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6. O Democrático e as representações de Vila do Conde

6.3. Principais melhoramentos e reivindicações locais

6.3.9. O flagelo da mendicidade

No período em análise, O Democrático fez a primeira menção ao problema da mendicidade ao felicitar a campanha que vinha sendo desenvolvida pelo seu colega local,

A República, em várias frentes deste problema, nomeadamente o seu combate na via

434 Em 1933 foram distribuídos 19.850$00 ao Hospital da Misericórdia; 12.400$00 ao Asilo e 850$00 ao

Hospital de Azurara. Cf. “As nossas Casas de Caridade e os subsídios que lhes foram atribuídos”. O

Democrático, nº 959, 28/04/1933, p. 1.

435 Em 1934, o Hospital da Misericórdia foi subsidiado com a verba de 12.000$00 e o Asilo e Hospital de

Azurara com valores considerados semelhantes aos do ano anterior, 6.000$00 e 1.000$00 respetivamente. Cf. “Os subsídios às nossas Casas de Caridade”. O Democrático, nº 997, 03/02/1934, p. 3.

436 “As Casas de Caridade”. O Democrático, nº 944, 06/01/1933, p. 3.

pública. Naturalmente, tendo sempre como primado a defesa dos interesses de Vila do Conde, O Democrático considerava absolutamente prioritário colocar em prática as medidas atinentes à extinção da mendicidade e dos pedintes, principalmente na altura do pico da época balnear. Na sua ótica, era imperativo manter uma boa imagem da vila perante os turistas que todos os anos afluíam às suas praias, de forma a não perder o forte estímulo económico que provinha dessa atividade. Para tal efeito, o periódico alertava as autoridades competentes para que agissem em conformidade para que os banhistas não fossem “constantemente assediados” por uma “chusma de mendigos, a maior parte dos quais” não pertencia ao concelho e envergonhassem os vila-condenses438.

No entanto, a preocupação do jornal em matéria de mendicidade e pobreza extrema não se confinava à sua terra ou à imagem negativa que, por via desse flagelo social, ela pudesse adquirir. Pelo contrário. O Democrático considerava que a existência da mendicidade não era aceitável em qualquer sociedade moderna, chegando inclusive a estabelecer uma comparação entre Portugal e países como a Suíça, Alemanha, Bélgica e França (considerados mais avançados no domínio assistencial), nos quais não se encontravam mendigos nas ruas. Tal situação só era possível porque aí se promoviam, de forma planificada, ações de assistência social apoiadas em fundos para o auxílio aos mais necessitados. Era esta a estratégia que o jornal esperaria ver adotada no município de Vila do Conde: uma aposta na sensibilização da população apta a contribuir, guiada por estratégias eficazes nas quais se visse o dinheiro reverter a favor de postos de auxílio com “pão para comer” e roupa para aquecer os mendigos. Contudo, o periódico reconheceu que o problema, já enraizado na sociedade, tomaria mais esforço para ser extinto do que apenas procurando a boa vontade dos cidadãos. O jornal aludiu à existência de “mendigos profissionais”, mestres na “arte de pedir” e “sensibilizar o seu semelhante, inspirando compaixão”. Portanto, mendigar tornara-se uma profissão bem lucrativa. Para este problema, o jornal recomendava uma solução que considerava simples: “dividir os mendigos em duas classes”, de um lado “mendigos necessitados” (aos quais se devia conceder apoio) e do outro “mendigos profissionais” (“executando uma perseguição mais tenaz”). Apesar das duras críticas a alguns pedintes, o periódico deixava bem claro que

não incitava nem tolerava qualquer tipo de mau tratamento aos pobres e mendigos. O objetivo era alcançar a cooperação de todos para extinguir um problema grave na sociedade. Todavia, o jornal alertava também para o perigo de certos mendigos – talvez movidos pelo desespero – serem praticantes de atos de natureza criminosa, violenta e desonesta que colocavam em risco o resto da população. Nestes casos, os incidentes deviam ser reportados às autoridades competentes.

Com este tipo de discurso moderno, porque humanitário e não discricionário, frontal e não especulativo, O Democrático contribuiu para consciencializar a população e as autoridades quanto à urgência no combate à pobreza439. Aliás, apontou claramente medidas que poderiam, a curto prazo, minorar o problema. Após constatar que a grande maioria de mendigos e pedintes que frequentam as ruas da vila eram, na realidade, provenientes de outros concelhos, propôs a criação de um “bom serviço de fiscalização” que não permitisse a sua entrada em Vila do Conde, esperando que as outras localidades unissem esforços para combater este flagelo. Ao mesmo tempo, e porque também persistia abertamente a mendicidade dentro do concelho, defendia a instituição das “já consagradas sopas económicas” preparadas e servidas na vila e em Azurara, através do hospital. Não esquecendo os mais necessitados nas freguesias, pedia a cooperação de beneméritos que pudessem contribuir com um espaço para o efeito ou planear este serviço utilizando as instalações das escolas paroquiais440.

Uma vez mais, as reivindicações de O Democrático parecem ter sido escutadas pelos órgãos municipais. O próprio administrador do concelho, Gabriel Teixeira, subscreveu os vários apelos do jornal e reiterou que se devia trabalhar no sentido da total extinção da mendicidade. Animado por constatar que as suas vindícias não foram ignoradas pela edilidade, o jornal continuou a traçar o plano de ação para a extinção do problema em causa. As primeiras providências a tomar, segundo o seu pensamento, eram junto do Estado, isto é, as instituições de solidariedade, tais como a Santa Casa da Misericórdia e o Asilo da Ordem Terceira, deviam receber as verbas e subsídios necessários para a manutenção de alas de auxílio aos mais pobres. Adicionalmente,

439 “Progressos locais. Mendicidade”. O Democrático, nº 742, 03/11/1928, p. 4. 440 “Progressos locais. Mendicidade”. O Democrático, nº 743, 09/11/1928, p. 4.

apontou a necessidade da criação de uma Comissão de Assistência que fosse responsável por dirigir-se a cada chefe de família do concelho, procurando que se contribuísse em doações o que se daria em esmola – esta medida que O Democrático preconizava demonstra bem o seu espírito laico e republicano, ao substituir a caridade cristã pela filantropia. Assim, a assistência geral seria garantida sob a forma de refeições, sendo que a assistência especial (medicamentos, dietas, etc.) ficaria a cargo de comissões das zonas, ou seja, das aldeias ou freguesias. A comissão central ficaria responsável pelos serviços de cadastro, recolha de donativos, organização de festas de benemerência e repatriação dos indigentes de fora do concelho441.

Não obstante o empenho do jornal em tentar arranjar soluções e apesar da solidariedade geral da população, a mendicidade continuava, sem surpresa, em 1936, a representar um dos mais graves problemas do concelho, e com tendência a aumentar. O projeto traçado pelo jornal que, note-se, contou com o total apoio do administrador do concelho, não foi adiante. Restou a este periódico continuar a apelar, enquanto se manteve em publicação, à extinção da mendicidade442.

No final, fica evidente o afinco e determinação que orientaram O Democrático na campanha que, ao longo da década de 1926-1936, empreendeu em matéria de interesses regionais, incentivo à realização de melhoramentos vários, apelando insistentemente aos órgãos administrativos locais, ao Estado e à população vila-condense. Os interesses de Vila do Conde foram, efetivamente – tal e qual como se comprometeu nos seus objetivos de fundação –, a par da defesa da República, uma das grandes prioridades deste periódico.

441 “Problemas a resolver: a mendicidade”. O Democrático, nº 763, 13/04/1929, p. 4.

442 “A Mendicidade: urge tomar providências para a sua regularização”. O Democrático, nº 1013,

Conclusão

No término da redação desta dissertação, pode-se afirmar que O Democrático fez justiça aos objetivos a que se propôs atingir: a destemida defesa da República e seus valores e a luta pelos interesses de Vila do Conde.

Num país tomado por uma Ditadura Militar e depois pelo repressivo regime do Estado Novo, com um apertado sistema censório, este periódico local – utilizando uma redação inteligente e audaz, astuta e irónica – conseguiu manter-se fiel às suas convicções e publicar corajosos artigos de crítica à Situação, inclusive, diga-se, de crítica habilidosa à própria censura aplicada à imprensa periódica.

No que diz respeito ao período da Ditadura Militar, verifica-se que O Democrático foi crítico dos governantes (principalmente, Gomes da Costa) por considerar que o caminho que estava a ser desenhado não conduziria Portugal ao destino final mais desejado: o retorno a um aprimorado regime republicano. Assim, apesar de ser apoiante claro do Partido Republicano Português/Partido Democrático (e de patentear fervorosamente esse apoio), percebeu-se que este jornal revelou uma certa dose de imparcialidade no relato dos factos, depositou até alguma esperança em certos atos e medidas, uma vez que – em várias ocasiões – foi capaz de reconhecer que a República, preconizada pelos homens do 5 de Outubro precisava de ser aperfeiçoada e, de certa forma, reinventada em muitos campos para que não se repetissem os erros do passado, e que justamente haviam levado ao seu desmoronamento. Adicionalmente, percebe-se que o semanário considerava que o facto de o regime republicano se encontrar dividido em várias fações havia contribuído para a queda da República, pelo que apelava veementemente à união de todos os republicanos.

É igualmente interessante observar que outra das estratégias do periódico em matéria de defesa e enaltecimento da República passou pela condenação veemente das doutrinas que lhe eram adversas: a Monarquia, desde logo, cujo potencial de recuperação

O Democrático nunca desprezou e, por isso, denunciou recorrentemente as manobras dos

monárquicos nesses tempos conturbados, assim como o Integralismo Lusitano, ideologia que rejeitou liminarmente, vendo nele os gérmenes de uma nova ordem profundamente

antiliberal. Mais tarde, também dirigiu as suas baterias contra o Movimento Nacional Sindicalista, fação extremista de indisfarçável natureza fascista.

Ao mesmo tempo, servindo o seu propósito de órgão da oposição republicana, foi apoiante fervoroso (tanto quanto a censura o permitiu mostrar) de todas as tentativas de derrube e de oposição à Situação. Apesar de abordar o movimento reviralhista de forma mais evidente nos anos de 1927 e 1928, patenteou-lhe, nos moldes em que tal lhe foi permitido, a sua total aprovação.

Da mesma forma, a sua aversão e consequente condenação de regimes repressivos e autoritários manteve-se com o advento do Estado Novo.

É importante salientar que a oposição ao regime salazarista não se materializou na forma de críticas específicas direcionadas ao Estado, instituições, práticas ou protagonistas, pois tal dificilmente passaria o crivo da censura. Foi antes largamente difundida através do enaltecimento do ideário democrático, mantendo o seu alinhamento à esquerda do espetro político republicano.

O semanário primou pela defesa das liberdades fundamentais de expressão e opinião. Nesta linha, sobressaiu a importância que conferiu à educação numa sociedade moderna, fundamental para a formação de jovens cidadãos informados para dirigir e/ou decidir sobre o futuro do país através da opção por uma carreira política ou pelo direito ao voto. Optou pela desconstrução de conceitos afetos aos fascismos que floresciam em outros países da Europa da década de 1920, apontando os seus vícios e perigos, inclusive sugerindo, na sua ótica, melhores e mais construtivas alternativas. Nunca mencionando expressamente os alvos diretos da sua crítica (como a PVDE, por exemplo), O

Democrático veiculou junto dos seus leitores opiniões desfavoráveis em relação a órgãos

de repressão do regime e julgamentos desfavoráveis a certos princípios do ideário salazarista, “passando a perna” ao lápis azul. Naturalmente, a crítica ao regime processou- se também sob a forma de propaganda e apoio a organismos opositores do regime, como a Aliança Republicana e Socialista.

Relativamente às políticas de saneamento financeiro empreendidas por Salazar é importante destacar que O Democrático – como se viu – considerava necessárias as medidas aplicadas pelo estadista, dado o difícil momento de crise que o país atravessava.

Porém, não é menos relevante evidenciar que esse apoio ao desempenho de Salazar enquanto Ministro das Finanças, inclusive através de apelos à população para que compreendesse e contribuísse em prol de tais políticas, decorreu ao longo de um curto espaço de tempo, entre 1928 e 1929. Daí em diante, tal aprovação deixou de ser patenteada nas colunas deste periódico (não sendo todavia substituída por uma expressa desaprovação) talvez por se ter apercebido da índole política dessas medidas e dos custos sociais do saneamento das finanças públicas, necessariamente punitivas e prolongadamente prejudiciais aos portugueses mais desfavorecidos. Com efeito, um jornal de oposição a um regime ditatorial desempenha o seu papel entre gritos e silêncios, entre denúncias frontais e reprovações subtis; o compromisso gere o seu dia-a-dia, as contingências não podem ser depreciadas ao mesmo tempo que a habilidade se aprimora em cada edição publicada.

Destaca-se também a tenacidade e persistência d’O Democrático, especialmente confirmada pela campanha que empreendeu focada na denúncia de problemas e carências de Vila do Conde; para eles apresentou hipóteses de solução adequada, suscitou debates entre os responsáveis, alertou a população.

Ao longo do decénio, este semanário utilizou a sua influência enquanto órgão de imprensa local para elucidar os vila-condenses relativamente aos melhoramentos que considerava indispensáveis para o progresso da região. Como se apurou, o jornal focou- se na luta por avanços, em todas as frentes, que resultariam em benfeitorias consideráveis no quotidiano vila-condense. Aqui sobressaiu a posição fortemente interventiva do jornal na forma dos seus constantes apelos direcionados à autarquia para que se tomassem providências, sendo que, para todos os problemas, O Democrático preconizava soluções. O tom de urgência nas reivindicações exigidas e a impaciência perante a lentidão de resolução das mesmas por parte dos dirigentes municipais, por inércia ou por falta de verbas, ficaram também patentes na sua redação. Assim, o periódico reiterou de forma incansável a importância do investimento em obras públicas para o desenvolvimento e crescimento da vila, e obviamente também para atenuar a situação de carestia de trabalho.

Por outro lado, honrando o ideário republicano que defendia, e tratando-se de um jornal com ideias mais progressistas do que a Vila do Conde do seu tempo, não se pode

deixar de mencionar que os constantes apelos à população para que investisse no enriquecimento da sua cultura e aprimoramento da sua educação eram reveladores do generalizado atraso cultural e intelectual da localidade. O periódico exigia modernidade à pequena e retrógrada Vila do Conde da época.

Embora se desconheçam as exatas circunstâncias do encerramento deste jornal republicano, ele teve o desfecho de vários outros correligionários seus em 1936, ano em que a purga da imprensa periódica oposicionista ocorreu face às exigências então impostas pelo novo regime à publicação de periódicos e seus responsáveis, exigências e quesitos que não permitiam a sua continuidade. O objetivo do Estado Novo era claro: calar as vozes dissonantes e incómodas e este semanário vila-condense consubstanciou uma dessas vozes – não se calou até ao fim da sua existência, foi calado porque deixou de poder existir.

Feito este balanço, é possível afirmar que se cumpriram os objetivos de investigação. Numa dialética constante entre a análise da fonte hemerográfica – rica de informação mas também complexa nos seus conteúdos – e a leitura e interpretação da bibliografia, a pesquisa orientou-se, como explicado na introdução, no sentido de dar resposta às interrogações iniciais. Conclusivamente, o estudo da fonte (sempre auxiliado pela bibliografia) forneceu a perspetiva de um pequeno mas irreverente jornal vila- condense face às mudanças políticas, económicas, sociais e culturais estruturantes ocorridas durante a vigência da Ditadura Militar e período inicial do Estado Novo, assim como deixou vincada a sua função de periódico defensor dos interesses locais, que pintou em traços vívidos a Vila do Conde de meados dos anos 20 a meados dos 30, na luta entre a estagnação e a modernidade.

A realização deste trabalho sugeriu várias pistas de investigação, designadamente no domínio da imprensa periódica vila-condense. Seria de todo o interesse estudar os jornais de Vila do Conde, conhecer o espetro político-partidário que a imprensa da localidade abarcou, nomeadamente os órgãos republicanos, que não foram poucos, com efeito mais numerosos e de maior longevidade do que em muitas outras vilas do país. Por outro lado, e no domínio da História Local, verificou-se a escassez de estudos existentes,

pelo que se tomou consciência do muito que há ainda por fazer, sendo urgente promover estudos sobre Vila do Conde na época contemporânea.

Fontes

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