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121pe administrativa e com o corpo discente Caso contrário, o discente não

esteja presente no momento da construção do PPC, o ensino ofertado pela instituição poderá tornar-se falho, pois no momento da sua construção não há reflexão de que os discentes são partes integrantes e fundamentais da construção do PPC, o qual é direcionado pelas DCN/ENF que assumem a peça fundamental na formação prática e laboral do enfermeiro (MARÇAL et al., 2014; LIMEIRA et al., 2015; VIEIRA et al., 2016).

CONCLUSÃO

A participação dos estudantes no grupo de estudos sobre o PPC de enfermagem permitiu discutir experiências sobre os componentes curricula- res e a execução do referido projeto durante a graduação. Além disso, o fato de o grupo possuir estudantes de diferentes semestres aumenta a criticidade e a importância do debate, no sentindo de melhorar a formação em enfer- magem para as turmas iniciais.

Ressalta-se também que a inserção de estudantes nesses espaços, de forma voluntária, oportuniza a eles uma reflexão sobre a construção do cur- so, o papel da universidade e as competências e habilidades que eles deverão desenvolver enquanto futuros enfermeiros. Considerando também que o PPC é um instrumento para o estudante cobrar a qualidade em sua formação, o cumprimento de ementas propostas para as disciplinas e compreender as burocracias institucionais.

As reuniões tiveram grande êxito ao fomentarem a discussão sobre os capítulos do PPC de uma forma atrativa, utilizando metodologias ativas e reconhecendo que os estudantes possuem saberes e experiências a serem compartilhadas sobre esse tema. Além disso, a periodicidade e o cronograma semestral facilitaram o planejamento do grupo e adesão dos estudantes.

Outro ponto de êxito para a formação dos estudantes é que estes assumem o protagonismo em questões voltadas para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem em reuniões acerca do planejamento e da execu- ção do projeto pedagógico. Além disso, tornam-se agentes capazes de facilitar espaços de debates sobre o PPC, sobretudo em momentos de formação do CAENF, como o acolhimento aos calouros e outros.

Recomenda-se que essa experiência seja vivenciada em outras insti- tuições, para que outros estudantes possam conhecer a protagonizar mais sua formação. É um passo inicial, mas que tem grande relevância na formação de enfermeiros críticos e reflexivos, preparados para os desafios propostos pelo cenário atual da saúde e as especificidades de sua região.

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Durante o diálogo da operacionalização dos estágios curriculares da

graduação, surgiu a reflexão de que todos os campos de prática da univer- sidade estão inseridos no SUS, desde a atenção primária até a terciária. Por meio disso os discentes puderam compreender a relação entre o ensino-ser- viço vendo o SUS como uma grande escola para a sua formação acadêmica, tendo em vista que o SUS possui grande atribuição no que tange a ordena- ção da formação profissional para a saúde (SILVA et al., 2018), refletindo nas DCN/ENF que orientam a formação em enfermagem voltada para atender as necessidades sociais da saúde com ênfase no SUS (BRASIL, 2001).

Na discussão a respeito dos projetos complementares criados pelos ministérios da saúde e educação como o PRÓ-SAÚDE, PET-SAÚDE e Ciên- cias sem fronteiras, notou-se que apenas o projeto PET-SAÚDE vem sendo ofertado pela instituição. A falta de programas complementares se torna um fato preocupante, visto que esses programas se configuram como um incen- tivador quanto à integração entre ensino, serviço e comunidade, proporcio- nando uma formação interdisciplinar, crítica, humanizada e comprometida com a realidade do Sistema Único de Saúde para a transformação social e a promoção da Saúde (MORAES et al., 2012; SANTOS et al.,2013).

Dentro das discussões uma das mais relevantes foi a respeito dos eixos temáticos dos semestres do curso, na qual cada discente pontuou os pontos positivos e negativos da sua experiência enquanto público alvo do PPC. Posto que discussões a respeito das potencialidades e vulnerabilidades do PPC são de extrema importância para o seu aperfeiçoamento (SOUZA et al., 2012; MEIRA e KURCGANT, 2016).

quando o discente possui o conhecimento do PPC e se permite estudá -lo de forma aprofundada enfatizando a missão, bases filosóficas, componen- tes curriculares, perfil do formando egresso/profissional, estrutura organiza- cional e o objetivo do curso, o discente torna-se protagonista do processo de ensino e aprendizagem, e assim, desenvolve a criticidade acadêmica neces- sária à sua formação (MAGALHÃES et al., 2017). Através disso, espera-se que o estudante adquira a capacidade de identificar lacunas na forma do ensino ministrado pelo corpo docente da Universidade, por meio da observação e da reflexão que resultam em ações transformadoras (WINTERS et al., 2016). Caso o ensino não esteja em conformidade com as PPC, o estudante terá a autonomia e propriedade para pedir esclarecimento de tal falha.

A partir da promoção do conhecimento das potencialidades e lacunas presentes no PPC, os estudantes podem contribuir ativamente com discus- sões acerca de possíveis reestruturações/avaliações, visto que a construção do PPC deve ser direcionada por meio da coletividade entre docentes, equi-

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pe administrativa e com o corpo discente. Caso contrário, o discente não

esteja presente no momento da construção do PPC, o ensino ofertado pela instituição poderá tornar-se falho, pois no momento da sua construção não há reflexão de que os discentes são partes integrantes e fundamentais da construção do PPC, o qual é direcionado pelas DCN/ENF que assumem a peça fundamental na formação prática e laboral do enfermeiro (MARÇAL et al., 2014; LIMEIRA et al., 2015; VIEIRA et al., 2016).

CONCLUSÃO

A participação dos estudantes no grupo de estudos sobre o PPC de enfermagem permitiu discutir experiências sobre os componentes curricula- res e a execução do referido projeto durante a graduação. Além disso, o fato de o grupo possuir estudantes de diferentes semestres aumenta a criticidade e a importância do debate, no sentindo de melhorar a formação em enfer- magem para as turmas iniciais.

Ressalta-se também que a inserção de estudantes nesses espaços, de forma voluntária, oportuniza a eles uma reflexão sobre a construção do cur- so, o papel da universidade e as competências e habilidades que eles deverão desenvolver enquanto futuros enfermeiros. Considerando também que o PPC é um instrumento para o estudante cobrar a qualidade em sua formação, o cumprimento de ementas propostas para as disciplinas e compreender as burocracias institucionais.

As reuniões tiveram grande êxito ao fomentarem a discussão sobre os capítulos do PPC de uma forma atrativa, utilizando metodologias ativas e reconhecendo que os estudantes possuem saberes e experiências a serem compartilhadas sobre esse tema. Além disso, a periodicidade e o cronograma semestral facilitaram o planejamento do grupo e adesão dos estudantes.

Outro ponto de êxito para a formação dos estudantes é que estes assumem o protagonismo em questões voltadas para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem em reuniões acerca do planejamento e da execu- ção do projeto pedagógico. Além disso, tornam-se agentes capazes de facilitar espaços de debates sobre o PPC, sobretudo em momentos de formação do CAENF, como o acolhimento aos calouros e outros.

Recomenda-se que essa experiência seja vivenciada em outras insti- tuições, para que outros estudantes possam conhecer a protagonizar mais sua formação. É um passo inicial, mas que tem grande relevância na formação de enfermeiros críticos e reflexivos, preparados para os desafios propostos pelo cenário atual da saúde e as especificidades de sua região.

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REFERÊNCIAS

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ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO: ASPECTOS ÉTICOS

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