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195pidas para os seus problemas, em foco principal adolescentes ou jovens com

problemas psiquiátricos ou mentais. (BRAGA e DELL’AGLIO, 2013)

Em uma pesquisa realizada no Brasil com 88 adolescentes com idades entre 12 a 17 anos que cursavam a sexta e sétima série do ensino fundamen- tal, comprovou-se que a intensidade do humor depressivo foi maior do que a verificada na população geral, em outras fases da vida, apenas com exceção a terceira idade. A intensidade da depressão fora classificada do mínimo ao leve em mais de 50% dos casos sendo que 26% caracterizavam resultados sugestivos de depressão clínica. Este estudo contribui aos dados da literatura sobre a vulnerabilidade a depressão na adolescência. (ARGIMON et al, 2013). Torna-se assim preocupante a alta prevalência de sintomas depressivos nesta faixa etária, pois a adolescência é uma fase crucial ao desenvolvimento, na qual a presença de sintomas depressivos e o desenvolvimento de transtor- nos de humor ou personalidade podem comprometer o desenvolvimento saudável do indivíduo.

Estudos como esse salientam a importância de se estudar caracterís- ticas sociodemográficas presentes nessa população, assim como os fatores influentes para o surgimento e aumento de sintomas depressivos nessa etapa da vida.

Em outra investigação realizada com adolescentes entre 14 a 19 anos comprovou que de 417 casos, 80 casos (19,2%) apresentaram um nível mo- derado ou grave de depressão e 173 desses casos (41,5%) configurando a presença de um indício de potencial suicida, o resultado foi significativo e incentivou novos estudos na área, assim como conclusões da dificuldade em expor o assunto, sobre suicídio e ideação suicida, tanto com os próprios adolescentes como na comunidade: com os familiares e amigos, até mesmo os professores ou profissionais da área de saúde, que precisam de preparo e capacitação para lidar melhor com essa situação que se destaca socialmente a cada dia mais. (WERLANG, BORGES e FENSTERSEIFER, 2014)

Não há uma única causa para o suicídio. A maior parte das vezes ocor- re quando os estressores excedem as habilidades atuais de lidar com alguém que sofre de uma condição de saúde mental (AFSP, 2017). Em outras palavras, o suicídio seria oriundo de variantes importantes no contexto social do indivíduo, cuja convergência desses fatores irão ter a sua culminância na ten- tativa de suicídio. Alguns desses estressores se apresentam de acordo com o contexto de inserção do adolescente na sociedade e como ele se visualiza a si mesmo diante desta realidade.

Ainda segundo a AFSP, as estatísticas demonstram que a taxa de sui- cídio anual ajustada por idade é de 13,26 por 100.000 indivíduos, homens

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Segundo a OMS o suicídio é atualmente um problema de saúde pública

mundial, presente como estimativa em vários países, o mesmo se caracteriza por ser uma das principais causas de morte. No Brasil, de acordo com os da- dos do Ministério da Saúde, a taxa de suicídio aumentou em 40% entre crian- ças e pré-adolescentes com idade de 10 a 14 anos. Há uma estimativa que essa taxa aumente em 50% até o ano de 2020. Em 2017 o Ministério lançou a “Agenda Estratégica de Prevenção do Suicídio”, com taxa de suicídio entre a população de 5 a 19 anos equivalente a 1,7 para cada 100 mil habitantes, conforme dados do Sistema de Informações de Mortes (SIM), contabilizado entre 2011 a 2016. (BRASIL, 2017)

Considerando, então, que o suicídio nessa fase da vida não é apenas um problema de cunho familiar, mas que também diz a respeito dos profissionais da área de saúde, necessita-se observar ativamente o exercício de profissão desses participantes, sejam eles de qualquer classe profissional da área de saúde. Tarefa essa que visa o surgimento de novos estudos, criação de estra- tégias de prevenção, identificação dinâmica dos fatores de risco ao suicídio para a prevenção, assim como investir na formação desses profissionais para que eles possam enfrentar essa situação com embasamento cientifico neces- sário. (BRAGA E DELL’AGLIO, 2013).

Estudos demonstram a relação de diversos transtornos psiquiátricos em relação a ideação suicida, entre eles os transtornos clínicos e transtornos de personalidade, destacando-se a depressão quando a ideação suicida co- meça a surgir pela infância e adolescência.

Outro fator importante para o aumento da taxa de suicídio é tam- bém a vulnerabilidade social em que esses indivíduos sociais são expostos, situações de pobreza, desemprego, estresse econômico e instabilidade social podem predispor ao suicídio. Em adolescentes, a perda de um ente querido ou situações de exposição social aumentam consideravelmente o risco de suicídio. (BRAGA E DELL’AGLIO, 2013). Ainda ao se falar de ideação suicida, pesquisadores expõe uma relação entre suicido e conhecer uma pessoa que já tentou o mesmo como um comportamento de imitação ou contágio, de- nominado suicide contagion por Mercy et Al. (2001) ao se refere a influência da divulgação do comportamento de pessoas que cometeram suicídio sobre o comportamento de pessoas com saúde mental vulnerável ou fragilizada. Determinantes como esses caracterizam a importância de debater em volta do tema e alertar a população ao que tange os riscos que um quadro psíqui- co fragilizado pode ocasionar.

Casos de suicídio estampados em jornais, televisão, internet ou em qualquer meio social podem “contagiar” pessoas que procuram soluções rá-

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pidas para os seus problemas, em foco principal adolescentes ou jovens com

problemas psiquiátricos ou mentais. (BRAGA e DELL’AGLIO, 2013)

Em uma pesquisa realizada no Brasil com 88 adolescentes com idades entre 12 a 17 anos que cursavam a sexta e sétima série do ensino fundamen- tal, comprovou-se que a intensidade do humor depressivo foi maior do que a verificada na população geral, em outras fases da vida, apenas com exceção a terceira idade. A intensidade da depressão fora classificada do mínimo ao leve em mais de 50% dos casos sendo que 26% caracterizavam resultados sugestivos de depressão clínica. Este estudo contribui aos dados da literatura sobre a vulnerabilidade a depressão na adolescência. (ARGIMON et al, 2013). Torna-se assim preocupante a alta prevalência de sintomas depressivos nesta faixa etária, pois a adolescência é uma fase crucial ao desenvolvimento, na qual a presença de sintomas depressivos e o desenvolvimento de transtor- nos de humor ou personalidade podem comprometer o desenvolvimento saudável do indivíduo.

Estudos como esse salientam a importância de se estudar caracterís- ticas sociodemográficas presentes nessa população, assim como os fatores influentes para o surgimento e aumento de sintomas depressivos nessa etapa da vida.

Em outra investigação realizada com adolescentes entre 14 a 19 anos comprovou que de 417 casos, 80 casos (19,2%) apresentaram um nível mo- derado ou grave de depressão e 173 desses casos (41,5%) configurando a presença de um indício de potencial suicida, o resultado foi significativo e incentivou novos estudos na área, assim como conclusões da dificuldade em expor o assunto, sobre suicídio e ideação suicida, tanto com os próprios adolescentes como na comunidade: com os familiares e amigos, até mesmo os professores ou profissionais da área de saúde, que precisam de preparo e capacitação para lidar melhor com essa situação que se destaca socialmente a cada dia mais. (WERLANG, BORGES e FENSTERSEIFER, 2014)

Não há uma única causa para o suicídio. A maior parte das vezes ocor- re quando os estressores excedem as habilidades atuais de lidar com alguém que sofre de uma condição de saúde mental (AFSP, 2017). Em outras palavras, o suicídio seria oriundo de variantes importantes no contexto social do indivíduo, cuja convergência desses fatores irão ter a sua culminância na ten- tativa de suicídio. Alguns desses estressores se apresentam de acordo com o contexto de inserção do adolescente na sociedade e como ele se visualiza a si mesmo diante desta realidade.

Ainda segundo a AFSP, as estatísticas demonstram que a taxa de sui- cídio anual ajustada por idade é de 13,26 por 100.000 indivíduos, homens

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