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O Sistema de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (SCTA)

CARTEIRA DE PROJETOS Metas e Critérios

23) Fontes Renováveis de Energia – visa dotar tanto defensores isolados quanto Siste mas de Armas de maior dimensão de capacidade de operar em qualquer cenário com razoável

3.5.4.1.3 O Sistema de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (SCTA)

O Sistema de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (SCTA) é gerido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), órgão criado pelo Decreto nº 6.834 de 30 de

abril de 2009, por evolução do Centro Tecnológico Aeroespacial ou Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), quando ouve uma reestruturação do sistema.

No entanto, de acordo com a Portaria no 149/SDE, de 17 de dezembro de 2007,nem todas as Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) da Força Aérea estão subordinadas ao DCTA. O ICEA (Instituto de Controle do Espaço Aéreo) e o CELOG (Centro Logístico da Aeronáutica), pertencem a outros departamentos, ao DCEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e ao COMGAP (Comando Geral de Apoio) respectivamente (Figura 14)

Figura 14: Agentes internos do Sistema de Inovações tecnológicas da FAB (SCTA) Fonte: IFI 2013

O DCTA é o órgão de direção setorial, localizado em São José dos Campos, Estado de São Paulo, ao qual compete planejar, gerenciar, realizar e controlar as atividades relacionadas com a ciência, tecnologia e inovação, no âmbito do Comando da Aeronáutica. Sua missão é “ampliar o conhecimento e desenvolver soluções científico-tecnológicas para fortalecer o poder aeroespacial, contribuindo para a soberania nacional e para o progresso da sociedade

Instituto de Aeronáutica e Espaço

ICT

ICT

Instituto Tecnológico de Aeronáutica

Instituto de Estudos Avançados

Centro de Lançamento de Alcântara

Centro de Lançamento da Barreira do Inferno

DCEA

DCTA COMGAP

Instituto de Fomento e Coordenação Industrial

Centro Logístico da Aeronáutica

Instituto de Controle do Espaço Aéreo Avançados NIT EI EI EI EI EI EI EI EI ICT ICT ICT ICT ICT ICT ICT

brasileira, por meio de ensino, pesquisa, desenvolvimento, inovação e serviços técnicos especializados, no campo aeroespacial."

Ao DCTA subordinam-se as seguintes organizações militares, dentre outras: o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); o Instituto de Estudos Avançados (IEAv); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI); o (CLA) e o da Barreira do Inferno (CLBI) (Figura 14).

O Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), criado em 1950, é uma Instituição Universitária especializada no campo do saber Aeroespacial, que tem por finalidade promover, por meio da educação, do ensino, da pesquisa e da extensão, o progresso das ciências e das tecnologias relacionadas com o Campo Aeroespacial e a formação de profissionais de nível superior nas especializações de interesse do COMAER.

O Instituto de Estudos Avançados (IEAv), criado em junho de 1982, no então CTA, tem a finalidade de realizar pesquisa básica e aplicada, bem como desenvolver tecnologias experimentais e estudos avançados que lhe forem atribuídos em decorrência de Planos e Programas estabelecidos pelo DCTA.

Por sua vez, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IEA), criado em 1991 com a fusão do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD) e do Instituto de Atividades Espaciais (IAE), tem a missão de realizar pesquisa e desenvolvimento no campo aeroespacial e ampliar o conhecimento e desenvolver soluções científico-tecnológicas para fortalecer o Poder Aeroespacial Brasileiro.

Por fim, o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) é outra organização militar subordinada ao DCTA. Dede de 1967, com o Decreto 60.521, de 31 de maio daquele ano, importantes reformas administrativas ocorreram no Ministério da Aeronáutica, que sofreu uma grande reestruturação com apoio do Massachusetts Institute of Technology (MIT) que estava a serviço daquele órgão federal. Com esta medida, houve a integração do elo Produção (Indústria) com os dois outros - Ensino e Pesquisa- anteriormente criados.

O IFI tem por finalidade contribuir para a garantia do desempenho, da segurança e da disponibilidade de produtos e sistemas aeroespaciais de interesse do Comando da Aeronáutica, prestando serviços nas áreas de Normalização, Metrologia, Certificação, Propriedade Intelectual, Transferência de Tecnologia e Coordenação Industrial, fomentando assim o complexo científico-tecnológico aeroespacial brasileiro.

Cabe destacar, ainda, a criação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) no IFI. O NIT original do Centro Técnico Aeroespacial foi constituído em 1981 em decorrência de um

amplo convênio, gerenciado pelo CNPq, com recursos oriundos da FINEP, o qual criava cerca de 20 núcleos vinculados a Universidades e a Centros de Pesquisa e Desenvolvimento do Brasil. O núcleo aqui originado ficou subordinado diretamente à Direção do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial - IFI/CTA. Estes núcleos deveriam sintonizar a oferta tecnológica com as demandas do setor produtivo tendo, portanto, as seguintes funções básicas: i) localizar as demandas existentes no setor produtivo; desenvolver o processo de negociação tecnológica; e servir de canal de comunicação entre as unidades dos sistemas de geração e as unidades do sistema produtivo nacional.

O NIT, em sua configuração atual, foi implementado pela Portaria 014/CTA/SDE, 19 de maio de 2006, tendo como missão principal: “contribuir para o surgimento de inovações tecnológicas, por meio da Proteção da Propriedade Intelectual e da Transferência de Tecnologias geradas no COMAER”. Para isso, o NIT deverá: i) buscar fomentos e linhas de crédito para o desenvolvimento de invenções e descobertas oriundas das pesquisas realizadas nos institutos do CTA, ocorrendo desta forma a proteção e o licenciamento da Propriedade Intelectual; ii) fomentar o desenvolvimento tecnológico da indústria aeroespacial brasileira por meio da proteção e do licenciamento da Propriedade Intelectual nacional; e iii) apoiar o processo de inovação tecnológica para o setor aeroespacial por meio da proteção e do licenciamento da Propriedade Intelectual oriunda do CTA.

O IFI também é órgão executor da Mobilização Industrial e tem por atribuição as ações que possibilitem conhecimento da capacidade industrial nacional para o atendimento das necessidades de Mobilização do Comando da Aeronáutica. Em conjunto com esta atividade o IFI mantém, atualiza e disponibiliza para o público em geral o Catálogo de Empresas do Setor Aeroespacial (CESAER).

Vale lembrar que a mobilização industrial está contida na Mobilização Nacional que é um instrumento constitucional que o País dispõe para, por meio do investimento em áreas econômicas e sociais, garantir o desenvolvimento e a soberania nacionais, pois se destina a preparar o País para fazer frente a uma agressão estrangeira, através de um conjunto de atividades planejadas, orientadas e empreendidas pelo Estado, complementando a Logística Nacional, destinadas a capacitar o País a realizar ações estratégicas, no campo da Defesa Nacional. Por sua vez, a Mobilização Aeroespacial, que também faz parte da Mobilização Nacional, é o conjunto de atividades empreendidas pelo Comando da Aeronáutica, desde a situação de normalidade, objetivando a complementação do apoio necessário e a obtenção das

capacidades requeridas ao Poder Aeroespacial quando da iminência da concretização de uma determinada ameaça.

De modo similar ao do Exército, também baseados nos conhecimentos de Engenharia de Sistemas (Blanchard, 1998), o Modelo do Ciclo de Vida da Força Aérea pode ser dividido em 5 (cinco) fases: concepção; viabilidade; definição; desenvolvimento ou aquisição; produção;

Na fase da Concepção, ocorre a detecção de uma carência operacional ou uma oportunidade tecnológica / econômica, consolidada pela elaboração das NOP (Necessidades Operacionais) e fixação dos ROP (Requisitos Operacionais) para o Sistema ou Material destinado à satisfação dessa carência / oportunidade. Os ROP são emitidos pelo EMAER, com base nas NOP, e apresentam a descrição inicial das características de desempenho que o Sistema ou o Material deverá apresentar, em termos qualitativos e quantitativos, levando em conta a sua missão ou aplicação e a sua segurança em serviço.

Na segunda fase, caracterizada pelo estudo de Viabilidade, são compiladas todas as informações necessárias a respeito do ciclo de vida do produto de defesa, com a colaboração de todos os órgãos intervenientes. É nesta fase que é realizado o primeiro contato formal com as empresas ou Governos interessados (RFI – “Request for Information”) e são analisadas as alternativas, avaliados os riscos, os prazos e a relação custo x benefício e, ainda, definida a estratégia de realização das diversas atividades que compõem o Ciclo de Vida dos Sistemas ou Materiais.

Na terceira fase, Definição, é feito um estudo detalhado do sistema ou material, incluindo estudos de engenharia, modelagem e simulação, objetivos de nacionalização e planos preliminares de desenvolvimento e capacitação industrial. São, também, elaborados os RTLI (requisitos técnicos, logísticos e industriais), as especificações técnicas do projeto e os objetivos de custo e prazo. Esta fase termina com a seleção da(s) empresa(s) ou entidade(s) governamental(is) para o desenvolvimento (ou para a compra, no caso de produto já desenvolvido) e a elaboração da(s) minuta(s) de contrato(s).

Definida a estratégia e os requisitos técnicos, inicia-se a fase de Desenvolvimento ou

Aquisição. Nesta fase são executados os Planos de Desenvolvimento, de Nacionalização e

Transferência de Tecnologia, de Compensação Comercial, de Verificação, Ensaios e Certificação, ou iniciado o processo de aquisição, com a confecção dos correspondentes Planos de Nacionalização e de Compensação Comercial. É nessa fase em que se executará a Avaliação Operacional, que será iniciada imediatamente após a conclusão do

Aquisição de produto disponível no mercado e, preferencialmente, antes do lançamento da

produção em larga escala.

Terminada a fase de Desenvolvimento, tem inicio a fase de Produção propriamente dita. No caso da Aquisição de produtos já desenvolvidos (no País ou no Exterior), esta fase terá início tão logo seja decidida a estratégia de aquisição (Fase de Viabilidade), considerados os passos aplicáveis das fases anteriores.

Em seguida, é iniciada a fase de Implantação, na qual se processam ações e diretrizes no sentido de preparar os órgãos do Comando da Aeronáutica para receber o Sistema ou Material. Nesta fase, são observadas as condições de distribuição dos matérias ou sistemas, as condicionantes de ativação dos mesmos, a forma de empregá-los operacionalmente, bem como as orientações relacionadas ao suporte logístico continuado.

Com isso, tem-se início a fase de Utilização, na qual os produtos ou sistemas são colocados em operação. Esta fase abrange, também, os aspectos de garantia da qualidade, avaliação de desempenho em operação (Avaliação Operacional Periódica), quanto aos aspectos técnicos, logísticos e doutrinários e análise da expectativa de vida. É durante a utilização que se avalia continuamente a necessidade de se revitalizar, modernizar, melhorar ou desativar um Sistema ou Material.

Entre a fase de Utilização e Desativação do produto de defesa, há a fase de Revitalização,

Modernização ou Melhoria. Nela, são introduzidas modificações no Sistema ou Material que,

no decorrer da Fase de Utilização, tenha sofrido perda ou degradação de sua eficiência, ou se tornado obsoleto ou desatualizado tecnologicamente, gerando dificuldades no suprimento, na manutenção ou na própria operação, ou substituição de partes do mesmo, com vistas à restauração ou evolução da sua capacidade operacional ou funcional.

A Desativação é a fase final do ciclo. Nela são desenvolvidas as ações para o planejamento e a execução da retirada do material de serviço e sua consequente alienação ou inutilização, encerrando o seu Ciclo de Vida, de maneira a evitar dispêndios desnecessários, tanto de recursos financeiros, quanto de recursos humanos e materiais.