do emprego

3. Os Serviços Públicos de E mprego

O IEFP é um Instituto Público desconcentrado, dotado de personalidade jurídica de direito público, com autonom ia adm inistrativa e financeira e patrim ónio próprio, que prossegue as políticas de em prego e form ação profissional definidas e aprovadas pelo

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governo.

O s program as de âm bito geral de intervenção dos serviços públicos de em prego com preendem o apoio ao funcionam ento do m ercado de emprego, nos seguintes eixos: - Estím ulo à procura de em prego, estando incluindo m odalidades especificas de intervenção, tais com o a inform ação e orientação profissional, bem com o, a cooperação na protecção social no desem prego.

- Estím ulo à oferta de em prego, que diz respeito à disponibilização de ofertas de em prego locais, a nível nacional e nos países estrangeiros. A possibilidade de criação do próprio em prego e o apoio a micro, pequenas e m édias empresas.

- Estím ulo ao ajustam ento entre a oferta e a procura, que passa pelos serviços prestados ao nível da colocação no m ercado de trabalho.

Os Serviços Públicos de Em prego têm desem penhado um papel fundam ental na execução de um a política integrada de em prego e formação profissional, inicialm ente baseados nas C onvenções e Recom endações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), hom ologadas por Portugal, pela organização e D esenvolvim ento Económ ico (O CED ) e, actualm ente tam bém pela Com unidade Europeia.

Com a adesão do nosso País à União Europeia, na época (1986) denom inada por C om unidade Económ ica Europeia (CEE), surgem desde então, novas orientações a -- partir de um conjunto de Cim eiras definidas em conjunto pelos Estados-m em bros. Por conseguinte surgem alterações em m atéria do emprego, educação e formação profissional.

De relem brar a im portância do PNE, com vista a proporcionar a todos os desem pregados antes de com pletarem seis m eses de desem prego no caso dos jo v en s e de doze m eses no caso dos adultos, sob a form a de formação, reconversão, experiência

s S ignificado d o sím b o lo do IEFP: preiende sim b o lizar a convergência dos o b je ctiv o s essen ciais do Instituto - o E M P R E G O e a FO R M A Ç Ã O - com o cunho universalista e hum anista que os ca racteriza . O sím bolo representa de form a estilizada uma figura hum ana, de braços levantados e ab erto s (em saudação). É form ado pelas letras “ E” (em prego) e “ F” (form ação), a prim eira invertida, un id as pelo sin al de conjunção “ U” e en cim ad as por um circulo (o globo).

profissional, em prego ou qualquer outra m edida que favoreça a integração no m ercado de trabalho; incluindo, de m odo geral, a orientação profissional e aconselham ento individuais.

A m issão dos C entros de E m prego

Os Serviços de Em prego 9 têm como fim últim o o desenvolvim ento de uma política visando o acesso d e todos os cidadãos a um em prego produtivo e livrem ente escolhido, existindo um recurso junto dos serviços de form a totalm ente livre e voluntária. D este m odo, a m issão dos serviços de em prego preconizam a sua actuação no sentido de:

- Facilitar aos trabalhadores encontrar em pregos convenientes e aos em pregadores os trabalhadores de que necessitam .

- D isponibilizar os necessários serviços de O rientação profissional. - D isponibilizar os necessários m eios de formação profissional.

- A poiar o em prego e a inserção profissional dos desem pregados consoante as suas características e necessidades específicas.

No âm bito das políticas definidas pelo governo no que respeita à m atéria do em prego, os Centros de Em prego assum em -se como o instrum ento operativo para a sua execução.

Assim sendo, cum pre que à organização interna dos C entros de Em prego e as

suas articulações com o m eio envolvente desenvolverem uma dinâm ica,

sim ultaneam ente coesa, coerente e interactiva. Coesa e coerente, para um a actuação com patível com a diversidade e exigência de situações que diariam ente se confrontam , nas suas áreas de intervenção.

O papel é interactivo, no que concerne à integração das respectivas estratégias de desem penho, com a articulação estreita com a valência do espaço sócio-envolvente, em que o Centro de Em prego funcionará sim ultaneam ente como elo agregador de sinergias e pólo difusor e transform ador das conjunturas.

O Centro de Em prego é, pois, uma estrutura local vocacionada para a dinam ização e o apoio ao desenvolvim ento socio-económ ico da respectiva área de

influência em sinergia com outros actores e agentes económ icos. N este estudo abordar- se-á a realidade do C onselho do Barreiro (D istrito de Setúbal), no que diz respeito às problem áticas definidas ao longo da presente investigação

Do ponto de vista das com petências do Centro de Em prego, para atingir os seus objectivos apresenta um conjunto de tarefas genéricas ao seu funcionam ento, tais como:

■ o conhecim ento do m ercado de trabalho; ■ a inform ação e a orientação profissional; ■ a caracterização da procura;

■ a caracterização da oferta de emprego;

■ o ajustam ento da procura a oferta tendo em vista a inserção profissional dos candidatos a em prego,

■ a identificação das necessidades de formação no sentido de colaborar no planeam ento e dinam ização das acções de formação profissional em articulação com as estruturas form ativas existentes (os Centros de Form ação Profissional do IEFP- Instituto de Em prego e Formação Profissional), C entros Protocolares e Entidades externas, acreditados e reconhecidas pelo IN O FO R- (Instituto para a Inovação da Form ação), agora designado por Instituto da Q ualidade da Form ação (IQF);

■ outras form as, ainda, que visam facilitar a inserção do utente, com o é o caso de parcerias estabelecidas entre os Centros de A tendim ento de T oxicodependentes - C A T (M inistério da Saúde), bem como o Instituto de Reinserção Social, cuja população abrangida são os ex-reclusos (M inistério da Justiça). O objectivo é potenciar, com os utentes, a sua reinserção socioprofissional;

■ a prom oção, apoio e acom panham ento da execução de m edidas de em prego e, de inserção e form ação profissional junto das entidades.

O conhecim ento do m eio envolvente é determ inante para o funcionam ento do Centro de Em prego devendo abranger:

■ Á rea geográfica;

■ D inâm ica sócio-económ ica local: o Estrutura em presarial;

o Entidades, A utarquias, Escolas, IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), A ssociações Em presariais, Sindicais entre outras; o P otencialidades locais de criação de emprego e de entidades;

o Im plantação d e entidades;

o Políticas de recrutam ento das Entidades;

o Previsões sobre a evolução do emprego nos diferentes sectores de actividades d a área do Centro de Emprego.

Em últim a análise, o C entro de Em prego privilegia, através das suas com petências técnicas, relações activas com as seguintes entidades:

■ Empresas

■ Escolas

■ A utarquias

■ Instituições de S olidariedade Social ■ A ssociações Sindicais

■ Outros organism os públicos e actores sociais com im plantação na sua área de influência.

Os conceitos utilizados na classificação dos utentes e dos candidatos nos Centros de Emprego, baseiam -se nas recom endações internacionais sobre estatísticas de em prego e desem prego, dem arcados pela “resolução sobre as estatísticas da população activa, do desem prego e do sub-em prego”, adoptada pela / 3a C onferencia Internacional

das Estaticistas do Trabalho, de 29 de Outubro de 1982. N este sentido, resultaram

algum as conferências realizadas em 1988 e 1993, que concordaram em m anter esses m esm os conceitos até aos dias de hoje.

Com o objectivo de se criarem concessões de benefícios sociais ou m edidas de protecção dos desem pregados, tem -se adoptado conceitos e definições, com equivalências próprias, em função das características do público-alvo e das dim ensões sociais adstritas aos mesm os.

CONCEITO DE UTENTE

C onsidera-se “ U tente” todo o utilizador singular ou colectivo, de qualquer prestação disponível no C entro de Emprego.

O Utente candidato, de acordo com a sua pretensão, deve ser classificado com o candidato a Form ação Profissional, Prestações no âmbito da O rientação Profissional, M edidas de A poio ao Em prego ou a Colocação Directa.

C O N C E IT O S R E L A T IV O S A P E D ID O S D E E M P R E G O

- Pedido de Em prego

C onsidera-se “ Pedido de Em prego” o registo no Centro de Em prego de pessoa com idade igual ou superior a dezasseis anos (salvaguardadas as reservas previstas na Lei) com o candidato a um a colocação no m ercado de emprego.

- O conceito de “ D esem pregado”

C onsidera-se D esem pregado o candidato inscrito num Centro de Em prego, que não tem trabalho, procura um emprego com o trabalhador por conta de outrem , com disponibilidade im ediata e com capacidade para o trabalho. C om o im ediatam ente disponível entende-se o com prom isso do candidato aceitar um posto de trabalho no prazo m áxim o d e quinze dias a contar do m om ento da inscrição. A pós aquele período, a aceitação do posto de trabalho tem de ser imediata. Com capacidade p ara ocupar um posto de trabalho considera-se o candidato que dem onstre possuir aptidões para o exercício de u m a actividade profissional, nom eadam ente a inexistência de incapacidade por doença.

Os D esem pregados podem ser classificados como: D esem pregado à Procura do I o Em prego - Pessoa que nunca teve um em prego. D esem pregado à Procura de N ovo Em prego - Pessoa que já teve um emprego. Inclui os candidatos que tendo-se retirado da vida activa, qualquer que tenha sido o m otivo e a duração da interrupção, desejam reingressar. Inclui igualm ente os candidatos que tenham trabalhado com fam iliares, não sendo rem unerados e os que trabalharam por conta própria.

- C onceito de “O cupado”

C onsidera-se “O cupado” o candidato inscrito num C entro de Em prego a desenvolver um a actividade tem porária, no âm bito da satisfação de necessidades colectivas, ao abrigo de um Program a Ocupacional ou equivalente, nom eadam ente Protocolos, D espachos C onjuntos e Programas de Inserção Em prego. Esta categoria adm ite apenas a transferência de candidatos anteriorm ente inscritos na categoria de D esem pregado. Finda a O cupação há lugar à transferência autom ática para a categoria de desem pregado à procura de novo emprego.

4. A intervenção nos C entros de Emprego - O C entro de Em prego do