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171A Portaria nº 1.229/14 define os valores do incentivo financeiro mensal

de custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR), das Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF) e das Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), com o intuito de atender às populações ribeirinhas, pois muitas delas

moram muito longe dos serviços de saúde (BRASIL, 2014). Assim, os desafios

para o aprimoramento da ESF estão condicionados a fatores complexos e que, por isso, exigem um maior esforço político-institucional, perpassando por contratos temporários e relações trabalhistas precárias, e consequen- temente, questões ligadas ao financiamento, à formação de profissionais, à gestão/educação de pessoal e ao desenvolvimento de ações intersetoriais (ARANTE; SHIMIZU; MERCHÁN-HAMANN, 2016).

Nesse contexto, percebe-se a necessidade de aprimorar o acesso das populações que vivem nas comunidades ribeirinhas a serviços essenciais, es- pecialmente serviços de saúde de forma regular e contínua, para que se pos- sam realizar atividades de educação e promoção de saúde com efetividade (FRANCO et al, 2015).

Essa dificuldade de acesso se relaciona com a prática da automedica- ção, o que constatado de modo preocupante nesse estudo. O uso indiscri- minado de fármacos representa um fator de risco ao agravo do estado de saúde. Estudos apontam que o uso indevido de medicamentos é considerado um problema de saúde pública no Brasil, a vulnerabilidade à automedicação ocorre geralmente em pessoas com dificuldades para realizar suas atividades cotidianas, sejam estas laborais, domesticas ou relacionadas ao lazer. Imagina- se que essas pessoas tendem a utilizar medicamentos para tratar ou aliviar sintomas que estão a prejudicar suas atividades do dia-a-dia. Essa situação pode acarretar o agravamento de doenças, uma vez que mascara determi- nados sintomas, além ter, como possíveis consequências, reações alérgicas (DOMINGUES et al, 2017).

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A Portaria nº 1.229/14 define os valores do incentivo financeiro mensal

de custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR), das Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF) e das Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), com o intuito de atender às populações ribeirinhas, pois muitas delas

moram muito longe dos serviços de saúde (BRASIL, 2014). Assim, os desafios

para o aprimoramento da ESF estão condicionados a fatores complexos e que, por isso, exigem um maior esforço político-institucional, perpassando por contratos temporários e relações trabalhistas precárias, e consequen- temente, questões ligadas ao financiamento, à formação de profissionais, à gestão/educação de pessoal e ao desenvolvimento de ações intersetoriais (ARANTE; SHIMIZU; MERCHÁN-HAMANN, 2016).

Nesse contexto, percebe-se a necessidade de aprimorar o acesso das populações que vivem nas comunidades ribeirinhas a serviços essenciais, es- pecialmente serviços de saúde de forma regular e contínua, para que se pos- sam realizar atividades de educação e promoção de saúde com efetividade (FRANCO et al, 2015).

Essa dificuldade de acesso se relaciona com a prática da automedica- ção, o que constatado de modo preocupante nesse estudo. O uso indiscri- minado de fármacos representa um fator de risco ao agravo do estado de saúde. Estudos apontam que o uso indevido de medicamentos é considerado um problema de saúde pública no Brasil, a vulnerabilidade à automedicação ocorre geralmente em pessoas com dificuldades para realizar suas atividades cotidianas, sejam estas laborais, domesticas ou relacionadas ao lazer. Imagina- se que essas pessoas tendem a utilizar medicamentos para tratar ou aliviar sintomas que estão a prejudicar suas atividades do dia-a-dia. Essa situação pode acarretar o agravamento de doenças, uma vez que mascara determi- nados sintomas, além ter, como possíveis consequências, reações alérgicas (DOMINGUES et al, 2017).

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CONCLUSÃO

Os resultados possibilitaram sistematizar a caracterização sociodemo- gráfica e epidemiológica dos ribeirinhos da Ilha do Combú, identificando os aspectos socioeconômicos capazes de repercutir na saúde, como a baixa escolaridade e renda, assim como os principais fatores de risco que propor- cionam exposição, a exemplo de sedentarismo e automedicação.

É importante destacar que embora haja o registro de dados a respeito da situação de saúde dos ribeirinhos da região metropolitana de Belém no ESUS, este ocorre de forma generalizada, não enfocando especificidades em aspectos como: acompanhamento de hipertensos; diabéticos; grávidas, con- trole da tuberculose e hanseníase, problemas mentais, alcoolismo, malária, dentre outros.

Os achados sugerem que o manejo da saúde da população ribeirinha ainda é um desafio para os profissionais de saúde da USF do Combú, sendo relevante por apontar os problemas de saúde existentes na Ilha, constituindo subsídios para o planejamento das ações de prevenção de doenças e promo- ção da saúde.

Como implicações para a prática os resultados mostram a importância

da educação em saúde como um fator determinante para a melhoria da qua- lidade de vida. Cabe à equipe de saúde contribuir para o esclarecimento dos moradores da ilha no que se refere ao aproveitamento dos recursos locais, assim como a orientação quanto à prática de exercícios físicos, alimentação saudável e cuidados com a higiene pessoal e ambiental.

Este estudo apresentou algumas limitações por ter analisado o perfil específico da microárea 1, sendo importante conhecer essa realidade no conjunto das microáreas. Essa limitação é também uma consequência do pouco investimento governamental que fortalece as dificuldades enfrentadas por ribeirinhos e profissionais de saúde principalmente a respeito da falta de transporte marítimo para deslocamento entre as microáreas e entre a Ilha e Belém, além do reduzido número de profissionais, comprometendo o acom- panhamento sistemático da população nas demais microáreas.

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CONCLUSÃO

Os resultados possibilitaram sistematizar a caracterização sociodemo- gráfica e epidemiológica dos ribeirinhos da Ilha do Combú, identificando os aspectos socioeconômicos capazes de repercutir na saúde, como a baixa escolaridade e renda, assim como os principais fatores de risco que propor- cionam exposição, a exemplo de sedentarismo e automedicação.

É importante destacar que embora haja o registro de dados a respeito da situação de saúde dos ribeirinhos da região metropolitana de Belém no ESUS, este ocorre de forma generalizada, não enfocando especificidades em aspectos como: acompanhamento de hipertensos; diabéticos; grávidas, con- trole da tuberculose e hanseníase, problemas mentais, alcoolismo, malária, dentre outros.

Os achados sugerem que o manejo da saúde da população ribeirinha ainda é um desafio para os profissionais de saúde da USF do Combú, sendo relevante por apontar os problemas de saúde existentes na Ilha, constituindo subsídios para o planejamento das ações de prevenção de doenças e promo- ção da saúde.

Como implicações para a prática os resultados mostram a importância

da educação em saúde como um fator determinante para a melhoria da qua- lidade de vida. Cabe à equipe de saúde contribuir para o esclarecimento dos moradores da ilha no que se refere ao aproveitamento dos recursos locais, assim como a orientação quanto à prática de exercícios físicos, alimentação saudável e cuidados com a higiene pessoal e ambiental.

Este estudo apresentou algumas limitações por ter analisado o perfil específico da microárea 1, sendo importante conhecer essa realidade no conjunto das microáreas. Essa limitação é também uma consequência do pouco investimento governamental que fortalece as dificuldades enfrentadas por ribeirinhos e profissionais de saúde principalmente a respeito da falta de transporte marítimo para deslocamento entre as microáreas e entre a Ilha e Belém, além do reduzido número de profissionais, comprometendo o acom- panhamento sistemático da população nas demais microáreas.

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REFERÊNCIAS

ARANTES, L.J; SHIMIZU, H.E; MERCHÁN-HAMANN, E. Contribuições e desafios da Estratégia Saúde da Família na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, volume. 21, n.5,

p.g 1499-1509, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pi- d=S1413-81232016000501499&script=sci_abstract&tlng=pt> . Acesso em: 15 out. 2019.

BADKE, M.R et. Saber popular: uso de plantas medicinais como forma tera-

pêutica no cuidado à saúde. Rev Enferm UFSM, volume. 6, n. 2, p.g 225-234,

2016. . Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/17945/ pdf> . Acesso em: 15 out. 2019.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária, e abastecimento. Boas Práticas

de Manejo – Açaí. 2017. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/as-

suntos/sustentabilidade/organicos/arquivos-publicacoesorganicos/boas_pra- ticas_de_manejo_para_o_extrativismo_sustentavel_organico_do_acai.pdf/ view>. Acesso em: 15 out. 2019.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 1.229, de 6 de junho de 2014. Define os valores do incentivo financeiro mensal de custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR), das Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF)

e das Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF). Diário Oficial da União,

Brasília, 9 jun. 2014.

BULGARELI, J.V et al . Factors influencing the impact of oral health on the

daily ctivities of adolescents, adults and older adults. Rev. Saúde Pública

[Internet]. volume. 52, n. 44, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/scie- lo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102018000100231&lng=en>. Aces- so em: 15 out. 2019.

CARREIRO, D. L et al. Avaliação da satisfação com a assistência odontológica na perspectiva de usuários brasileiros adultos: análise multinível. Ciência & Saúde Coletiva [online], v. 23, n. 12, p.g 4339-4349, 2018. Disponível em:

<https://doi.org/10.1590/1413812320182312.32792016>. Acesso em: 15 out. 2019

DOMINGUES, P.H.F et al. Prevalência e fatores associados à automedica- ção em adultos no Distrito Federal: estudo transversal de base populacional.

Epidemiol. Serv. Saúde, volume. 26, n.2, p.g 319-330, 2017. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2237-96222017000200319&script=s- ci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 14 out. 2019.

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