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O social na Constituição Nacional de 1994

A Constituição Argentina de 1994 estabelece a ordem de hierarquia das normas, constituída por ela mesma como máxima categoria na “pirâmide legislativa”, à qual se incorporam, no mesmo nível de reconhecimento, os tratados de caráter constitucional. Esses tratados e concordatas têm hierarquia superior às leis da nação e compreendem: a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem; a Declaração Universal dos Direitos Humanos; a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos; o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e seu Protocolo Facultativo; a Convenção sobre a Prevenção e a Sanção do Delito de Genocídio; a Convenção Internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher; a Convenção contra a tortura e outros tratos ou penas cruéis ou degradantes; a Convenção sobre os Direitos das Crianças.133

A Constituição Nacional está subdividida em duas partes: direitos e garantias individuais e organização política da Nação. Os direitos sociais, 134 introduzidos pelo constitucionalismo social, aparecem inclusos no preâmbulo, que enfatiza a noção de justiça, e na declaração de direitos e garantias, no artigo 14 bis, que é produto da reforma constitucional de 1957.

• O artigo 14 bis, primeira parte, capítulo primeiro, Declarações, Direitos e Garantias, da Constituição Argentina, está fracionado em três porções de texto que se referem ao direito do trabalho, direito coletivo do trabalho e à seguridade social:

135

Artigo 14 bis: O trabalho em suas diversas formas terá a proteção das leis, que assegurarão ao trabalhador: condições dignas e eqüitativas de labor, jornada limitada; descanso e férias pagas; retribuição justa; salário mínimo vital e móvel; igual remuneração por igual tarefa; participação nos ganhos das empresas, com controle da produção e colaboração na direção; proteção contra a demissão arbitrária; estabilidade do empregado público; organização sindical livre e democrática, reconhecida pela simples inscrição num registro especial.

133 Esses tratados, nas condições de vigência, têm hierarquia constitucional, não derrogam artigo algum da primeira parte da Constituição e devem ser entendidos como complementares aos direitos e garantias por ela reconhecidos. Só poderão ser denunciados pelo Poder Executivo Nacional, com prévia aprovação das duas terceiras partes da totalidade dos integrantes de cada Câmara (Deputados e Senadores).

134 Alicia GIORGI, Manual de Seguridad Social, 1999, Capítulo III; Equipo Federal del Trabajo, Derechos sociales en la Constitución Nacional y principio de la legalidad, 1999. Pode-se consultar: www. georgetown.edu/pdba, Universidad Georgetown, Base de datos políticos de las Américas.

Resta garantido aos grêmios: concertar convênios coletivos de trabalho, recorrer à conciliação e arbitragem, e o direito à greve. Os representantes gremiais disporão das garantias necessárias para o cumprimento da sua gestão sindical e as relacionadas com a estabilidade do emprego.

O Estado outorgará os benefícios da seguridade social, que terá caráter de integral e irrenunciável. Em especial, a lei estabelecerá: o seguro social obrigatório, que estará a cargo de entidades nacionais ou provinciais, com autonomia financeira e econômica, administradas pelos interessados com a participação do Estado, sem que possa existir superposição de aportes; aposentadoria e rendas móveis; a proteção integral da família; a defesa do bem da família; a compensação econômica familiar e o acesso a uma moradia digna.

Segundo especialistas em direito da seguridade social, o artigo 14 bis, quando se refere à seguridade social em particular, contém uma cláusula de caráter programático, da qual se depreende o reconhecimento de um direito universal, integral e irrenunciável, solidário e sem especificação da técnica de instrumentação; sendo, o seguro social, uma técnica possível, preferível, mas não a única. As prestações não contributivas também estão compreendidas. A idéia de proteção ao sujeito social família previsto na mesma cláusula seria incompatível com um sistema exclusivamente de seguro social porque dito sistema supõe a contribuição. O artigo 75, inciso 23, também prevê a proteção integral da criança em situações de desamparo, a qual também seria incompatível com um sistema de contribuições de seguro social.136

Contudo, a Argentina não ratificou o Convênio da OIT, “Norma Mínima da Seguridade Social” n. 102137, cujo regulamento estabelece suas próprias limitações em face de riscos não cobertos. Na Argentina, reconhece-se a infância e a velhice como sendo os dois extremos da sociedade mais vulneráveis. Em vista disso, as necessidades desses segmentos, que se consideram legítimas e necessárias de cobertura, são: cuidados, albergue especializado (permanente ou transitório), atenção médica e, em alguns casos, readaptação, ajuda especializada para patologias mentais, alcoolismo, adições às drogas, delinqüência, prevenção sanitária e a acidentes, entre outras. O financiamento realiza-se com a participação do Estado, as prestações guardam relação com a necessidade e são transitórias.138

136 Cf. Alicia GIORGI, Manual de Seguridad Social, 1999, p. 30.

137 Convênio 102: relativo á norma mínima de seguridade social proposta pela OIT. Data de entrada em vigor: 27 de abril de 1955.

138 Cf. Alicia GIORGI, Manual de Seguridad Social, 1999, p. 30. No direito do trabalho, subsistem prestações como a proteção temporária dentro da empresa pelo desemprego, o período de aviso prévio e doenças inculpáveis.

A Argentina está dividida em 24 jurisdições, que compreendem 23 províncias e a Cidade Autônoma de Buenos Aires, que é a sede do governo nacional. A forma de governo adotada pela nação Argentina - segundo o artigo 1 da Constituição Nacional - é a representativa, republicana e federal.

O artigo 5 da mesma Constituição Nacional assinala que cada província tem a obrigação de ditar para si, sua própria Constituição, sob o sistema representativo republicano, e de acordo com os princípios e garantias da Carta Magna; nessas condições, o governo federal garante a cada província o exercício das suas instituições, assegura a autonomia municipal e o conteúdo da ordem institucional, política, administrativa, econômica e financeira. A seguir, será exposta uma análise detalhada de cada constituição provincial, na procura de melhor compreender o projeto social constitucional argentino e obter uma melhor caracterização do lugar da assistência social nele.

As províncias de Corrientes, La Pampa, Santa Cruz e Mendoza não apresentam artigos específicos, isto não significa um óbice para o enquadramento na Constituição maior, tal como foi assinalado no parágrafo precedente.

A província de Buenos Aires e a Cidade Autônoma de Buenos Aires enfatizam a necessidade da proteção moral e material das famílias, das políticas de assistência social orientadas a segmentos específicos: mães sós a cargo do lar, e ao grupo familiar. Assim como reconhece, no campo dos direitos sociais, os direitos dos deficientes, dos idosos, da família, da infância, da mulher. Segue o quadro que examina os artigos constitucionais a respeito.

Quadro 11. Artigos de referência nas constituições da província de Buenos Aires e da Cidade Autônoma de Buenos Aires

Província Artigos de referência da Constituição Provincial

Buenos Aires

Seção primeira. Declarações, direitos e garantias.

Art. 36. A província promoverá a eliminação dos obstáculos econômicos, sociais, ou de qualquer outra natureza, que afetem ou impeçam o exercício dos direitos e garantias constitucionais. Atendendo a tal fim, reconhece os seguintes direitos sociais:

Da família. 1. A família é o núcleo primário e fundamental da sociedade. A província estabelecerá políticas que procurem seu fortalecimento.

Da infância. 2. Toda criança tem direito à proteção e formação integral, ao cuidado preventivo e supletivo do Estado em situações de desamparo e à assistência tutelar e jurídica em todos os casos. Da mulher. 4. Toda mulher tem direito a não ser discriminada por seu sexo, à igualdade de oportunidades, a uma proteção especial durante os estados de gravidez e lactação e as condições de trabalho deverão permitir o cumprimento da sua essencial função familiar. A província promoverá políticas de assistência à mãe só ao cargo do lar.

Da deficiência. 5. Toda pessoa deficiente tem direito à proteção integral do Estado. A província garantirá a reabilitação, educação e capacitação em estabelecimentos especiais tendendo à equiparação; promoverá sua inserção social, no mundo do trabalho e a tomada de consciência com respeito aos deveres de solidariedade com os deficientes.

Da terceira idade. 6. Todas as pessoas da terceira idade têm direito à proteção integral por parte de sua família. A província promoverá políticas assistenciais e de revalorização de seu papel ativo. Da moradia. [...]

Cidade Autônoma de Buenos Aires

Livro Primeiro. Direitos, garantias e políticas especiais. Capítulo Primeiro. Disposições Comuns. [...] Art. 17. A Cidade desenvolve políticas sociais coordenadas para superar as condições de pobreza e exclusão mediante recursos orçamentários, técnicos e humanos. Assiste às pessoas com necessidades básicas insatisfeitas, e promove o acesso aos serviços públicos para os que têm menores possibilidades.

6. Reconhece aos idosos o direito a uma assistência particularizada.

7. Garante a prevenção da deficiência e a atenção integral das pessoas com necessidades especiais. Capítulo décimo. Crianças e adolescentes. Art. 39. […] Quando se achem afetados ou ameaçados, podem requer por si mesmos a intervenção dos organismos competentes. Outorga-se prioridade no conjunto das políticas públicas, às destinadas às crianças e adolescentes, às que devem promover a contenção do núcleo familiar e assegurar:

1. A responsabilidade da Cidade com respeito às crianças privadas de seu meio familiar, com cuidados alternativos à institucionalização;

2. O amparo às vítimas de violência e exploração sexual;

3. […] A Cidade intervém necessariamente nas causas assistenciais.

Capítulo décimo-terceiro. Pessoas com necessidades especiais. Art. 42. A Cidade garante às pessoas com necessidades especiais o direito a sua plena integração, à informação e à equiparação de oportunidades. Executa políticas de promoção e proteção integral, tendentes à prevenção, reabilitação, capacitação, educação e inserção social e laboral. [...]

A província de Neuquén faz referência à assistência social assumindo uma perspetiva da saúde e da higiene públicas e estabelecendo uma relação expressa entre medicina e assistência social, como pode se examinar no próximo quadro.

Quadro 12. Artigos de referência na constituição da província de Neuquén

Província Artigos de referência da Constituição Provincial

Neuquén Sexta Parte. Capítulo 2. Asistencia Social.

Art. 287. É obrigação iniludível da Província zelar pela saúde e a higiene públicas, especialmente no que se refere à prevenção de doenças, pondo à disposição de seus habitantes serviços gratuitos e obrigatórios em defesa da saúde, pelo que esta significa como capital social.

Art. 288. A Província reconhece que o melhoramento das condições sanitárias da população está condicionado às premissas seguintes:

a. Criação de fontes de trabalho em todo o território da Província; b. Medicina preventiva;

c. Medicina assistencial adequada; d. Efetivos serviços de assistência social; e. Condições de salubridade no trabalho;

f. Implantação de um amplo regime de amparo social.

Art. 289. Coordenar-se-á, em grau especial com os municípios, todos os serviços assistenciais de profilaxia preventiva e curativa, tendentes a assegurar a saúde do indivíduo, da família e da comunidade.

Art. 290. A coordenação, planejamento e formas de aplicação destes serviços estarão a cargo de um Conselho Provincial de Sanidade [...]

Fonte: www.argentina.gov.ar/provincias; www.biblioteca.jus.gov.ar

A província de Entre Ríos inclui como parte de seu projeto social o que se denomina regime econômico e do trabalho, e se refere à assistência social como complemento de outras formas de previdência.

Quadro 13. Artigos de referência na constituição da província de Entre Ríos

Província Artigos de referência da Constituição Provincial

Entre

Ríos Capítulo 2. Seção II. Regime econômico e do trabalho. Art. 42. [...] A Província regulamentará por leis especiais as condições de trabalho dos obreiros e

empregados residentes. Regulamentará, especialmente, a) a jornada e a seguridade do trabalho [...];

b) Os seguros e o socorro mútuo, em caso de doença, gravidez, morte, infância desvalida, velhice e deficiência;

c) as outras formas de previdência e de assistência social. [...]

As províncias de Tierra del Fuego e Ilhas do Atlântico Sul, Santa Fé e Catamarca, enfatizam em suas Constituições os direitos sociais da família, da infância, assim como a idéia do amparo e da proteção que potencialmente compete ao Estado exercer. Os princípios da seguridade social surgem no artigo 52 da Constituição de Tierra del Fuego, Antártica e Ilhas do Atlântico Sul.

Quadro 14. Artigos de referência nas constituições das províncias de Tierra del Fuego e Ilhas do Atlântico Sul, Catamarca e Santa Fé

Província Artigos de referência da Constituição Provincial

Tierra del Fuego, Antártica e Ilhas do Atlântico Sul

Seção Segunda. Direitos. Capítulo II. Direitos Sociais. [...]

Da mulher. Art. 17. [...] A mãe goza de adequada proteção durante a gravidez. As condições de trabalho devem lhe permitir o cumprimento de sua essencial função familiar.

Da infância. Art. 18. As crianças têm direito à proteção e formação integral por conta e cargo da sua família; merecem trato especial e respeito a sua identidade. O Estado prevê e penaliza qualquer forma de mortificação ou exploração que sofreram. Têm direito a que o Estado provincial, mediante o seu acionar preventivo e subsidiário, lhes garanta seus direitos, especialmente quando se encontrem em situação desprotegida, carente ou de exercício abusivo da autoridade familiar ou sob qualquer outra forma de discriminação. Em caso de desamparo, corresponde ao Estado provincial prover dita proteção, seja em lares adotivos ou substitutos ou em lares com pessoal especializado, orientando sua formação com base nos valores da argentinidade, solidariedade e amizade, sem prejuízo da obrigação de se sub-rogar o exercício de ações para demandar os aportes correspondentes aos familiares obrigados.

Catamarca Seção primeira. Capítulo I. Princípios, declarações, direitos e garantias. Art. 58. [...] A província garantirá a constituição e o funcionamento de:

i) A família como base fundamental da sociedade é responsável primária dos cuidados e educação dos filhos. O Estado promove as condições necessárias para sua unidade e garantirá a “pátria potestade” e o direito dos cônjuges a procriar e, de acordo com a lei, fomenta o acesso à moradia própria, à unidade econômica familiar e à compensação econômica familiar. Fomenta a adoção dos menores abandonados e facilita o funcionamento dos lares substitutos e contará com o aporte econômico do Estado.

Santa Fé Seção Primeira. Capítulo Único. Princípios, direitos, garantias e deveres.

Art. 21. O Estado cria as condições necessárias para promover a seus habitantes um nível de vida que assegure seu bem-estar e das suas famílias, especialmente, a alimentação, a vestimenta, a moradia, os cuidados médicos e serviços sociais necessários. Toda pessoa tem direito à provisão dos meios adequados a suas exigências de vida se estiver impedida de trabalhar e carecer dos recursos indispensáveis. Nesse caso, tem direito à readaptação e reabilitação profissional.

O Estado institui um sistema de seguridade social, que tem caráter integral e irrenunciável. Em especial, a lei propende ao estabelecimento do seguro social obrigatório, aposentadorias e pensões [...]

Art. 23. A Província contribui para a formação e defesa integral da família e o cumprimento das funções que lhe são próprias, com medidas econômicas ou de qualquer outra índole enquadradas na esfera de seus poderes. Promove que a criança cresça sob a responsabilidade, e amparo, do núcleo familiar. Protege, no âmbito material e no moral, a maternidade, a infância, a juventude e a velhice, diretamente ou fomentando as instituições privadas orientadas a tal fim. [...]

As Constituições de 11 províncias argentinas: Chaco, Chubut, Córdoba, La Rioja, Misiones, Rio Negro, Salta, San Juan, San Luis, Santiago del Estero e Tucumán enfatizam proteções para os segmentos: família, infância, idosos e deficientes, e algumas incluem os direitos do trabalho.

Em alguns dos seus conteúdos, é possível distinguir o caráter subsidiário atribuído a algumas formas de proteção social reconhecidas pelo Estado argentino. No caso da província de Chubut, aparece expressamente a cláusula que diz que “em caso de falta de amparo, o Estado proverá sua proteção, sem prejuízo da obrigação de pôr em exercício ações para demandar os aportes correspondentes aos familiares obrigados”. No caso da província de Córdoba, inclui-se a assistência entre as proteções integrais.

A Constituição da província de Santiago del Estero reconhece o caráter preventivo e subsidiário do Estado Provincial. A província de Río Negro destaca, para os idosos, o papel das famílias como componente fundamental da proteção: As pessoas da terceira idade [...] “têm direito a sua proteção integral por conta e cargo de sua família. Em caso de desamparo, corresponde ao Estado prover dita proteção, em lares com pessoal especializado, sem prejuízo da obrigação de se sub-rogar no exercício das ações para demandar, aos familiares obrigados, os aportes correspondentes”.

Quadro 15. Artigos de referência nas Constituições das províncias de Chaco, Chubut, Córdoba, La Rioja, Misiones, Rio Negro, Salta, San Juan, San Luis, Santiago del Estero e Tucumán

Província Artigos de referência da Constituição Provincial

Chaco Capítulo III. Direitos Sociais. Família

Art. 35. A família, baseada na união do homem e da mulher, como célula primária e fundamental da sociedade, é o agente natural da educação, lhe assiste tal direito com respeito aos seus filhos, de acordo com suas tradições, valores religiosos e culturais. [...] O Estado protege integralmente a família e lhe assegura as condições necessárias para sua constituição regular, sua unidade, o acesso a uma moradia digna e ao bem de família.

Garantirá a proteção da maternidade, a assistência à mãe em situação de desamparo, da mulher chefa de família e das mães solteiras e adolescentes. Também reconhece a existência das uniões de fato e as protege.

Esta Constituição assegura os seguintes direitos: 1. Da mulher. [...]

2. Da infância. [...] Sem prejuízo do dever dos pais, o Estado, mediante sua responsabilidade preventiva e subsidiaria, garantirá estes direitos e assegura, com caráter não delegatório, a assistência à menoridade desprotegida, carente ou a respeito de qualquer outra forma de discriminação, ou de exercício abusivo da autoridade familiar ou de terceiros. [...]

4. Dos idosos. [...]

5. Das pessoas deficientes. O Estado garante a prevenção, assistência e amparo de pessoas com deficiência, promovendo a educação especializada, terapia de reabilitação e a incorporação à atividade social em função das capacidades.

Chubut Capítulo II. Direitos Sociais. Art. 25. Da família.

O Estado reconhece o direito de todo habitante a constituir uma família e assegurar sua proteção social, econômica e jurídica como núcleo primário e fundamental da sociedade. [...]

Art. 26. Da mulher. [...] A mãe gozará de adequada proteção desde a gravidez. As condições de trabalho devem garantir o cumprimento de sua essencial função familiar.

Art. 27. Da infância. A família assegura prioritariamente a proteção integral da criança. O Estado, em forma subsidiária, promove e executa políticas tendentes ao pleno gozo de seus direitos. [...]

Art. 29 Dos idosos. A família prioritariamente, a sociedade e o Estado promovem a proteção do idoso de forma a evitar sua marginalidade social e cultural, promovendo o desenvolvimento de tarefas criativas e de serviço. [...] Em caso de falta de amparo, o Estado proverá sua proteção, sem prejuízo da obrigação de pôr em exercício ações para demandar os aportes correspondentes aos familiares obrigados.

Art. 30 Da deficiência. A família, a sociedade e o Estado têm a seu cargo a proteção integral das pessoas deficientes. Essa proteção atinge a prevenção, assistência, reabilitação, educação, capacitação, inserção na vida social e no trabalho.

Córdoba Capítulo II. Direitos Sociais.

Da mulher. Art. 24. A mãe gozará de adequada proteção desde a gravidez. As condições de trabalho devem garantir o cumprimento de sua essencial função familiar.

Da infância. Art. 25. A criança tem direito a que o Estado, mediante sua responsabilidade preventiva e subsidiaria, garanta o crescimento, o desenvolvimento harmônico e o pleno gozo dos direitos, especialmente quando se ache em situação de desproteção, carente ou de qualquer forma de discriminação ou de exercício abusivo de autoridade familiar.

Da juventude. Art. 26.

Da deficiência. Art. 27. Os deficientes têm direito a obter a proteção integral do Estado, que abranja prevenção, assistência, reabilitação, educação, capacitação, inserção na vida social e promoção de políticas tendentes à tomada de consciência da sociedade com respeito aos deveres da solidariedade. Dos idosos. Art. 28

La Rioja Capítulo II. Direitos e garantias.

Art. 34. Proteção à família. A família como núcleo primário e fundamental da sociedade será objeto preferente de atenção por parte do Estado provincial, que reconhece seus direitos no que diz respeito à constituição familiar, defesa e cumprimento de seus fins. […] A atenção e a assistência da mãe e da