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s grandes campanhas de cura, juntamente com o movimento Chu va Serôdia, que será tratado no próximo capítulo, ocorreram no etade do século após a Segunda Guerra Mundial e na mesma época da formação do Estado de Israel. Apesar de terem começado no mesmo período (46-48) foram movimentos distintos, mas com certa ligação. Foi uma campanha de Branham no Canadá que despertou al­ guns irmãos canadenses a buscarem o avivamento que surgiu com o nome de “Chuva Serôdia”.

William Branham nasceu num lar pobre a 6 de abril de 1909, em Kentucky. Seu pai era um lenhador que passava longos períodos fora de casa trabalhando. Uma dessas ocasiões foi no inverno de 1909, quando a mãe e filho (com seis meses de vida) escaparam de morrer congelados durante uma terrível tempestade. Sem comida e sem calor teriam su­ cumbido se Deus providencialmente não despertasse um vizinho para ir até lá. Diante da falta de sinal de vida, arrombou a cabana e encontrou mãe e filho enrolados em roupas de cama famintos e quase congelados.

Branham teve sua primeira experiência com Deus aos sete anos de idade. Contrariado por não ter podido ir pescar com seus amigos, estava carregando água para sua mãe e, ao parar debaixo de uma árvore para descansar, ouviu de repente um som de um vento soprando as folhas da árvore. “Eu sabia que não estava soprando em nenhum outro lugar. Afastei-me alguns passos e notei que num certo lugar mais ou

menos do tamanho de um barril, o vento parecia estar soprando através das folhas da árvore. Então veio uma voz dizendo: ‘Nunca beba, fume, ou contamine seu corpo de maneira alguma, pois eu tenho uma obra para você fazer quando ficar mais velho’.” Muitas outras vezes ele iria ouvir esse som impelindo-o a se separar para Deus. ®

Passaram-se anos, seu irmão e pai faleceram. Com 21 anos estava trabalhando numa companhia quando foi envenenado com gás. Seu esta­ do de saúde estava cada vez mais precário, quando os médicos decidi­ ram hospitalizá-lo para operar uma possível apendicite. No quarto do hospital sentiu a morte sobre si, e mesmo nunca tendo fumado, bebido ou tido quaisquer maus hábitos, sabia que não estava pronto para se encontrar com Deus. “Começou a ficar escuro no quarto e eu me senti numa grande floresta. Eu podia ouvir o vento soprando através das folhas... 0 vento chegou mais perto, mais e mais alto. As folhas sussur­ ravam e de repente eu parti. Parecia então que eu voltava a ser novamen­ te um garotinho de pés descalços, lá naquele caminho debaixo da mes­ ma árvore. Ouvi aquela mesma voz que disse: ‘Nunca beba ou fume’. Mas desta vez a voz dizia: ‘Eu chamei você e você não foi.’ As palavras se repetiram três vezes. Então eu disse: ‘Senhor, se é você, deixe-me voltar novamente para a terra e eu pregarei seu evangelho dos eirados, ruas e esquinas. Eu falarei a todo mundo sobre isto’!” ®

Quando voltou a si o próprio médico viu que ele tinha se encon­ trado com Deus e fora curado. Depois disto começou a buscar a Deus e, numa noite, tentava orar num barracão atrás da casa quando, de repen­ te, uma luz chegou e formou uma cruz. Uma voz lhe falou numa lingua­ gem que não podia entender e foi-se. Ele se sentiu transformado e des­ de aquele dia sabia que teria de sair e pregar o evangelho.

Tornou-se um pregador aos 24 anos de idade e sua igreja prospe­ rou. Nessa época, já casado, conheceu um grupo pentecostal em Michigan, onde ouviu sobre o batismo no Espírito. Inesperadamente, pregou nes­ sa conferência e recebeu muitos convites para fazer pregações em outras cidades. Mas, ao acatar conselhos de parentes e amigos, adiou por 5 anos

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chamado de Deus para sair pela fé pregando o evangelho e muitas tragédias aconteceram em sua vida. A unção de Deus que estava sobre ele

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deixou, sua igreja desmoronou e, finalmente, sua esposa e filha

morreram tragicamente numa enchente do rio Ohio, em 1937. Entrou em desespero, mas naquela noite Deus o visitou em sonho e ele recebeu força e graça para prosseguir.

Foi em maio de 1946 (já casado novamente), quando trabalhava como guarda-florestal, que William Branham recebeu a extraordinária visita angélica que delineou todo o seu ministério de cura que estava para vir. Inquietado por outra manifestação sobrenatural de Deus, reti­ rou-se a uma cabana para orar e ler a Bíbha. Suplicava a Deus que o perdoasse por ter negligenciado seu chamado e que falasse com ele novamente. Uma luz se espalhou pela cabana e ele viu uma grande estre­ la como uma bola de fogo derramando luz sobre o chão. Aterrorizado, ouviu passos e, vindo em sua direção através da luz, os pés de um homem. “Ele tinha um rosto hso, sem barba, cabelos pretos até os om­ bros, uma compleição mais para escura, um semblante muito agradável. Chegando mais perto seus olhos fixaram os meus. Vendo quão aterrori­ zado eu estava, ele começou a falar: ‘Não temas. Fui enviado da presença de Deus Todo-Poderoso para lhe dizer que sua vida peculiar e seus caminhos mal-entendidos têm sido para indicar que Deus tem enviado você para levar um dom de cura divina para as pessoas do mundo. Se você for sincero e levar as pessoas a crer em você, nada resistirá diante de sua oração, nem mesmo câncer’.” Dois sinais lhe foram dados pelo anjo para seu ministério de cura: ®

1° - Com sua mão esquerda discerniria ou detectaria doenças das pessoas. ®

2° - Ele leria pensamentos e fatos da vida passada das pessoas. Ao dar-lhe este dom, o anjo acrescentou: “Os pensamentos dos homens falam mais alto no céu do que suas palavras na terra.” ®

Logo após a visitação do anjo (nesta época ele m orava em Jeffersonville, Indiana) Branham foi chamado para ir a St. Louis, Missouri, orar por uma criança, filha de um pastor, que estava há três meses confinada na cama, só pele e ossos, desenganada pelos médicos. Após várias horas de oração, Branham recebeu orientação específica de Deus sobre sua cura, que foi muito propagada na cidade. Por causa desta cura, ele realizou naquela cidade, em junho de 1946, a primeira de suas numerosas campanhas de curas. Pregando com humildade e

simplicidade (sem fazer grande publicidade), em pouco tempo sua fama se espalhou e ele ia de cidade em cidade armando sua tenda, onde milhares de pessoas vinham ouvi-lo pregar e receber cura. Notáveis milagres ocorreram. Curou cegos, surdos, mudos, paralíticos e até res­ suscitou mortos.

Muitas vezes o anjo chegava às reuniões para ministrar através dele às multidões e muitas vezes tinha visões detalhadas de curas que ocorri­ am exatamente como Deus lhe mostrara. Ele tinha tanta compaixão pelas pessoas que permanecia até de madrugada orando pelos enfermos. Pesso­ as que trabalharam junto com ele e viram a operação dos dois sinais dados pelo anjo, disseram que eram perfeitos como nenhum outro exerci­ do por um ser humano. Ele falava detalhes da vida de desconhecidos (nome, endereço, fatos passados, doenças etc). Certa vez, numa campanha em Houston, um fotógrafo profissional tirou uma foto de Branham e ao revelá-la ficou surpreso com o que viu: sobre a cabeça de Branham havia uma auréola sobrenatural de luz. Maravilhado, o fotógrafo informou Branham sobre a foto e este não se mostrou surpreso pois coisas seme­ lhantes a essa haviam acontecido em seu ministério. Uma foto como esta tem sido publicada nos livros sobre William Branham.