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Raquel Miléo Prudêncio1; Rildson Melo Fontenele2; Glêidson Bezerra de Góes3; Antonio

Ivanilson Moreira Souza4, Antonio Geovane de Morais Andrade5.

1Centro de Ciências Agrárias, Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC – Sertão Central, E-mail:

raquelprudencio16@gmail.com

2Centro de Ciências Agrárias, Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC – Sertão Central, E-mail:

rildsonfontenele@gmail.com

3Centro de Ciências Agrárias, Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC – Sertão Central, E-mail:

gleidsonoesyahoo.com.br

4Centro de Ciências Agrárias, Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC – Sertão Central, E-mail:

ivanilsonsouzaagro@gmail.com

5Centro de Ciências Agrárias, Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC – Sertão Central, E-mail:

geovanemorais.1997@gmail.com

RESUMO: A cultura do sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) disseminada em todo país, tem

uma importância relevante para a agropecuária nordestina. Uma alternativa para proporcionar uma elevação dos parâmetros produtivos dessa forrageira é utilização de compostos orgânicos. Também é importante determinar a população ideal de plantas. Com isso esse trabalho objetivou avaliar a produção de sorgo em função do número de plantas e da adubação com fontes orgânicas. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso (DBC) em esquema fatorial 4x2, quatro fontes de adubos (esterco bovino, esterco ovino, NPK1010 comercial e testemunha) e duas densidades de semeadura (10 e 15 plantas por metro linear), com quatro repetições. Sessenta dias após a semeadura foi realizada uma avaliação do desenvolvimento da forrageira, avaliando as variáveis: altura das plantas (AP), diâmetro de colmo (DC) e número de folhas (NF). Não houve diferença significativa entre as densidades de plantas. Nas densidades de 10 e 15 plantas o adubo esterco ovino e testemunha proporcionaram maior média para o número de folhas respectivamente. Com tudo aos sessenta dias os adubos utilizados não proporcionaram aumento em relação as variáveis avaliadas.

Palavras–chave: Forragem; Adubação; Densidade.

INTRODUÇÃO

A cultura do sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) disseminada em todo país, originária da Ásia e da África, tem uma importância relevante para a agropecuária nordestina predominando, como suporte forrageiro na zona semiárida, devido a maior tolerância da mesma a deficiência hídrica no solo, podendo ser explorada em regiões onde a precipitação pluvial varia de 300 – 700 mm anuais (FARIAS et al., 1986). A forrageira requer que suas exigências nutricionais sejam plenamente supridas. Nesse sentido, os nutrientes essenciais, principalmente nitrogênio, fósforo e potássio, possuem função fundamental na nutrição destas plantas. Uma vez que o nitrogênio é constituinte essencial de proteínas e interfere diretamente no processo fotossintético pela sua participação na molécula de clorofila. (SIMILI et al., 2008). Segundo Coelho, (2008), a agricultura brasileira, de um modo geral, vem passando por importantes mudanças tecnológicas resultando em aumentos significativos da produtividade e produção. Dentre essas tecnologias destaca-se a conscientização dos agricultores da necessidade da melhoria na qualidade dos solos, visando uma produção sustentada. O sistema de manejo do solo adequado favorece o desenvolvimento radicular e a absorção de nutrientes e, por conseguinte, o desenvolvimento das plantas. (ARF et al., 2002).

A aplicação de adubos orgânicos aos solos proporciona melhoria das suas propriedades físicas, químicas e biológicas, obtendo-se boas respostas das plantas. Para manter o solo fértil e possibilitar que as culturas alcancem a máxima produtividade, algumas práticas são necessárias, como o uso de resíduos orgânicos (FINATTO et al., 2013). Um outro fator que merece atenção no momento do plantio é a determinação da população ideal que segundo Pereira, (1991), depende do cultivar em questão, da fertilidade do solo, da disponibilidade hídrica e da época de semeadura. Desse modo, a produtividade tende a se elevar com o aumento da população, até atingir determinado número de plantas por área, que é considerada como população ótima.

Diante disso, objetivou-se avaliar a produção de sorgo em função do espaçamento de semeadura e da adubação com fontes orgânicas.

O experimento foi conduzido no ano de 2018, no setor de produção vegetal pertencente ao Instituto Centro de Ensino Tecnológico CENTEC, campus FATEC-Sertão Central, localizado em Quixeramobim-CE.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso (DBC) em esquema fatorial 4x2, quatro fontes de adubos (esterco bovino, esterco ovino, NPK1010 comercial e testemunha) e duas densidades de semeadura (10 e 15 plantas por metro linear), com quatro repetições. A dose de adubação dos tratamentos esterco bovino e ovino foi de 40t/ha, para o tratamento NPK1010 foi utilizado a dosagem de 430 kg/ha, sendo aplicado em fundação em sulco. Inicialmente foi preparado o solo para o plantio através da aração e gradagem do solo, divisão dos blocos e aplicação da adubação em função dos tratamentos.

O plantio do sorgo da variedade ponta negra foi feito manualmente em leiras com espaçamento de 0,70 m entre linhas e cada tratamento com 1,5 m linear. O plantio foi realizado em oito canteiros de 1 por 6 metros divididos em quatro parcelas de 1,5 m cada. Três dias após semeadura, realizou-se desbaste para manter as plantas na quantidade populacional desejada. Para a semeadura foi utilizado sulcos espaçados com 3cm de profundidade do solo. O ajuste populacional foi realizado 25 dias após a semeadura, de acordo com os tratamentos avaliados através de um desbaste de plantas.

A irrigação da área foi realizada de forma manual durante todo o período. Sessenta dias após a semeadura foi realizada uma avaliação de desenvolvimento da forrageira avaliando as variáveis: altura das plantas (AP), diâmetro de colmo (DC) e número de folhas (NF). Os dados obtidos foram expressos em centímetro (cm) e submetidos à análise de variância, e as médias comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1 - Altura das plantas (AP), diâmetro de colmo (DC) e número de folhas (NF) em função

de diferentes adubos e densidades de planas aos 60 dias. Tratamentos

Número de Plantas

10 Plantas m2 15 Plantas m2

AP (cm) DC (cm) NF (cm) AP (cm) DC (cm) NF (cm)

Esterco Bovino 136,05ª 13,4a 6,6ab 138,4a 12,1a 6,6ab

Esterco Ovino 131,13ª 13,5a 7,1a 146,9a 13a 6,3c

Testemunha 138,8ª 13,1a 6,1c 153a 13,4a 7,3a Não foi observado diferença significativa a nível de (P<0,05) de probabilidade entre as densidades de plantas que foram utilizadas. Resultado também encontrado no trabalho de Berenguer e Faci (2004), estudando o efeito da densidade de plantas de sorgo, onde os autores não encontraram diferenças significativas entre as densidades. No entanto, eles ressaltam que a maior produtividade foi encontrada no tratamento de maior densidade de plantas. No trabalho de Terra et al, (2010), as menores densidades de plantio apresentaram as maiores produções, os autores afirmam que esse efeito se dá devido o sorgo, ter capacidade de compensar a produtividade nessas condições com maior produção por planta.

Para as variáveis altura das plantas e diâmetro de colmo não houve diferença significativa entre os adubos utilizados. A variável número de folhas apresentou diferença dentro das duas densidades avaliadas sendo que os tratamentos esterco ovino e testemunha apresentaram a melhor e pior média 7,1a e 6,1c na densidade de 10 plantas e os tratamentos testemunha e esterco ovino apresentaram a melhor e pior média 7,3a e 6,3c na densidade de 15 plantas.

Oliveira et al. (1995), ressalta que apesar de não haver diferença entre os tratamentos, a adubação orgânica é importante para a manutenção da qualidade do solo e para o desenvolvimento da cultura.

O uso de matéria orgânica no solo como fonte de nutrientes para as plantas tem aspectos positivos na qualidade do produto colhido, e do solo, uma vez que em sua incorporação, em especial esterco tem demonstrado tratar-se de prática viável no incremento da produtividade. (NORONHA, 2000).

CONCLUSÕES

Com tudo, aos sessenta dias não houve diferença em função da densidade de plantas,

os adubos utilizados não proporcionaram aumento no crescimento da forrageira em relação as variáveis avaliadas.

ARF, O.; RODRIGUES, R. A. F.; SÁ, M. E.; CRUSCIOL, C. A. C.; PEREIRA J. C. R. Preparo do solo, irrigação por aspersão e rendimento de engenho do arroz de terras altas. Scientia

Agrícola, 59, 321-326. 2002.

BERENGUER, M. J.; FACI, J. M. Sorghum (Sorghum bicolor L. Moench) yield compensation processes under different plant densities and variable water supply. European Journal of

Agronomy. v. 15, p. 43-55, 2001.

COELHO, A. M. Cultivo do Sorgo. Embrapa Milho e Sorgo. Sistemas de Produção, 2.

Versão Eletrônica - 4ª edição. 2008. Disponível em:

<https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/491911/4/Nutricaoadubacao.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

FARIAS, I.; FERNANDES, A. P. M.; LIRA, M. A.; FRANÇA, M. P.; SANTOS, V. F. Efeito

da adubação orgânica sobre a produção de forragem de milho, sorgo e capim-elefante.

Pesq. agropec. bras., Brasília, 21(10):1015-1022, out. 1986.

FINATTO, J.; ALTMAYER, T.; MARTINI, M. C.; RODRIGUES, M.; BASSO, V.; HOEHNE, L. A importância da utilização da adubação orgânica na agricultura. Revista Destaques

Acadêmicos, Vol. 5, N. 4, 2013 - CETEC/UNIVATES.

OLIVEIRA, F. C.; MARQUES, M. O.; BELLINGIERI, P. A.; PERECIN, D. Lodo de esgoto como fonte de macronutrientes para a cultura do sorgo granífero. Scientia Agrícola, v.52, n.2, p. 360-367, 1995.

PEREIRA, R. S. B. Caracteres correlacionados com a população e suas alterações no

melhoramento genético do milho (Zea mays L.). Pesq. Agropec. Bras, 26 . 745-751, 1991.

SIMILI, F. F.; REIS, R. A.; FURLAN, B. N.; PAZ, C. C. P.; LIMA, M. L. P.; BELLINGIERI, P. A. Resposta do híbrido de sorgo-sudão à adubação nitrogenada e potássica: composição química e digestibilidade in vitro da matéria orgânica. Ciência e Agrotecnologia, v.32, n.2, p.474-480, 2008

TERRA, T. G. R.; LEAL, T. C. A. de. B.; SIEBENEICHLER, S. C.; CASTRO, D. V.; DIAS NETO, J. J.; ANJOS, L. M. dos. Desenvolvimento e produtividade de sorgo em função de

diferentes densidades de plantas. Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 2, p. 208-215, 2010.

ESTUDO DE CASO SOBRE A EMENTA DE BIOLOGIA DAS ABELHAS E ENSINO

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