• Nenhum resultado encontrado

Data: 2003

Duração: aproximadamente 2h45 Legenda:

⇒ - Indica trechos de descrição da videoconferência;

z

- Indica uma observação da pesquisadora, reflexão feita durante a análise da gravação; [ ] - Indica explicação da pesquisadora;

(?) - Indica incerteza na grafia da palavra; itálico - Indica palavra ou trecho em destaque.

A gravação da videoconferência começa com um slide do PowerPoint contendo o título e o

nome da professora. Em seguida, aparece a imagem da videoconferencista no estúdio de geração, em frente à tela de um computador. M. parece disposta a iniciar a aula, pois começa a passar a imagem para os pólos, um a um, aparentemente com a intenção de verificar se os alunos estão a postos. Nos pólos, os alunos-professores conversam e em apenas uma das turmas a professora é “percebida”. As salas estão bem esvaziadas, 4 ou cinco pessoas em cada uma.

⇒ M. volta a imagem para si, e diz “Ok, vamos iniciar a videoconferência de hoje. Eu sou Matilda

e o tema da aula é a Avaliação na Educação Infantil”. Em seguida ela diz que vai passar nos circuitos para verificar se estão recebendo som e imagem perfeitamente. Ela vai dizendo de que turmas se tratam e vai passando a palavra para cada uma delas.

z



Ela não parece se preocupar muito com a pequena quantidade de alunos e tampouco com a pouca atenção com relação ao início da video-aula.

⇒ Centro-oeste, sala1: O tutor da turma responde e confirma a perfeita recepção de som e imagem.

Atrás do tutor, as cinco alunas-professoras mexem em seus cadernos e livros e mal olham para o vídeo.

⇒ Leste 4, sala 2: nesta turma há sete alunas-professoras, todas sentadas no fundo da sala. Uma

delas pega o microfone (ainda no fundo da sala) e confirma a boa recepção também. Enquanto isso, as outras também mexem em cadernos e livros, mas parecem mais atentas ao vídeo, às vezes olhando para frente. [Não me pareceu que seja tutora, aparentemente é uma aluna mesmo].

⇒ Leste 4, sala 1: também conta com a presença de sete pessoas, sentadas em carteiras vizinhas

umas as outras. Uma delas encontra-se sentada um pouco mais a frente e é ela quem responde à professora. Ao fundo, uma delas anda pela sala e as outras ficam de cabeça baixa. O som de sua voz ficou cortado, mas a professora não faz observação a esse respeito, apenas diz “ok”. Não fica claro se ela é tutora ou aluna.

⇒ Centro-oeste, sala 2: A cena se repete: são seis pessoas na sala, cinco das quais estão bem ao

fundo, conversando e mexendo nos seus materiais, e quase não olham para frente, e uma delas responde para a videoconferencista, sentada bem mais a frente. Ela também confirma: som e imagens estão bons.

⇒ Guarulhos sul: nesta turma, as pessoas encontram-se um pouco mais dispersas. São umas oito,

distribuídas na sala em grupinhos de duas ou três. Algumas parecem atentas e outras não. Mais a frente um rapaz responde que som e imagem estão “ok”, mas não dá para saber se é tutor ou professor. Parece ser o tutor.

⇒ A imagem volta, finalmente, para o estúdio de geração, onde M. repete a sua apresentação e a

apresentação da aula de hoje. Ela coloca no vídeo a imagem do PowerPoint e curiosamente há uma caixa de diálogo do Windows acusando algum tipo de erro. M. gagueja um pouco, mexe no

mouse e continua falando, mas depois “desiste” e pede um minuto para os alunos, pois vai chamar a pessoa de apoio técnico para que, segundo suas palavras, tire aquela “imagem” que está aparecendo na tela, antes de iniciar. Permanece a transmissão da imagem do computador e,

professora permanece em silêncio neste meio tempo.

⇒ A seguir, M. passa para o próximo slide e o lê para as turmas, explicando que a vídeo abordará

os temas: – Contextualização da avaliação na Educação Infantil (aspectos históricos e legais); – Diferentes olhares e perspectivas sobre avaliação; e – Possibilidades de avaliação nas práticas de Educação Infantil. Antes de passar para o próximo slide, ela passa a imagem para si e explica, em outras palavras, a perspectiva de exposição que adotará a partir desses temas.

⇒ De volta ao próximo slide, ela propõe uma atividade para iniciar a discussão do dia. Ela lê o

conteúdo do slide e dá aos grupo cinco minutos para que o façam e explica que após esse tempo passará nas turmas para que mostrem o que fizeram. A videoconferencista, logo no início do tempo para a atividade, passa a imagem de três dos pólos. Em todos, as alunas estão se organizando ou já iniciando, aparentemente, a atividade.

“Iniciando a reflexão...

- Represente graficamente a imagem que você tem de avaliação. - Em grupos, sintetize numa única imagem a representação do grupo.”

⇒ A imagem da proposta fica na tela, mas “de repente” uma voz feminina [da auxiliar técnica do

estúdio] diz: “Pessoal de Artur Alvim, vocês ficaram muito tempo fora e agora eu passo a palavra”. Aparece a imagem do pólo. As professoras estão num burburinho só [andando e falando], e não estão nem um pouco atentas à vídeo. Um rapaz toma a palavra e diz: “Nós tivemos uma queda de energia, mas agora som e imagem estão bons. Passo a palavra”. Volta a imagem para o estúdio de geração, e o PowerPoint volta à tela.

⇒ Passado algum tempo, M. retoma e passa a palavra para uma das turmas (Leste 4, sala 1). Na

turma, agora um pouco mais “cheia”, alguém pega o microfone, diz alguma coisa ininteligível e se retira. A imagem permanece nesta turma. Outra pessoa vai ao microfone e também diz algo que não dá para entender. Os outros permanecem sentados escrevendo, mexendo-se e olhando eventualmente para a tela. A videoconferencista volta e explica que o som está muito ruim e pede que repitam pausadamente. De volta a turma, a mesma aluna explica que eles tiveram algum problema por um tempo e que, aparentemente, por causa disso, ainda não fizeram a atividade. M. então, passa a palavra para a outra turma. [embora o som tenha continuado ruim e não tenha dado para compreender bem qual foi o problema da turma].

⇒ Leste 4, sala 2: aqui, a imagem vai diretamente para o quadro-branco. No quadro, a imagem de

um espiral e, ao lado, algumas palavras, uma abaixo da outra: constante, próxima, realista, significante, envolvente, reflexiva, ativa, movimento. Uma aluna-professora, de pé, ao lado do quadro, “lê” o que fizeram. O som de sua voz não está bem compreensível, mas mesmo assim, M. apenas diz “ok” e passa a palavra para outro pólo.

⇒ Centro-oeste, sala 1: aqui as alunas-professoras encontram-se sentadas, como no início. Uma

delas explica que todos fizeram, que fizeram por escrito. Ela lê: “Colocamos a questão da observação, da (?), do desenvolvimento da criança e o momento de reflexão da prática educativa”.

⇒ No Centro-oeste, sala 2: Aluna diz que “A avaliação na Educação Infantil é a evolução do

sujeito como um todo, em todo o seu caminhar”. Enquanto isso, uma outra pessoa aproxima da câmera uma folha de caderno com o desenho de uma escada e, no topo da escada, um triângulo. A aluna explica: “O triângulo é o sujeito”, enquanto a pessoa que segura o caderno aponta com o dedo os detalhes do desenho.

⇒ Em Guarulhos-sul, a aluna segura um desenho em sulfite e lê um texto que diz algo como “a

avaliação é reflexiva e dinâmica, ela reflete o desempenho da sala, deve ser continua e progressiva, interligar teoria e prática”. O desenho, bem feito, mostrava um professor com uma “prova”, em frente a uma sala de aula, segurando um espelho. O restante continua pouco participativo.

como “recursos metodológicos”] e, por fim, diz que, desta forma, podem prosseguir a discussão do dia.

⇒ A videoconferecista, então, coloca na câmera de documentos a imagem de uma charge do

Tonucci. Começa a “didatizar” a charge, enquanto ajusta o foco/zoom, para que a imagem fique mais nítida. Trata-se de um aluno que vai passando as fases de escolarização de forma que o professor sempre lhe diz como fazer e o que fazer e, ao final, cobra-lhe uma escolha própria. O aluno então diz: “Escolher? O que isso significa?”. A professora não apenas “lê” a charge, mas realmente vai dando uma aula enquanto fala sobre ela e faz com que perca seu caráter de humor. De forma resumida ela fala sobre o caráter autoritário da escola. A professora precisa interromper sua “aula” neste momento, pois parece que Leste 4 está pedindo a palavra. Ela pergunta se estão com algum problema.

⇒ Na turma, demoram um pouco para perceber que estão com a palavra. Uma professora vai até o

microfone e explica que som e imagem estão bons, mas que tinham um problema sim. Não consigo entender do que se trata, mas de volta ao estúdio de geração M. diz que vai retomar a imagem para que tenham noção da discussão de hoje. Ela repete, resumidamente, o que já tinha dito sobre a charge e, a seguir, continua sua exposição, mostrando uma outra imagem.

⇒ Uma nova charge aparece na tela, do mesmo autor. Trata-se, desta vez, de uma série de rostos

de crianças e, em cada um, uma “legenda” que lhe atribui algum “defeito”. No final, um dos rostos é julgado normal e, em seguida, assina a professora, e seu rosto é muito parecido com o do “aluno normal”. M. diz que o tema é da tentativa de encaixar os alunos em padrões pré- estabelecidos. Ela continua didatizando a charge.

Em seguida, ela volta para os slides do PowerPoint. Desta vez, o sub-tema são os “Aspectos

Legais”, em que está transcrito o trecho da LDB que trata da avaliação na Educação infantil:

“Art.31 – Consta que essa avaliação deve ser acompanhamento e registro do desenvolvimento, sem objetivo de promoção.”

M. vai lendo e complementando com as suas palavras a explicação do que isso significa para os educadores.

z



Achei que aqui teve um “corte” meio repentino entre uma “exposição” e outra.

⇒ Logo após, apresenta um slide de um trecho das Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Infantil que reforça a mesma idéia da LDB, e, da mesma maneira, reforça o texto com suas palavras e acrescenta que o professor precisa de instrumentos metodológicos para construir seu olhar sensível para o desenvolvimento da criança. Acrescenta ainda que o centro da EI é a aprendizagem da criança através de múltiplas linguagens.

⇒ O próximo slide apresenta as “Concepções de Avaliação”. É preciso clareza, segundo ela, do

que se entende por avaliação. A videoconferencista observa, antes de lê-lo, que há no material impresso (de apoio) uma abordagem deste assunto, com textos de Jussara Hoffmann. Em seguida, começa a ler:

“O que é avaliar? – Coletar, analisar, sistematizar dados de aprendizagem – Atribuir qualidade ou valor a essa aprendizagem – Tomar uma decisão sobre a conduta: discentes, docentes – Reorientação imediata da aprendizagem – Encadeação para passos subsequentes da aprendizagem – Ato dinâmico que reencaminha a ação para a melhora da qualidade → ação - reflexão - ação.”

⇒ Fora do conteúdo do slide, ela destaca que uma das professoras tinha falado algo sobre essa

“fórmula” de J.K. e explica que é preciso que a avaliação tenha três etapas - diagnóstica, processual e conclusiva (?). Passa um próximo slide que, resumidamente, fala sobre a necessidade de um modelo teórico que se traduz numa prática pedagógica, na avaliação. Ela lê o que está escrito, mas vai sempre reiterando, completando.

⇒ Nos próximos slides, M. vai explicar que a avaliação é sempre pautada por uma concepção de

educação e que elas são três: inatista (maturacionista, que resulta em avaliação espontaneísta), ambientalista (behaviorismo que resulta em avaliação de observação apenas) e interacionista (construtivismo, defendido por ela, que segundo sua explicação é um momento de reflexão que conduzirá a ação e intervenção, ou seja, avaliação processual). Ela passa a imagem para si para reiterar essa defesa da avaliação construtivista. Nesse momento, acaba dando alguns exemplos mais práticos do que está sendo dito, mas nada tão aprofundado.

⇒ “Objetivo da Avaliação” é o próximo item. Trata-se da defesa da aprendizagem significativa,

segundo a concepção construtivista, segundo ela. M. fala um pouco, aqui, sobre a importância da pergunta [transmitindo sua imagem para os pólos] e volta para o slide, acrescentando que o outro objetivo é a intervenção do professor.

⇒ “Pressupostos para uma proposta de Avaliação”: o aspecto central aqui é o respeito a

diversidade, dos alunos e de linguagens. Outro aspecto é a curiosidade do professor, segundo sua explicação, que busque desafios sempre. Também é pressuposto a avaliação como processo.

z



M. reforça novamente, dirigindo-se às turmas com a sua imagem na tela. Essa sua prática é uma constante. Parece-me, no entanto, que essa acaba sendo o único recurso usado pela videoconferencista para fazer “quebras” na sua explicação, de forma que fique mais didática. Não dá para saber se é proposital, ou se a intenção é de apenas reforçar idéias.

⇒ Passa para o próximo tema, que são os “Pressupostos curriculares”: atender as especificidades

da criança e da comunidade, considerar vivências das crianças, permitir imprevistos. “Portanto...” são organizações de momentos e situações de aprendizagem. A seguir, trata da “Concepção de Criança”: ser político e social, autônoma, crítica e criativa, participativa.

⇒ Neste momento, M. volta à charge do aluno que não aprende a fazer escolhas. Coloca a charge

na tela e comenta, fazendo ligação com o tema que está abordando no slide, ou seja, a necessidade de desenvolver a participação da criança.

⇒ Continua a sua exposição, agora com o tema “Princípios metodológicos da Avaliação”:

anotações constantes; avaliação mediadora; diálogo freqüente entre educadores e pais; elaboração de sínteses diárias e semestrais; elo entre prática cotidiana e planejamento; avaliação também da proposta e da instituição.

⇒ A temática que ela aborda agora são os instrumentos de avaliação. Desta vez, dá preferência

para a explicação sem os slides. Fala sobre a possibilidade de elaboração de relatórios ou de

portfolios. A seguir, mostra na câmera de documentos, um exemplo, um portfolio de uma turminha, intitulado “Projeto Índios”. O documento apresenta uma capa, com um desenho de

umas penas coloridas, a seguir, um organograma de representação dos objetivos do projeto, e em seguida, um texto que narra o surgimento e desenvolvimento do projeto. A videoconferencista tenta mostrar o texto na câmera de documentos, mas não consegue, então explica para as turmas que por causa do tamanho da letra e da impossibilidade de mostrar usando aquele recurso, irá ler para eles. Ela mantém a transmissão de sua imagem e vai lendo o texto. Após a leitura, volta para a câmera, para mostrar o restante do documento. M. vai mostrando e explicando, a partir do exemplo, de que forma o trabalho com portfolio pode se dar.

⇒ Após um período um pouco mais longo de exposição, a professora diz que vai passar a palavra

para os pólos para verificar se têm dúvidas e se eles preferem que ela faça o intervalo agora ou se ela pode primeiro passar um vídeo e depois dar o intervalo: “Para que digam o que é melhor para vocês”.

⇒ Leste 4, sala 1: nesta turma, muito esvaziada (ainda mais do que no início), demoram para

responder a pergunta. Ficam sentadas, apenas olhando, até que alguém se levanta e diz, “Está tudo bem”. Aí alguém diz alguma coisa, “de fundo” e ela complementa: “O intervalo pode ser agora”.

⇒ Centro-oeste, sala 1: Turma mais atenta também. A professora que responde é breve: “Nós

preferimos ver o vídeo primeiro e depois sair para o intervalo”.

⇒ Centro-oeste, sala 1: Da mesma forma, esta turma parece mais atenta e dizem que preferem ver

o vídeo primeiramente. A disposição desta turma permanece a mesma também (maioria no fundo e uma pessoa mais a frente).

⇒ Guarulhos sul: Esta turma é a mais cheia no momento. Há pelo menos dez pessoas na sala, mas

a maioria concentra-se ao fundo, sentadas em círculos, de forma que algumas chegam a ficar de costas para a câmera. Aqui a aluna diz que prefere ver o vídeo, mas que têm dúvidas.

⇒ M. diz que, se quiserem, podem fazer as perguntas naquele momento. A aluna, então, toma a

palavra e explica que a dúvida delas tem relação com a importância que deve ser dada ao conteúdo. Ela diz que em determinado momento a videoconferencista disse que o importante é a interação da criança [a aluna chega a ler a sua anotação sobre isso], mas como o exemplo do

portfolio trouxe um trabalho com índios, elas não entenderam “o que vem primeiro: o conteúdo ou a vivência da criança”. M. responde que é claro que o conteúdo vai estar presente, mas que ele não é a finalidade das atividades e sim mediador para as experiências das crianças. Pergunta se a dúvida ainda permanece para que esclareça antes da reprodução do vídeo. A aluna afirma: “Já foi esclarecido”.

⇒ A videoconferencista esclarece do que se trata o vídeo que vai passar. Intitula-se “Pingos” e

trata de um projeto com livros, realizado por uma professora com suas crianças. Pede que observem, durante o vídeo, os instrumentos de avaliação utilizados. Antes de iniciar o vídeo que, segundo ela, tem 15 minutos, deixa na tela o slide com a seguinte proposta:

“Para refletir... A partir do vídeo apresentado, quais os critérios que vocês apontam para a construção de um instrumento de avaliação?”

z



O vídeo não consta na gravação arquivada pelo PEC. A gravação apresenta um corte e, em seguida, a videoconferencista retorna, sendo auxiliada a reorganizar-se pelo monitor/pessoal técnico e diz: “Espero que tenham aproveitado o vídeo. São 21:10, vou dar o intervalo e em seguida retomamos as atividades. Retornamos às 21:40. Tudo bem assim para vocês? Tudo em ordem, Leste?”, ela pergunta.

⇒ Leste, sala 1: aparece apenas a imagem, ninguém se manifesta. A professora entende que está

tudo bem, que concordam e retoma a palavra para passá-la à outras turmas. Em todos os demais pólos, as turmas apenas confirmam que está tudo “ok”, sem outros comentários. M. finaliza repetindo o horário em que retomará as atividades e despede-se com um “Até já”. Na tela, ela deixa a imagem do slide com a proposta de análise do vídeo reproduzido.

[intervalo – corte na gravação]

⇒ Na volta do intervalo ainda exibe-se na tela a imagem do slide com a proposta da atividade. M.,

antes de retomar, avisa que vai passar pelos grupos a fim de verificar se já terminaram a atividade e se já estão prontos para as apresentações. Passa para:

⇒ Leste 4, sala 1: As professoras movimentam-se e conversam. Uma delas diz: “Já é agora?” e

depois começa: “Professora, nós aqui, chegamos a seguinte conclusão...” [Aparentemente elas não estavam atentas e não entenderam qual era a intenção da videoconferencista neste momento]. M. “corta” a fala dela e diz que “Vou pedir para você esperar um minutinho, eu vou passar pelos outros grupos para ver se todos terminaram e eu já volto para vocês”.

⇒ Leste 4, sala 2: Aqui as professoras estão menos agitadas, parece que ainda estão terminando.

“Professora, mais um minutinho, por favor”. M. dá um “ok” e avisa que, enquanto terminam, ela vai passando pelos outros pólos.

⇒ No centro-oeste, sala 2, três professoras, ao fundo, conversam animadamente. Duas estão mais

atentas e respondem que estão prontas e que aguardam a continuidade da atividades. Finalmente, M. passa a palavra para Guarulhos sul.

⇒ Guarulhos sul: as professoras continuam acomodadas em grupos grandes bem ao fundo, embora

o foco da câmera esteja na frente da sala. Aqui elas apenas dizem: “A atividade está pronta”. Por fim, M. decide começar as apresentações e volta a palavra para o Leste 4, sala 1, para que possam “apresentar suas reflexões”, ela diz.

⇒ Na sala 1 do pólo Leste 4, cinco pessoas encontram-se presentes. Todas olham para a câmera.

Uma delas lê a resposta a atividade. Fala alguma coisa sobre ação-reflexão, sistematizar dados, ato dinâmico, avaliar conduta discente e docente, a criança no centro da ação avaliatória... Parece que elas respondem bem dentro do conteúdo dado por M. antes do intervalo, até com as mesmas palavras! [O som não está bom, não consigo compreender bem o que diz, fico na dúvida se isso é um problema da gravação ou se, no dia da vídeo-aula, isso também estava assim!].

⇒ M. comenta a resposta, dizendo que o critério de qualidade que elas citam [que, aliás, eu não

tinha ouvido] é importante para que haja a formação do professor e também comenta sobre a criança no centro de nossa observação, dizendo que deve haver um equilíbrio entre a observação da criança e o professor, é preciso por no centro o grupo (professor e criança)! Em seguida pergunta se o grupo quer comentar e passa a palavra.

⇒ Na sala, que aliás, agora tem mais algumas pessoas presentes e agitadas, a professora diz: “E

agora, gente?” e, em seguida, não havendo colaboração das colegas: “Não, professora. Seus esclarecimentos foram bons e enriqueceram nossa resposta. Passo a palavra.”

⇒ M. passa a palavra para o Leste 4, sala 2, para que façam sua apresentação.

⇒ Nesta sala, dois grupos presentes, encontram-se no fundo. Um deles, o que não responde, não

olha para a câmera ou para as colegas, parecendo completamente alheio à aula. Uma das professoras começa a responder, mas não é possível compreender nada de sua fala! O som está péssimo! Em certo momento, M. corta a sua fala e pede que ela fale mais longe do microfone pois o som está muito ruim e pede que ela recomece. De volta ao grupo, a aluna-professora