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A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO DO CRENTE

No documento EETAD - Soteriologia (páginas 172-179)

Embora um crente possa perder a salvação por negligência e pecado, o crente fiel não precisa ter dúvida, se está verdadeiramente salvo, ou mostrar-se temeroso de perder a salvação. No que diz respeito à salvação, a atitude do crente fiel deve ser a de certeza presente e de espe­ rança futura.

“se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes.

não vos deixando afastar da esperança do evangelho... ” (Cl 1.23). “Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança. ” (Hb 6.11). “aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé... ” (Hb 10.22). “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na

graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. ” (1 Pe 1.13).

O Testemunho do Espírito

Uma das principais evidências da certeza da salvação do crente é o testemunho do Espí­ rito Santo junto ao nosso espírito. Paulo o descreveu, dizendo: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de D eus” (Rm 8.16). Por estranho que pareça, este versículo tem levado muitos crentes a duvidarem da sua salvação, em lugar de terem certeza, porque raciocinam que, se não sentem sempre qualquer coisa, então não estão salvos. É verdade que em certas ocasiões as emoções e os sentimentos do crente são altamente motivados pelo poder de Deus, mas isto não ocorre continuamente. Experiência emocional do crente, não é o “testemunho do Espírito”, ao qual Paulo se referiu.

Note que o testemunho do Espírito Santo é dado em nosso espírito. Se fosse em nosso corpo, seria como um sexto sentido. Se fosse em nossa alma, seria apenas uma emoção e nada mais. Mas visto que é um testemunho em nosso espírito, temos neste testemunho uma convicção sobrenatural, convencendo-nos de que somos filhos de Deus (Rm 8.17). Este testemunho não substitui a fé, mas a confirma.

A presença do Espírito Santo na vida do crente é prova adicional da salvação (1 Jo 3.24). A Bíblia descreve o Espírito Santo como sendo o “penhor” da nossa plena redenção vindoura (Ef 1.14).

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A Fidelidade de Deus

O crente pode abandonar a Deus, mas Deus nunca abandonará o crente. O crente pode ser induzido a afastar-se para longe de Deus, mas nunca pode ser arrastado à força, contra sua von­ tade, para fora da comunhão com Deus.

“... De maneira alguma te deixarei, nunca jam ais te abandonarei.” (Hb 13.5). “E ninguém as arrebatará da minha mão. ” (Jo 10.28).

“Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é p o r nós, quem será contra nós?... Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir... poderá separar-nos do

amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. ” (Rm 8.31-39).

O crente pode ter a certeza de que Deus não muda repentinamente de propósito, quanto à Sua comunhão com ele. Deus não muda quanto ao relacionamento com o crente perseverante. Quem muda no relacionamento é o próprio homem, “se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar a si mesmo. ” (2 Tm 2.13).

A Intercessão de Cristo a Nosso Favor

O escritor aos Hebreus estimula o crente a lembrar-se da fonte de conforto e certeza que dispõe, pelo fato de ter Cristo no céu, intercedendo por ele.

“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão... Acheguemo-nos,

portanto, confiadamente, junto ao trono da graça...” (Hb 4.14-16).

O título “Sumo Sacerdote” fala de uma posição semelhante à de um advogado. Alguém que pleiteia a causa de outra pessoa que fez algo errado ou que foi acusada de um delito. Ao interceder por nós, Cristo rejeita as falsas acusações do diabo contra nós e, se estivermos culpa­ dos do pecado, Ele não esconde essa culpa, nem vê qualquer justificativa para ela, mas, Ele apresenta a Sua própria morte como base da intercessão, visto que ela cancelou a penalidade por aquele pecado. "... Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados... ” (1 Jo 2.1,2).

O Crente e a Vida Santa

A despeito de todas as evidências da salvação mencionadas nesta Lição, dúvidas insis­ tentes permanecerão na vida de qualquer crente que não remover a fonte primária das suas dúvi­

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das - uma vida comprometida com o pecado e o mundo. O pecado e a confiança espiritual não podem coexistir. Um homem pecaminoso pode alegar que tem confiança quanto à sua salvação, mas na realidade, ele é acusado de dúvidas e insegurança interior; somente uma vida de obediên­ cia e retidão motivará confiança.

“Ora, sabemos que o temos conhecido p o r isto: se guardarmos os seus mandamentos. ” (1 Jo 2.3).

“Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele. ” (1 Jo 2.5).

Real Comunhão com Cristo

A real certeza da nossa salvação não está baseada numa confissão de fé, feita num certo ano, num dado momento, e num lugar específico, mas, sim, numa comunhão sempre presente e crescente em amor, confiança e submissão a Cristo. O crente fiel e dedicado ao Senhor tem essa certeza; isso é bíblico. É por isso que Judas admoestou seus leitores a se edificarem na fé com oração no Espírito, e a conservar-se no amor de Deus. À medida em que o crente mantém uma real comunhão com Cristo, Deus, por Sua vez, o guardará de cair.

“Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa f é santíssima, orando no Espírito Santo. ” (Jd 20).

“guardai-vos no amor de Deus ...” (v. 21).

“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços ... ” (v. 24).

Uma bela ilustração de como um relacionamento estreito com Deus resulta em nova força acha-se em Isaías 40.31:

“mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias correm e não se cansam, caminham e não se fatigam. ”

O esperar descrito aqui, requer um relacionamento de fé ativa. À medida em que este relacionamento é mantido, o crente recebe forças espirituais. O crente, portanto, é comparado à águia que, ao crescer, fica cada vez mais forte e voa cada vez mais alto. Embora a águia tenha que superar a força natural da gravidade, ela voa alto, porque tem dentro de si a natureza de águia e o poder de voar. Assim como é difícil imaginar uma águia cair durante o seu vôo, assim também é difícil imaginar um crente que “espera” no Senhor, cair da graça enquanto “espera” nEle.

LICÃQ 9: ADVERTÊNCIAS E PROMESSAS 167

PE R G U N TA S E E X ER C ÍC IO S

ASSOCIE A COLUNA “A” DE ACORDO COM A COLUNA “B’ Coluna “A”

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^ 3 ) 9.22 - “aproximemo-nos, com sincero coração, em 9.23 - Uma das principais evidências da certeza da salva

ção: o testemunho do Espírito junto ao

‘B- 9.24 - Hebreus aponta Jesus como sumo sacerdote - posi ,ção semelhante à de um

9.25 - A certeza da nossa salvação vem da comunhão sempre crescente em amor, confiança e

Coluna “B” A. nosso espírito. B. submissão a Cristo. C. esperança do evan gelho D. plena certeza de f é . . . ”. E.advogado.

-R E V I S Ã O G E R A L -

MARQUE “C” PARA CERTO E “E” PARA ERRADO

£ 9.26 - O escritor aos Hebreus (3.12), adverte que é possível deixar o coração encher-se de descrença, a ponto de perder a salvação.

Ç _9.27 - A Bíblia promete que as ovelhas que permanecem sensíveis à voz do Pastor, seguin- do- 0 de perto, receberão a vida eterna.

9.28 - Pela fé, Davi fez uma oração de arrependimento, todavia, era tarde demais.

Ç. 9.29 - Um dos propósitos da disciplina é conservar a igreja livre de influências pecamino­ sas.

G - 9.30 - Deus não muda quanto ao relacionamento com o crente perseverante; quem muda no relacionamento é o próprio homem.

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- ESPAÇO RESERVADO PARA SUAS ANOTAÇÕES -

I A GLORIFICAÇÃO

A tua f é te salvou; vai-te em paz. ” (Lc 7.50). “... porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que

quando no princípio cremos. ” (Rm 13.11).

Estes dois versículos ilustram o fato de que a salvação envolve tanto uma certeza presen­ te, quanto uma promessa futura. Nossa salvação, em certo sentido, é completa; noutro sentido é incompleta. Tendo em vista o fato de que o homem não pode salvar-se a si mesmo através de um processo de boas obras, ele a recebe como uma “obra plenamente consumada”. Sob esse aspecto, a nossa salvação está completa. Quando, no entanto, consideramos os planos de Deus ainda não realizados, visando abençoar o crente e compartilhar com ele a Sua glória, pode-se dizer que a salvação está incompleta; uma promessa que aguarda o cumprimento.

Até esta altura, abordamos somente os aspectos da salvação que concernem a esta vida presente; a transformação do homem condenado, num crente perdoado (a justificação); o renascimento do homem espiritualmente morto (a regeneração); a transformação de inimigo de Deus em filho de Deus (a adoção); e o processo mediante o qual o pecador toma-se um santo (a santificação).

Cada um destes quatro aspectos da salvação, envolve ainda uma promessa futura. Ao crente perdoado é prometida uma entrada triunfante na presença de Deus, onde O verá face a face, porém sem se envergonhar, pois a perfeita justiça de Cristo será sempre sua.

O crente nascido de novo receberá um corpo glorificado; será uma criatura gloriosa por toda a eternidade.

O filho de. Deus receberá sua herança e será elevado à sua devida posição, a saber, reinar juntamente com Cristo.

Os santos finalmente serão 1 ihertos-4a-^ra-mrtureza pecaminosa e receberão galardões por todas; as vitórias que tiverem sobre o pecado, e pelas obras feitas durante sua vida na terra.

Todas estas bênçãos são aspectos futuros da salvação e estão contidos numa só palavra - Glorificação.

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ESBOÇO DA LIÇÃO 1. A Promessa da Confiança

2. A Promessa de Um Corpo Imortal

3. A Promessa de Ser Co-herdeiro com Cristo 4. A Promessa dos Galardões

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Ao concluir o estudo desta Lição, você deverá ser capaz de: 1. Definir a glorificação do crente;

2. Alistar as três ressurreições ligadas à experiência cristã;

3. Dar três aspectos da herança futura do crente, que Cristo compartilhará com ele; 4. Explicar como o julgamento dos crentes será diferente do julgamento dos incrédu­

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