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2ª Subsecção Ilicitude.

VII. Em jeito de balanço.

Em jeito de balanço, poderemos dizer o seguinte. i) Agressões não culposas (doentes mentais, crianças, pessoas agindo em erro objectivamente inevitável ou em estado de necessidade desculpante) — não põem seriamente em causa a validade da ordem jurídica, ficando a legítima defesa limitada à sua função de protecção individual. Deste modo, se lhe for possível, deve o defendente evitar o agressor ou procurar a ajuda da autoridade, se não for possível, deverá orientar-se ainda na linha de uma defesa de protecção, através duma resistência dissuasora e suportando o risco de pequenos danos. Todavia, conserva o seu direito de legítima defesa, protegendo-se no âmbito do necessário, segundo uns (Roxin, p. 211). Outra solução passa pelo recurso ao estado de necessidade defensivo (Jakobs; Frister, GA 1988, p. 305; e os restantes autores referidos antes), ou pelo estado de necessidade desculpante, nomeadamente, nas situações em que um indivíduo tresloucado (Amok, em alemão) “decide” matar quantos encontra até ser abatido.

A palavra Amok tem origem nas línguas malaias. Pode corresponder a uma modalidade de loucura ou uma forma de suicídio. "O que está em causa, decerto, é o surto brutal de uma agressividade que foi longamente recalcada e que em certo momento se tornou incontrolável" (L. Knoll, Dicionário de

psicologia prática, p. 21). Os nossos autores, como Tomé Pires e Fernão Mendes Pinto referem-se

abundantemente à utilização de amoucos nos exércitos do mundo malaio. A forma portuguesa amouco parece resultar do cruzamento do malaio amok com o termo vernáculo mouco (A abertura do Mundo, vol. II, p. 217).

Neste âmbito, os casos mais facilmente reconhecíveis são os de ataques à propriedade feitos por crianças ou por doentes mentais notórios, ou as palavras com que ofendem a honra de outrem. Os casos de erro serão mais difíceis de detectar, como quando alguém leva consigo o guarda chuva alheio, convencido de que é o seu. O que então se impõe é o

esclarecimento da confusão. Há, porém, quem exclua deste grupo os indivíduos embriagados, que culposamente se colocaram nesse estado. ii) Nos casos de sensível

desproporção entre os interesses ofendidos pela agressão e pela defesa (face à

modalidade dos bens jurídicos e a medida da respectiva lesão) não é admissível legítima defesa, já que então se trataria de abuso do direito — não se mata a tiro de espingarda o ladrão que vai a fugir com umas maçãs de pouco mais de dois euros. Os autores (por ex., Ebert, p. 72) advertem, no entanto, que o facto de se admitir este tipo de limitações não equivale a acolher, em termos gerais, o critério da proporcionalidade da legítima defesa.

iii) Nas relações entre pessoas muito chegadas (por ex., entre cônjuges),

nomeadamente, com relações de garantia, certos autores introduzem igualmente sensíveis limitações na legítima defesa. A atenção para com as outras pessoas e o ideal da solidariedade sobrepõem-se ao interesse da defesa da ordem jurídica. iv) Nos casos de

provocação, dolosa ou intencional, em que o agressor se pretende acolher ao manto da

legítima defesa para assegurar impunidade, existe, claramente, um abuso do direito e o agente será punido por crime doloso. Já acima se deu conta de outras justificações para negar a legítima defesa em casos destes. v) Se a provocação não for dolosa, por ex., se alguém causa uma agressão com negligência consciente, se no hotel abre a porta errada, ou se, na condução, por falta de consideração, põe repetidamente em perigo a vida de um peão, a legítima defesa fica limitada, em atenção à função de protecção de interesses individuais, colocando-se, nomeadamente, a hipótese de evitar a legítima defesa agressiva. Também aqui certos autores consideram, por último, as regras do estado de necessidade defensivo e de situações de necessidade “análogas” ao estado de necessidade justificante.

"O revide a um ataque passado é represália ou vingança. Jamais legítima defesa." Paulo José da Costa Jr., p. 60.

CASO nº 23-I: Criação propositada da aparência de uma situação de legítima defesa.

Num café duma vila beirã, houve uma escaramuça inicial entre A e B, provocada por este: logo após a entrada do A no café, o B insistiu em humilhar e agredir o seu antagonista, dizendo-lhe, inclusivamente, “Ah, ladrão, que te hei-de matar”, ao que o outro respondeu: “Se queres matar-me, mata-me”. Pouco depois, o A voltou ao café, pediu água quente para descongelar o pára-brisas do carro, regressou ali para

devolver a garrafa vazia e pediu uma cerveja, tendo permanecido no interior do café até que este fechou e todos saíram. O A foi à frente, o B atrás e, saindo quase ao mesmo tempo, dirigiram-se cada um para os respectivos carros, estacionados do outro lado da rua. O B, que se encontrava manifestamente embriagado, foi ao seu carro donde retirou uma bengala. O A retirou, por sua vez, um revólver do seu carro. O B então desferiu uma bengalada na cabeça do outro e o A, cambaleante, em resposta, efectuou um disparou com o revólver, atingindo o B numa parte não apurada do corpo. Por causa da bengalada, o A veio a cair do outro lado da estrada, tendo sido seguido pelo B, que o pretendia agredir pela segunda vez com a bengala. Receando ser de novo atingido, o A efectuou mais quatro disparos. Os cinco tiros atingiram o B, designadamente no tórax e no abdómen, tendo um deles atingido órgãos vitais, provocando a morte do B como causa directa e necessária. O A agiu voluntária, livre e conscientemente, com o propósito de matar o

B.

Uma vez que A deu vários tiros na pessoa de B fica desde logo comprometido com a tipicidade do artigo 131º. A disparou e B morreu. A morte foi produzida pelos tiros disparados por A. Este agiu dolosamente, com conhecimento e vontade de realização do tipo de ilícito indicado. A sabia que matava B (outra pessoa) com os tiros e quis isso mesmo. Trata-se agora de saber se se encontra presente qualquer causa de justificação ou de desculpação.

O Tribunal de Trancoso condenou A como autor material de um crime de homicídio com atenuação especial da pena (artigos 72º, nºs 1 e 2, alínea b), 73º, nº 1, alíneas a) e b), e 131º) na pena de 5 anos de prisão. O A recorreu, desde logo por entender que agiu em legítima defesa. Argumenta ter praticado o facto como meio necessário para evitar a sua morte, intentando repelir a agressão que se iniciara e era actual e ilícita. Além disso, quis defender-se e a existência de vários tiros não retira o animus defendendi, pois um homem médio não tem tempo para pensar, após levar uma arrochada na cabeça que o atira à distância. O Supremo (acórdão de 7 de Dezembro de 1999, BMJ-492-159, relator Conselheiro Martins Ramires) entendeu que se não configura “situação de legítima defesa”, pois o que existe é a propositada criação, pelo A, da “aparência de uma situação de legítima defesa”. O A andou a entrar e a sair do café; entretanto, o B, que se encontrava com uma elevada taxa de alcoolémia no sangue, permanecera sempre ali e não há referência a que se tivesse intrometido de novo com o A, apesar daquelas idas e voltas deste, e só saiu quando saiu toda a gente, incluindo o A. Porque não foi o A embora enquanto o B estava no café, sabendo-se (porque também ficou provado) que este era pessoa conflituosa? Cá fora, o A podia ter-se metido na viatura e partido, ma optou por aguardar que o B estivesse armado com a bengala para, munido do revólver e empunhando-o em direcção àquele, se dirigir para a vítima, encurtando assim a distância entre os dois de modo a instigar o B a desferir-lhe a bengalada e a poder ser por ela atingido, em vez de o intimidar com o revólver, mantendo-se fora do alcance da bengala manejada pelo B.

Não pode por isso deixar de concluir-se, como se fez no acórdão do Supremo, que o A, conhecedor do temperamento conflituoso e agressivo do B , quis tirar desforço da humilhação que este lhe infligira — e provocou deliberadamente uma situação objectiva de legítima defesa, para deste modo alcançar, por meio ínvio, a impunidade de um ataque que fez desencadear propositadamente. Não há assim legítima defesa. E porque não há legítima defesa, também se não configura excesso de legítima defesa, porque este pressupõe a existência de uma situação autêntica de legítima defesa a que se responde com excessos dos meios empregados.

VIII. Outras indicações de leitura

• Sobre movimentos alternativos ao monopólio estatal da força (empresas privadas de segurança, milícias de bairro, movimento do vigilantism nos Estados Unidos): cf. a monografia de Iglesias Río adiante referida, nomeadamente, p. 282 e ss.

Artigo 151º, nº 2, do Código Penal: A participação em rixa não é punível quando for determinada por motivo não censurável, nomeadamente quando visar reagir contra um ataque, defender outrem ou separar os contendores.

• Decreto-Lei nº 457/99, de 5 de Novembro de 1999, aprova o regime de utilização de armas de fogo e explosivos pelas forças e serviços de segurança. De acordo com os artigos 2º, nº 1, e 3º, nº 2, "o recurso a arma de fogo só é permitido em caso de absoluta necessidade, como medida extrema, quando outros meios menos perigosos se mostrem ineficazes, e desde que proporcionado às circunstâncias, só sendo de admitir o seu uso contra pessoas quando tal se revele necessário para repelir agressões que constituam um perigo iminente de morte ou ofensa grave que ameace vidas humanas."

Direito de legítima defesa jurídico-civil (art. 337º do Código Civil): cf. Figueiredo Dias, Textos de Direito Penal, 2001, p. 206 e ss.

• Acórdão da Relação de Coimbra de 9 de Outubro de 2001, CJ ano XXVI 2001, tomo IV, p. 24:

acção directa — artigo 336º do Código Civil.

• Acórdão da Relação de Coimbra de 17 de Setembro de 2003, CJ 2003, tomo IV, p. 39: legítima defesa, agressões insignificantes ou irrelevantes (puxar as barbas).

• Acórdão da Relação do Porto de 17 de Março de 1999, CJ, 1999, tomo II, p. 220: pressuposto da "necessidade" da acção directa.

• Acórdão do STJ de 10 de Dezembro de 1998, processo nº 1084/98: sendo a matéria de facto perfeitamente elucidativa de que o disparo efectuado pelo arguido teve lugar quando já havia terminado a agressão de que tinha sido vítima, bem como de que a sua conduta se ficou a dever a uma mera atitude de desforço, inexistindo actualidade da agressão ou animus defendendi, inexiste legítima defesa ou o seu excesso.

• Acórdão do STJ de 12 de Junho de 1997, BMJ-468-129: agente que, para pôr termo a uma discussão a soco e a pontapé, dispara três vezes uma pistola para uma zona vital do corpo do agressor, a uma distância não superior a 1 metro: o acto não é praticado em LD nem com excesso de LD, é um crime de homicídio voluntário simples.

• Acórdão do STJ de 16 de Janeiro de 1990, CJ, 1990, tomo I, p. 13: medida da pena aplicável ao crime de homicídio voluntário tentado, cometido com excesso de legítima defesa: atenuação especial do artigo 33º, nº 1, e o disposto no artigo 23º, nº 2, para a punição do crime tentado.

• Acórdão do STJ de 19 de Março de 1998, Processo nº 1413/97 - 3.ª Secção: A chamada "legítima defesa putativa" e o excesso de legítima defesa não se confundem: A primeira, traduz-se na errónea suposição de que se verificam, no caso concreto, os pressupostos da defesa: a existência de uma agressão actual e ilícita. A «perturbação, medo ou susto não censuráveis» de que fala o n.º 2, do artº 33, do CP, respeita ao «excesso dos meios empregados em legítima defesa», isto é, aos requisitos da legitimidade da defesa: necessidade dos meios utilizados para repelir a agressão. Uma coisa é o erro sobre a existência de uma agressão actual e ilícita no qual o agente desencadeia a defesa (legítima defesa putativa), e outra distinta, a irracionalidade, imoderação ou falta de temperança nos meios empregues na defesa, resultantes do estado afectivo (perturbação ou medo) com que o agente actua. • Acórdão do STJ de 19 de Novembro de 1998, CJ VI (1998), tomo III, p. 221: tendo a acção do

arguido ocorrido após ter terminado a agressão de que foi vítima, não existe legítima defesa e, não existindo esta, não pode falar-se em excesso de legítima defesa.

• Acórdão do STJ de 21 de Janeiro de 1998, BMJ-473-133: caso da prostituta brasileira. LD, não punibilidade; conduta ilícita da vítima, in dubio pro defendente; excesso culposo e doloso. Tem voto

de vencido. Neste caso, o tribunal considerou correctamente que se usou do meio necessário para

repelir a agressão, afirma Figueiredo Dias, Textos, p. 188.

Acórdão do STJ de 25 de Junco de 1992, BMJ-418-569: legítima defesa, direito de necessidade,

estado de necessidade desculpante, excesso de legítima defesa.

• Acórdão do STJ de 26 de Maio de 1994, CJ, ano II (1994), tomo II, p. 239: não existe excesso de LD, mas excesso extensivo, a pretexto de legítima defesa, nem conduta em estado de perturbação, medo ou temor quando objectivamente não existe ou não existe já uma situação de LD, nomeadamente por o arguido ter feito terminar a agressão de que tinha sido vítima.

• Acórdão do STJ de 7 de Dezembro de 1999, BMJ-492-159: não se pode considerar agindo em legítima defesa aquele que provoca deliberadamente uma situação objectiva de legítima defesa para alcançar, por esse meio ínvio, a impunidade de um ataque desencadeado propositadamente já com intenção de matar o agressor.

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I. Estado de necessidade. Colisão de deveres. Causação do resultado; violação do

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