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Seguro: a forma de melhor garantir o pagamento das indemnizações devidas em caso

No documento Direito Do Trabalho II - Romano Martinez (páginas 42-48)

de acidente de trabalho foi estabelecida através da obrigatoriedade do seguro (artigo 79.º LAT). Mesmo com privilégio creditório, estando o empregador falido, o pagamento das indemnizações inviabilizar-se-ia; acresce que, sendo as prestações pagas mediante pensão, o trabalhador lesado ficaria na contingência das mudanças de solvabilidade da entidade patronal. Por outro lado, um sinistro numa empresa pode causar danos numa empresa pode causar danos numa pluralidade de trabalhadores, com consequências económicas graves para o empregador, que o poderão impossibilitar de pagar todas as indemnizações. Tais problemas não ocorrem, por principio, com respeito a empresas de seguros. Pretende-se, portanto, garantir a reparação do lesado sem pôr em causa o substrato económico da empresa. No artigo 79.º, n.º1 LAT foi imposta a obrigação de transferência da responsabilidade civil por acidentes de trabalho do empregador para um segurador autorizado a realizar este grupo (Decreto-Lei n.º 94-B/98, 17 abril). Cabe ao Instituto de Seguros de Portugal aprovar as apólices uniformes de seguro obrigatório; contudo, para o seguro de acidentes de trabalho (artigo 81.º, n.º1 LAT) prescreve-se que a apólice uniforme será aprovada por portaria conjunta dos ministros das finanças e do trabalho, sob proposta do Instituo de Seguros de Portugal. A obrigação de ajustar um seguro de acidentes de trabalho não abrange a administração central, local e as demais entidades, desde que os respetivos funcionários estejam incluídos no regime de acidentes em serviço (artigo 80.º LAT). Se o empregador não tiver celebrado o contrato de seguro, violando a obrigatoriedade indicada, sujeita-se a uma contraordenação laboral, prevista no artigo 171.º, n.º1 LAT, e responde diretamente pelas indemnizações devidas em caso de acidente de trabalho. O contrato de seguro é celebrado entre um segurador e o empregador (tomador do seguro) com vista à cobertura dos prejuízos emergentes de acidente de trabalho. O seguro de acidentes de trabalho, ainda que se pudesse discutir a qualificação, segue o regime dos seguros de responsabilidade civil (artigo 138.º, n.º3 Lei Contrato de Seguro), tratando-se de um seguro de responsabilidade civil obrigatório (artigos 146.º e seguintes Lei do contrato de Seguro). Com a celebração do contrato de seguro, transferem-se para o segurador as obrigações que impendem sobre o empregador com respeito a acidentes de trabalho. Por isso, é frequente que as questões emergentes de acidentes de trabalho sejam resolvidas diretamente entre o lesado e a empresa de seguros do empregador. Não obstante a obrigatoriedade do seguro, o contrato de seguro de acidentes de trabalho rege-se pelo princípio geral da liberdade contratual, podendo ser ajustado com diferentes conteúdos desde que se respeitem os parâmetros legais e os termos gerais da apólice uniforme. Tendo em conta a autonomia das partes, o seguro pode ser com prémio fixo ou variável (por vezes, designado de folha de férias), como ou sem prévia identificação dos trabalhadores, com valores mínimos ou acréscimos, etc. A mesma autonomia contratual tem permitido a divulgação do seguro de acidentes de trabalho – por vezes incorporado num pacote de seguros mais

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amplo – através do seguro de grupo, em que o empregador (tomador de seguro) integra os vários trabalhadores no grupo, passando a segurados. Mediante o contrato de seguro, o empregador só transfere para o segurador a responsabilidade objetiva por acidentes de trabalho e não a responsabilidade subjetiva fundada no artigo 18.º LAT (artigo 79.º, n.º3 LAT). Por isso, se o acidente tiver sido provocado pela entidade empregadora ou seu representante, ou resultar da falta de observância das regras de segurança e saúde no trabalho, a responsabilidade daí decorrente será suportada pelo empregador. Em caso de comportamento culposo do empregador, o segurador satisfaz o pagamento ao lesado até ao limite dos danos cobertos pela responsabilidade objetiva em acidentes de trabalho e, em regresso, exige esse valor ao responsável. Como a responsabilidade por acidentes de trabalho pode não ter sido transferida para uma companhia de seguros – por falta de seguro – ou tendo sido transferida se não abranger todas as prestações – como na hipótese de agravamento derivado de culpa do empregador ou por insuficiência da retribuição declarada (artigo 79.º, n.º3 e 4 LAT) –, sobre este impende a obrigação de reparar os danos. Admitindo a possibilidade de insuficiência da entidade patronal – bem como a insuficiência económica da própria seguradora – foi criado o Fundo de Acidentes de Trabalho (Decreto-Lei n.º 142/99, 30 abril), que garante o pagamento das prestações devidas em caso de acidente de trabalho. Como medida de garantia, também se prescreve a obrigação de caucionamento de pensões por parte do empregador (artigo 84.º LAT). 8. Causas de exclusão e de redução da responsabilidade:

a. Cláusulas contratuais: com respeito à exclusão e redução da

responsabilidade emergente de acidentes de trabalho importa distinguir várias situações. Podem as partes, por via negocial, pretender excluir ou reduzir a responsabilidade. Por outro lado, a exclusão ou redução pode advir de causas imputáveis à vítima, de caso de força maior ou de ato de terceiro. As cláusulas contratuais mediante as quais se pretenda excluir ou reduzir a responsabilidade derivada de acidentes de trabalho são nulas (artigo 12.º LAT). O regime estabelecido na lei é imperativo e, nessa medida, não pode, por vontade das partes ser alterado. Esta imperatividade, porém, parece não obstar a que se estabeleça um agravamento da responsabilidade; só que, essa situação mais gravosa, não prevista na lei, não poderá seguir o regime especial estabelecido para os acidentes de trabalho, devendo-se recorrer às regras gerais da responsabilidade civil. O regime estabelecido para a responsabilidade por acidentes de trabalho é, pois, imperativo e taxativo, não admitindo convenções das partes que o visem alterar.

b. Culpa do trabalhador: a exclusão ou a redução da responsabilidade por

acidentes de trabalho pode advir de motivos imputáveis à vítima. Corresponde a uma autorresponsabilização do trabalhador pela sua conduta. No artigo 14.º LAT, apesar da terminologia utilizada, o legislador não introduziu limites negativos à qualificação de acidente de trabalho, determinando antes em que casos não há o dever de indemnizar. Nestas situações que implicam o afastamento ou a redução da responsabilidade do empregador inclui-se o comportamento culposo do trabalhador. De facto, a designada descaracterização, numa linguagem pouco jurídica, determina a redução ou exclusão da responsabilidade. Como a responsabilidade objetiva do empregador assenta no risco profissional ou mesmo no risco empresarial,

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dever a uma falta do trabalhador. A própria socialização do risco, quando limitada, como é o caso do presente regime, não compactua com determinadas atuações culposas da vítima. Não é qualquer atuação menos cuidada por parte do trabalhador que acarreta a exclusão ou a redução da responsabilidade; torna-se necessário que a falta tenha alguma gravidade. O princípio de que a culpa do trabalhador afasta a responsabilidade do empregador não é criticável no espirito do ordenamento; antes pelo contrário, tem pleno cabimento. A solução oposta, no sentido de o empregador ter de suportar todas as consequências de acidentes de trabalho, mesmo quando estes fossem imputáveis ao trabalhador, estaria em contradição com os princípios gerais da responsabilidade civil. A este propósito, é preciso não esquecer que, com respeito aos acidentes de trabalho, o legislador instituiu um regime de responsabilidade civil e não um sistema de segurança social. Á várias situações em que a culpa do trabalhador afasta o direito à reparação, que importa analisar.

i. Dolo: em primeiro lugar, quando o acidente tiver sido dolosamente

provocado pelo sinistrado não dá direito a reparação (artigo 14.º, n.º1, alínea a) LAT). Na hipótese de dolo da vítima, poder-se-ia dizer que, verdadeiramente, não se estaria perante um acidente e, por conseguinte, também não poderia haver responsabilidade civil. De facto, se, por exemplo, o trabalhador propositadamente amputar uma mão, em princípio, não haveria acidente. Mas esta conclusão já não será válida em caso de dolo eventual, em que o trabalhador previu a possibilidade da ocorrência, mas quis correr o risco. Em caso de dolo eventual do trabalhador, o infortúnio que lhe sobrevier poderá ser qualificado como acidente de trabalho, só que estará excluída a obrigação de indemnizar.

ii. Violação das condições de segurança sem causa justificativa: como segunda

situação prevê-se a hipótese de o acidente provir de ato ou omissão do sinistrado que, sem causa justificativa, viole condições de segurança estabelecidas pelo empregador ou previstas na lei (artigo 14.º, n.º1, alínea a) LAT). Neste caso, o legislador exige somente que a violação careça de causa justificativa, pelo que a exigência dessa culpa grave encontra-se na alínea seguinte do mesmo preceito. A diferença de formulação constante das alíneas a) e b) do n.º1 do artigo 14.º LAT tem de acarretar uma interpretação distinta. Por outro lado, há motivos para que o legislador tenha estabelecido regras diversas. Na alínea a) só se exige a falta de causa justificativa, porque atende- se à violação das condições de segurança específicas daquela empresa; por isso, basta-se que o trabalhador conscientemente viole essas regras. As condições de segurança, quando estabelecidas pela entidade patronal, podem constar de regulamento interno de empresa, de ordem de serviço ou de aviso fixado em local apropriado na empresa. As condições de segurança podem igualmente encontrar previsão na lei e, neste caso, incluem-se não só as regras de segurança no trabalho, como as que respeitam à segurança em outros setores, nomeadamente na circulação rodoviária. Se o trabalhador, conhecendo as condições de segurança vigentes na empresa, as viola

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conscientemente e, por força disso, sofre um acidente de trabalho, não é de exigir a negligência grosseira do sinistrado nessa violação para excluir a responsabilidade do empregador. Contudo, a responsabilidade não será excluída se o trabalhador, atendendo ao seu grau de instrução ou de acesso à informação, dificilmente teria conhecimento das condições de segurança ou se não tinha capacidade de as entender (artigo 14.º, n.º2 LAT).

iii. Negligência grosseira: em terceiro lugar, a negligência grosseira do lesado

constitui causa de exclusão ou de redução da responsabilidade do empregador (artigo 14.º, n.º1, alínea b) LAT). Neste caso, exige-se que a entidade patronal prove a existência de negligência grosseira do trabalhador, pelo que não basta qualquer atuação negligente; além disso, exige-se que a negligência grosseira seja exclusiva do sinistrado, pelo que havendo concurso de culpas – com o empregador ou colegas de trabalho – não é afastada a responsabilidade. Deste modo, o direito à reparação mantém-se em caso de atuação ou omissão culposa do trabalhador de reduzida gravidade, nomeadamente se advém da habitualidade na realização de determinada tarefa, na medida em que a rotina, o cansaço e o stress podem levar a um certo relaxamento no respeito de regras de prudência. De acordo com o artigo 14.º, n.º3 LAT estariam excluídos desta situação, por não consubstanciarem negligência grosseira, os casos em que o acidente se ficou a dever a um comportamento temerário resultante da habitualidade ao perigo do trabalho, da confiança na experiência profissional ou dos usos e costumes da profissão; admitindo-se que o trabalhador, por ter demasiada confiança na sua experiência, ou atentos os usos e costumes da profissão, possa legitimamente negligenciar quanto ao cumprimento de certas regras de prudência. Já não estaria afastado o direito à reparação quando o trabalhador tenha sido excessivamente temerário na sua atuação, agindo com clamorosa falta de cuidado. De modo diverso, a falta do trabalhador imputável ao empregador ou em que este tenha sido conivente, designadamente por conhecer a situação e não se opor a ela, não afasta a responsabilidade por acidente de trabalho.

iv. Privação do uso da razão: a quarta situação é a que se verifica no caos de

o acidente derivar do facto de o sinistrado se encontrar privado do uso da razão (artigo 14.º, n.º1, alínea c) LAT). A falta do uso da razão é entendida nos termos gerais de Direito Civil, reconduzindo-se às causas de interdição (artigo 138.º CC), de inabilitação (artigo 152.º CC) e, em particular, às hipóteses de incapacidade acidental (artigo 257.º e seguintes CC). Porém, o direito à reparação subsiste, não obstante a falta do uso da razão por parte do sinistrado, em três situações:

1. No caso da privação do uso da razão derivar da própria prestação de trabalho;

2. No caso da privação do uso da razão ser independente da vontade da vítima: mas, neste caso, há que fazer uma distinção:

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a. Se a possibilidade de ocorrer essa falta do uso da razão era do conhecimento do trabalhador:

i. se o trabalhador não tomar as precauções adequadas, a responsabilidade do empregador deverá ficar excluída;

ii. Se o trabalhador tomar as precauções adequadas, esta responsabilidade do empregador operará.

3. Se a entidade patronal, sabendo que o trabalhador estava privado do uso da razão, mesmo assim o encarrega de realizar determinada atividade, mantém-se o direito à reparação: não há qualquer impedimento

quanto a celebrar contratos de trabalho com interditos ou inabilitados, mas é necessário que o empregador lhes atribua tarefas compatíveis com a sua deficiência física ou psíquica, de modo a evitar a ocorrência de acidentes. A solução é a mesma no caso de se tratar de incapacidade acidental.

v. Facto ou omissão do lesado: por último, como quinta hipótese em que a

atuação do sinistrado afeta o direito à reparação é de incluir os casos em que a lesão se agravou ou não teve a cura prevista, por facto ou omissão do lesado. Se o trabalhador sinistrado não observou as prescrições clínicas ou cirúrgicas necessárias ao seu tratamento, nos termos do artigo 30.º, n.º2 LAT está excluída a obrigação de reparar os danos ou seu agravamento que seja consequência dessa atuação do lesado, bastando a simples negligência do trabalhador, nos termos gerais do artigo 570.º CC. Estando o trabalhador, vítima de acidente de trabalho, em desacordo com as prescrições médicas pode reclamar para os peritos do tribunal (artigo 30.º, n.º1 LAT), respeitando os trâmites estabelecidos nos artigos 28.º e seguintes LAT.

c. Força maior: se o acidente provier de caso de força maior também não dá

direito à reparação (artigo 15.º, n.º1 LAT). Diferentemente, o caso fortuito, por exemplo, rebentamento de uma máquina por motivo inexplicável, não constitui causa de exclusão da responsabilidade. Só se considera motivo de força maior o que, sendo devido a forças inevitáveis da natureza, independentes de intervenção humana, não constitua risco criado pelas condições de trabalho nem se produza ao executar serviço expressamente ordenado pelo empregador em condições de perigo evidente (artigo 15.º, n.º2 LAT). O legislador optou por dar uma noção legal de força maior, relacionando-a com as forças da natureza, procedendo depois a uma restrição, pois descaracteriza a figura quando constitua risco criado pelas condições de trabalho ou se verifique ao executar serviço expressamente ordenado pelo empregador em situação de perigo. Dito de outro modo, certos casos que seriam de força maior, não o são para efeitos de acidentes de trabalho. Por outro lado, situações normalmente incluídas entre as causas de força maior, como os atos de guerra, estariam afastadas, atenta a noção legal que apela para as forças da natureza, independentemente, portanto, de intervenções humanas.

d. Obrigações não excluídas: mesmo quando a responsabilidade do

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socorros ao sinistrado e a transportá-lo para onde possa ser socorrido (artigo 26.º, n.º1 LAT). Esta, pode dizer-se, é uma situação de responsabilidade civil objetiva que excede os parâmetros normais, porque existe mesmo em caso de dolo do trabalhador. Mas neste caso imperam razões humanitárias e os valores em causa não serão exorbitantes. A omissão de qualquer destes deveres faz incorrer o empregador em responsabilidade civil (artigo 486.º C) e penal (artigo 200.º CP).

e. Responsabilidade de terceiros; direito de regresso: para concluir quanto

às causas de exclusão e de limitação da responsabilidade emergente de acidentes de trabalho, há que aludir às situações imputáveis, sejam eles outros trabalhadores da empresa ou pessoas a ela estranhas. Nos termos gerais da responsabilidade civil, ainda que objetiva, sendo o facto gerador imputável a terceiro é afastado o dever de indemnizar (artigos 505.º e 570.º CC). Mas interessa distinguir as duas hipóteses:

i. Se o dano sofrido pelo trabalhador foi causado por terceiro, o lesado pode diretamente demandar o responsável, nos termos gerais da responsabilidade civil extracontratual (artigos 483.º e seguintes CC), como preceitua o artigo 17.º, n.º1 LAT. E no caso de o terceiro responsável pelo acidente pagar a indemnização correspondente aos danos causados, essa prestação será descontada na reparação que incumbe ao empregador, o qual só suportará, então, a diferença (artigo 17.º, n.º3 LAT). Tendo o sinistrado recebido a indemnização da entidade

patronal ainda lhe caberia demandar o terceiro pela diferença, na medida em que o ressarcimento determinado em termos de responsabilidade por acidentes de trabalho, como é regra, não compense todo o dano sofrido. Se a indemnização recebida do terceiro abranger todos os danos infligidos ao trabalhador, fica excluída a responsabilidade do empregador (artigo 17.º, n.º2 LAT). Pretende-se que o sinistrado não venha a receber duas indemnizações as quais, na totalidade, ultrapassem o valor do dano sofrido. Se, eventualmente, isso ocorrer, o lesado terá de reembolsar o empregador naquilo que exceda a quantia correspondente ao dano (artigo 17.º, n.º2 LAT).

ii. Na hipótese de o trabalhador lesado não demandar o terceiro responsável pela ocorrência. Frequentemente, até por inércia, o sinistrado que já se

encontra ressarcido pelo empregador não reage contra o terceiro causador do acidente; cabe, então, à entidade patronal – em regra à seguradora para a qual foi transferida a responsabilidade emergente de acidentes de trabalho – demandar o terceiro, exigindo-lhe o que deveria ter pago ao trabalhador (artigo 17.º, n.º4 LAT). Corresponde a uma sub-rogação legal, nos termos do artigo 592.º CC, pois o empregador ou a respetiva seguradora não é responsável solidário com o terceiro lesante pelos danos causados ao sinistrado; de facto, não se está perante uma hipótese de responsabilidade solidária, mas de dualidade de responsabilidades com fundamentos distintos. Dito de outro modo, não nasce um direito novo, como no direito de regresso, estando-se perante uma sucessão no lado ativo, que caracteriza a sub-rogação, nomeadamente legal.

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9. Ocupação e cessação do vínculo laboral de trabalhadores vítimas de acidentes

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