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GRANDES PRINCÍPIOS PARA A VIDA (6:1-19)

O verso 22 deste capítulo pode ser tomado como a norma que orienta toda a doutrina do capítulo. Três processos aí descritos formam o triângulo que deve normalizar a vida: (1) Quando caminhares; (2) quando te deitares; (3) quando acordares. Assim, andando, dormindo e acordando, deve o homem cuidar-se contra os tremendos imprevistos e descuidos desta vida, num mundo mau e pecaminoso, cheio de surpresas e percalços. Se nós atentarmos para os ensinos deste capítulo, evitaremos na vida muitas ansiedades e angústias, que levam à cova antes do tempo.

3.10.1 Ficar como fiador do companheiro (6:1-5)

Coisa tremenda é pôr o nome num documento de outrem, assumindo a obrigação de pagar, se o outro falhar. Isso é mais grave do que parece e não poucas vezes caímos nessa ratoeira. Este autor está calejado disso, mas prometeu jamais transgredir esse mandamento. É proibido ficar como fiador. Talvez haja uma ressalva, que faremos bem em colocar aqui: caso o afiançado der outras garantias por fora, de modo a cobrir os riscos assumidos. Assim ainda poderá ser dada a fiança, mas o melhor é: nem assim, nem de modo algum. É preceito bíblico. Não poucos têm sido arruinados por darem fiança a outrem. Não se entenda que todos que pedem fiança são caloteiros; todavia, no caminho acontecem coisas que levam um homem direito a não poder cumprir as suas obrigações. Então aí está o fiador. Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro, o se te empenhaste ao estranho (6:1). A doutrina é que não devemos ficar por fiadores de companheiros, isto é, Irmãos ou até estranhos. Nem num caso nem noutro. Se ficarmos por fiador de quem quer que seja, já estás enredado com os teus lábios, estás prego com as palavras da tua boca (v. 2). Como se vê, o estatuto da fiança é antigo. Moisés legislou quanto a emprestar dinheiro, que é bem melhor do que ficar por fiador (Deut. 23:19). É melhor emprestar, admitindo que se pode perder, do que ficar por fiador. Se perdermos o emprestado, perdemos o nosso; mas se ficarmos por fiador poderemos perder até o que não é nosso. O conselho é este: Filho meu, agora faze isto: livra-te, pois caíste nas mãos do teu companheiro (v. 3), continuando a dar instruções quanto ao modo de se livrar da rede, implorando e não descansando nem de dia nem de noite, até se livrar da emboscada. Isso, atualmente é impossível, pois fiança é assinatura em documento, o que não seria o caso antigamente, porquanto a palavra valia. Como se poderia retirar a fiança dada em documentos? Não há jeito. Em casos de fiança de casa, o Código Civil, nos Artigos 1500/1501, admite que o fiador pode denunciar a fiança dada; mas os que pedem a fiança logo se cobrem contra esta possibilidade, incluindo no contrato a cláusula de que o fiador abre mão daquele direito; e, como poucos conhecem o Código Civil, então a prescrição é quase nula. O verso 5 usa uma linguagem típica de agir como a gazeia, ao se livrar do caçador, e a ave, do passarinheiro. Registrando nesta página esses conselhos, esperamos que os dez leitores do livro aprendam a lição.

Em Israel a fiança podia ser dada em objetos, como penhores. Todavia, o sábio legislador foi muito severo na maneira como se poderia aceitar essa fiança. Em Êxodo 22:25-27 admite-se dar objetos em penhor. Caso o irmão fosse pobre, daria o vestido; este, no entanto, deveria ser restituído antes do pôr do sol, para que se cobrisse com ele de noite. No caso de penhor de animal, este deveria ser entregue tal qual havia sido recebido. Em Levítico ainda há prescrições quanto a emprestar dinheiro. Se fosse a um irmão, não se podia cobrar juros; a estranho, sim. O que Moisés preveniu foi a usura contra o pobre. As Caixas Econômicas, nas suas seções de penhores, contam uma história triste, de gente que dá em penhor, a troco de meia dúzia de cruzeiros, objetos de estimação e até necessários para o sustento da vida, como máquinas de costura e outros. Isso deveria ser proibido, Mas a fome é má companheira, e a miséria é qualquer coisa que deve escurecer o coração do pobre.

Os intérpretes de Provérbios discutem minuciosamente os prós e os contras dessa escritura, e chegam a comentar o uso do dinheiro como um dos motivos de fianças em bancos, casas comerciais, agenciamento de diversas naturezas. O uso do dinheiro é um índice do caráter; e o que toma dinheiro emprestado, com um fiador amigo, deve ser um homem de caráter comprovado. O que toma dinheiro emprestado para negociatas é moralmente fraco e praticamente desonesto. Vive do que tens e não cries dificuldades para os outros. O capítulo ora em estudo previne especialmente contra dar fiança a estrangeiros. Isso seria possível em tempos antigos para comerciantes ambulantes, comprando em um lugar, para vender em outro. Cuida-te contra tais práticas. Jamais ponhas o teu nome em papel que envolva fiança. Se te empenhaste ao estranho (v. 1), estás enredado com o que dizem os teus lábios (v. 2). Trata-se, naturalmente, de fiança verbal, que nos tempos antigos valia, como, o mandar um cabelo da barba a alguém, pedindo emprestado. O cabelo era sólida garantia de pagamento. Possivelmente a referência "ao estranho" signifique "a almocreves", que vinham à Palestina comprar azeite e vinho, para venderem na Fenícia, que não produzia em abundância esses produtos. Então o comerciante venderia a crédito e precisaria de um fiador para a dívida, até que o ambulante voltasse. Se era isto o que significa "ao estranho", então o risco era maior ainda, porque os tais, depois de vendidos os artigos, voltariam ou não. O comércio ambulante de azeite é muito comum na Europa, andando os assim chamados "almocreves", com um burrico, transportando dois pequenos barris, vendendo de porta em porta aos que não cultivam oliveiras e vinhedos.

3.10.2 Olha, ó preguiçoso (6:6-11)

Acorda homem, que já é dia, teria dito o vizinho do dorminhoco. O preguiçoso dorme até o dia alto ou o dia todo, para então voltar à vida de noite, quando não há possibilidade de trabalhar, mas de vagabundar. O preguiçoso é também vagabundo. O Peregrino tem um quadro, talvez tirado deste provérbio, em que o preguiçoso, junto do simples, dorme à beira do caminho do Cristão, que vai andando no seu caminho de peregrino. Este tópico bem se parece com uma descrição de Salomão, conforme I Reis 4:33, que escreveu de tudo, desde a planta que cresce no muro, até os peixes que nadam no mar. Teria ele se ocupado do preguiçoso? Por que não? Esse tipo de homem inútil nem aprende com as formigas, que não têm comandante, nem chefe, e no verão, em grandes grupos enfileirados, lá se vão em busca do alimento, que armazenam nos seus celeiros, para comerem no inverno. As figuras dadas

são mesmo de um camarada sonolento: Um pouco para dormir, um pouco para toscanelar, pouco para cruzar os braços... (6:10, 11). É assim que a pobreza chega à casa do dorminhoco. Como um ladrão, ela surge, e quando vem, nada a pode impedir, porque é o fruto da indolência. Num país agrícola como era a Palestina, todos tinham de cultivar a terra, para tirar dela o sustento; e os que não a possuíam tinham de rabiscar nas searas dos outros, para poderem comer (ver Rute, cap. 2). De qualquer modo, era serviço; colhendo ou rabiscando..

3.10.3 O homem de Bolial (6:12-15)

Bolial, que significa "inútil", é um tipo muito aparecido nas Escrituras e no mais das vezes em sentido pejorativo. É um perfeito salafrário, como o chama um grande comentador; usa-se muito no Velho Testamento para designar homens iníquos (Juí. 19:22). Paulo o compara a Satanás (11 Cor. 6:15). Em nosso texto é um homem que anda com a perversidade na boca, acena com os olhos, arranha com os pés e faz trejeitos e sinais com os dedos. Uma espécie de prestidigitador, um falcatrueiro, um perverso. Uma criatura má, que no fim não demorará a ser quebrantado, sem que haja cura. A sociedade tem destes elementos perniciosos, e o descrito aqui deveria ser um tipo asqueroso, para merecer um dito proverbial como o que temos no texto. Há elementos característicos em todos os lugares, que se tornam célebres por sua maldade ou por sua desfaçatez. Em Israel deveria ser mesmo um tipo considerado periculoso, talvez um sujeito cananeu infiltrado em Israel. Também os havia lá, homens perversos, como os descritos em Juizes 19. Homens sem escrúpulos.

3.10.4 As sete coisas que Deus aborrece são de Belial (6:16-19)

Estas sete coisas naturalmente são do tal Belial; só uma pessoa igual a ele pode usar olhos, línguas. mãos, coração e pés para o mal. Examinemos rapidamente todos estes dons maléficos, sejam de um Belial ou de outro igual.

(1)Olhos altivos, arrogantes, como de quem domina o tempo e as estações, e não quer dar contas a ninguém. Há gente assim: olha para nós como se fosse senhor de tudo. Normalmente, tais pessoas são justamente as mais carecedoras de poder e de caráter, pois não cabe arrogância em ninguém, pelo simples fato de todos sermos pobres criaturas de Deus, uns com mais e outros com menos capacidade, menos dinheiro ou menos oportunidade. De modo geral a humildade é uma grande virtude que os olhos arrogantes não possuem.

(2)Língua mentirosa (v. 17) (Leia Tiago 3:1-12). Nós, os que lidamos com o povo, sabemos bem o que significa uma pessoa mentirosa, de canto em canto cochichando nos ouvidos dos incautos e inoculando veneno contra alguém. Os mentirosos são capazes de grandes invenções malignas, de apresentar o impossível e fazê-Io passar por algo verdadeiro. As igrejas sofrem muito com tais pessoas, maledicentes, boateiras. Tiago tem um capítulo clássico sobre a língua, que vale a pena examinar. Meus Irmãos... se alguém não tropeça no falar, é perfeito verão, capaz de refrear também todo o seu corpo (Tiago 3:1, 2). Para dar as tintas completas, Tiago compara a língua ao queixo de um cavalo, ao qual se bota freios para o conter. É um pequeno membro capaz de incendiar o inferno; mundo de Iniqüidade, pão em chamas toda a carreira da existência humana (Tiago 3:6, 7). Tiago tem o mais completo repertório de vocabulários ferinos a respeito da língua, o membro de tão relevante utilidade, pois com ela louvamos a Deus e com ela amaldiçoamos o próximo. Que beleza ouvir um discurso, um bom sermão proferido por lábios que movimentam uma língua admirável! Sem ela, o homem perde o mais importante órgão do seu corpo. Ouçamos um declamador ou declamadora enaltecendo as belezas do Criador ou da criação, e vejamos como somos elevados aos píncaros da sublimidade, do louvor, do amor. Ouçamos o mentiroso, como degrada e avilta uma pessoa, a rebaixa e até aniquila, sendo capaz de lhe roubar a honra e a felicidade. Uma intriga que envolva a honra de uma donzela, de uma senhora casada, a honestidade de um comerciante, seja lá o que for, e depois verifique-se como tais pessoas rolam ladeira abaixo, até o abismo, onde se perdem para sempre. Basta. Não há necessidade de prosseguir. A língua é o melhor e o pior membro do corpo humano. Não é sem justo. motivo que se conta esta fábula. Um potentado mandou o criado preparar o melhor prato que pudesse inventar. Este então preparou uma língua. No dia seguinte, o potentado ordenou que lhe trouxesse o pior prato que pudesse ser inventado. O criado de novo preparou um prato com língua. O potentado então, admirado, perguntou por quê? A resposta foi: A língua é a melhor coisa que há, e também a pior.

(3) Mãos que derramam sangue (v. 17). Que procissão enorme poderia fazer-se dos que têm morrido às mãos de sangüinários! Os pistoleiros, que matam de emboscada, como sói acontecer, especialmente no norte do Brasil, e também noutros lugares, onde os inimigos políticos peitam um sanguinário para eliminar o adversário a troco de meia dúzia de cruzeiros. Que se pode dizer de tais indivíduos? Que são desalmados, diabólicos e merecem igual pena. Não há pena de morte no Brasil, e dizem os penalistas que este remédio heróico não produz os resultados esperados, tanto assim que os países onde há pena de morte, como a forca na Inglaterra, a cadeira elétrica ou câmara de gás na América do Norte, estão abolindo a pena.

Sejam quais forem os resultados de tais processos de punição, parece certo que quem mata devia morrer, e aos poucos, para poder avaliar o quanto vale uma vida. Isto é maldade que Deus aborrece, porque a vida foi dada por ele e ninguém tem o direito de atentar contra ela, a não ser, como vimos, em caso de punição social. Poderíamos encher páginas com esta forma de matar, invocando o preceito mosaico, em todos os seus mais variados pormenores, a começar pelo verso 13 do capítulo 20 de Êxodo, de onde promana toda a legislação mosaica a respeito da vida. Mas os leitores destas notas estão fartos de saber o que diz a Bíblia e de verem como a sociedade hebraica estava doutrinada a respeito. Quando estendemos a mão para dar uma esmola, que estamos fazendo? Procurando salvar uma vida. Quando damos um remédio, que fazemos? Pretendemos ajudar uma pessoa a viver mais. Quando se fala em orfanatos, creches, asilos, ambulatórios, hospitais e toda uma gama de organizações sociais, que estamos lendo, ouvindo ou fazendo? Poupar vidas! Apenas salvar vidas. Pois então o pistoleiro, o assassino, que por qualquer coisa tira a vida do semelhante, é algo que já deixou os quadros humanos, para se converter num.. . Que palavra serviria aqui?

(4) Coração que trama projetos Iníquos (v. 18). Vejamos outra vez Prov. 4:23. É do coração que provém todo o mal. o assassino, que tira a vida de outrem, concebeu antes o crime no coração. O que difama a mulher do próximo já arquitetou a maldade no coração. Do coração é que provém todo o mal, na linguagem de Jesus (Mat. 15:19). A Bíblia usa cerca de 79 vezes a palavra coração, em referência aos deveres da vida. É talvez a palavra mais usada em todos os sentidos, quer no bom, quer no mau. O coração que trama projetos Iníquos é um coração que Deus aborrece e abomina. Então, cuidado com os sentimentos que se aninham em teu coração. Vigia esse órgão admirável, policia-o e cuida a fim de ele não pulsar no planejamento do mal, contra Deus e teu próximo.

(5) Pés que se apressam a correr para o mal (v. 18). Quantas passadas se dão em sentido negativo do bem-estar da vida! Quantas vezes uma perna quebrada, é ou será uma bênção? Mesmo que nós, do grupo evangélico, não andemos à cata do mal, nem por isso estamos livres de andar para fazer algo ruim. Multas vezes damos passos para arruinar a nossa própria vida. Este autor ia certo dia fazer um negócio que lhe parecia muito duvidoso quanto ao seu valor comercial. Poderia resultar em perder o pouco que tinha. No caminho orou - "Senhor, se este negócio não presta, que eu quebre as pernas antes de chegar ao local do mesmo." Poderá parecer um pecado, mas foi cometido. Seria preferível ficar deitado num hospital por uma quinzena ou mais. e não fazer um mau negócio, que o poderia arruinar por anos. Mesmo aceitando que os pés dos crentes não correm para o mal, ainda assim quantas passadas erradas se dá para o mal. Quando este autor era pastor de uma igreja no norte, havia multa "trancinha", muito "diz-que-diz-que" na igreja. Ele se via tonto. Recorreu a um diácono dos mais ativos, para que o ajudasse. Certa noite, disse ao diácono: "Aquela encrenca entre fulana e beltrana está morta." Ele respondeu: "É isso que o senhor crê, mas não é o que vai acontecer." Depois soube que, tão depressa o pastor foi embora, ele, o diácono, foi à casa onde a paz tinha sido selada e incendiou tudo outra vez. O pastor verificou que a vida do diácono consistia em andar de casa em casa, levantando mexericos e intrigas. Que fazer com

tal pessoa? O pastor chamou o diácono e o intimou a pedir carta para outra igreja, senão seria eliminado. Pediu a carta e se foi, mas continuou a sua obra diabólica na igreja. São pés que correm para o mal.

(6) Testemunha falsa que profere mentiras (v. 19). Mentir num tribunal, onde se procura averiguar a verdade, é o procedimento mais abominável que uma criatura pode praticar. Mas pratica-se.

Um professor de educandário batista foi demitido sem causa e sem motivo. Pura política. O demitido reclamou multas vezes, mas sem resultado. Pediu a outros batistas que o ajudassem, mas também sem resultado. Vendo-se injustiçado, apresentou a sua reclamação a uma junta de Conciliação do Ministério do Trabalho. Essa junta deu-lhe ganho de causa e mandou reintegrá-lo. Quando isso aconteceu, a instituição, por sua diretoria, chamou-o e fizeram as pazes. Foi recebido de novo na instituição. Aconteceu que o advogado da instituição, zangado com o acordo, apelou da sentença contra a vontade da diretoria da instituição e às escondidas prosseguiu com a causa. Um belo dia deu-se o julgamento no Tribunal Regional do Trabalho. Como o dito professor estivesse ausente, por ignorar o que se passava, o advogado, diácono de uma igreja batista, disse tudo que bem entendeu; mentiu, destratou o pobre professor, e de tal modo, que o Tribunal entendeu que o referido professor era mesmo um homem perigoso e demitiu-o, mandando indenizá-lo de acordo com a lei. Agora pergunta-se: Como é que um diácono batista pode proceder assim, mentindo num tribunal profano? É o que a Bíblia condena, mentir, e especialmente num tribunal. Ao referido diácono nada aconteceu e o seu pastor nada disse e nada fez. O pastor desse diácodo era um dos diretores da instituição. Que dizer de uma coisa destas? Ir a um tribunal mentir contra seu irmão de crença é uma abominação. Essa testemunha é abominável a Deus. Nunca aconteça que cheguemos a tal condição. A mentira já é coisa do Diabo. Ninguém deve mentir, mas mentir num tribunal, onde se procura apurar a verdade, deve ser a abominação das abominações. Será uma pessoa que mente num tribunal uma pessoa crente? É difícil afirmar, pois a mentira é do Diabo, que é mentiroso desde o princípio, pois foi por uma mentira que a humanidade toda se arruinou e para sempre (Gên. 3:4). Satanás garantiu que a mulher não morreria, quando Deus havia dito que morreria no dia em que comesse da árvore proibida. Morreu mesmo. De lá até agora e daqui até o fim, o Diabo continuará a mentir e a ter os seus lacaios para o ajudarem nessa obra satânica. Basta, basta. O arsenal de fatos delituosos causados pela mentira é muito variado, e quase todos nós o conhecemos. Portanto, BASTA!

(7) E o que semeia contendas entro irmãos (v. 19). Seis coisas Deus aborrece e a sétima ele abomina. O que semeia contendas entre os irmãos aparece aqui como o pior de todos. Não é. Apenas um clímax de Provérbios, em que a escala vai aumentando. Todavia, o que semeia contendas entre irmãos, a que desune a família hebraica ou cristã, deve ser mesmo um abominável, porque da intriga ou contenda nasce tudo que há de pior. Começa por separar o que deveria estar unido e junto; cria o mal-estar onde deveria haver amor; prepara para outros desenvolvimentos, que podem levar muito longe, ao crime até, se Deus não intervir. Quantas contendas entre irmãos nas igrejas, por causa de um semeador de intrigas! Falem os

pastores e líderes de igrejas. Eles sabem disso, porque já sofreram na carne os efeitos de tal semeadura diabólica.

Este provérbio devia ser, em Israel, uma espécie de cartilha, um manual que todo israelita saberia de cor, transpondo para o grupo dos provérbios, como o encontramos aqui. Seria uma espécie de trocadilho, que se proferiria ocasionalmente. Pensa-se, seria uma forma didática para uso nas escolas, onde o mestre perguntaria ao aluno: Quais são os sete pecados mortais? O aluno responderia na ponta da língua. Para nós são bastante claros, pois todos temos ciência dos seus efeitos, de um modo ou de outro.

3.11. O SÉTIMO MANDAMENTO (6:20-35)

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